A máquina de contar histórias

A máquina de contar histórias Maurício Gomyde




Resenhas - A Máquina de Contar Histórias


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Edna 05/07/2018

O tempo
Vinícius Becker é o maior escritor do País. Frio, veloz e conhecido como A máquina de contar histórias", nada parece ter o poder de desvia-lo do sucesso.
Resenha:
Narrado em terceira pessoa Gomyde vai alternando os capítulos curtinhos e entrelaçando a vida do Escritor Vinícius, cujo foco está exclusivo na sua carreira.

O choque de perder a esposa distante e abandonada por ele à própria sorte em um leito de hospital, o faz perceber que algo está indo muito errado.

O desprezo das filhas, pela sua ausência vai trazer muitos dissabores e a luta para a reconquista do amor das filhas e o drama familiar que vai enfrentar.

Um drama com abordagem entre temas como perdão, amor, e reintegração familiar.

Este é o segundo livro do autor que leio, com uma linguagem simples e direta que ele utiliza para exprimir os sentimentos em seus personagens e em cada detalhe.

Citação: " A partir dali, o foco não mais seria vender milhões. Ele havia se tornado famoso para as duas filhas, e nada mais tinha tanta importância."
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Camizinha 25/02/2018

Muito fofo.
É mais um livro do Maurício que eu leio e, mais uma vez, uma história que me prende do início ao fim. Tantas lições em tão poucas páginas.
A Família V é um doce e os conflitos de cada personagem me deixaram em lágrimas ao fim.
Recomendadíssimo.
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PorEssasPáginas 11/08/2014

A Cuca Recomenda: A Máquina de Contar Histórias - Por Essas Páginas
Há muito tempo eu queria ler alguma obra do Maurício Gomyde. Antes desse livro, ele teve outras quatro publicações independentes, e admiravelmente foi galgando seu espaço até publicar A Máquina de Contar Histórias pela Novo Conceito. Foi nesse momento que pensei: bem, agora não tenho mais desculpas, vou conhecê-lo! E criei expectativas altíssimas. Pois é, vocês sabem muito bem o que acontece quando a gente cria expectativas…

A sinopse desse livro é incrível. Assim que a li – e me deparei com essa capa lindíssima – tive certeza: é um livro que vou chorar litros e me emocionar demais. Comecei a ler com as expectativas lá em cima e… pois é, eu não chorei e muito menos me emocionei. Fiquei com uma sensação péssima ao invés disso.

Vinícius Becker é um escritor famoso, bem sucedido e que conseguiu muito mais do que pagar as contas com sua profissão: ficou rico. Só que o preço a pagar por tudo isso foi muito maior do que qualquer valor em sua conta bancária; por conta dos eventos e dos prazos, Vinícius acabou deixando de lado a própria família. Sua esposa, Viviana, foi diagnosticada com leucemia e, por quatro anos, batalhou contra o câncer, tendo ao lado as filhas, principalmente Valentina, adolescente, que por ser mais velha chegava a ficar no hospital com a mãe. Vinícius, porém, manteve-se ausente. O livro dá várias explicações para isso – como nós mesmos fazemos quando não queremos admitir a própria culpa -, mas o que ficou pra mim é que Vinícius teve medo. Medo de encarar algo tão real e doloroso como o câncer. Medo de encarar a morte de frente. Mas, mais do que isso: Vinícius era um covarde.

Vou precisar abrir um parêntesis aqui nessa resenha. Câncer, para mim, é um velho conhecido, infelizmente. Já tive duas duras perdas na família por conta da doença, já vi a realidade da dor e dentro dos hospitais muito cedo. E não importa se você é rico ou pobre, o câncer dilacera tudo que vê pela frente, sem se preocupar com o quanto você tem na conta bancária. Por tudo isso, toda vez que eu vejo um filme ou leio um livro sobre um assunto, eu choro. Sempre, sempre me emociono, sempre fico acabada. Mas, apesar disso, A Máquina de Contar Histórias não me tocou em nenhum instante. Nem mesmo quando se referia à dor que a doença causa.

