Contos de Meigan

Contos de Meigan Roberta Spindler
Oriana Comesanha




Resenhas - Contos de Meigan


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Fernanda 26/05/2012

Fui apresentada a este livro num evento literário em minha cidade (Belém), onde também conheci uma das autoras (Roberta♥). O livro foi comentado, debatido e, naturalmente, minha curiosidade aguçada.
Comprei.
O que não imaginava é que eu seria levada para uma viagem sem igual.
Sim. "Contos de Meigan" é livro-passaporte.
Você passa os olhos pelas páginas e é sugado para aquele mundo.
É praticamente impossível não viver em Meigan junto com os "magis", "guardiões", "cártagos", "Lehibi", "apocs" e outros seres criados por Roberta e Oriana, afim de nos leva para um mundo fantástico ( e sem passagem de volta).

Meigan é um mundo paralelo à terra e o prologo do livro é dedicado a nos apresentar o início da história desse novo mundo; o que não faz o leitor ficar perdido com as outras histórias que seremos apresentados depois. E são várias histórias...
A narrativa é em 3° pessoa e temos múltiplas perspectivas, o que não nos faz perder nada.
As autoras foram generosas em nos deixar a par de vários acontecimentos e emoções.

Ficaremos muito familiarizados com Maya Muskaf, uma magi que está cotada para ser a futura shyrat - governante do povo.
Maya está de volta à Meigan depois de passar alguns anos na terra, mas ela não esperava que sua volta coincidisse com uma batalha.
Os cártagos fizeram uma nova investida contra Meigan, e dessa vez nem o exército e nem os poderosos guardiões puderam detê-los.
À partir daí, somos abordados por diversos assuntos. É muita informação e a resenha ficaria gigantesca e eu acabaria soltando spoiler (o que não é minha intenção). Mas uma coisa é certa, tudo está intrinsecamente ligado à Maya.

"Contos de Meigan- A fúria dos Cártagos" é apenas o livro UM de trilogia que narra uma história intrigante, repleta de mistério, aventura, terror e magia.
Mesmo sendo em 3° pessoa, o livro consegue ser muito sensorial (aquela história de viver Meigan não é brincadeira).
Os personagens são incríveis e apaixonantes.
Não julguei Maya por nenhuma decisão tomada. Ri demais com a linha tênue entre a loucura e genialidade do Sábio, Keyth (♥). Me encantei com o mistério em volta dos Guardiões (especialmente o sétimo). Fiquei extremamente chocada com a história de Allan, e assim vai...
Os personagens e suas histórias mexem com o leitor, e isso é maravilhoso.
Ainda tem MUITOS mistérios sem respostas, o que deixa minha expectativa pelos outros livros voando alto.

Um livro fantástico (gênero literário que cabe como adjetivo) com uma leitura simples e instigante. Uma literatura nacional que merece ser prestigiada.
É um livro bem grande, com pouco mais de 600 páginas, recheadas de emoções. Sem falar que a diagramação é ótima e a capa é linda.

Pra quem curte ficção-fantasia mais para os lados da aventura, pode atravessar o portal sem medo.
Meigan espera por vocês.

Indico muito o/
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Swan 11/05/2012

http://bempramente.blogspot.com.br/2012/05/resenha-contos-de-meigan-furia-dos.html
Quando criança, Maya enfrentara uma grave doença. Não se lembrava de muitos detalhes, nem sequer sabia o que tivera, mas lembrava de como sentia-se fraca e dos terríveis pesadelos que a atormentavam. Após a morte de seu querido pai, Oliver Muskaf, Maya também sentia-se solitária visto que sua mãe, Lisa Muskaf, envolveu-se de corpo e alma com cargo de Shyrat, governante de Meigan, dedicando-lhe muito pouco de seu tempo.
Com o passar dos anos, Maya estava aparentemente curada de sua misteriosa doença, mas o relacionamento com sua mãe estava indo de mal a pior. Ela sabia que um dia teria que assumir o lugar de Lisa, mas repudiava essa ideia e desejava jamais ter que levar uma vida como a de sua mãe, tão atribulada, cheia de problemas e responsabilidades que nem lhe permitia dar a devida atenção a seus parentes. E, pensando nisso, Maya resolveu abandonar tudo, refugiando-se na Terra.
Passados alguns anos, ela sabia que era chegada a hora de retornar. Não podia negar que sentia saudades de Meigan, de seus amigos e, principalmente, de sua mãe. Mas o momento de sua volta não poderia ter sido pior. Num ataque cruel e sanguinário, os Cártagos destruíram os sete portões que separavam e protegiam Meigan do mundo humano, e invadiram a capital Katur. Maya não conseguira chegar a tempo de salvar sua mãe, o que a deixou, além de muito ferida, arrasada.
Confusa e com desejo de vingança pulsando em suas veias, Maya não estava preparada para ser a nova Shyrat. Julgava-se incapaz de governar tão bem quanto Lisa fizera. Tinha medo de decepcionar aqueles que depositavam sua confiança nela, mas agora já não era mais possível fugir das suas responsabilidades.
Terríveis acontecimentos põe-na na linha de fogo e Maya terá que provar a sua inocência. A verdadeira guerra aproxima-se. Será Maya capaz de evitar a destruição de seu mundo?

