Blues

Blues Robert Crumb




Resenhas - Blues


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Tiago Ribeiro Santos 09/01/2009

É possível reconhecer os traços de Robert Crumb, penso, até mesmo em bonecos palitos. Neste excelente livro, Crumb ressalta a maior riqueza da cultura norte-americana: o Blues.

Através de Quadrinhos, ele conta histórias e desenha as linhas que nos fazem se perder entre elas, tamanha os detalhes em cada traço.

Crumb é também grande pesquisador do Blues e, até como documento histórico, este livro vale como bibliografia. Uma bem humorada bibliografia.



Manzano 11/10/2012minha estante
Robert Crumb está num outro nível de quadrinhos, possivelmente fãs de Marvel, Dc e outras bobeiras similares, passarão longe e até torcerão o nariz, mas aqui encontrasse uma irrepreensível coletânea de ótimas histórias contado o nascimento do Blues um dos maiores patrimônios da cultura americana!




Stess 10/01/2014

E se embriagar de blues a noite inteira...
Dor. Sem dor não tem blues. As lágrimas sempre foram o principal combustível para este estilo musical vindo do Delta do Mississipi. Nesta obra, R. Crumb expressa toda sua devoção ao estilo e narra em forma de quadrinhos vários episódios importantes da história do Blues, além de mostrar o contexto fatal da boemia blueseira: vícios, promiscuidade e violência. O livro não se destaca apenas pelo conteúdo escrito, mas principalmente pelas ilustrações. O estilo de desenho usado nas capas de disco e em antigos cartazes de shows de Blues são especialidade do autor, que também é reconhecido como ilustrador e cartunista.
Além disso, R. Crumb é também músico e entende que o blues é feito de poucas notas e muito sentimento. O trabalho árduo nas plantações de algodão fez com que os escravos encontrassem na música uma válvula de escape. Algumas vezes o autor se mostra nostálgico demais e é declaradamente fechado a outros horizontes. Alguns quadrinhos fogem do tema, mas a maioria é dedicada a grandes compositores como Charley Patton e Robert Johnson. Grandes músicas também estão presentes e são retratadas de forma ilustrada, com um desenho para cada estrofe.
Para o apreciador do bom blues, o livro é ideal para ligar a vitrola e mergulhar nas velhas histórias de pactos na encruzilhada, vidas sofridas e notas bem tocadas.
Joviana 10/01/2014minha estante
Amei a resenha! *-*




dai_araujo 17/02/2011

Blues - Robert Crumb
Robert Crumb, quadrinista americano que deu projeção à cena undergroud dos quadrinhos nos anos 60 deu uma função muito divertida e nobre à sua arte neste volume, apresentando o mundo do blues de raiz norte-americano. Fã confesso das canções antigas, Crumb é crítico feroz do rock e outros gêneros que não privilegiem o ato de simplesmente entoar uma boa canção. Uma banda formada por ele se dedica unicamente à execução do repertório de Blues dos anos 20 e 30: nada mais nostálgico e reverencial à tradição que é a raiz de toda música norte americana, do jazz ao rock. Tudo isso é apresentado no neste livro, lançado em 2004 pela Conrad hoje reeditado.

http://twitter.com/#!/daianearaujo
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Tito 21/06/2010

Antologia temática reunindo desde histórias baseadas na vida de velhas lendas do blues (Charley Patton, Robert Johnson, Jelly Roll Mortonm, Frank Melrose...) até capas de disco e filipetas, ao que parece elaborada especificamente para o mercado brasileiro. Uma elegia à música e ao estilo de vida rural dos EUA das décadas de 20 e 30; um lamento nostálgico pelo fim do espírito bruto de uma era menos frenética.
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Guting 15/02/2011

Sem Tristeza...
Aqui neste quadrinho aprendi mais sobre o verdadeiro blues do que o que eu realmente achava que conhecia. Patton e cia realmente transformaram o blues em algo com sentimento verdadeiro, e Crumb captou este sentimento de uma forma um pouco inusitada. Quadrinhos, traços, viagens mentais, música, blues .... Recomendo a leitura.
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mura 08/02/2011

Belo livro, história do Blues e quadrinhos. Robert Crumb, um dos melhores quadrinistas dos EUA.
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Mumu 02/05/2011

Música do Começo ao Fim...
Primeiramente já deixo avisado pra quem não conhece os Hq's do Robert Crumb, eles são adultos e muito reflexivos.