Assim como Vinícius, o livro é frio. É quase como o próprio Vinícius descreve seus próprios romances: A Máquina de Contar Histórias é um livro muitíssimo bem escrito, técnico, com palavras bem colocadas, mas… falta sentimento. Falta veracidade. Faltou muita coisa no livro para que eu acreditasse na história, embarcasse nela e fosse realmente tocada.

“- Perdoar também é fácil. O difícil é acreditar sinceramente nesse perdão.
- Se você tivesse lido o meu último livro, talvez isso ficasse menos difícil.
- Para perdoar, palavras de um livro podem ser pouco.” Página 152

É impossível se conectar ao personagem de Vinícius. Após a morte da esposa e o fato de que ele não esteve presente em seu último suspiro, ele finalmente percebe que errou (mas ainda tenta encontrar algumas desculpas, como uma criança que admite que está errada mas ao mesmo tempo quer se explicar). As filhas, Valentina e Vida, estão distantes. Valentina, que ficou ao lado da mãe todo esse tempo, sozinha, está revoltada, coberta de razão. Como perdoar um pai que abandonou a família, abandonou a mãe doente, abandonou a filha sozinha para cuidar da mãe e vê-la partir? É duro demais, sério demais. Não é uma situação para ser consertada em duas semanas. Mas é isso que Vinícius deseja fazer: ele leva as filhas em uma viagem para reconquistá-las. O gesto até seria louvável se ele não tratasse a viagem como mais um dos seus projetos e o amor das filhas uma meta a ser atingida. Amor, confiança, amizade, não são fins: são meios. Sentimentos são construídos e alimentados continuamente. Mas Vinícius mais parece um menino mimado que quer porque quer realizar um objetivo. Como leitora, não consegui acreditar que seus sentimentos eram legítimos. E fiquei com pena de Valentina por ter um pai como esse. Ao menos, para mim, isso não é um pai. Antes da viagem ou depois da viagem, Vinícius permaneceu o mesmo; no fundo, ele não evoluiu tanto quanto o livro quer nos fazer acreditar. É como diz dentro do próprio livro: não explique, mostre. E em uma das cenas finais, quando ele tenta explicar o que estava fazendo, para mim foi o fim: se você tem que explicar algo com todas as letras, é porque algo definitivamente não está certo.

Valentina foi a melhor personagem do livro, a única que é verdadeira e que me fez virar as páginas, mas sua evolução ao longo do mesmo não é verídica. Já passei por uma situação semelhante à de Valentina e, portanto, foi muito fácil me colocar no lugar dela, entender a dor e a revolta pelas quais ela passa no livro. Mas nada disso passa com uma viagem e um pai que resolve pagar o que há de melhor no mundo para compensar uma perda. Faltaram cenas mais simples, com mais amor e envolvimento, e menos ostentação. O final ficou forçado, corrido, previsível e faltou, como eu disse antes, sentimento em todas as páginas. Também houve um excesso de técnicas literárias no livro – a explicação das mesmas -, o que pode ser cansativo para um leitor casual; se você está envolvido com o universo das letras, é gostoso ler esse tipo de coisa, do contrário, só se for com moderação, e no livro não é. Juntando todos esses fatores o que sobrou pra mim foi um enorme vazio, mas ainda assim, quero ler outros livros do Maurício Gomyde. Não se compra um livro pela capa e muito menos um autor por uma única história.

site: http://poressaspaginas.com/a-cuca-recomenda-a-maquina-de-contar-historias
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Laila @entrelivros 08/05/2017

A maquina de nos emocionar
Vinícius Becker é um escritor consagrado. Está no auge da sua carreia e lançando seu novo livro "A Máquina de Contar Histórias". Enquanto aproveita desse momento glamouroso ao lado do empresário e de pessoas da mídia, a mulher de Vinícius, Viviana, morre sozinha num quarto de hospital, vitima de uma doença impiedosa.