Minha opinião? Ao receber este livro não posso negar que me surpreendi com o tamanho, pois não esperava que fosse tão volumoso. Torci muito para gostar da estória, a fim de não atrasar a leitura, e, para a minha alegria, minha expectativa foi prontamente superada. Não canso de falar sobre como tenho sido surpreendida com o talento dos novos autores nacionais e Roberta e Oriana merecem os parabéns, pois realizaram um trabalho fantástico.
Fico encantada quando me deparo com estórias em que se cria um mundo diferente, com sua linguagem, sociedade e cultura singulares, suas próprias leis e tradições. E Contos de Meigan não me decepcionou. Adorei entrar nesse mundo novo e, junto com seus personagens, mergulhar nessa incrível aventura.
A estória realmente me cativou, não queria interromper a leitura em momento algum, nem mesmo quando o livro terminou. A narrativa em 3ª pessoa, desenvolve-se num tempo ideal - sem atropelos ou embromações, - é envolvente e nos proporciona acompanhar os passos não apenas da protagonista, como também de outros personagens importantes para o desenrolar da trama. A descrição das cenas é minuciosa, sem chegar a ser chata, e preciso ressaltar que as cenas de ação são simplesmente espetaculares.
Os diálogos são criativos e os personagens são bem definidos. Dentre eles, destaco especialmente 3 que, junto com Maya, protagonizam muitos momentos marcantes na trama:
* O guardião do sétimo portão: Um homem extremamente poderoso e cercado de mistérios, que ajuda e protege Maya inúmeras vezes;
* Keyth, O Sábio: Um homem vivido e geralmente bem humorado que guarda segredos poderosos. Ao longo da trama torna-se um amigo fiel da protagonista;
* Allan: Um garoto que, assim como Maya, passa por diversas provações e tem sua vida transformada para sempre.
É claro que há também outros personagens que são essenciais na saga de Maya, como seus melhores amigos Anya, Artur e Ayka, e seus mestres Alicia, Iash e Avatar, dentre outros. Alguns me agradaram muito, outros nem tanto e houve ainda aqueles que despertaram um pouco de antipatia, mas encaro isso de uma forma positiva, pois significa que eles conseguiram despertar minhas emoções. Isso, para mim, é um quesito fundamental para gostar de uma estória.
Numa analise mais técnica, a obra como um todo agradou-me bastante. A capa é impactante e provocativa, a diagramação é cuidadosa, os parágrafos foram distribuídos de forma ideal. O trabalho de revisão foi caprichoso, há pouquíssimos erros e estes não interferem na inteira compreensão nem na fluidez da leitura. O único real incômodo que senti foi devido ao peso, afinal livros volumosos têm essa característica mesmo, não há como evitar.
Enfim, no geral não tenho do que reclamar. Pelo contrário, só tenho a agradecer pela oportunidade que tive de deliciar-me com essa leitura esplêndida. Sem falar daquele final arrebatador, que me deixou desejando avidamente a continuação dessa estória fascinante. As minhas humildes palavras não são suficientes para traduzir a grandiosidade desta obra, mas espero sinceramente ter-lhes inspirado com o meu entusiasmo, pois um livro como este não é todo dia que se lê! Nem preciso dizer que é muito mais que recomendado, né!
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Thiago Rapsys 05/05/2012

[Resenha] Contos de Meigan - A fúria dos cártagos
É uma tarefa difícil fazer a resenha desse livro. É trabalhoso escrever sem causar spoiler, juntar partes para tornar a minha resenha compreensível e coerente e separar as (pouquíssimas) partes desinteressantes.

A história é verdadeiramente vibrante e intensa, num ritmo frenético. Quando você se dá conta, a história que estava muito calma, de repente muda totalmente! Aquilo que você estava imaginando ser, se transforma em tudo que você não pensou que aconteceria. Imprevisível assim.

Os personagens são únicos. Nenhum, pelo que consegui absorver do livro, é parecido com o outro (nem características e nem mesmo comportamentos - salve os Guardiões*, pois estes seguem regras rigosas de comportamento).

Maya Muscaf é uma nativa do mundo de Meigan*. Após passar um tempo na Terra, ela volta para o seu mundo através de uma caravana e um portal. Quando chega a Meigan, o pior e inimaginável acontece: a caminho de Katur*, descobre um cártago* morto. Esta notícia é absolutamente nada auspiciosa.
Os cártagos, até então, foram aprosionados em outra dimensão, porém conseguiram fugir e querem vingança.

A partir daí vem uma avalanche de informações, revelações, dúvidas, poderes, ensinamentos, escrituras, sangue, guerras, perseguições, e... só lendo para saber quantos outros tantos fatos intrínsecos do livro.
Maya, sendo descendente de shyrats*, necessita ficar no lugar de sua mãe, morta durante o ataque dos cártagos. Porém Maya não se acha na qualidade de tal poder e aceita ficar (aproximadamente) dois meses para ponderar e decidir se vai governar ou não Meigan.
Entre decidir ou não ser uma shyrat, muita coisa - eu disse MUITA coisa - acontece.

Os cártagos gritaram, comemorando a façanha, e iniciou-se então uma carreria desenfreada. Um grande grupo sobre aqueles que protegiam os destroços, encurralando-os e deixando o caminho livre para o restante do exército negro. Não havia mais como impedir que chegassem a Katur. A invasão era inevitável.
Os contos de Meigan | A fúria dos cártagos


Antes que pergunte o que palavriado é esse que usei na resenha, deixo aqui os significados:

* Mantares: são os poderes que os magis possuem. Variam entre água, terra, ar, fogo, sombras, tempo, etc.
* Meigan: um mundo diferente do nosso. Habital nele os magis.
* Magis: seres com características humanas, porém dotadas de poderes (os mantares).
* Shyrat: é o governante de Meigan. Com fortes poderes militares. Controla todos os mantares para ser melhor em combate.
* Katur: capital de Meigan.
* Guardiões: há sete Guardiões para guardar sete Portões. Estes Portões protegem o solo sagrado de Meigan.
* Cártago: traidores de Meigan. Seres dotados de pensamentos maus e vingativos.

Como você pôde ver, tudo tem um nome diferente e específico - e isto é uma das coisas que prezo num livro: originalidade.

