Bells
17/07/2021Não foi a leitura que mais gostei, mas como todos os clássicos, gostei de como a temática foi levantada.
Duas coisas que me fascinaram bastante na obra foi a capacidade do personagem principal em se adaptar a uma nova realidade, em um mundo pós apocalíptico, no qual, ele acreditava ser o ultimo humano vivo. E por outro lado, gostei de vê o processo de seleção natural e evolução da especie, no caso, de um tipo especifico de vampiros.
É uma leitura que pode nos levar a pensar em muitos símbolos. Como por exemplo, um único humano vivendo em um mundo infestado de seres semelhantes a raça humana, mas sendo eles vampiros, retratados como monstro, nos levando a pensar na solidão não como ausência do outro, mas sim, falta de afeto nas relações, dando a sensação de vazio, quando estamos cercados por pessoas e ainda assim, nos sentimos só.
O livro retrata como o personagem se sentia só, em um mundo no qual, ele acreditava ser o último da sua espécie. Ele buscou sentido em outras coisas, e o presente se tornou algo com o qual ele era capaz de conviver. Isso retrata bem como temos a capacidade de nos adaptar aos mais diversos contextos, e em meio a esse caos, ele buscou conhecimento, sobrevivência e formas de preencher o vazio deixado pela solidão.
Enfim, não é uma obra com muita ação, mas achei ela bem reflexiva, quando paramos para pensar em simbologias e processos psicológicos, de adaptação e evolução.
As explicações técnicas criadas para explicar a questão do vampirismo não me fascinaram tanto, mas achei criativo a forma como foi tratado, entretanto, não é a parte mais interessante da obra.