Ao saber do que aconteceu, ele volta pra casa cancelando todos os compromissos relacionados ao trabalho e espera passar por esse momento de luto ao lado das filhas Vida, de quatro anos e Valentina, de dezesseis. Mal sabe ele que Valentina o culpa por ter deixado a mãe morrer sozinha e assim mantem uma relação de raiva e rancor com pai.
Frustrado por saber que a filha se sentiu abandona ele tenta recuperar o amor dela, assim, planeja uma viagem no meio do ano letivo e leva as duas meninas para tentar recuperar o tempo perdido por sua ausência.
Vinícius perdeu muitas coisas em relação a vida das filhas e a principal delas foi não saber que Valentina era uma escritora assim como ele e, somente no velório de Viviana, ele tem tal descoberta quando a garota diz que não conseguiu terminar o livro que ela e a mãe escreviam. Valentina afirma com tanta força que odeia o trabalho do pai, que não consegue aceitar que ela mesma está seguindo os passos dele.

Muito resistente a aproximação do pai, a garota passa os dias trancadas no quarto ou fazendo coisas que desagradam Vinícius, como beber e matar aula. Ela se recusa a falar com ele e quando o faz é para acusá-lo de dar mais importância a carreira do que a família. Mesmo assim, Vinicius consegue convence-la de viajar e eles embarcam numa aventura em busca de reconciliação e da permanente busca pelo amor.

De início a viagem parece sem sentido e até mesmo uma forçação de barra, mas depois acabamos descobrindo o real motivo dela. Porém, antes deles viajarem, Vinicius descobre que Valentina mantém contato com uma amiga pela internet e "rouba" o endereço de e-mail dessa amiga para que ela lhe diga o que ele deve fazer para reconquistar o amor da filha. Nem preciso dizer que isso vai dar treta, né? Ao longo da viagem, muitas revelações vão sendo feitas, e eu me emocionei bastante com elas, incluindo as lembranças que Vinícius tem da falecida mulher.

A sensibilidade com que o Maurício escreve as cenas, nos faz pensar em coisas que ele próprio diz no livro em relação a como Vinícius faz para construir uma personagem. O livro é repleto de citações maravilhosas, entre uma delas a que eu mais digo para meus filhos: "Faça o que te fizer feliz". Sempre os incentivei a seguirem a felicidade, nunca um ideal exclusivamente financeiro. A história tem um narrador, mas também ouvimos a visão de Vinícius e seus pensamentos, não preciso falar que a leitura é maravilhosa, porque é. Assim como Vinícius, Mauricio escreveu um livro que faz o leitor queira virar sempre a próxima pagina esperando por mais, e acredite, o mais sempre vem. É deliciosa a forma como ele cativa nosso coração e nos faz ter piedade do Vinicius e querer que ele consiga recuperar o amor das filhas, especialmente de Valentina. Ele é capaz de fazer qualquer coisa por elas.

No final, temos certeza que o amor sempre vence. Mesmo nas piores situações podemos tirar uma lição que mudará nossas vidas. Amor, família, união, respeito, admiração, superação. São temas abordados de forma impar e sensível que certamente vai tocar você.

Espero que tenham gostado, deixem seus cometários e sigam o blog. Beijos!

site: entretodososlivros.blogspot.com.br
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Marcelo 25/02/2018

Excelente!
Livros que têm histórias intrincadas me encantam sempre. Em "A Máquina de Contar Histórias", o autor vai deixando uma série de pegadas e pistas que vão se entrelaçando para criar um universo mágico, dentro da realidade.
O que mais gostei foi das conversas entre o pai e a filha, sobre literatura. Cada um tem uma visão e a viagem é uma descoberta, de cada um deles, de nuances da literatura que antes não percebiam. Vale como uma aula em escrita sobre a própria escrita. Gostei demais!
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Erika Alcantara @literandofotos 14/08/2018

Incrível
Vinicius Becker é um escritor best-seller que esqueceu da esposa e filhas e dedicou-se extremante a profissão. Mas nem sempre foi assim, Viviana esposa de Vinicius contribuiu muito para ele subir na vida. Tudo piora quando Viviana descobre que está doente e sua filha mais velha, Valentina, dedica-se a cuidar da mãe e odiar o pai ausente, que vive seu em tempo integral, viajando, trabalho e em eventos, é exatamente em um desses eventos que ele recebe a notícia que evitava há 4 anos, sua esposa Viviana faleceu em um quarto de hospital sozinha e ele não estava lá. Quando ele percebe, que não aproveitou sua família, que não esteve ao lado da sua esposa enfrentando a doença, e principalmente que suas filhas o desprezam, Vinicius pensa nas formas para recuperar o amor das filhas.

