Resenhas - A Hora Das Bruxas II

Esdras 21/08/2011

LASHER
Anne Rice é um poço de criatividade. Ponto.
Só pela originalidade de A Hora das Bruxas, ela já ganha 10!
Ela realmente fez uma história bem interessante. Porém ela tem alguns pontos negativos. Um deles é que, ela põe muito detalhe em que não é necessário. É muita informação, que não é nem um pouco interessante, as vezes até sem sentido, e que deixa a leitura cansativa em alguns momentos. Eu chutaria que, ela poderia ter filtrado no mínimo umas 100 páginas, desse livro, e, não faria a menor falta.
Mas, tirando isso a história tem seus méritos. Um deles é que, ela SABE fazer persoangens. Sabe, DIFERENCIA-LOS, sabe criar PERSONALIDADES. Você em nenhum momento vai se confundir com os personagens, ou, achar um muito parecido com o outro porque, os personagens nesse livro são muito vivos, fortes, e, me desculpem o clichê, REAIS. Principalmente, o personagem Lasher. Esse é sem a menor dúvida, O MELHOR, personagem que eu já conheci. É intrigante, bom E mau. Você realmente vê nele, a maldade e a bondade em luta, como se ele fosse a junção dos dois. Ele também é muito complexo, e eu por diversas vezes, parei de ler, e fiquei encarando o nada, só pensando a respeito dele, tentando desvendá-lo. E até agora, ele está na minha cabeça, e pelo que vejo vai ser dificil de esquece-lo.
Enfim, nesse livro você terá momentos de: rir, de ter raiva, de sentir MUITA PENA, e muita adrenalina.
Estou realmente muito empolgado para ler o próximo.

Márcia 02/02/2011

Efeito nocivo (Desculpem, mas acho que não pude me abster dessa vez de alguns SPOILERS, então só leia quem terminou o livro)
Se em A Hora das Bruxas I Anne Rice me proporcionou páginas e mais páginas de tragédias, pecados e mistérios passados da família Mayfair, no segundo volume da série, ela completa o círculo de horror com as barbáries do presente. A Hora das bruxas II, além de concluir o relato dos arquivos do Talasmasca sobre as bruxas Mayfair, dá continuidade a essa saga com a bruxa do presente, a mais poderosa já existente, Rowan.

O primeiro volume enfeitiça pela maneira como a autora nos traz a história, pela apresentação de personagens tão fortes e vivazes e, especialmente, pela apresentação de Lasher ao leitor. No entanto, ainda não se tem ideia da natureza dessa critaura até o segundo volume.

O Talamasca ainda não possui arquivos que apotem o caminho do futuro de Rowan, até que o investigador encarregado da nefasta família cruza direto com o caminho da moça, através da ajuda oferecida a Michael Curry, o amor mortal de Rowan.

O efeito narcótico do livros começa quando passamos a entender COMO Lasher faz; COMO ele funciona e, finalmente, o porquê de todas aquelas mulheres, através de gerações e gerações, sucumbiram aos seus encantos a ponto de destruir a si mesmas e as pessoas ao redor.

Nesse livro, Anne Rice não nos quis mais como simples observadores da história, e se ela já me fazia sentir viva em carne e osso na Nova Orleans dos Mayfair, agora ela me faz sentir carne, sangue e ossos dos próprios personagens.

Rowan é apresentada como uma mulher forte, inteligente, extremamente confiante e decidida; assim como alguns de seus antepassados Mayfair. Ela se apaixona verdadeiramente por Michael, o que nos faz entender por que algumas das outras bruxas também se casaram com homens mortais comuns sem qualquer relação direta com a família.

A partir do momento em que a Rice entra na cabeça da Rowan para dar continuidade à saga no tempo presente, entramos na cabeça de uma das bruxas Mayfair que até então acompanhávamos sobre o prisma dos olhares de terceiros, observadores da Talamasca ou personagens próximos.

