z..... 06/04/2022
Setembro de 2002
"15 anos de Super"
A reportagem trouxe curiosidades diversas e hoje a revista caminha para o 35° aniversário.
Entre as curiosidades: o mascote Gozmik, estrela nos dois primeiros anos (ô bicho medonho!); a origem da revista, que seria apenas tradução de "Muy Interesante", publicação espanhola com filiais em outras nações (dela veio a característica capa com o vermelho em destaque e a diferença de tamanho com a edição brasileira fez os redatores produzirem suas próprias reportagens, que passaram a ser traduzidas para outros países); as edições especiais e infográficos também foram destacados (a Super tem premiações nesse quesito, mas registre-se que atualmente perdeu muito dessa qualidade).
Já que edições especiais foram citadas, lastimo que a Super não fez especial para o centenário da Semana de Arte Moderna, em Fevereiro, e após 2002, com o sucesso dos especiais de "Mundo Estranho" e "Aventuras na História" a Super gerou duas novas revistas (a M. E durou até 2018).
São informações banais... menos para colecionadores e leitores de muitos anos... meu caso.
"Diabete, o novo mal do século"
Agora sim uma reportagem que merece registro... O assunto foi tratado com metolodologia facilitada para entendimento, diferenciando os dois tipos de Diabete Melitus, fisiopatologia, prevenção, tratamentos e expectativas promissoras em estudo (caso do transplante de pâncreas). Atualizando a leitura, esse último procedimento não é ainda promissor como as expectativas de 2002, com transplantados vivendo pouco (assim se apresentaram os informes nessa que foi a maior curiosidade que a reportagem instigou-me).
"O profeta do Islã"
Reportagem histórica sobre Maomé, de certa maneira desmistificando a associação com terroristas que existia por conta do 11 de Setembro do ano anterior, o que tem a ver mais com ideologia política interesseira.
"Instinto animal"
Abordou a capacidade que os animais teriam de perceber a realidade com um sexto sentido, o que poderia ser até mesmo de maneira premonitória. Curiosidade legal, mas perdi todo o interesse quando foi direcionada para conceitos esotéricos que não me fazem a cabeça.
A edição trouxe ainda duas polêmicas, numa entrevista e no artigo final:
"Menstruar não é normal", onde o pesquisador defende a suspensão da menstruação de maneira medicamentosa com vários argumentos sobre nocividades à mulher (nesse assunto, gostaria mesmo era de ver o parecer de pesquisadoras, estas sim, em meu entendimento, tem mais sensibilidade e autoridade para o assunto).
"Caçar para proteger", parecer de um sujeito (caçador amador) que defende a criaçâo de reservas específicas para caça (assim a caça ilegal seria freada). Ah, mas que bosta de proposta, só para satisfação do prazer da caça. Se fosse um caso de caça de espécies invasoras, como existe com risco a certos ambientes, em que os governos concedem uma licença para eliminar os invasores que estão causando desequilíbrio, vá lá... Mas criar espaço só para o cara matar uma onça, ou seja o que for, é abominável... Bando de psicopatas!
"Você é feliz e não sabia"
Gostei do posicionamento positivo, de reconhecer a vida como dom e oportunidade para buscas. A reportagem é celebrativa à estar vivo.