O foco narrativo é em terceira pessoa. A introdução é um documento escrito há muito, muito tempo antes da Maya. A diagramação é ótima e revisão, excelente. A capa e o tamanho são as coisas que eu mais admiro de tudo. Livro recomendadíssimo!

Leia mais: www.ecolivros.com.br
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LilianSinfronio 02/05/2012

Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos
Originalmente postado em
http://inteiramentediva.blogspot.com.br/2012/05/resenhando-60-contos-de-meigan-roberta.html

Quando fui ao evento do livro em Belém (aqui) tive o primeiro sinal, então quando as autoras concederam uma entrevista super atenciosa e fofa acho que foi o segundo sinal, mas acho que foi com o terceiro e derradeiro sinal que me vi caída por esse livro, quando tive ele em minhas mãos e a oportunidade de lê-lo se avizinhava.

Sempre que falo de Meigan – e tenho falado muito dele por ai – pensam que se trata de uma pessoa, mas Meigan é um mundo maravilhoso paralelo a Terra, onde existe seres denominados magis – que significa iluminados – muito semelhante a humanos, mas que possuem domínio sobre um ou mais elementos da natureza. Esse “poder” é chamado mantar e parece definir mais do que a afinidade com o elemento, mas moldar o próprio caráter da pessoa [impressão minha]. Esse mundo tem suas próprias leis e seguia seu curso natural, quando foi descoberto pelos seres humanos. A convivência, de inicio pacífica logo se tornou conflituosa – pelo interesse humano em dominar, sempre – fazendo com que a guerra começasse.

Para impedir o domínio dos humanos sobre Meigan, os manarcus – seres puros que tinham domínio absoluto sobre um único mantar – criaram o Inarion, barreira entre os mundos que traria a paz de volta. E como responsáveis pela segurança da barreira e do Solo Sagrado que a cerca, foi erguido sete portões, que contava com guardiões mascarados, homens tão poderosos quanto misteriosos.

Cada um dos guardiões possuem somente seus apocs como companheiros e aliados.

Magis que passaram a lutar ao lado dos humanos, considerados grandes traidores, foram então chamados de Cártagos, sendo expulsos e exilados, obrigados a viverem nos Infernos, locais terríveis para sobrevivência. Os cártagos sempre buscaram tomar Meigan e ter a liderança desse mundo. É dessa busca por poder que trata o primeiro livro, com muitas intrigas e emoção que já começa no prólogo e te prende até a última página.

A protagonista é Maya Muskaf, filha da Shyrat ela é a futura governante de Meigan, mas com um temperamento imaturo, impulsiva e cheia de determinação para arranjar problemas, devo dizer que ela me irritou muito rsrs, mas acredito que há salvação para esse caso.

Ela sempre contara com a ajuda de amigos e aliados e dentre todos eles, o personagem que mais me encantou e divertiu foi o delicioso Keyth Feon Azvanon, grande Sábio que guarda muitos segredos e ajudará Maya a se descobrir e lutar por Meigan.

Esse livro entrou para a estante dos favoritos, para fazer companhia para o outro único integrante, e me encheu de orgulho de tantas formas que me é dificílimo externar. Primeiro porque devo confessar que a fantasia não era meu campo de conforto literário, mas o livro é tão original em tudo o que descreve que não tem como parar de ler, não conheço na televisão ou literatura algo que possa ser comparado. Depois porque as autoras são nossas gente [pausa para o momento loucura], e perceber o nível que nossos escritores estão alcançando enche meu peito de orgulho e me dá vontade de conhecer muito mais, e nunca cansarei de repetir isso em minhas resenhas, enquanto encontrar preciosidades como Contos de Meigan.

Por fim, a qualidade e fluidez da escrita fazem com que as 618 páginas passem rapidinho e me deixou cheia de raiva por já ter acabado e perceber que terei que esperar pelo próximo livro, sim, pois se trata de uma trilogia.

Indico para os que começam a se aventurar na fantasia, que belo inicio será, e para aqueles que já são experimentados, pois apreciarão a fina flor de qualidade.
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Matheus Braga 01/04/2012

Contos de Meigan: A Fúria dos Cártagos - Roberta Spindler e Oriana Comesanha
Olá queridos leitores, tudo bem?

Se vocês, assim como eu, estão cansados daqueles YA que são "muito mais do mesmo", sempre envolvendo triângulos amorosos e vampiros que brilham no escuro. Este é o livro que eu recomendo. Diferente de tudo o que eu vi atualmente no mercado, Roberta e Oriana possuem todos os requisitos para se tornarem autoras BestSellers e Contos de Meigan é a prova disso.

APESAR DO NOME, ESTE NÃO É UM LIVRO DE CONTOS!!!

Antes de contar um pouco sobre a história e sobre como foi minha experiência de leitura, temos que fazer algumas definições já que as autoras criaram seres e lugares específicos para este livro.

Magis: Seres que fisicamente se assemelham a humanos. A diferença consta em que, os magis, podem dominar alguns elementos como fogo, água, ar, terra, sombras, tempo e a própria forma.

Cártagos: São magis que traíram sua própria raça e filiaram-se a humanos na tentativa de dominar Meigan.

Meigan: Dimensão habitada pelos magis. No passado, a linha que separava o mundo humano do mundo magi era muito tênue. Contudo, após a rebelião, sete magis, cada um dominava um elemento em sua plenitude, juntaram-se para criar o Inarion, uma espécie de barreira que separa os dois mundos e que é guarnecida por 7 portões e guardiões.

Katur: Cidade principal de Meigan (é como uma capital).

Shyrat: Governante.

Mantares: São os elementos que os magis podem dominar.