Através de Rowan temos contato direto com Lasher, e, acreditem, é assustador. Nunca me agitei lendo algum livro próximo a terror/suspense mas não conseguia ler mais de 50 páginas por vez de A Hora das Bruxas e depois dormir tranquila. Essa sensação de pavor, de agonia e inquietação que me acometiam quando eu confrontava Lasher junto com Rowan é a prova de que não é necessária a descrição de um personagem fisicamente assustador para provocar terror. Lasher é sedutor, ordinário, vil, ardiloso e sombrio. Possui ainda aquele “Q” de inocência calculada de seres de outros mundos que enfeitiçam e despertam interesses perigosos.

Pouco a pouco entendi que essa história estava muito longe de um final feliz. Ao mesmo tempo em que essa compreensão me abalava, de uma hora para outra a reviravolta chega e eu me vejo frente a frente com a verdade que a Rice quis oferecer dessa vez.

Rowan deixa de lado suas convicções e seu amor por Michael pela ciência e magia misturadas nesse único ser que ao mesmo tempo parece constituído de todas as coisas. As emoções humanas são exploradas sem dó pela autora, parece-me até mesmo cruel. Rowan se transforma ao mesmo tempo devagar e assustadoramente rápido numa completa bruxa Mayfair.
Anne nos mostra exatamente tudo aquilo de que ela estava sempre falando.

A cada página meu coração se apertava mais; como numa tortura. Mais que isso, como assistir a uma tortura. Nunca odiei tanto uma pergonagem, um ódio puro e irracional, humano. Anne me fez cair numa compreensão de humanidade incrível; somos vulneráveis à forças externas. Tão vulneráveis que o que queremos se resume a porra nenhuma. Pobre de nós, seres humanos, que dependemos da lealdade e força de vontade uns dos outros.
Nunca personagens foram tão ... reais para mim.

O efeito que essa história provoca é como um vício, ruim e irresistível, asfixiante a ponto de engolir o leitor, de jogá-lo quase que fisicamente no porão da bela Mansão Mayfair, sólida e fantasmagórica, nos confins da velha Nova Orleans.

Não pretendo ler Lasher tão cedo; preciso de tempo. Não me atrevo a atravessar novamente o caminho de Lasher sem me recompor, sem me conhecer mais um pouco.

Nay Botelho | @Umsonhodeleitura 20/06/2023

O primeiro livro foi tãaaaaaaaaaaaaaaao bom, porque esse decaimento no segundo, uma enrrolação que me deu mais do que uma simples desanimada

Hernandez 27/02/2020

Controverso
Um pouco complicado falar de Bruxas Mayfair. A narrativa é um pouco cansativa, muito diferente da narrativa de Cronicas Vampirescas, e traz muitos dados históricos que são de difícil compreensão com uma única leitura. A linha temporal da família Mayfair, iniciada no volume um da obra, segue até metade desse segundo volume e é algo que pode incomodar alguns como me incomodou. Rowan é uma personagem que em nada me agradou, apesar de no começo ser apresentada como uma médica brilhante, com uma inteligência única. Ainda assim, mesmo com a história inteira da família em mãos, ciente de todo o perigo, ela repete os mesmos erros dos antepassados e sem um bom motivo para isso. Sua aproximação de Lasher é uma das partes que mais me incomodou na obra. Ela o odeia, e com motivos, e do nada o ama e o protege mesmo depois de ele tomar o corpo do filho dela. Ela escolhe sumir com Lasher e deixa o marido na mansão Mayfair sem explicação alguma e tudo isso contradiz a descrição da personagem no começo da obra. Apesar de ressaltarem sua inteligência, seu poder, etc, etc, ela não mostrou anda que a diferenciasse das demais bruxas da família. Acabei não curtindo tanto a leitura quanto esperava.

Marselle Urman 15/10/2020

Da continuação da história da família Mayfair, pelos olhos de Talamasca. Do improvável casamento dos dois afogados. Do portal, e do número 13. De como Rowan foi tão fraca quanto todos antes dela. De como Michael continuou sendo apenas um mico amestrado.

