Psychobooks 17/09/2013
Esse é mais um daqueles livros que comprei logo no lançamento em inglês, porque fiquei apaixonada pela capa e PRECISAVA desse livro em hardcover com urgência. No entanto, ele chegou, coloquei na estante e lá ficou o coitado todo esse tempo, até ser lançado em português e eu finalmente conseguir ler simplesmente por usar a desculpa 'É de parceria, preciso ler ele com urgência'. Sei...
Olhem bem para essa capa! Impossível não se apaixonar por ela, ou ao menos querer pegar o livro e ler a sinopse. Eu já comentei que durante todo esse tempo eu não tinha lido a sinopse? Pois é, não tinha. Tudo o que eu sabia era que envolvia morte de adolescentes e uma garota confusa.
- Enredo
O livro começa com um aviso da protagonista, seu nome não é Mara Dyer, mas foi aconselhada por seu advogado a usar um pseudônimo e ela escolheu esse.
Mara Dyer tem dezesseis anos e sua última lembrança antes de acordar na cama de um hospital é de ter ido assistir um filme na casa de Rachel - sua melhor amiga -, depois de uma brincadeira nada agradável com a tábua de ouija. Dias depois em uma cama de hospital, Maya recebe a notícia de que sofreu um acidente em uma prédio abandonado que um dia foi um sanatório. Infelizmente, suas amigas Rachel, Claire e seu namorado Jude, foram soterrados e estão mortos.
Para tentar superar esses traumas, Mara e a família se mudam e vão para a ensolarada Flórida. Nova escola, novos amigos e é claro, uma nova paixão. Mas o passado ainda assombra a garota que em certos momentos não consegue distinguir realidade e alucinação.
- Narrativa
A narrativa é feita em primeira pessoa pela própria Mara Dyer, mas como ela não se lembra do que aconteceu realmente no antigo sanatório e tem algumas alucinações, ela não é uma narradora confiável. A princípio, a história é um pouco confusa, mas algumas pistas mostram que a Mara está mentindo para si mesma e consequentemente para o leitor.
A autora fecha seus capítulos com uma cena em cliffhanger (saiba o que é isso aqui) e isso faz com que seja praticamente impossível deixar o livro de lado, principalmente por serem capítulos curtos e sinto em lhe informar, depois que você passou da página 100, não vai mais largá-lo de jeito nenhum. Eu passei a madrugada lendo, no dia seguinte fui trabalhar com muito sono, tudo por causa da Srta. Mara Dyer. Então, um conselho: comece a ler esse livro no final de semana ;)
Ao terminar o livro pensei, W.T.F. o.O, mas de um jeito positivo. Esse não é um daqueles livros que explicam tudo direitinho, mas acredito que no próximo livro da série alguns mistérios serão solucionados.
- Personagens
Mara Dyer está com problemas psicológicos, está tentando reconstruir sua vida, enfrenta o desafio de começar em uma escola nova, sua família é unida e a apoiam. A mãe é superprotetora, o pai trabalha muito e nem sempre chega à tempo de jantar com todos e seus irmãos são muito fofos. O mais velho, Daniel, é bem engraçado, principalmente porque adora uma fofoca!
Noah é o garoto de sotaque britânico, que usa all star, não segue todas as regras da escola, já dormiu com quase todas as garotas da escola e deixou uma trilha de corações partidos atrás de si. Mas eis que surge a garota nova (oi Mara) e ele muda completamente.
- Se não fossem os clichês...
E é por causa de alguns clichês que eu não consegui dar 5 estrelas. A garota popular da escola (Anna), persegue a garota nova (Mara), porque o cara mais gostoso e misterioso (Noah), está a fim dela, que a princípio nega seus sentimentos e odeia o cara. Pelo menos a autora nos poupou de um triângulo amoroso.
- Mari, recomenda a leitura ou não?
Sim! É claro que recomendo!
Se você conseguir ignorar os clichês que citei acima, o desenvolvimento do enredo, trama, mistério e outras coisinhas, vale muito a pena ler.
O mais intrigante desse livro é que o leitor não imagina o que possa realmente estar acontecendo e quando algumas respostas aparecem causam grande surpresa. Sem contar que a escrita da autora é ótima, leve, envolvente e tem um ritmo acelerado.
Mas então Noah se voltou para mim. O rosto estava anormalmente aberto e sincero, mas os olhos eram desafiadores ao encararem os meus. Minha pulsação disparou sem meu consentimento.
Página 202
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