O Príncipe

O Príncipe Maquiavel




Resenhas - O Príncipe


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Rangel 02/07/2015

COMO DEFENDER E CONDUZIR UMA SOBERANIA
Nicolau Maquiavel, na sua obra prima “ O Príncipe”, escrita entre 1513 e 1516, expressa a noção de Estado como forma de organização da sociedade. Por isso que a obra é considerada a iniciante da moderna ciência política, que se parece mais como um manual de ensinar o governante conservar o poder e manter o controle em seu Estado. O livro esta dividido em 26 capítulos, que tratam de temas de estratégia política, que instrui o governante em conquistar, exercer e manter o seu poder. A essência generalizada da ideia da obra é que “os fins justificam os meios”, mas ao ler o texto em si, não se encontrará tal frase, mas muitos que o leram, interpretaram desta forma em como manter o poder, mesmo que para isso, não se atenha a uma moralidade para se alcançar. Nos primeiros capítulos, detalham-se os tipos de principados, as causas do bem-estar e do mal-estar desses pelos quais muitos os adquirem, os conservam e porque os perdem. Do capítulo XII ao XIV, enfatiza-se o poder militar dos principados e alerta o perigo das milícias mercenárias e auxiliares, que não são leais, são inúteis e perigosas, pela causa do poder, pois não combatem por honra do principie, mas pelos seus próprios interesses. As armas que um príncipe defende seu Estado são próprias, ou mercenárias, ou auxiliares, ou mistas. O melhor para um príncipe é ter suas próprias armas e ter seu próprio exercito para batalhar e guerrear. Assim, um principado deve ter suas armas próprias para conquistar e manter seu poder, sendo necessário também utilizar, também, de boas leis. Por conseguinte, as atribuições de um príncipe é de dispor de capacidade de manter o bem estar do seu povo, seja pela força ou pela bondade, contudo, não beneficiando um único lado, uma vez que não adianta agradar os soldados e ofender o povo, o que é um erro. Por isso que o príncipe deve agradar soldados e a população com prudência e postura, a fim de ser louvado e venerado. No capítulo XV, exorta-se a prudência necessária ao príncipe quando se vale da bondade, conforme necessidade, e no capítulo XVI, o príncipe também precisa proporcionar liberalidade com prudência, a fim de não ser desprezado e odiado. No capítulo XVII, reporta-se o uso da crueldade e da piedade pelo príncipe com sabedoria, no sentido de manter seu povo unido sob sua soberania, pois, é melhor ser temido do que amado, no sentido de justificar o vínculo de obrigação, quando alguém quebra a convenção, e o castigo deve ser bem mostrando e demonstrado para aqueles que traem o príncipe. No capítulo XVIII, pondera-se o uso da astúcia, pelo príncipe como uma raposa, e feroz e forte como um leão. Um príncipe precisa saber bem empregar os modelos da astúcia e da força para se defender do terror dos lobos, que atacam em matilha, que são considerados como os inimigos. Por isso que o príncipe deve utilizar a natureza dos modelos da raposa e do leão, com prudência, mesmo que tenha de disfarçar, simular e dissimular qualidades, para enganar seus inimigos. Por isso que o príncipe deve ter habilidade em agradar ao povo, demonstrando ter atributos morais e éticos, porque são características úteis, como por exemplo, parecer piedoso, fiel, humano, íntegro, religioso e disposto, a fim de parecer que está preparado para tomar decisões e solucionar vicissitudes. O povo enxerga seu príncipe como alguém forte e que merece manter seu poder, No capítulo XIX, reporta-se às conspirações, que o príncipe deve saber se defender e desmantelá-las, saber estimar as pessoas importantes que podem ser suas aliadas e não deixar o povo que o odeie. No capítulo XX, as fortalezas são enfatizadas em conjunto com as armas, a fim de proteger o povo dos inimigos, o que faz o príncipe também ser amado, que se preocupa com a segurança de todos. No capítulo XXI, as honras das conquistas realizadas pelo príncipe devem ser merecidas ou pelo menos demonstradas serem merecidas. Os bons e maus ministros devotam o príncipe, mas com ações sempre em interesse, ou para exaltar o príncipe (caso dos bons) ou os que pensam em si próprios (caso dos maus). Um príncipe, percebendo que o ministro é mau, jamais nele poderá confiar. No capítulo XXIII, recomenda-se que o príncipe possua bons conselheiros, devendo escolher entre homens sábios, livres para lhe falarem a verdade, quando perguntados, como também ouvir suas opiniões para melhor juízo e apreciação nas suas decisões e ações. Aos conselhos, o príncipe deve ouvi-los e acatá-los com prudência, discernindo quais são os bons conselhos. No capítulo XXIV, exemplifica-se o porquê de que alguns príncipes da Itália perderam seus estados, por não terem armas suficientes ou adequadas para se proteger e defender sua soberania, ou porque fizeram inimizade com o povo, ou porque não garantiu ao povo ações contra as explorações dos grandes senhores, por não ter um exército forte ou não ter utilizado o exército. No capítulo XXV, reporta-se sobre as variações sociais causadas pelo tempo e de como o príncipe deve se adequar a elas, que se deve orientar com prudência e paciência, a fim de possa comandar o povo com orientação boa e proporcionar felicidade em tempos que as circunstâncias se modificarem. A forma de governar deve mudar conforme o que a sociedade se transforma. No último capítulo, revela-se que o intuito do livro “O Príncipe” é convidar o governante daquela época retomar o controle do principado, e para isso deve-se fazer novas leis e novos regulamentos, bem como renovar as milícias e os soldados a fim de empreender métodos para retomar a soberania e a veneração do povo. Assim, a obra de Maquiavel foi escrita condizente com sua época, mas que é totalmente questionável nas condutas que ferem a ética do governante para alcançar seus objetivos. Na verdade, o livro mostra a realidade de como se faz política de forma estratégia sórdida ou não, mas que se busque resultado de unir um povo no exercício da soberania de um Estado. Vale a pena ler para entender como a política em si funciona e como a obra é atual, quando se analisa fatos políticos atuais.
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Barkley 17/05/2022

