spoiler visualizarThaís 21/02/2013
Muito bom!
CAPITULO I
O Pai de Parvana havia falecido. O Funeral havia terminado. Quem havia feito o sepultamento era um homem desconhecido. Parvana havia ficado muito tempo ao lado daquele monte de terras, colocando pedras em cima daquele montoado de terras.e pedra era o que mais existia no afagnestão. Ela estava preocupada em colocar muitas pedras porque ela havia se lembrado que ela e a amiga desenterravam ossos para vender, então ela não queria que fizessem isso com o pai.
Agora ela estava completamente sozinha . E não tinha pressa nenhuma em sair do lado do corpo do seu pai. Pressa para que ? para onde ela iria ?
Havia alguns homens ao lado dela, a maioria eram velhos, os mais jovens estavam mutilados, sem um braço ou um olho ou um pé. Os outros jovens ou estavam na guerra ou mortos.
O pai dela não havia morrido por uma bomba. Ele simplesmente havia morrido. Talvez (minha opinião) ele tenha morrido pelo o que ele sofreu com maus tratos quando ficou preso. Ele esteve doente, fraco,
Ela não conseguia chorar, um dos homens se mostrou prestativo em ajudá-la, pois ela estava sozinha e desamparada. E um desses homens disse para ela ir ate a tenda de plástico buscar suas coisas pois ele iria levar ela para sua esposa cuidar dele(a). Mas na verdade tanta gentileza e interesse assim era de desconfiar. Como podia uma pessoa estranha naquele país ser assim tão bom e carinhoso sem nenhum interesse ? na verdade, a intenção era de vender Parvana. E conseguir algum dinheiro com isso.
Parvana foi ate a tenda, fez uma trouxa com seus pertences e os livros do pai, e seguiu o homem. Ao chegar na casa do homem, uma casa de barro, Parvana foi recebida como hospede e teve algumas regalias.
Conversando com essa família “generosa” Parvana relembrou a historia da família.
Ela ficou por uns dias ali, brincava com as crianças. Mas sabia que precisava partir. Pois ela não podia ficar muito tempo ali, já tinha 13 anos e ia chegar um dia que não poderia mais fingir que era um menino.
As crianças brincavam num caminhão tanque soviético enferrujado, esse era o brinquedo deles.
Uma certa noite, Parvana foi acordada por uma das meninas, que pediu que ela fugisse imediatamente , pois a menina havia ouvido os adultos dizerem que iam chamar os soldados talibãs e entregar Cassim na esperança de ganhar um dinheiro.
Parvana acreditou na menina, pois já havia ouvido essa historia antes.
A menina quis ir junto mas Parnava não permitiu.
Andou muito ate se distanciar. Ela desejava muito alguém para conversar, sentia saudades da amiga, Shauzia.
A solidão e a saudade era grande de Shuazia, então Parvana sempre escrevia cartas para ela, mas é claro que não eram entregues, nem havia como.
Quando ela escrevia essas cartas ela acabava desabafando.
Capitulo II
Parvana havia adquirido o hábito de recitar a tabuada seu pai havia a ensinado a esse hábito
O Pai havia sido professor de historia mas conhecida também outros assuntos.
Ela andava muito pelo deserto, as vezes pegava carona em uma carroça ou caminhão.
O pai as vezes a ensinava inglês riscando o chão.
Em noites estreladas o pai falava sobre estrelas e planetas.
Ate poemas seu pai as vezes fazia.
A menina carregava suas coisas numa trouxa e numa bolsa que era do pai.
Num dia, ela ouvia um gemido e foi procurar, ate que encontrou uma mulher que não falava e choramingava. Talvez o único momento em que Parvana demonstrou raiva foi esse quando ela encontrou essa mulher. Porque ela queria que a mulher estivesse boa o suficiente para cuidar dela. Pois assim era a lei da vida, os mais velhos cuidando dos mais novos. Parvana teve vontade até de chutar a mulher de tanta raiva que estava. E quando ela viu que a mulher não poderia ajudá-la e ela também não podia socorrer a mulher ela resolveu ir embora.
Capitulo III
Um dia ela encontrou uma vila bem minúscula, com casebres de barro, e estava em ruínas. A destruição tinha sido por bombas. Então ela desceu a colina e entrou no vilarejo com muito cuidado para não pisar em nenhuma bomba. Ela entrou em algumas casas e via o que havia sobrado.