A estrutura do livro é formada por vários contos que relatam a história do blues e a história americana, pois o Robert Crumb trabalha muito bem o ambiente ao redor dos personagens, que são reais.

As ilustrações são lindas e as histórias muito bem estudadas, pesquisadas e contadas. Destaque para a primeira que conta a história de Charley Patton, inportante músico de blues, para a ilustração de Purple Haze de Jimi Hendrix e a históra chamada "Eu e Big Joe", que conta a evolução de uma cidade, os quadros são lindos e muito reflexivos.

Por ser um colecionador de Blues, jazz e Ragtime, Robert Crumb consegue expressar em quadros e diálogos todo os sentimentos vividos na música.... Esse livro deve ser lido por qualquer fã de boa música.
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Marcos Faria 03/03/2012

Seis álbuns do Robert Crumb (editora Conrad) de uma vez, para aproveitar uma promoção. Promoção também no Almanaque: seis resenhas no mesmo parágrafo. Porque a vantagem foi ler todos os seis livros como se fosse uma coisa só, uma grande antologia de Crumb. O suficiente para mostrar por que o cara é um dos melhores de todos os tempos. A exceção é Bob e Harv, o mais fraco do pacote, até por ser o único em que as histórias não são de Crumb e sim de Harvey Pekar. Pekar tem algumas coisas interessantes, mas a maior parte do tempo é tedioso. Tanto que o melhor momento é a história em que ele conta como conheceu Crumb. Aí a coisa se aproxima do que a gente vê nos outros livros: a rabugice do anti-herói, sempre pronto para reclamar de tudo o que vê na América. Mas Crumb mata a pau mesmo é quando fala de si mesmo, especialmente em Minha vida e Meus problemas com as mulheres – as vezes, eu me senti como se ele estivesse falando da minha vida e dos meus problemas com as mulheres. A maior diferença é que ele não tem o menor medo de expor as fraquezas, mostrar-se falho, humano, incoerente. O fato de dar a cara a tapa lhe dá o direito de reclamar de volta, criticando o próprio meio da contracultura que fez dele um ídolo. Isso acontece de forma primorosa em Mr. Natural, o mais bem resolvido nesse aspecto e, paradoxalmente, o menos autobiográfico (ao menos aparentemente). Também em Blues, ao falar de uma música que não existe mais e talvez só exista na cabeça de colecionadores nostálgicos, lendas melhores que os fatos e que por isso se sobrepõem a eles, expõe um desejo de beleza que é de certa forma o desejo de uma vida diferente. Às vezes dá vontade de esfregar isso na cara de Crumb; que ele mesmo é tão ridículo e mesquinho e decadente quanto aqueles (e aquelas!) que critica. Aí o espelho me olha de volta.

(Publicado originalmente no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2012/03/03/meninos-eu-li-20/)
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Pablo 14/08/2012

Algumas histórias boas, outras nem tanto.

Curti principalmente aquelas que focam nas histórias sobre o Blues mesmo.

Mas fiquei com a sensação de que houve um certo oportunismo ao colocar esse nome no livro.
São poucas as histórias que realmente falam sobre o tema.
Muitas apenas comentam algo sobre o estilo.
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Ernane 07/03/2014