????? incrível o que Maurício Gomyde fez com esse livro, um tema tão difícil com uma linguagem tão simples, tocou meu coração de uma forma tão singela... senti os conflitos de Valentino dentro do peito.
Chegar lá é difícil, mas se manter é dez vezes mais

? a criança olha para o céu e diz que apenas o sol corre por trás das nuvens. O adolescente, que apenas as nuvens correm pela frente. O adulto que os dois correm em velocidades diferentes. Pois o velho sábio sorri e afirma: enquanto o sol brilhar e as nuvens fizerem sombra, os três estarão sempre 100% corretos.
? na nossa vida podemos optar por sermos detalhista ou simples. Basta escolhermos o caminho e seguirmos em frente.
? todos merecem uma segunda chance.
? a vida é uma jornada com começo, meio e fim. Cada pessoa é o herói da sua própria caminhada.
? não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoa-lá por isso.
?gosto da ideia de saber que a forma como enxergamos as coisas é fruto do tanto que a gente aprendeu até ali. De não existir o certo é o errado.
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Fernanda 10/09/2017

Ótimo livro
A Máquina de Contar Histórias eu diria que é um livro que fala do amor de família, amor que envolve pais e filhos, amor que traz a tona a importância de pais terem equilíbrio entre carreira e a atenção com a família.

Os personagens principais dessa história são: Vinícius Becker (autor famoso) e suas filhas: Valentina (uma adolescente que não esta tãooo em paz com o pai) e Vida (a pequena de 4 anos mais mimosa impossível).

Vinícius Becker construiu uma carreira brilhante como escritor, sua esposa sempre fez de tudo para lhe ajudar, para lhe apoiar, inclusive o amor e dedicação dela por ele me marcaram muito e penso que, se um dia eu encontrar um amor assim também iria me dedicar sim e apoiar, afinal quando gostamos de alguém nada melhor do que incentivar a pessoa a buscar pelos seus sonhos. Mas a esposa dele chamada Viviana tem sua carreira sim, ela é arquiteta.

Eles tem duas filhas e a família vive em plena harmonia até que Vinícius começa a ter mais e mais fama, e essa fama começa a subir na cabeça dele que acaba se dedicando mais e mais para os compromissos literários e para a criação de mais uma história, de mais um livro.

Mas como vocês mesmo conferem na Sinopse, sua esposa morre e ele vê somente nesse instante o quanto deixou o amor pela família de lado e ai decide reconquistar o que sobrou dela, no caso as filhas. E essa reconquista é difícil, tensa, muitas vezes o personagem se vê diante de uma imensa parede que terá que escalar para conquistar novamente sua família.

A história emociona e prende muito atenção do leitor nesse assunto: o amor pela família, na necessidade do equilíbrio entre carreira e as pessoas que amamos.

Livro que deveria ser lido por todos e história que nunca deve ser esquecida. >> Não vamos deixar que a correria do dia a dia, que nossa carreira, nosso trabalho nos afaste de quem amamos

site: http://trilhas-culturais.blogspot.com.br/2016/05/resenha-maquina-de-contar-historias.html
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Patricia Navarro 14/10/2017

Virou meu queridinho.
É uma daquelas histórias que você termina e fica se perguntando: "como assim?", com um sorriso bobo no rosto.
O jeito que o autor escreve é preciso e sem rodeios. Para um livro com poucas páginas, tem tanta informação e cenas boas que é gratificante demais ler e se conectar.
A família V é um doce e ao mesmo tempo cheia de significados e força. Passei por uma situação parecida, perdi minha mãe e meu pai era distante. Foi uma forma de eu entender muita coisa.
Só digo isso: leiam.
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Michel 09/10/2017