Ela começou a ouvir um barulho que até parecia um gatinho, ele foi procurar o som. Era um bebe deitado todo sujo, e bem próximo a ele havia um corpo de mulher cheio de moscas, então Parvana achou que ela podia ser a mãe do bebe.
Parvana começou a conversar com o bebe, viu que era um ,menino e foi em busca de comida e roupas para ele.
Ela achou um pouco de arroz mas estava mofado, ela tirou o resto do mofo para dar para o neném. Mas era comida e precisavam comer. Ela deu banho no menino.o alimentou e também tomou banho e os dois dormiram um pouco.
Parvana não sabia o nome do bebe, então resolveu chamá-lo de Hassan.
Ela estava adorando ter companhia.
Em meio a tantos destroços, ela achou uma cabra, e galinhas, então teve ovos e leite.
E em meio a tanta destroços ela buscava algo que podia ser útil para ela e o bebe. Ela não gostava muito de fazer isso, porque ela tinha a impressão de estar roubando.
Pegou o que podia, sabonete, farinha, arroz, óleo de cozinha. Ela se surpreendeu quando viu um pequeno embrulho e nele tinha um sabonete, que talvez o dono tenha guardado para alguma ocasião especial.
Mas ela viu uns talibãs, andando pela vila, então ela pegou tudo, o bebe e correu dali com muito medo de ser pega e descoberta.
Ela tinha muito medo que descobrissem que é um menino.
Agora ela tinha as coisa dela para carregar e mais o bebe, então ela resolveu enterrar os livros do pai, pois acreditava que um dia iria voltar e pegar eles.
Sem dizer que ela tinha um exemplar da revista que era contrabandeada.
Sua inocência era muito grande, ao enterrar os livros ela imaginou que assim o pai poderia de certa forma ler.
Capitulo IV e V
Andando e andando achou uma caverna que ela e o bebe poderiam descansar. Mas ela de repente ouviu uma voz saindo de dentro da caverna. E descobriu que era de uma criança, muito malcriada e mal humorada que foi logo dizendo para ela ir embora dali.
O menino dizia que a caverna era dele. Ele ameaçou dizendo que tinha uma arma.
Ele começou a jogar pedras em Parvana e no Hassan.
Era um menino muito sujo, fedorento e mandão. E mal criado. Ele tinha apenas uma perna e um par de muletas.
Ele gritava e xingava muito.
O nome dele era Azif
E a menina continuava a escrever para a amiga Shauzia.
Parvana precisava negociar com Azif, pois ele não quis sair da caverna e para isso ela teve que dizer que se ele quisesse comer teria que sair de lá. Ele não quis tomar banho então ela disse que se ele não tomasse banho também não comeria. Ele na verdade tinha muito rancor em seu coração. Era um menino muito sofrido.
Azif tinha muitas cicatrizes no corpo. Ele dizia que tinha sido perseguido por um monstro.
Parvana sentia saudades de seus cabelos longos, de sua casa quando ainda tinha TV, da escola.
Capitulo VI
Ela gostava muito de ver a casa limpa, então ela estava sempre limpando a caverna.
Mesmo sozinha ela falava em voz alta.
Em meio a conversas Parvana disse a Azif que existiam cavernas com tesouro, e que aquela poderia ser exatamente uma que Alexandre o Grande teria usado para guardar seu tesouro. Alexandre foi um general que viveu muitos anos atrás que tinha muitos tesouros.
Na sua ingenuidade Parvana chegou a sonhar que existia uma caixa de moedas enterrada ali.
Decidiram cavar para ver se achavam algum tesouro, de imediato Azif disse que se existisse algum seria dele, pois a caverna era dele. E Parvana disse que ele teria que dividir com ela pois ela que fazia a comida e cuidada dele.
Então pegaram algumas pedras e começaram a cavar, cavar. E a sonhar o que iriam fazer com as moedas encontradas.
Acharam uma caixa de metal verde, o cadeado estava enferrujado, mas estava cheia de balas de revolver. Eles ficaram muito desapontados.Parvana jogou a caixa muito longe.
Capítulo VII
Como Parvana estava decidida a procurar sua mãe e seus irmãos, ela disse ao menino que iria partir.
Azif na verdade queria que ela ficasse ali, ele não admitia mas gostava da companhia dela e do bebe.
Azif resolveu partir junto com Parvana e Hassan.