O livro começa com Maya Muskaf, filha da atual Shyrat, voltando de sua estadia na Terra. Ao retornar, Maya se vê no meio de uma invasão Cártaga e é salva pelo Guardião do sétimo portão que separa Meigan do mundo humano. Posteriormente, ao retornar para katur, Maya percebe que sua cidade natal também estava em estado de alerta e que vários Cártagos havia adentrado seus portões. Ao correr para casa, Maya presencia o assassinato de sua mãe, e, consequentemente, ela deve assumir o posto de Shyrat para manter a ordem em seu mundo. Só que ela não o fará até obter sua vingança.


"A cidade estava inquieta naquela noite. Nas docas, nenhum homem bêbado ficou pelas ruas e nenhuma mulher saiu para trabalhar. Todos foram retirados antes da abertura dos portais para a batalha."
Pág. 607

Como foi dito no Estante do Leitor, este livro foi uma deliciosa surpresa. Quando olhamos para um livro nacional já temos um certo preconceito e, quando este livro possui mais de 500 páginas, já pensamos: "Aposto que só tem enrolação!!". Me enganei completamente.

O livro é bem escrito e possui doses certas de descrição, ação e aventura. Temos presente também uma boa porcentagem de politica, mas este não é o foco central do livro. Os diálogos são bem construídos e os personagens são cativantes (com exceção de Allan ¬¬).

A história criada por Roberta Spindler e Oriana Comesanha é algo épico e, ouso dizer, em certo aspectos se equipara aos livros de Patrick Ruthffus (autor de um dos melhores livros da última década). Recomendo este livro para todos que desejam se perder em uma aventura envolvendo muita magia e seres fantásticos. Aproveito a oportunidade para dizer que um Apoc está em primeiro da minha Wish List. #Fikdik ^_^
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Giselle Trindade 05/03/2012

Um ótimo exemplo da Literatura Fantástica Brasileira
Meigan é um mundo diferente do nosso, morada de seres especiais e poderosos que se denominam magis. Na aparência são exatamente como nós, mas as diferenças não podem ser ignoradas por muito tempo. Os magis tem uma relação especial com a natureza e seus elementos, moldando-os a sua vontade e apoderando-se de sua força. Esses elementos, chamados mantares, não se limitam apenas aos conhecidos fogo, terra, ar e água. Existem muitos outros, como as sombras, o tempo e até mesmo o controle sobre o próprio corpo. Ter a capacidade de decifrar, entender e interagir com a natureza é um dos principais requisitos para a evolução de um magi. Para tanto, deve-se, primeiramente, entender que tudo faz parte da mesma manifestação natural e que toda matéria e energia estão inseridas em um processo dinâmico e universal. Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos começa com Maya Muskaf preparando-se para voltar para casa. Depois de três anos vivendo na Terra, o momento de retornar a Meigan finalmente havia chegado. Estava preocupada, pois algo afetava seu controle sobre os mantares, talvez algum resquício da misteriosa doença que a debilitou durante a infância. Com medo de estar novamente doente e para conseguir respostas, decidiu deixar de lado as diferenças com sua mãe, a principal governante do mundo magi. Voltaria a Katur, capital de Meigan, e pediria perdão por todas as brigas passadas. Assim, abandonou sua vida terrena e entrou na primeira caravana que encontrou. Entretanto, seus planos acabaram tomando um rumo muito diferente daquele que imaginara. No caminho de volta, os soldados que a escoltavam acabaram encontrando destroços e um corpo no chão. Logo que avistou o homem morto, com os cabelos tão brancos quanto sua pele e os olhos inteiramente negros, Maya soube que se tratava de um dos cártagos – antigos magis que traíram seu povo e por isso foram banidos para uma dimensão paralela. As implicações para tal presença em território magi eram gravíssimas e não demorou muito para que a garota e seus companheiros descobrissem que os magis traidores estavam tomando o Solo Sagrado e derrubado seus portões de defesa. Agora, em meio ao caos de uma violenta batalha, Maya vai precisar lutar para sobreviver e conseguir responder as perguntas que tanto lhe afligem. Como os cártagos conseguiram acesso ao Solo Sagrado? Onde estavam os guardiões dos portões, os mais poderosos guerreiros de Meigan? E, a mais importante de todas, conseguiria chegar a Katur a tempo de encontrar sua mãe?

Eu quis ler esse livro desde que fiquei sabendo do lançamento através da Editora Dracaena, muito obrigado a Roberta por ter me enviado um exemplar. Esse é um excelente exemplo de Literatura Fantástica Brasileira que vale a pena ser lido, eu adorei a história, e apesar de ser bem Grande, a leitura de forma alguma se torna cansativa ou maçante, é bem leve e agradável e as páginas passam bem rápido, mal percebemos e quando chega ao fim deixa aquele gostinho de quero mais.

Meigan é um Mundo Fantástico, onde os habitantes possuem poderes de controlar a Natureza. No Livro acompanhamos a história de Maya, que viveu bastante tempo na Terra e agora decidiu a Meigan para tentar se entender com sua Mãe, que é a Governante. Mas ao chegar ela a encontra à beira da Morte e se vê tendo que assumir a responsabilidade do Cargo da Mãe, que é passado pela Hereditariedade. E descobre que sua Mãe foi atacada pelos temidos Cártagos.

O Livro é Maravilhoso, eu super Recomendo, sem sombra de dúvida!!! Parabéns às Autoras e que venha logo a continuação!!!!

Beijos
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danilo_barbosa 24/02/2012

Uma luta extraordinária
Veja mais resenhas minhas no Literatura de Cabeça:
http://literaturadecabeca.com.br

Já tive a minha safra de livros fantásticos e são poucos os que atualmente me surpreendem. Pulando as sagas mais teens que acompanho com um fervor meio pueril, como House of Night, entre outros, acho cada vez mais difícil achar uma obra desse gênero, mais adulta, que me pegue de jeito.