Realmente, nada de tão interessante. Apenas a teia de aranha da família Mayfair, se espalhando a partir da casa de First Street, e lindos insights de New Orleans.

Vanessa.Cristina 06/03/2021

Diferente do primeiro primeiro volume, em que a leitura foi bastante arrastada, A HORA DAS BRUXAS 2 foi muito instigante. Finalmente, alguns segredos foram desvendados e a identidade de Lasher foi parcialmente revelada, mas com certeza no terceiro volume isso será revelado.
Anne Rice me surpreendeu com a reviravolta na história dos personagens. Nada previsível. E ainda tem muita coisa para acontecer. Ansiosa pelo leitura do próximo livro.

Lais.Black 27/07/2020

Esse livro não correspondeu às minhas expectativas. Talvez, porque tenha sido vendido como livro de bruxas, e mal se falou nos dois livros sobre bruxaria. Na verdade, a ideia que o livro quis passar pareceu bem desconexa, como se não soubesse desenrolar a premissa das primeiras páginas do 1° livro. Algumas passagens são bem malucas também, como se o incesto fosse o ponto chave dessa família, inicia com incesto, termina com incesto(ah ok, dark). Isso sem falar em outras passagens com insinuação de pedofilia(sim, alguns escritores adoram jogar um tema extremamente pesado, para simplesmente não fechar o ponto dele). Enfim, esse livro foi nada com nada.

David713 02/07/2023

Quero mais Lasher!
Que história! Que clímax! Anne Rice mandou bem demais novamente! Talvez ela pudesse ser um tiquim menos descritiva pra enxugar mais a leitura... Rsrs

hanul_ 15/08/2022

Sem dúvidas melhor que o primeiro (incrivelmente tão melhor que me fez ler em uma noite)

É difícil falar desse livro isoladamente (igual o vol um) mas todas às conclusões que queríamos acontecem e reviravoltas que sem dúvida não imaginávamos também. O final do livro é surpreendente e nos deixa apreensivos querendo ler o próximo volume.
Embora a hora das bruxas II também sofra (principalmente no inicio) com as descrições que eu julgo grandes e longas, da metade pro final o ritmo do livro acelera o que facilita de mais a leitura.
Me surpreendeu.

Leonardo 01/03/2020

A HORAS DAS BRUXAS
A Hora das Bruxas é um romance de terror gótico, escrito por Anne Rice, em 1990. Acompanha a trajetória de Rowan Mayfair, brilhante neurocirurgiã, dona de um poder imenso e misterioso, e Michael Curry, restaurador de casas, que, após um afogamento, desenvolve o poder de obter informações apenas tocando pessoas ou objetos. Ambos são observados por Aaron Lightner, membro da Talamasca, uma ordem que estuda o sobrenatural. Com a morte de seus pais adotivos, Rowan resolve voltar à sua cidade natal e, com a ajuda dos arquivos da Talamasca, descobre-se como parte de uma família antiga e poderosa, que, ao longo dos séculos, foi acompanhada por um espírito conhecido como Lasher, responsável por sua glória e suas tragédias.
Anne Rice ficou mais conhecida pelas Crônicas Vampirescas, que tiveram alguns livros adaptados para o cinema e o teatro, mas A Hora das Bruxas é tão ou mais fascinante que as histórias do Vampiro Lestat. Aqui, acompanhamos a trajetória de uma personagem que está descobrindo sua própria identidade e sua história, a qual, através dos arquivos da Talamasca, remonta à Escócia do século XVII e vai acompanhando cada uma das antepassadas e outros membros da família até os anos 1990, em Nova Orleans. É impressionante a riqueza e o cuidado com os quais a história é construída. São muitas narrativas dentro de uma.
O livro é dividido em dois volumes, cada um com mais de 400 páginas, mas, de fato, trata-se de uma narrativa única. Este é um romance que exige bastante calma e paciência do leitor, pois tudo vai sendo construído de forma bastante detalhada. Os personagens vão sendo apresentados muito calmamente, para então, recebermos alguma revelação ou acontecimento intrigante. O próprio arquivo da Talamasca é apresentado na íntegra e se prolonga bastante. Também há descrições muito detalhadas da casa da família Mayfair.
Como sempre, a autora consegue criar uma atmosfera sombria e até mesmo macabra. As bruxas Mayfair são, ao mesmo tempo, belas e assustadoras, poderosas e trágicas.
À medida que a história vai se aproximando de seu clímax e os mistérios são revelados, o leitor é recompensado com uma grande dose de emoção. A esse ponto, já acompanhamos os personagens por tanto tempo que é impossível não se comover ou ficar apreensivo e chocado com os acontecimentos.
É importante frisar que temos a solução do principal mistério, mas a história não termina por aí, pois há uma continuação chamada Lasher, onde teremos as consequências de tudo o que aconteceu em A Hora das Bruxas.
O enredo, as descrições, a vasta gama de personagens e seu desenvolvimento e a habilidade com que toda essa história é construída fazem desse um romance admirável e inesquecível.