Uma incerteza rondava os pensamentos dela, mesmo com pouca idade, ela era muito responsável, ela cuidava de um bebe e de um menino alejado. Ela iria partir, mas precisava controlar a pouca comida que restava, pois não sabia quando iria encontrar mais. Um dia a panela caiu de boca para baixo no chão e eles cataram grão por grão.
Parvana continuava a escrever cartas para a amiga Shauzia. Ela relatava tudo que acontecia.
Capitulo VIII
Eles três andavam muitos e muitos dias a procura da família, comida ou alguém que pudesse ajudá-los.as vezes passava uma carroça ou um caminhão e por mais que ela os acenasse não paravam.
Ficavam com fome, e dores.
Azif não gostava de falar da sua família. Ele evitava a falar a respeito.
Um dos momentos bons para Parvana era quando ela pegava o caderninho e começava a escrever para a amiga, ela sonhava muitas vezes fazendo a sair da realidade.
Parvana e Azif discutiam muito, ele tinha mania de atormentar a menina, a chamava de burra muitas vezes.
Depois de muitos dias encontram um vilarejo, que não havia sido bombardeado, se tivesse os moradores já o haviam reconstruído.Ao entrarem no vilarejo, as pessoas que ali estavam ficam olhando eles. E Ela se sentia desconfortável a respeito.
Encontraram um homem e foram pedir água e emprego. Mas não havia emprego naquele lugar, e eles também não queriam mendigar.
Então um homem disse que Cassim poderia limpar o seu galinheiro em troca de comida.
Estavam com sede e a única água ali era de chuva dentro de um barril. Mas não havia outra, então tomaram essa mesma.
Limpou muito bem o galinheiro, enquanto que Azif e Hassan estavam sentados em baixo de uma arvore.
Em meio a faxina no galinheiro, Cassim encontrou ovos, muitos ovos que talvez o dono não tenha visto.
Pensou em roubar alguns, mas lembrou o que acontece com que rouba. A mão é amputada. E o pai dela não teria orgulho disso.
Quando terminou a faxina, o homem veio com um pouquinho de arroz que não daria para os 3 comerem. Parvana reclamou, mas o homem retrucou dizendo que so ela havia trabalhado.
Partiram dali, mas não muito longe.Durante a noite, Parvana e Azif deixaram Hassan dormindo no esconderijo e voltaram no galinheiro e pegaram aqueles ovos,e também uma galinha. Voltaram para o esconderijo, pegaram o bebe e foram para bem longe da vila.
Ela ficou com raiva pelo o homem ter sido tão egoísta e ruim com eles. Pois são crianças.
Capitulo IX
Azif começou a se mostrar um bom menino, ele havia deixado de ser um pouco resmungou e já ajudava nas tarefas, ele ate matou a galinha.
Era muito difícil conseguirem dormir, o chão duro de pedras machuca as costas e havia também a fome. Mas muitas vezes o cansaço os faziam dormir.
Quando não tinham sono, sentavam e ficavam olhando as estrelas e cantando alguma musica.
Capitulo X
Fome que aumentava, não tinham o que comer, e comia ate grama para sobreviverem, mesmo que isso doesse o estomago. O bebe já estava quieto demais, e doente.
Sua imaginação ia além de tudo e ela compartilha isso com os amigos, imaginando um vale verde cheio de comida. Sorvete.
Não tinham com o que brincar, então começaram a brincar de arremeçar pedras, até que jogaram uma bem no campo minado, que deu uma enorme explosão. Os três se abraçaram e começaram a chorar e a chorar.
Capítulo XI
As minas terrestres estavam em todo o lugar, e ninguém podia ver, ficavam escondidas em meio a pedras bonitas. Se alguém a pegasse podia perder até o braço.Um passo em falso poderia ser fatal.
Sentados ali esperando a fumaça da explosão passar viram uma criança caminhando.
Em meio a um campo minado, eles até pensaram ser uma miragem, como seria possível uma menina andando em meio a tantas bombas.
A menina ficou surpresa quando viu as três crianças. Pois ela já estava ali naquele vale há muito tempo ser ver crianças.
A menina ficou triste por ter encontrado 3 meninos. Mas logo percebeu que Cassim era na verdade Parvana.
A menininha tinha um corpo magro e com muitas feridas. Havia feridas no rosto e na cabeça. Ela usava uns colares de prego e pedaço de lâmpada.