Chato
Dizem que "Mauricio Gomyde consegue fazer cinema com as palavras", mas é um filme chato, que não te envolve, não te emociona, não agrada. É o segundo livro dele que eu leio (o outro foi o Surpreendente, que comprei junto) e abandonei os dois. Não recomendo.
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Priscila.Pieper 25/02/2020

A MÁQUINA DE CONTAR HISTÓRIAS
“Eu já errei demais, e você não vai me dar uma chance de consertar? Todas as pessoas do mundo merecem uma chance. Até as piores, como eu” (P. 86)

Se envolver no trabalho para se esconder dos problemas, ou enfrentar a dura realidade, é daqueles dilemas bem conhecidos, que se transforma em temática neste livro do Nicholas Sparks brasileiro. Em A Máquina De Contar Histórias, Gomye nos apresenta a vida da família V, um pai insensível e ocupado, uma mãe despedindo-se deste mundo, uma filha rebelde e a filha inocente. .

Apesar da temática clichê, a obra de Gomye parece mais com uma pegadinha. No início, o autor nos engana com o estilo meloso, enquanto que as personagens se desenvolvem de forma bem inusitada, nos levando à um final já bem conhecido. Todo o percurso é tratado com delicadeza pelo o autor, que nos faz passear pela mente de cada personagem, nos fazendo entender o conflito interno de cada uma delas.

Vinícius, é um autor consagrado que está prestes a lançar mais uma de suas obras que se tornará um best-seller em poucos meses. Afundado em sua fama e escrita, não se dá conta que em um quarto de hospital, a pessoa que ele mais amou se despede deste mundo. .

Enquanto isso, sua filha mais velha Valentina, de 16 anos, acaba alimentando um ódio por ele. Até que com certa razão, já que a responsabilidade de Vinícius, de acompanhar Viviana, sua esposa, durante a luta contra o câncer, fora transferida para a filha. Depois de muito pensar e analisar uma forma de recuperar o amor das filhas e resgatar o tempo perdido, Vinícius propõe uma viagem. .

Do início ao fim do livro, somos cercados
por um estilo de narrativa ja batido. Nada contra, afinal, esse tipo de história faz o leitor empatizar. O diferente da obra é deixado para o clímax, quando Vinícius descobre mensagens de sua filha trocadas com uma estranha. Finalmente os clichês são jogado de lado e o ponto mais interessante da obra nos é apresentado. Mas infelizmente logo seguida, voltamos ao roteiro sessão da tarde e o livro se encerra com final feliz.

site: https://www.instagram.com/vestidadeletras/
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AndreLSarausa 20/06/2014

Resenha - A Máquina de Contar Histórias
Vinicius Becker é um grande autor de sucesso internacional e amado por todos... menos por sua própria filha. Depois da morte de sua esposa, Vinicius toma um choque de realidade e percebe a vida ótima que tinha com sua esposa e filhas, e deixou tudo aquilo por seu trabalho. Agora, sem esposa, ele tenta fazer que sua antiga e feliz vida com a família volte, porém nem tudo acontece como ele esperava. Sua filha, Valentina, o odeia mais que tudo na vida, e diz que a culpa da morte da mãe é dele e que ele poderia ter feito muito mais por elas mas não as amava suficientemente.

Perdido, ele passa dias amargos dentro e casa e mal consegue entrar em seu próprio quarto, se sentindo apenas pior a cada dia. O desprezo de sua filha mais velha o corrói por dentro e ele sente que tem de fazer algo para eles voltarem a ter o laço familiar. Sem querer, ele esbarra no computador da filha e o acaba ligando, e mesmo sabendo que era errado o que fazia, acabou abrindo um vídeo que mudou totalmente o rumo da história e o fez tomar a rédea de sua vida de uma vez por todas.



Totalmente intenso e bem escrito, A Máquina de Contar Histórias consegue te prender no inicio ao fim, te fazendo passar uma noite em claro e acabar o livro com uma sensação ótima.
Desde o começo do livro eu sabia que ia gostar. Uma trama altamente bem construida, ótima narração e, é claro, a maravilhosa diagramação da Novo Conceito.

