O Evangelho segundo Jesus Cristo

O Evangelho segundo Jesus Cristo José Saramago




Resenhas - O Evangelho Segundo Jesus Cristo


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Carlos.Gildevan 14/04/2024

O Evangelho de Saramago
O livro do escritor português, apesar de não agradar céticos, nos faz refletir a respeito das concepções sobre Deus e Cristo. Com críticas ácidas e uma leitura repleta de referências históricas e literárias, Saramago nos convida a conhecer os conflitos da existência humana.

"Talvez este Deus e o que há-de vir não sejam mais do que heterónimos, De quem, de quê, perguntou, curiosa, outra voz, De Pessoa, foi o que se percebeu, mas também podia ter sido, Da Pessoa." J. Saramago, O Evangelho Segundo Jesus Cristo.
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Jane.FAlix 06/04/2024

A gente demora um pouco pra engrenar na escrita do Saramago, mas depois acostuma.
Sobre a narrativa é extraordinário imaginar a vida de Jesus por uma ótima diferente, eu diria mais humana, em que Jesus não é totalmente santo, superior ou intocável. Aqui Jesus é um homem, um simples homem que peca, que sofre e que erra.
Enfim, é uma visão diferente da qual estamos habituados.
elisa :) 07/04/2024minha estante
Perfeita sua resenha! Sou apaixonada pelos livros de Saramago. Ainda não li esse, está na minha lista.




Morgoth Bauglir 01/04/2024

O evangelho segundo Saramago.
Albrecht Dürer o mais famoso artistas do renascimento nórdico, inspira Samarago na descrição sobre a crucificação de Jesus na primeira página do livro. Retratando em palavras cada traço da xilogravura. ?O sol mostra-se num dos cantos superiores do rectângulo, o que se encontra à esquerda de quem olha, representando, o astro-rei, uma cabeça de homem donde jorram raios de aguda luz e sinuosas labaredas, tal uma rosa-dos-ventos indecisa sobre a direcção dos lugares para onde quer apontar, e essa cabeça tem um rosto que chora, crispado de uma dor que não remite, lançando pela boca aberta um grito que não poderemos ouvir??

Obra não é narrada por Jesus apesar do título, mas por um personagem muitas vezes consciente do que aguarda no futuro vindouro. Trazendo dando a luz quanto uma leve pausa para reflexão do leitor desavisado. Livro em momento algum deixa de lado aquela sensação de estranheza onde muitas vezes precisa lembrar tanto da proposta do autor quanto simples fato de não ser uma obra religiosa. Muito pelo contrário, ateu, Saramago muitas vezes crítica representações da fé e seus sacrifícios por meio de sangue e violência.

Humanidade demasiada de Jesus e seus familiares aproxima o leitor de uma perceptiva diferente, menino que ao descobrir parte do seu passado renega o pai, questionando-se sobre ser apenas filho de Deus, então de forma brilhante, torna-se Jesus negar Deus e aproximar-se novamente de seu pai José. Relação conflituosa entre Jesus e o Senhor, ao saber do seu destino tornando-se um Mártir mostra um Jesus mais homem e menos deidade.

Círculo familiar apesar de pouco estar presente consegue captar ao mesmo tempo uma simbologia onde amor e incompreensão, arrependimento e orgulho são os pilares de qualquer família no planeta terra. Filho conflituoso, mãe autoritária que pouco releva ao filho sua história. Ambos que com suas cicatrizes e dores partem e perdura o mesmo amor.

Narrativa pesa, trava, mas sem ser cansativa, aprofundando cada personagem e seus questionamentos. Enceramento do livro com diálogos entre Jesus, Deus e o Diabo narrativamente torna trazer uma dissonância entre
Jesus-homem-terreno
e duas forças distorcidas, mas em comunhão.

????????????????????????????????

"I...] cada um de nós é este pouco e este muito, esta bondade e esta maldade, esta paz e esta guerra, revolta e mansidão."
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Tamer 31/03/2024

Livro muito bom que questiona como a religião é usada para conquistas de poder. Saramago traz ao longo da história passagens da bíblia escritas com seu estilo característico, e de modo irônico e indagador.