Ela tinha muita disposição e era muito falante.
Ela sabia exatamente como andar no campo minado.
A menina os levou para a casa dela, uma cabana de barro, que estava desabando.havia muita sujeira e fedor no local, com muitas moscas. O cheiro era terrível.
A menina morava com a avó, que era muito magrinha e doente.
Essa menina chamava Leila,
Hassan já não queria comer, estava muito doentinho.
Leila, deu a eles roupas limpas, tomaram banho e ficaram bem melhores.
Parvana colocou roupas da mãe de Leila que havia morrido. Ela estava feliz em poder usar roupas de menina novamente.
Não devia ser fácil levar uma vida dessa. Fora da realidade, se passar por menino para sobreviver ainda na miséria.
Leila falava sem parar, talvez por estar ali a tanto tempo sem amiguinhos;
A mãe de Leila havia saído um dia para procurar o marido e o filho, e nunca mais voltou. Leila todos os dias sentava no alto da colina para esperar por ela. Afinal ela acreditava que a mãe voltaria.
Capitulo XII
Azif tornou se muito próximo de Hassan, e Parvana com Leila.
Parvana não suportava a situação daquele lugar e pensou logo em tomar uma providência para limpar tudo.
Leila, com o tempo ia arrecadando tudo que ia achando na aldeia, óleos, farinha, enfim.
Sempre que há uma explosão no campo minado Leila vai até lá pegar as coisas que sobraram.
Começaram então a limpeza pelo pátio.
Capitulo XIII
Começaram a tirar os animais mortos dali. Leila tinha tantas feridas, que dentro delas moram larvas brancas. Então Parvana decidiu cuidar da menina. Mas foi Azif quem cuidou das feridas de Leila.
Decidiram chamar aquele vale de VALE VERDEJANTE, apesar de estar longe disso, mas foi o que de melhor já haviam encontrado.
Azif contou a Leila que os pais dele haviam morrido. E morou com um tio por um tempo, mas esse tio batia nele, então Azif fugiu.
Parvana ficou muito zangada por Azif não ter confiado nela.
As feridas de Leila estavam sendo saradas, e Parvana fez duas tranças nela.
Hassan começara a engatinhar. E agora ficava mais dificil cuidar dele. E logo começou a andar.. Isso era muito perigoso ele podia ir ao campo minado, então resolveram amarrar ele numa corda bem cumprida.
Hassan preferia ficar com Azif.
Azif, começou a consertar a casa com mais barro. Como ele tinha dificuldades de ficar em pé ele arranjou uma maneira de arremessar barro com algumas tabuas.
Ate flores as meninas plantaram perto da casa.
Azif havia perdido uma perna porque um lobo havia comido ela.
Capitulo XIV
Leila e Parvana revezavam a cuidar da vovó. A Vovo ficava sozinha, ela que queria ser assim. As vezes levavam uma vasilha para ela e depois esvazi avam na latrina.
Parvana ajeitou o vestido da nova amiga e tentou costurar melhor.
Eles estavam de certa forma adorando aquele lugar, Parvana ate imaginava aumentar mais alguns cômodos a casa.
As amigas subiam todos os dias no alto da colina para tentarem avistar alguma mãe. Elas tinham esperança que encontra-las.
Parvana ao mesmo tempo que queria ficar naquela vila pensava em seguir viagem para encontrar sua família.
Parvana já usava roupas de menina, so usava de menino quando fazia serviços pesados. E sabia que sua mãe teria orgulho dela vendo ela fazer os afazeres de casa sem ser mandada. Seu cabelo também estava crescendo e ela esperava muito por isso para colocar os cachos atrás das orelhas.
Numa das faxinas ela tirou tudo de dentro da casa, inclusive a vovo que precisava um pouco de ar.
O tempo foi passando as feridas de Leila sararam, havia muita comida e sol no céu. Cantavam e contavam historias ao lado de fogueira.
Quando a avó estava triste ela sentava olhando para a parede.
Até a Vo começou a ficar melhor com tanta alegria naquele lugar, até ela se esforçava a ficar em pé. Então todos riam do esforço que ela fazia.
Leila nunca havia ido a escola e Parvana começou a ensina-la
Parvana não havia escondido todos os livros do pai, ela havia ficado com dois ainda.