Rico em palavras.
Um livro com um vocabulário rico, e pra quem não entende muito bem acaba sendo maçante lê-lo. Venho a dizer o velho clichê ?Os políticos certamente devem ter esse livro na cabeceira da cama?. Aborda ensinamentos de como um príncipe deve conquistar, manter e evitar a perda de um Estado.

Ser amado ou temido? Nicolau diz que é melhor ser temido, porque o temor que se infunde é alimentado pelo receio de castigo, que é um sentimento que não se abandona nunca. E o amor é um vínculo de obrigação para com outros.
Vanessa.Alessi 20/05/2022minha estante
Uaauu! Adorei o resumo, deu vontade de ler


Barkley 22/05/2022minha estante
Recomendo!!




Débora 21/09/2020

atemporal
Não é atoa que "O Príncipe" é uma das leituras bases para compreender o realismo estatal. Não achei a leitura complicada, pois ele sempre traz exemplos e liga seus pensamentos em todo decorrer da obra. Sem dúvida alguma é um livro atemporal, entretanto, Maquiavel ensina de maneira calculista como manipular o povo, a elite, o exército e outros principados (estados) a favor da glória do líder estatal, deste modo, temos como exemplo o famoso ponto destacado no livro que é: um príncipe não precisa ser amado, mas deve ser temido e nunca odiado. Em alguns momentos, algumas pontuações dele me fizeram pensar em questões cotidianas, mas isso porque eu tenho mania de tornar tudo em autoajuda. Por fim, acredito que é um obra essencial para compreender a postura dos políticos passados e atuais, apesar de que acredito na necessidade de uma nova forma de fazer política, a história nos proporciona o direito de fazer diferente.
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Aline 15/08/2022

É bem diferente do que achei que seria o famoso O príncipe de Maquiavel. Pareceu uma grande aula de história sobre o governo na antiguidade.
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Laurex 23/01/2024

Clássico histórico
Confesso que li simplesmente porque é um clássico, que inclusive não li nos tempos de colégio (ainda bem pois nada entenderia). Sou leiga da parte histórica que o livro retrata e como um clássico, achei ok. Maquiavel trás algumas reflexões interessantes e tudo mais sobre a visão dele acerca da comunidade e do ser humano, que é mau por natureza. Por vários motivos discordo de vários pontos que tratam de reflexoes mais filosóficas mas acho que como um clássico é importante a leitura para quem se interessa por esse tipo.
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triz 09/09/2022

Eu estou chocada, impressionada e enjoada com tudo o que eu li.

Nicolau Maquiavel, com certeza, foi e ainda é um grande pensador da humanidade, não é atoa que essa obra em específico ainda é muito comentada e estudada na atualidade. Esse livro é um estudo da história, um estudo do passado e do presente de Maquiavel que nos faz entender nosso presente e futuro. Mas a triste realidade é que O Príncipe é cruel, vil, e desastroso. Nicolau Maquiavel incentiva certas práticas ? que fazem sentido para a época, mas ? que reberveram o machismo, o patriarcado e o abuso de poder entre os séculos.