André 08/06/2012

Nunca vi uma história tão bem contada quanto a das bruxas Mayfair, mesmo sentindo muita raiva dos personagens. Essa história mexe com tudo aquilo que está guardado no fundo da sua alma e você não tem coragem de assumir, mexe com as fraquezas do homem, e da carne consequentemente. Seu consciente te diz que aquilo é muito ruim e você deve sentir raiva dos personagens, mas no fundo, você sempre quis que aquilo acontecesse.

Pandora 22/11/2009

O que eu espero de um livro é que ele me envolva de tal forma, que tudo ao meu redor desapareça e eu me sinta parte integrante da história. Foi exatamente isso que aconteceu quando li A Hora das Bruxas. A narração detalhista e cheia de suspense de Anne Rice, nos coloca no cenário do livro, convivendo com as personagens, ansiando pela próxima ação. Confesso que em mais de uma passagem senti medo de verdade. E adorei. Tanto que o reli.

Vera Duarte 02/01/2021

A hora da bruxa vol 2
Quando comecei a ler A Hora da Bruxa vol 1, fiquei super empolgada. Logo criei muita expectativa para o volume 2 e quebrei a cara. Algumas respostas não foram respondidas e a personagem da Rowan me decepcionou demais. Mas valeu a leitura como um todo.

@wesleisalgado 02/02/2021

Incesto, soft porn e Nova Orleans
Antes de tudo, apesar de serem dois volumes A HORA DAS BRUXAS é um livro só, não havendo como falar independentemente só de um ou de outro.
É a história genealógica das Bruxas da família Mayfair de Nova Orleans, contada através de um enorme arquivo feito pelo Talamasca, um grupo que faz o papel de instituto Xavier, para assuntos ligados ao sobrenatural e representado pelo Aaron Lightner aqui. Os protagonistas; Rowan Mayfair, uma médica, e a 13ª bruxa mulher que detém o poder das Mayfair e o arquiteto Michael Curry, originário de Nova Orleans. Além de Lasher, a entidade espiritual que permeia toda a história das Mayfair.
Gostei das passagens históricas da origem Mayfair, passando pela Holanda, França e Haiti, em forma de diário e de todo o clima de Nova Orleans. É impossível não ficar confuso sem anotações, a árvore genealógica Mayfair é gigantesca e as 12 histórias das ancestrais de Rowan são exploradas em algum momento, são dois livro de 500 páginas cada.
Porém é tudo muito anticlimático no fim e muito aberto, tendo descobrido depois que há um terceiro livro, intitulado LASHER, ao qual talvez eu não dê uma chance. A experiência foi média, se você curte história de origem vai gostar.
PS: As cenas de sexo são ridículas, me pegava rindo alto com a breguice, parece que é uma característica dos livros da autora.