78 rotações
Blues de Robert Crumb é uma obra de sensibilidade musical literal. Crumb nos mostra nessa obra o quão bom ele é como historiador. A principio digo “Keep on Truckin...”
A perspectiva dos quadrinhos de Crumb tem uma textura adolescente debochado sobre a cultura musical que é consumida involuntariamente pelas pessoas, e que ele deixa bem claro que as odeia. A triste história do cantor de blues Charley Patton que morreu em 1934 Crumb nos mostra em vários planos a história e a relação de Patton e sua mulher Bertha Lee que gravou um disco com o cantor antes de morrer. As musicas gravadas já traziam um clima fúnebre "Patton já cantava a própria morte".
Como é de costume a acidez e revolta, as alucinações por LSD que é tratada de forma irônica e pirada. As visões de Crumb do mundo sempre com suas mulheres em traços gigantescos e interpretações deslocadas da vida o tímido desenhista interpreta diversas músicas da década de 60 e 70.
O livro/quadrinho traz também várias capas e folhetins que Crumb desenhou ao logo dos anos.
Gostei muito de “É a vida” e “Mr. Nostalgia” que mostra a agressão e o regresso de Crumb ao mundo moderno. Crumb não só vomita na música de hoje como faz questão de sair para brigar por isso tudo (e leva um soco musical em lá maior é claro).
A visão dele a loucura a psicodélia explicita de Crumb estão e sempre vão estar em quase todos os quadrinhos de Crumb.
Finalizo dizendo que “Uma Breve História da America” é genial é poético e sujo. O mundo rural se tornando urbano o natural virando comercial o quadrinho virando um jabá. Se você gosta de Crumb e não conhece Blues e gosta de música e história, por favor, leia que é muito bom, ou, nunca leu nada dele e só conheceu agora aconselho antes de ler Blues leia procure primeiro: Meus Problemas Com As Mulheres ou Fritz The Cat. Acho que para ler Blues e Genesis você tem que ler algo mais visceral dele para já conhecer um pouco do homem inerme. Mas se preferir ignore tudo isso e leia primeiro Blues mesmo, talvez não faça tanta diferença e eu esteja castrando a sua experiência de leitura (se isso acontecer irei antecipando minhas desculpas).

site: http://diariovapor.blogspot.com.br/
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Cilmara Lopes 30/07/2017

Estupendo!
Eis aqui um trabalho muito primoroso de Robert Crumb, a princípio não havia lido nada dele ainda. Mas como já conhecia o "Blues, jazz e country" dele, e diante de indicações, resolvi que seria uma boa iniciar por este.
Ele não é só um entusiasta deste gênero musical, mas se aprofundou e viveu intensamente o estopim desse meio, fez parte por meio de suas ilustrações que serviram de capas de grandes sucessos e marcos do blues, sem contar outras inúmeras participações na divulgação de pérolas do blues.
Essa hq foca em dois nomes, Charlie Patton e Tommy Grady, circulando ali na cronologia histórica do blues, citando as grandes características e trazendo sempre sua essência cultural.
É tudo tão impecável que é difícil definir numa resenha, só recomendo que apenas leia algo desse gênio!
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Adilson 13/03/2018

Crumb e seu gosto pela música e coisas antigas.
Crumb é um autor que escreve o que pensa. Dá sua opinião sem medos e expõe seus gostos tranquilamente. Um apaixonado por coisas antigas (década de 1910, 20, 30, por exemplo) escreveu e desenhou sobre uma de suas paixões: a música. O blues lhe contagia pois surgiu da alma humana, tendo mais naturalidade, e não foi forjado pela indústria musical (até porque na época nem existia).

O quadrinho retrata certos músicos da época e alguns aspectos de suas vidas particulares. São várias histórias pequenas que mostram um pedaço daquele período: como os artistas começavam, se organizavam para certos shows e também, alguns deles, se envolviam em problemas. Crumb expõe o preconceito sofrido pelo blues e sua própria insatisfação com a evolução de determinados aspectos da sociedade.

Blues é um quadrinho que, mais do que falar do próprio Blues, demonstra como alguns fatores sociais mexeram com o destino da música.
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eriksonsr 15/08/2018

Depois de tanto tempo sem ler nada do Robert Crumb, nada como reler esse quadrinho típico do Crumb, cru, critíco, direto, autobiográfico e um relato vivo de uma cultura americana de tempos atrás...

