Márcia
26/02/2012A impressão que tenho dos livros da Garwood é que são gostosos de ler e gostosos de escrever também. E fáceis. O tema, pelo menos no caso dessa série, é sempre o mesmo, mudando-se apenas alguns fatores, como nomes, lugares, motivos e profissões. E nem precisa ser algo muito criativo.
Não me entendam mal, eu gosto, mas começar um livro sabendo seu início - meio - fim é um tanto quanto enfadonho.
"A Próxima vítima" particularmente começa bem, apesar de dar a impressão de ser uma história tremendamente longa pela demora com que as coisas acontecem. Numa história manjada, os personagens fazem toda a diferença e dessa vez a Garwood acertou. Embora a Regan não seja nada brilhante é uma moça cativante e, com suas amigas, conseguem manter a leitura com pequenas porções de bocejos.
Alec, o Buchanan da vez, faz sua parte. Uma cópia exata de todos os outros irmãos, mas consegue não ser tão previsível quanto alguns outros. Me pareceu mais bagunçado, menos complexo. Um personagem simples que se saiu o melhor.
Agora o que não é melhor, mas simples, é a tática da Garwood mais do que manjada de "vocês-acharam-o-assassino-errado!". Sinceramente, o leitor não é palhaço e não é enganada com essas balelas. Além disso, as situações e evidências são tão óbvias que certas vezes a autora, usando dessa tática, subestima a inteligência dos seus próprios personagens, fazendo-os comenter enganos absurdos e ridículos.
Bem, é uma leitura longe de brilhante, mas passa bem o tempo se você resolver encarar 300 páginas de romance e suspense clichê além de erros grotescos de revisão da editora.