Traz questões necessárias em um mundo onde ainda matam em nome da religião, enquanto encobrem interesses de poder e dinheiro.
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Daniel.Moreira 27/03/2024

A humanidade do Divino
"Evangelho segundo Jesus Cristo" de José Saramago é uma ficção verossímil e dialoga com os textos bíblicos.

Através da magia da verossimilhança, Saramago retrata Jesus em sua versão humana, com seus medos, defeitos e pecados fazendo um paralelo genial com sua face iluminada, divina e messiânica.

Saramago transporta o leitor para uma visão crítica do bem do mal. Do pecado à pureza.

O mais interessante ainda são as conversas entre Deus e Jesus com a participação do diabo...

Uma longa caminhada de Jesus humano, filho de José e Maria diante de uma missão divina...

Lembre-se: "Bem e o mal não existem em si mesmos, cada um deles é somente a ausência do outro."
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Pablo Paz 22/03/2024

É preciso ser-se Deus para gostar tanto de sangue
'É preciso ser-se Deus para gostar tanto de sangue... Homens, perdoai-lhe, porque Ele não sabe o que fez'. (Jesus de Nazaré)

É a súplica invertida neste Evangelho segundo a visão de um Jesus Cristo humano, demasiado humano, que não vê sentido na ideia teológica do sacrifício.

Na época em que o livro foi publicado, a Igreja Católica em Portugal excomungou o livro. Eu tenho uma formação católica e confesso que não vi nada de profano no livro, afinal, é literatura. Se tivesse filhos, eles leriam sem problema algum. As consequências do puritanismo é a repressão, mais do que a disciplina. Não é à toa que o consumo de pornografia é endêmico em países de cultura protestante e islâmica.

De todo modo, é difícil resenhar uma obra-prima da literatura universal como esta, responsável por dar-lhe o Nobel. "Pai, não precisa perdoar Saramago, ele sabe o bem que nos fez!". Genial.
Ana Sá 29/03/2024minha estante
Lembro de ter me divertido muito com este livro, minha formação católica também não fez alarde!

E que coisa boa foi essa história dos portugueses (com sua mania de grandeza) estarem eufóricos com o Nobel, mas tendo que engolir seco porque era o Saramago, com quem eles brigaram até não poder mais hahaha


Pablo Paz 29/03/2024minha estante
Ana, é maravilhoso, né? Tem algumas passagens que é mais do que ironia, é puro sarcasmo com os intolerantes...




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Sozzi 04/03/2024

Um livro triste
Saramago é muito corajoso. Se expõe nos seus livros. É desafiador.
Este livro é forte, triste. Chorei algumas vezes. Mas é um livro vivo, que fica palpitando na gente. E não vai ser esquecido.
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Elaine 02/03/2024

Estilo Saramago
Este foi meu segundo livro do Saramago. Gosto do estilo dele e acho que já consegui me acostumar com a pontuação e tal.
Deve ser comum comentar sobre este livro que ele humaniza a história de Jesus, deixando José, Maria, os apóstolos, Maria de Magdala, Marta, enfim, todos eles vivendo uma vida normal com sentimentos humanos normais. Isso é bem interessante, dá um tom cotidiano aos importantes acontecimentos bíblicos.
Sensacional a composição de Deus e do diabo.
E apesar do narrador estar contando a história de um perspectiva bem futura, Deus ainda é um Deus vingativo do antigo testamento.
O livro é bem interessante, recomendo.
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Marcos774 09/02/2024

Maravilhoso!
Um livro maravilhoso sobre a história de Jesus Cristo, desde a sua concepção até a sua morte. Saramago não vai contar a história literal da bíblia, mas colocará suas ideias nessa história. Excelente obra que faz você pensar e refletir. O final é algo sensacional.
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Amanda3913 07/02/2024

Meu Deus esse livro aqui UM LIXO, eu odiei, custei pra ler, era uma tortura. A escrita é toda estranha e é tipo uma releitura da história de jesus mas ficou tipo???? Odiei. Ridículo, deveria ser até pecado ler esse livro. 0 estrelas
Carniel 18/08/2024minha estante
Te avisaram que precisa ser minimamente alfabetizado?