O que me choca ? e me faz ter medo, as vezes ? é como O Príncipe ainda é muito atual, como ainda está fixo no nosso presente; porém, agora, não são apenas príncipes que adotam esse "guia" de Maquiavel, e sim pessoas ? em geral ? que estão em cargos de poder. Essa mesma razão é o que me impressiona e me enjoa, ao mesmo tempo; é uma realidade difícil de encarar.

Eu estava pensando em 3 estrelas, mas isso é quase impossível diante ao fato de que poderia muito bem ser uma análise do nosso mundo atual, essa obra escrita há mais de 500 anos atrás explica nosso cotidiano e as relações internacionais, então me sinto na obrigação de dar 5 estrelas.
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Davi.Leonidas 19/05/2024

Um livro necessário para perspectiva da época renascentista
Esse livro é necessário em todas escolas com aula de filosofia ou faculdades de história, pois conta a perspectiva de Maquiavel para a época que ele mesmo viveu, dando exemplos de outras também, como o declínio de Roma.
Eu que não sou muito fã desse tipo de livro, dou essa nota. Mas tenho certeza de quem gosta desse gênero dará uns 4,5 ou até 5.
Maquiavel discordava da forma de governo da maioria dos principados, por isso escreve esse livro e explica como realmente deviam ser governados.
Recomendo a todos fãs de história ou filosofia.
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Emerson342 30/04/2024

Maquiavel não é tão insensato como dizem, apenas um homem com pensamentos contemporâneos que utiliza um modo de linguagem diferente.
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Paulin 20/09/2020

Teoria política
Didático, astucioso e sincero. É assim que Maquiavel pode ser definido nessa obra.
Ele descreve como deve ser um bom político, digo, um bom príncipe, apesar de não apelar para o lado idealista, mas cedendo mais para um tom realista-pessimista.
O príncipe para aquela época, bem como nas mãos do nosso autor, era a figura do governante maior do povo, da majestade estadista. E ele não poderia se comportar como qualquer outro, tinha determinadas regras morais e éticas a seguir se quisesse permanecer no governo como uma figura forte.
Maquiavel revolucionou o campo da Teoria Política por propor e refletir sobre essas condutas e comportamentos dos monarcas, dos políticos.
Seu texto não é amplo, mas aborda temas centrais da política (da época e que também estão em vigor hoje, no moderno cenário político) como a fragilidade presente na bondade desenfreada, a boa escolha de seus conselheiros, o uso de armas para a manutenção da segurança do Estado, o uso da força e até da violência em situações oportunas, a premiação e a punição públicas de cidadãos que cometam realizações extraordinárias (como quem inventa um artefato ou um conjunto de ideias que estejam a serviço da sociedade ou alguém que cometa um crime bárbaro), etc.
Maquiavel traça medidas que o príncipe pode utilizar para, sempre, colocar ordem no Estado, mesmo que, para tal, precise recorrer à violência, ao uso da força e da crueldade. Daí nosso termo ?maquiavélico? e a ideia de ?os fins justificarem os meios?.
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Mari Vannucci 30/06/2022

?Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!?
Um manual de instruções para imperadores iniciantes.
Gostei que Maquiavel não explicou a política com floreios. Uma narrativa até cruel, em alguns momentos, como é ?na realidade ? o ato de se dominar.
Não é muito o meu estilo de leitura, mas quis arriscar ler esse clássico. Para alguém que não está acostumado com essa escrita, a narrativa acaba sendo maçante.
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Beatriz 10/11/2021

Quando feita objetivamente, a leitura do Príncipe é um prato cheio para os amantes e curiosos da filosofia, que encontram no livro toda a concepção moderna/contemporânea de se fazer política, éticamente ou não. Subjetivamente, é um guia de como lidar com as adversidades quando se está no poder e deseja impor respeito, ou até mesmo em como lidar na sociedade atual, onde a hierarquia social e de poder muda frequentemente.
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C9 15/10/2021

Indispensável
Lendo pela segunda vez. É impressionante como pescamos novas informações na releitura. Uma obra polêmica que pega na essência humana e ao mesmo tempo causa incômodo. Acredito que o pensamento de Maquiavel seja coerente com a situação que a Itália se encontrava na época.
Leitura mais que obrigatória e sempre agradável de ler.
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Duda 17/11/2021

"Porque isto se deve afirmar em geral dos homens: eles são ingratos, inconstantes, falsos, covardes, cobiçosos..."

um livro incrível pra quem gosta do assunto, se você não gosta por outro lado....
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