Principalmente na literatura brasileira. Alguns autores iniciantes, aproveitando a febre do fantástico, introduzem em nosso dia a dia as mais loucas aventuras que, por um momento nos cativam, nos permitem viajar na história mas, infelizmente, ainda não deixam aquela marca definitiva na memória que me caracteriza como fã inveterado.

Por isso, quando peguei na mão o "tijolinho" (afinal, são 617 páginas) escrito pelas hábeis mãos de Roberta Spindler e Oriana Comesanha, pensei com os meus botões - Abusadas essas meninas! Para escrever a primeira obra deste tamanho é preciso ter muita coragem... - Mal sabia que naquela hora ia obrigar a engolir tudo que pensei.

Os Contos de Meigan - A fúria dos cártagos, lançado pela Editora Dracaena, vai além da capa belíssima. A obra transporta o leitor para um mundo fantástico e sanguinário. O mundo de Meigan, paralelo ao nosso, é habitado pelos Magis, pessoas que dominam os elementos - os mantares - como fonte de sua energia. E não digo apenas os quatro que conhecemos - nessa lista também se categorizam luz, sombra, forma, tempo etc.
Eles usam esses poderes de acordo com as suas vontades e evoluem conforme estudam para se tornarem mais poderosos.

Há muito tempo atrás, os humanos descobriram uma entrada para Meigan e tentaram dominar tudo. Alguns magis traíram o seu povo e se uniram aos humanos em busca desse poder. Foi preciso que os grandes sábios de Meigan acordassem Inarion, uma força mais antiga que o próprio tempo, para expulsar os homens e os magis traidores.
Os homens voltaram para seu mundo e esqueceram que Meigan um dia existiu. Os traidores foram chamados de cártagos e confinados aos infernos daquele lugar. Só restaram desse evento as lembranças e os 7 portões que cercam a capital de Meigan, guardados pelos guardiões, seres mitológicos que são proibidos até de mostrarem seus rostos, acobertados por máscaras.

É a esse mundo que pertence nossa heroína, Maya Muskaf. Filha da regente de Meigan, ela foge de qualquer tipo de compromisso com o reino, infiltrada em meio aos humanos, conhecendo seus costumes e histórias - apesar de nós não nos lembrarmos deles, eles tem livre acesso ao nosso mundo.

Mas o dever a a chama e ela decide voltar a Meigan.

Lá chegando, ela encontra o Caos. Os Cártagos conseguiram atravessar a mágica das fronteiras de Meigan e destruir os seus portões. Em um momento trágico, Maya vê sua mãe ser estuprada e morta pelos inimigos. Perdida e desamparada, uma estranha em seu próprio lar, Maya não sabe em quem confiar. Afinal, quem havia facilitado a entrada dos Cártagos? Quem planejava a destruição de seu mundo?
Guerra, vingança, sangue e magia marcarão o caminho de Maya em busca do seu amadurecimento. E o amor também, em um rosto escondido por trás de uma máscara...

Gente, a escrita dessas meninas só tem uma definição - Poderosa! Elas sabem prender a atenção do leitor com suas cenas de ação desenfreada. A gente não consegue tomar fôlego em meio as reviravoltas que Maya e seus companheiros passam durante o decorrer da trama. Toda o desenrolar é pungente, tenso, cheio de nuances e complexidades.

No seu enredo fantástico se mesclam preconceitos, amores e muita batalhas, numa época onde ninguém é de confiança e muitas são as surpresas. Em certos momentos, o livro consegue criar um clima parecido com o conceituado A guerra dos tronos, onde nada é o que parece ser. Isso acaba resultando em uma simpatia imediata de nossa parte por cada um dos personagens e a maneira como eles crescem durante a trama.

Meu personagem predileto, sem sombra de dúvidas é Seth, o guardião. Com um jeito que pode parecer meio turrão, sua imagem oscila entre leveza e a tristeza dos deveres que foram impostos em toda sua vida.

"Que tipo de pessoas os guardiões estariam protegendo por tantos anos? Pessoas que atiravam comidas e objetos em prisioneiros, que tratavam com crueldade a quem deviam respeito? Esse tipo de gente merecia sua proteção e lealdade?
Não conseguindo mais se controlar, Seth socou as paredes à sua volta. Não sabia muito bem quando, mas em algum momento, desaprendera a ser guardião."

O único defeito, na minha opinião, é o final em suspenso, depois da epopéia de ler o livro todo. Mas já fiquei sabendo que outro livro com a conclusão dessa saga será lançado em breve.
Resta aos leitores aguardarem com ansiedade tão esperada conclusão. Enquanto isso não acontece, leiam este livro. E se apaixonem com um mundo tão diferente e, ao mesmo tempo, tão parecido com o nosso.
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Literatura 24/02/2012

Uma luta extraordinária
Já tive a minha safra de livros fantásticos e são poucos os que atualmente me surpreendem. Pulando as sagas mais teens que acompanho com um fervor meio pueril, como House of Night, entre outros, acho cada vez mais difícil achar uma obra desse gênero, mais adulta, que me pegue de jeito.

Principalmente na literatura brasileira. Alguns autores iniciantes, aproveitando a febre do fantástico, introduzem em nosso dia a dia as mais loucas aventuras que, por um momento nos cativam, nos permitem viajar na história mas, infelizmente, ainda não deixam aquela marca definitiva na memória que me caracteriza como fã inveterado.