Fico feliz quando leio um livro nacional tão incrível e vejo o quanto as pessoas são preconceituosas quanto a livros nacionais que, muitas vezes, dão de lavada em muitos livros internacionais de sucesso por aí. Mauricio Gomyde tem tudo para estar na lista de mais vendidos e sei que se as pessoas se abrirem e derem uma chance para livros nacionais, vão se impressionar muito com o que os escritores do nosso país tem a oferecer. E está aí uma boa dica para quem tem preconceito com livros nacionais: leia A Máquina de Contar Histórias e mude totalmente sua cabeça!

A história é excelente e tem uma execução maravilhosa. Sem enrolar demais, mas com tudo bem narrado, você só fecha o livro depois de terminar. Porém devo dizer que essa está entre as capas mais feias da Novo Conceito. Se eu visse esse livro em uma livraria eu definitivamente ia passar longe, nem pegaria na mão para ler a sinopse pois a capa é totalmente não atrativa em todos os sentidos. Mas depois que você lê o livro, a capa faz todo o sentido e você sente que ela é boa o suficiente para a história, mas estamos falando de mercado aqui e o que conta é levar a pessoa a adquirir o livro, o que foi totalmente falho nesse caso.

Devo dizer que senti um pouco de John Green na história. Não estou acusando o autor de plágio, longe disso, mas alguns detalhes que acontecem em A Culpa é das Estrelas também acontecem nesse livro, me levando a torcer um pouco o nariz. Mas nada que seja grande coisa assim. Então fica aqui a dica de um incrível livro nacional, vale super a pena!


site: http://www.viajandonoslivros.com/2014/06/resenha-maquina-de-contar-historias.html
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Papel.Papel 05/01/2016

Sobre a coragem que apenas surge: A máquina de contar histórias, de Maurício Gomyde
I

- Tenho medo de perder a espontaneidade.

- Esse idealismo é bonito e é próprio dos jovens, e você está certa em ter medo de perdê-lo. Mas não vai ser por ter consciência plena das suas limitações e potencialidades que isso vai acontecer. Admiro sua perseverança em se entregar ao texto. Se assim for, que seja com a alma. O importante é você colocar fogo entre as palavras, e não nas palavras.

(A máquina de contar histórias, p. 159)



Seja você mesmo. Talvez o conselho que mais ouvimos na vida? Nesta busca pelo que é verdadeiro, conseguimos traduzir a intimidade que gostaríamos ou sentimo-nos intimidados por esta expectativa de sinceridade?

Contar uma história ou um desejo (ou ainda, o desejo de uma história) pode por vezes ter a voz de uma prece: silenciosa, embora irrequieta, como se estivéssemos à espera da melhor das frases, e não apenas de seu melhor. E qual o vencedor nesta luta entre o não-dito (o fogo entre as palavras) e tudo o que por motivos de timidez, engasgo ou mera incompetência não conseguimos dizer?

Ainda que em um continuum de coragem e tropeço, acredito que o importante seja dizer. Seria este um conselho menos dolorido? Viver de primeiras palavras, não importando quais ou quão importantes, sem medir o tanto de prazer e danos que causaríamos? Haveriam histórias pra contar, lembranças dessa espontaneidade pra vivermos?

Se a conversa e os encontros de nossos dia-a-dias são assim tão difíceis, no limite da naturalidade e da prudência, penso na dor dos que se propõem a escolher palavras para um poema, uma carta de amor, uma obra literária; no quanto de medo, tropeço, coragem, ousadia que cada corpo de texto desses carrega. Afinal, cabe ao autor demonstrar sua verdade com todas as palavras possíveis? É preciso exaustão para soar verdadeiro? Escrever até a alma cansar seu fôlego? Ou, como um antigo texto nos diz, teu nome no meio da página será sempre a melhor declaração de um poeta?

Seria a escrita então este algum-mundo onde nos sentimos... livres? E sentir-se livre, ainda que preso ao texto, é sentir-se então verdadeiro?

Sei que é preciso vontade. Para o impensado e também o texto escolhido. Para que assim o leitor-confidente ouça nossa precisão e soluço, e quem sabe complete o que ficou pelo caminho.