Muitos dos quadrinhos do Crumb contam passagens de sua vida, neste, além dele passar um pouco de seu gosto musical, de suas aventuras atrás de discos de vinil de figuras desconhecidas do Delta Blues e seu desprezo pelo pop, rock e o glam metal, vários nomes do Delta Blues tem suas histórias contadas através de seu inconfundível traço! Figuras como Charley Patton, Jelly Roll Morton, Robert Johnson, entre outros dão as caras de modo único na obra do Robert Crumb.

Enfim, uma autêntica obra do R. Crumb...

Alguns pontos interessantes:
"Para mim a música é o maior dos prazeres, junto com o sexo. Mais do que a arte, admito.";

"Há tamanha pressão para vender as novidades que aquilo que as precede acaba sendo supultado sem remorso.";

"Na Chicago dos anos 1920, de todos os grupos conservadores que pensvam que os salões eram antros de iniquidade, corrompendo os jovens para uma vida de bebidas, de libertinagem sexual etc. Esses grupos fiscalizavam permanentemente os salões e clubes. Isso exerceu um impacto sobre a música, influenciando a maneira como passou a ser executada. O ritmo e os tons escolhidos. Eles concluiram que os ritmos rápidos eram os melhores. Durante as sequências de blues lentos, os casais tinahm tendência a dançar colados e se esfregar. Já os ritmos rápidos os mantinham afastados, exigindo vigor e rapidez de movimentos. Esses grupos conservadores designavam todo dia alguém que fiscalizava como as coisas estavam se desenrolando. Em seguida, eles faziam um relatório à prefeitura aos cuidados dapessoa responsável porconceder as licenças de funcionamento desses estabelecimentos, assinalando se havia ocorrido manifestações de mau comportamento, abusode álcool ou danças lascivas. No fim dos anos 1920, isso começou a prejudicar a música. A prefeitura fechava esses clubes tantas vezes, por causa desses atentados à moral, que muitos desistiram de funcionar.";

"Desde a escola, sou fascinado pelamaneira como a pasiagem americana muda e é remodelada. Na A américa, nada permanece igual por muito tempo.";

"Desenhar "Uma Breve História..." é um pouco uma tentativa de preservar a memória cultural. Há um desejo manifesto de continuidade, de resistênciaaesta incessante mutação sem sentido.";

"Mas tudo que foi feito para satisfazer a aristocracia e as classes superiores não tem a qualidade humana bruta que possuem as formas artísticas das classes inferiores. Quando nos aproximamos da época moderna isso não se aplica, já que no geral tudo é tratado por hábeis manipuladores da mídia.";

"Naquela época, no Sul, a cultura era de tal maneira primitiva e violenta que ou você era um bom sujeito que pertencia a uma religião cristã, ou então uma pessoa má, que bebia até cair e vivia na boemia escutando o blues, essa música diabólica ou música dançante marginal. Em parte, a fascinação pelo blues vem daí. A lenda do sujeito que encontra o diabo na encruzilhada é um antigo e muito popular mito do sul.";

"Para as pessoas daquela época, o blues era a obrigação de se tornar um mau sujeito. Tem um blues que fala disso. O sujeito canta: "Eu não sou cristão!". Patton morreu aos 41 anos. Ele tinha o coração fraco, parece.".
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Grace @arteaoseuredor 10/02/2020

Blues, de Robert Crumb. Uma HQ que fala um pouco sobre blues, são várias histórias. A primeira conta a história de Charlie Patton, considerado o pai do Delta Blues, fala como o blues era chamado de música do demônio, e como ele era improvisado. Robert Johnson meu favorito no blues, aparece na história.
?Todas as histórias tratam de música, algumas o protagonista é o próprio Crumb. A que mais gostei foi realmente a primeira, tem algumas fraquinhas. Blues é um de meus ritmos favoritos.
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Emerz 07/05/2020

Um dos melhores quadrinhos underground já feitos, mostrando quão genial é o Robert Crumb
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