delicadas.leituras 06/07/2017
Um romance a cinco mãos
Li esse livro desprevenida do que encontraria. São cinco capítulos cada qual escrito por um autor diferente os quais conhecemos muito bem. Começando com Jorge Amado e terminando com Rachel de Queiroz. A diferença de escrita entre eles se percebe nitidamente. Nossa literatura é uma caixinha de surpresas.
Este livro nunca havia lido, me surpreendi positivamente principalmente com o primeiro capítulo (pasmem, justo o de Jorge Amado, escritor ao qual não sinto muita afinidade).
Me simpatizei um bocado com a história que se passa entre uma fazenda, o mar e uma casa na cidade, que fala de um filho único e simples que não seguiu a carreira escolhida pelo pai jurista.
A partir do capítulo 2 percebe-se que não há uma narrativa tão fluida como no primeiro, ainda que seja convincente a forma como vemos retratada a vida do protagonista e a dos poucos que o cercam: seus pais e em seguida apenas a mãe após a morte do pai, sua esposa, seu amigo com a esposa e o sogro, os demais são apenas complementares. Senti um pouco de compaixão pelos pais aqui retratados.
Creio que preciso mencionar que o final é deveras decepcionante, mas não o contarei aqui.