II


- As palavras de um de seus favoritos, Jack Kerouac, vieram à mente: 'A página é comprida, está em branco, cheia de verdades. Quando eu acabar com ela, provavelmente estará comprida, cheia - e vazia com palavras'. Pois ele sentia que o branco da página era o mais sincero a dizer a Viviana.
(p. 54)


O segundo álbum tem a fama de ser um marco e um problema para todo artista. Porque quando uma banda consegue seu melhor trabalho logo no primeiro disco, as expectativas para o segundo costumam ser duvidosas, como se já não houvessem créditos para algo ao mesmo tempo novo e incrivelmente fiel à experiência do primeiro. Talvez a Literatura siga em uma outra lógica e indústria, mas ser diferente com a mesma essência é uma cobrança que assola tanto o escritor como o artista, que nestas horas talvez sofram como um menino à espera de seu segundo encontro, onde por sua essência permanecerão formosos aos olhos da mocinha ou simplesmente ignorados por seus dois ou três diálogos mal ensaiados.

Em A máquina de contar histórias, Maurício Gomyde apresenta-nos Vinícius Becker, um escritor mundialmente famoso que, após um longo processo de dor e segundas chances, reconhece que a fama e o sucesso não o torna um escritor de verdade. Ainda que a verdade percebida por seu público tenha sido o êxito de sua carreira em todos estes anos. Mas no instante em que a vida real confronta a literária, é preciso escolher o caminho que mais importa, e então seguir. No caso de Vinícius, foi preciso este nocaute do real para que sua vida literária recomeçasse no caminho certo.

Aos dezesseis anos Vinícius descobre a escrita, e nela se abriga, sendo este seu melhor ofício e carreira, sua razão de existir. Quando adulto, esta vontade de escrita produziu um, dois, inúmeros bestsellers. E a vida assim continuava, entre milhares de fãs, histórias e clichês de sucesso, até o dia em que uma grande perda confrontou Vinícius com uma dura realidade: valeu a pena conquistar o mundo para deixar-se vencer pela vida?

Esposo de Viviana e pai de duas meninas, por muitos anos Vinícius tratou a literatura 'com a frieza de uma ciência exata' (p. 141), como se a proeza de seu texto (conquistada a duras penas) fosse uma fórmula suficiente para o êxito de seu ofício. Porque anterior ao sucesso está o domínio da escrita, mas para o pequeno-grande mundo que acompanha o artista (sua família e amigos), tal êxito talvez seja sinônimo de apenas isolamento.

Para Vinícius, não é preciso responder se a arte é a expressão de sua verdade (pergunta favorita de todo jornalista) pois suas obras falam por si, e por isso despertam uma inimaginável proximidade com os leitores. E se é verdade que o autor dedica mãos e tempo para escrever, costurar e cortar parágrafos e versos atravessados, seu trabalho será então verdadeiro. Como uma confidência, talvez. Ainda que muito bem estruturada e pouco "espontânea", como dirá Valentina, sua filha adolescente e então comentadora favorita, que não entende como podemos chamar de arte algo que não transparece a verdadeira dor e virtude de todo artista. Porque não pode ser autor aquele que não fala com vigor e autenticidade; afinal, é preciso que sua vida simplesmente pule do coração e se derrame na tela do texto.

E assim prosseguem os personagens de Maurício, neste possível-impossível das relações humanas e da criação artística, apaziguados apenas quando a maior das verdades, o Amor, verdadeiramente ocupa as páginas do coração de Vinícius e suas filhas.