Por isso, quando peguei na mão o "tijolinho" (afinal, são 617 páginas) escrito pelas hábeis mãos de Roberta Spindler e Oriana Comesanha, pensei com os meus botões - Abusadas essas meninas! Para escrever a primeira obra deste tamanho é preciso ter muita coragem... - Mal sabia que naquela hora ia obrigar a engolir tudo que pensei.

Os Contos de Meigan - A fúria dos cártagos, lançado pela Editora Dracaena, vai além da capa belíssima. A obra transporta o leitor para um mundo fantástico e sanguinário. O mundo de Meigan, paralelo ao nosso, é habitado pelos Magis, pessoas que dominam os elementos - os mantares - como fonte de sua energia. E não digo apenas os quatro que conhecemos - nessa lista também se categorizam luz, sombra, forma, tempo etc.
Eles usam esses poderes de acordo com as suas vontades e evoluem conforme estudam para se tornarem mais poderosos.

Há muito tempo atrás, os humanos descobriram uma entrada para Meigan e tentaram dominar tudo. Alguns magis traíram o seu povo e se uniram aos humanos em busca desse poder. Foi preciso que os grandes sábios de Meigan acordassem Inarion, uma força mais antiga que o próprio tempo, para expulsar os homens e os magis traidores.
Os homens voltaram para seu mundo e esqueceram que Meigan um dia existiu. Os traidores foram chamados de cártagos e confinados aos infernos daquele lugar. Só restaram desse evento as lembranças e os 7 portões que cercam a capital de Meigan, guardados pelos guardiões, seres mitológicos que são proibidos até de mostrarem seus rostos, acobertados por máscaras.

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/wfSqkq
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Biah @garotapaidegua 22/02/2012

Fantástico!
O livro tem mais de 600 páginas e nos conta uma estória fantástica. Nesse novo mundo chamado Meigan, os magi são descendentes dos manarcus, seres poderosos que tinha domínio sobre um mantar - um elemento da natureza. Com o passar do tempo, as tribos de manarcus foram se relacionando entre si, gerando seres capazes de controlar vários mantares, mas não com a perfeição que os manarcus controlavam apenas um, e esses seres foram chamados de magi.

Maya Muskaf é uma magi , filha de Liza Muskaf, a atual shyrat - um líder-governante - de Meigan. Ela fugiu para a Terra a fim de fugir das pressões que o cargo de sua mãe exercia sobre ela e das lembranças de um infância afetada por uma misteriosa doença. Mas ao chegar a Meigan se depara com o caos: fumaça, gritos e corpos espalhados diante dos sete portões que protegem a entrada de Meigan. Mal ela sabe que está prestes a enfrentar as maiores batalhas de sua vida.

A partir de então nos vemos em meio a intrigas, conspirações rebeldes, magia e batalhas que te fazem querer pegar algum tipo de arma e defender uma causa também! Sentimos raiva de alguns personagens, pena de outros, e vontade de sacudir a Maya até entrar juízo na cabecinha dela. E rimos muito dos comentários de Keyth, o personagem mais hilário de todos!

O final do livro é muito surpreendente! Sério, eu duvido que alguém adivinhe como a jornada através de Meigan acaba. Tudo bem que eu não agüentei de curiosidade e li o final antes de terminar - NÃO façam isso! - mas mesmo quando eu voltei a ler a parte em estava não consegui parar de pensar no final. Ele estava lá, no fundo da minha mente, mesmo enquanto eu lia sobre batalhas fantásticas. E mesmo quando eu realmente cheguei ao final não fiquei menos surpresa. Só conseguiu pensar em OMGs e COMASSIMs . E estou pensando nele enquanto escrevo essa resenha.

É que ele foi muito bem escrito e serve a dois propósitos: ter uma continuação ou não. É porque o livro todo te transmite a sensação de estar lendo um conto de fadas sabe? Não pelas características da estória, mas porque tem todo aquele ar fantástico e antigo, como algo que foi repassado durante gerações. Então quando chegamos ao final temos a sensação de conto de fadas ainda mais reforçada: o que o 'Felizes Para Sempre' te diz de verdade sobre os futuros acontecimentos? Não muita coisa, certo? Mas é, de certa forma, definitivo, e te deixa especulando e imaginando e te traz uma sensação boa, tipo de 'missão cumprida', mesmo que ainda haja perguntas a serem respondidas. Uma sensação difícil de descrever. Mesmo assim eu espero uma continuação. Pra ontem!

Eu não pensei que fosse gostar tanto. Já falei diversas vezes que estórias em novos mundos me deixam com um pé atrás por causa do comum excesso de descrições. Contos de Meigan não é assim. O ambiente em que é narrada de forma clara e direta. Em nenhum momento a estória é chata ou maçante, e o que eu mais pensava é que foi necessária muita imaginação por parte das autoras. Por falar nisso, apesar de ter sido escrito por duas pessoas, em momento algum eu senti mudanças no estilo da narrativa. Realmente pareceu ter sido escrito por uma pessoa só e sua grande imaginação. Grande parceria!

É um dos melhores livros da literatura nacional que eu li até agora. Creio que os fãs de Senhor dos Anéis e Guerra dos Tronos vão adorar! Adorei, adorei !!! Difícil de explicar o quanto, só lendo para entender ;)

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Lola 20/02/2012

Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos
Você acha que o escritor de Guerra dos Tronos é o rei internacional da ficção fantástica? Então hoje venho apresentar a vocês as rainhas nacionais deste gênero: Roberta Spindler e Oriana Comesanha. Em 617 páginas de puro talento, ação, magia, batalhas, traições e mistérios elas conseguem criar com maestria um mundo novo e em nenhum momento perdem o foco. Prepare-se para noites em claro onde o Mundo de Meigan vai roubar cada porção do seu fôlego. E com certeza vai roubar também o seu coração.