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Ezequiel.Cesar 29/01/2024

Sensacional!
O livro mostra-nos o período da vida de Jesus que não é contado com muitos detalhes na Bíblia que seria a infância até os doze anos e após isso até aos trinta anos.

A obra mostra um Jesus ?homem? cheio de dúvidas e questionamentos quanto a efetividade de sua missão.

Como toda obra de Saramago, tem uma verve crítica, nessa, seria contra a religião. Argumentos para isso é o que não falta.

Recomendo a todos que apreciam um livro que te fará pensar por muito tempo no assunto!
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Thiago Duarte 15/01/2024

A conflituosa humanidade de Jesus em estadia pela Terra
Desprezo já as ladainhas de que ler Saramago é difícil, pois com essa obra não é diferente, porém não a faz inacessíve. Pontuo ainda que somos privilegiados de ter um livro como esse em mãos. Se fosse em outra época, estaríamos sendo condenados por aquela instituição que conhecemos muito bem por sua excitação com fogueiras ou outros tipos de crueldades.

Fenomenal é como descrevo essa homérica obra, isto porque o autor não quis trazer uma espécie de conversão aos leitores, mas sim à reflexão a respeito da história do nosso mais conhecido amigo e admirado Jesus Cristo.
Além disso, me surpreende a licença do narrador para contar a trajetória de Jesus assim como os quatro evangelistas. As diferenças entre eles se dão pelo fato do nosso narrador não ter o privilégio de estar no livro sagrado. Porém tal fato não o impediu de contar a trajetória do Messias de forma autoral, preenchendo as vazias lacunas deixas pelos grandes evangelistas.

A partir das colocações, este livro conta a trajetória de Jesus não da forma que já conhecemos, mas trazendo uma reinterpretação dessa narrativa que, sendo sincero, esteve mais interessada em o humanizar, tratando-o não como um ser celestial em todo momento, porém como um homem simples, normal, com desejos carnais o que pode chocante a algumas pessoas. Mas só aquelas que tem um olhar quadrado e não leem textos "sagrados" como literatura.

No livro, acompanhamos Jesus desde o seu nascimento com a sua fase de criança; de adolescente rebelde, e presunçoso, e egoísta; adulto desfrutando dos seus desejos carnais, e aqui coloco o saboroso romance dele com a prostituta Maria Madelena, uma figura muito importante para o nosso amigo, pois é dela que virá o seu conforto e refúgio. E como não seria diferente, também acompanhamos a sua triste e simbólica morte a fim de salvar a humanidade.

Gostaria ainda de brevemente trazer duas figuras emblemáticas nessa história: Deus e Pastor. A perspicácia de Saramago em relação a essas duas personagens é estupenda, isso porque são essas duas figuras que nos darão o deleite dos diálogos mais conflitantes e de tirar o fôlego com Jesus. Ainda há a atribuição paradoxal da inversão de valores que ambos carregam; pois, se por um lado, temos a figura de um que está mais preocupado em trazer uma reflexão e questionamento a Jesus acerca de sua conduta enquanto homem na terra; por outro lado, há a figura do outro que está mais preocupado em ser o centro do mundo, o qual foi capaz de matar milhões de pessoas e pasme: de entregar o seu próprio filho para que morresse a fim de salvar a humanidade. Porém essa última citação é da mais fajuta quando, na verdade, descobrimos que esse ser quer apenas ser reconhecido mais ainda no seu mundo, o qual ele mesmo criou, impedindo assim que as pessoas parem de adorar a outros deuses, sendo ele o único passível de adoração, cometendo diversas atrocidades para que isso aconteça.

O final desse livro foi de tanta emoção que valeu a pena a insistência para eu concluir essa grande obra. Destaco ainda ao arrepio que senti na última frase desse livro, a qual era tudo menos que eu esperava que fosse acontecer.
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