Ainda sobre as segundas chances, lembro de uma entrevista sobre o Pearl Jam (trecho de um documentário na verdade) onde os integrantes comentavam sobre como Eddie Vedder era um cara um tanto introspectivo nos palcos, especialmente no início da banda, e que foi preciso um incidente em um dos shows (no caso, um tumulto entre público e seguranças) para que toda a intensidade da cena reverberasse na voz de Eddie. Este momento foi documentado em vídeo, assim como inúmeros outros de inúmeros shows, mas foi esta explosão de voz e expressão específica que a banda decidiu tornar inesquecível. Porque quando parte de nossa vida é de certa forma assim eternizada, importa guardar a lembrança que queiramos como mais verdadeira, talvez porque não seja possível compartilhar a lembrança mais importante de nossas vidas com todo o mundo. No caso do Pearl Jam, parece mesmo haver algum 'romantismo' nesta imagem de um cantor que descobriu sua voz apenas quando confrontou as forças que o policiavam (o que não deixa de fazer sentido); mas se esta imagem é de todo verdadeira ou não, não saberemos, e não importa. Afinal, para que haja história, seja a da literatura ou da música ou de nós mesmos, é importante que haja voz, ainda que fraca, como um prenúncio de uma coragem que em algum momento apenas surge, e vive.

site: http://blogpapelpapel.blogspot.com.br/search/label/A%20m%C3%A1quina%20de%20contar%20hist%C3%B3rias
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Tata 11/05/2019

Pai e filha velha não são fácil.
O pai perdeu a esposa porque ela ficou muito doente como leucemia. O pai cuidou duas filhas dele pois não acostumou .
Amei por exemplos .
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Thaís @thanoslivros 09/01/2018

Encantador
Olá, pessoal! Tudo bem?



Hoje vou falar das minhas impressões do último livro lido em 2017



A Máquina de Contar Histórias, Maurício Gomyde



Vinícius Becker é um autor bem-sucedido. Porém, ter se tornado um escritor Best-Seller, trouxe alguns fatos negativos. As suas muitas ausências no seio da família V, por conta de uma total entrega ao trabalho, fez com que perdesse muitos momentos com sua mulher e filhas. No dia do lançamento do seu último livro, sua mulher Viviana, que sofria com um câncer, falece. Após esse grande golpe da vida, e a frieza com que sua filha mais velha, Valentina, o trata, Vinicius se dá conta de que suas prioridades têm que mudar. Disposto a se redimir, decide levar as filhas em uma viagem. Uma viagem que programou a dedo e que cada detalhe vai ser importante para que os laços da família voltem a se tornar fortes.



Segundo livro do Gomyde que leio e que, mais uma vez, conseguiu me ganhar. Com sua escrita fluida e um enredo interessante, o autor encanta com uma história emocionante e bem desenvolvida. A delicadeza que põe em cada linha é de um primor que é difícil não se deixar levar pela carga emotiva que cada personagem vive.

Além de trabalhar bem toda a dor que Valentina vive (e que desconta na mágoa que tem pelo pai), Gomyde nos mostra como Vinícius percebeu que o ato da escrita, antes prazerosa, passou a ser uma coisa mecânica. Percebeu que, simplesmente escrevia.



"... Vinícius foi se isolando no escritório do terceiro andar. 'Preciso escrever, preciso pesquisar, preciso entregar, preciso revisar. Preciso, preciso, preciso...' Ele só não havia sido preciso na arte de amar e cultivar a família."



Infelizmente, uma grande perda o fez perceber que estava se afastando das filhas e, assim, deixando de viver momentos preciosos ao lado delas. E é nessa tentativa de Vinícius reconquistar a confiança e o amor da família que surgem o mais diversos momentos de diversão e emoção que nós, leitores, vivenciamos ao ler esse livro.



Com leveza e simplicidade viajamos num enredo lindo e tocante. História linda e prazerosa e que me fez fechar o ano com chave de ouro.



Recomendo



Bjo, Thaís

site: www.instagram.com/thathemi_leitoravoraz
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Rahmati 24/02/2018

Um aglomerado de clichês que funciona
A Máquina de Contar Histórias é a primeira coisa que li do autor Maurício Gomyde. Provavelmente não vou ler nada mais. Não que o livro seja ruim: é bom. É só que não é para mim. Claro que chorei no final, porque sou uma moleza de uma manteiga derretida, mas achei a história clichêzenta até falar chegar, a escrita brega, o personagem principal que parece o tiozão do pavê (o que não quer dizer que ele seja mal construído, ou qualquer das outras personagens), a história cheia de lições de moral… Enfim, não é mesmo para mim.

site: www.rahmati.com.br
Karina.Agra 27/08/2019minha estante
Achei o mesmo...




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