Eu poderia começar essa resenha de muitas formas diferentes, mas é impossível conter minhas emoções. Por quê? Eu li um livro que me fez sentir frio na barriga, vontade de chorar, estapear a protagonista, depois abraçá-la, eu me diverti com o senso de humor de um dos personagens mais completos que já tive o prazer de conhecer, eu fiquei apreensiva com um talvez futuro triângulo amoroso e confesso, torci para que acontecesse. Eu li um livro incrível que em momento nenhum me cansou, apesar de suas 617 páginas, eu me surpreendi tanto com o desfecho final que estou anestesiada até agora. Você consegue entender o quanto eu gostei de um livro que mesmo sendo enorme, se dependesse de mim não teria fim?
Caros leitores, é assim que tento descrever um pouco das emoções que tive ao ler Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos.
Um enredo que surpreende já no prólogo que tem uma construção que eu achei perfeita. Ele funciona como uma introdução ao Mundo de Meigan, descrevendo sua criação em termos práticos, sem enrolação ou divagações desnecessárias.
A princípio você poderá estranhar os nomes que não são nada casuais, contudo isso é mero detalhe. Em algumas páginas você já se considera um habitante desse mundo fantástico e em muitos momentos se pega chamando os personagens pelos nomes e dando conselhos. Ou passando sermão. É gente, Meigan faz isso com você.
A garota Maya é a filha da atual soberana de Meigan, Liza Muskaf. Devido a relação conturbada com a mãe, ainda jovem Maya saiu de Meigan e veio viver entre os humanos. Abalada por uma estranha doença que a acometeu na infância após anos afastada de seu mundo ela engole seu orgulho e decide partir de volta para o seu mundo na próxima caravana. Mas ela não poderia ter escolhido um momento pior para retornar.
Em meio ao caos de um ataque surpresa dos violentos Cártagos, traidores dos Magis que há muito tempo foram banidos para outra dimensão, Maya se desespera ao imaginar a possibilidade de não ter a chance de encontrar sua mãe viva.
Durante sua luta para chegar ao seu destino ela ganha a proteção do Sétimo Guardião, um dos responsáveis por garantir a segurança dos portões do Solo Sagrado.
Em um enredo bastante intrincado, com inúmeros personagens bem construídos não posso deixar de destacar um: o Sábio.
Em sua fuga pela Floresta dos Condenados Maya encontra esta figura engraçada, misteriosa e muito gentil. O senso de humor dele agita boa parte do livro.

“-Nossa, eu não sei por que se preocupar tanto com isso, eu não vi nada. Ou melhor, quase nada. (...) Bom, eu vi tudo sim, mas não precisa me olhar desse jeito. Eu juro que não contarei que você está com umas gordurinhas... Ei, calma! Estou brincando!” – Capítulo 11, página 161.

A relação de amizade que surge entre Maya e o Sábio emociona. Ele apesar de idoso tem uma alma jovem, ainda que seus segredos o impeçam de se abrir totalmente com Maya.
Seth, o guardião, acompanha os dois em grande parte da jornada, e sua relação conturbada com Maya me deixa em êxtase.

“Ele deu um passo para trás, atordoado com aquela mudança de comportamento. Era tão difícil assim perceber que a única coisa que ele queria era protegê-la? Agora tinha certeza de que fora um idiota por se preocupar com aquela garota. Sem dar explicações, deu as costas para ela e voltou para a extremidade do pátio. Só queria sair dali.” – Capítulo 25, página 303.

É necessário destacar dois aspectos que saltam aos olhos durante a leitura.
Um deles é que sendo um livro escrito a quatro mãos poderiam ocorrer mudanças sutis na forma de escrita ou alterações bruscas de estilo. Isso não acontece em momento algum. Oriana e Roberta funcionam perfeitamente escrevendo juntas, formam uma dupla entrosada que não falha.
O segundo aspecto a ser apontado é que neste livro não existem páginas descartáveis. Sem enrolação nem parágrafos e mais parágrafos recheados de inutilidades. Sabe aquela velha mania que alguns autores têm de, com todo respeito, encher lingüiça? Pois é, Contos de Meigan está livre desses males.

Feitas todas essas observações só tenho uma coisa a dizer: depois de quase surtar com o final totalmente enigmático e surpreendente e de quase enlouquecer a Roberta Spindler com meus e-mails super sutis do tipo: “Fala que a continuação sai esse ano? Por favor? Pooor favoor!” ela prometeu que ela e a Oriana estão se dedicando bastante para seguir com o nível de qualidade da história e que assim que for possível a continuação estará disponível.
Leitura total e incondicionalmente recomendada. Estou roendo os dedos de ansiedade para ler o próximo volume.

Resenha originalmente postada em http://adventurerpenelope.blogspot.com/2012/02/contos-de-meigan-furia-dos-cartagos.html
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@apilhadathay 18/02/2012

*.*
Este é o momento em que você diz: "É por isso que eu amo o que faço". Talvez a minha resenha nunca chegue ao patamar do livro que acabei de ler, mas como dizem que "menos é mais", vou tentar resumir minha opinião da melhor forma.


"- Você está na Sala dos Livros há quase dois dias - Avatar comentou com fingido desinteresse - Um Sábio não deveria precisar de tanta leitura.
- É claro que deveria - Keyth respondeu na mesma hora - Afinal, a sabedoria não se ganha de presente..."

A ausência do número da página foi proposital. O desfecho deste diálogo eu deixo para vocês conferirem na leitura, porque Keyth é um personagem espetacular, especialmente quando se trata de Maya e de Avatar.