Capitulo XV
Quando elas ficavam sentadas no alto ficam ao longe bombas explodindo. Viam também aviões passar por lá. As noites eram barulhentas pelas bombas, então dormiam até mais tarde para compensar, e as tardes, sentavam todos no pátio e Parvana lia para eles.
Com uma das bombas, uma cabra foi morta, eles então logo trataram de assar e com os ossos fizeram uma sopa. Então resolveram fazer uma festa.
As bombas estavam cada vez mais perto deles, e eles estavam muito assustados. Eles cantavam para ficarem mais calmos.
Uma bomba caiu bem na entrada do Vale, então as crianças fugiram e se esconderam, mas a vó ficou na casa, e uma bomba caiu lá dentro.
E de repente nada mais existia nem vó, nem vale, nem casa.
Capitulo XVI
Com tudo destruído voltaram a estrada mesmo estando tristes com a perca da Avó. Não dava mais para eles sonharem, pois todos os seus sonhos viravam ruínas.,
Sem comida, então começaram a comer folhas de um livro de inglês.
Perdidos e sem água e comida, então resolverem seguir o riacho para saber onde iriam chegar.
Capitulo XVII
Com fome, comiam folhas , capim e mais algumas páginas do livro. Hassan já não comia nada. Tinham que andar devagar porque Azif tinha dificuldades com as muletas.
Azif apanhava do tio porque ele tinha um pomar e o menino comia as suas frutas. Mas o tio era muito mal então nem era preciso de motivos para bater no menino.
Um dia o tio trancou o menino no barracão, e ele se salvou porque pegou a muleta e quebrou o trinco.
Capitulo XVIII
Na estrada a beira do rio encontraram mais viajantes. As bombas aumentaram. E muitos viajantes morreram. Depois de muito andarem avistaram muitas barracas e pessoas. Era um campo de refugiados. E um provável lar para crianças famintas.
Capitulo IXX
Chegaram a uma tenda e uma enfermeira do Crescente Vermelho veio ajuda-los. A moça disse que Hassan estava desnutrido e desidratado., ele tinha muiita fome e sede.
A clinica era uma barraca enorme. E a bondosa enfermeira permitiu que Parvana, Leila e Azif ficassem ali parto do berço. Deu a eles cobertor e alimento. Mas disse que eles não podiam ficar muito tempo ali.
A enfermeira realmente era muito bondosa, ela era francesa, ela os deu uma carta do governo para que fossem numa padaria em busca de alimentos. Pois eles não podiam mais ficar ali na clinica. Ela também deu um plástico a eles, para fazerem sua barraca no campo de refugiados.
Parvana já não descansava mais, passava o dia na falia do pão, e as vezes não conseguia pegar porque acabava antes de chegar a sua vez.
Havia fila também para pegar água.
Capítulo XX
Passaram-se semanas, havia dias sem pão, porque os caminhões tinham sido bombardeado.
Os homens do campo ficaram irritados ao ver Parvana com o rosto descoberto, ela ate cubriria se tivesse com o que.
Havia até família que vendiam seus filhos para poderem alimentar o resto da família.
Um dia um avião jogou sobre o campo de refugiados um monte de pacotes amarelo, foi uma loucura de pessoas brigando pelos pacotes..
Muitos pacotes caíram sobre o campo minado, e Leila foi lá tentar pegar o pacote, mas se feriu gravemente e morreu.
No meio do desespero de Parvana ao lado do corpo de Leila e entre lagrimas, surgiu uma mulher de burca, que confortou a pobre Parvana, e quando Parvana ergueu o rosto viu que havia encontrado sua mãe.
Finalmente Parvana encontrou a mãe, Ela estava novamente com a mae, com a irmã menor Maryam e Nooria, seu irmãozinho Ali havia morrido talvez de pneumonia.
E tinha agora mais dois irmãos, Hassan e Azif.
Parvana e a família foram novamente unidas pelo acaso. Pois a tenda da mãe ficava do outro lado do campo. A mãe estava ali na hora da explosão que atingiu Leila na Clinica com uma outra senhora, então quando ela ouviu a explosão ela saiu para fora. No campo as mulheres não são muito incomodadas porque o exercito Talibã esta ocupadao lutando na guerra..
Na verdade Parvana não sabia qual seria o destino dela e da família, não saberia se viveriam assim por resto da suas vidas, se seriam atingidas novamente por outras bombas. Mas tinha o sonho de um dia, encontrar a amiga na França.