CONTOS DE MEIGAN é épico: o melhor livro de LitFan nacional e mesmo da estrangeira que li desde O Senhor dos Anéis, até hoje. Com muitas influências importantes, como do próprio J.R.R. Tolkien, C. S. Lewis, de George R.R. Martin - e arrisco dizer que também da própria J.K. Rowling, de Riordan e de Victor Hugo - entre os que identifiquei, não posso deixar de mencionar que é uma história original, cativante e arrebatadora. Esta é a narração de duas brasileiras, paraenses de Belém, que passei a admirar profundamente a partir do fim da leitura deste livro, como grande fã da ficção e da fantasia, que sou.

"Maya suspirou, fitando o céu. Não sabia mais o que pensar. Ela se sentiu extremamente cansada, como se carregasse o peso de todo o mundo em suas costas. Sorriu desmotivada. Pensou que só uma Shyrat tivesse que lidar com tanta responsabilidade, mas estava enganada... Já era hora de trilhar o caminho de sua mãe." (P. 290)

Dor, família, guerra, paixão e amor; disciplina, ordem e hierarquia; o treino pela perfeição; um ambiente medieval com o toque da magia tradicional e do mistério; o dinamismo de uma linguagem acessível, mesmo quando formal; o mistério dos guardiões mascarados, um toque de suspense e toda a filosofia envolvida com sua condição. CONTOS DE MEIGAN é um livro de movimento, cujas páginas vibram nas mãos da gente junto com a leitura. A nossa sensação é a de estarmos correndo, mesmo sentados.

Os personagens são simples, mesmo que tenham poderes além dos humanos. Eles são verdadeiros e apaixonados, especialmente Maya, que é uma Grande protagonista, uma líder nata que só precisa aprender um pouco mais; e Keyth, meu personagem favorito: inteligente, engraçado, espirituoso e amável. Suas melhores tiradas eu não posso relatar aqui, porque elas merecem ser lidas no contexto. Seth e Sebastian exercem um outro tipo de atração nas leitoras, mas senti que poderiam ter sido um pouco mais explorados no sentido de relacionamentos - embora entenda bem as razões de cada um para agirem assim. Já Allan, para mim, representa um big ponto de interrogação. Preciso ler mais!

O livro conta uma história séria sobre invasão e vingança, jogos de poder e traição, mas não deixa de ter seus deliciosos momentos de diversão, como tudo na vida. Especialmente com relação a Keyth - que deve ser uma pessoa maravilhosa de conviver!

"Viu sem reação um braço masculino afastar as colchas.
- Sebastian, eu realmente não sei o que dizer... - ela começou com a voz relutante.
- Que tal não dizer nada? Minha cabeça está estourando.
Aquela voz rouca, aquele tom tão conhecido. Maya franziu o cenho e teve certeza de que havia perdido completament o juízo.
Ou então o mundo só podia ter virado de ponta-cabeça.
- Eerrr... Keyth?
O Sábio, com os cabelos completamente arrepiados e a barba embaraçada até a raiz, fitou-a com seus olhos semiabertos." (P. 506)

O livro trata de forma interessante a questão das diferenças sociais: posição não é tudo, mas o respeito à hierarquia e/ou às leis é importante- especialmente quando se trata dos Guardiões dos Sete Portões. Existe um belo "duelo" entre o certo e o errado, e a quem devemos obediência: às regras ou ao bom senso? Há questões sociais, filosóficas e políticas que foram abordadas de forma leve, acessível e dinâmica. A riqueza do movimento está nos ótimos diálogos e no texto, em si, que voa em nossas mãos. Ainda levei muito tempo para ler o livro, 7 dias! Se não fossem o trabalho e os estudos, certamente teria terminado antes. Eu me peguei pensando que essa história renderia um jogo muito, MUITO legal: de RPG, de tabuleiro ou no formato virtual.

O único ponto que eu preciso mencionar é a revisão, que poderia ter sido mais generosa. No início do livro, não vemos muito isso, mas no decorrer do texto, há várias crases que não deveriam existir e pontos finais de menos, o que ligava frases que deveriam estar separadas. Nada que atrapalhe a leitura, no entanto.

É a única observação que faço, porque amei o livro. Como eu já mencionei antes, ele é bárbaro, muito mais do que eu já esperava dele: uma ótima história que une portais dimensionais (já me apaixonei aí), elementos medievais, conflitos, liderança, e ao mesmo tempo diversão, juventude e amadurecimento. Não deixemos de fora o amor, mesmo que haja cenas de ação e terror de arrepiar os cabelos e nos fazer pular. Os públicos jovem e adulto, feminino e masculino vão adorar, porque ele une ação e amor sem ser exageros, tudo na medida. Ah, e esperem reviravoltas já no início: Amo!

"Percebendo que ela havia despertado, Sebastian quebrou o beijo. Encarou-a com um olhar arrebatador. Atordoada, Maya demorou a conseguir formular algum pensamento coerente. Suas pernas tremiam tanto que não sabia como ainda conseguia ficar de pé. Não havia sido apenas um beijo. Ainda sentia o calor do fogo em seu interior, arrepios tomavam seu corpo sem aviso. Perguntou-se mentalmente se beijar um magi de fogo seria sempre assim. Como podia ter esquecido da noite anterior?" (P. 510)

A capa, de César Oliveira, ficou um espetáculo, e o final do livro me deixou refletindo sobre ela. As ilustrações do João são um charme a mais e dão vida aos personagens, inclusive os apocs (podemos sonhar com um Apoc só nosso? *.*)

Acho que tudo isso vai girar para um mistério interessante e um desfecho ainda melhor! Só tenho a agradecer a Roberta e Oriana pela oportunidade de encontrar um livro maravilhoso, vivo e que já tem lugar certo no nosso Top Nacional 2012 o//

Ansiosíssima pelo segundo livro da saga!

Recomendo!

No Canto e Conto:
http://canto-e-conto.blogspot.com/2012/02/resenha-contos-de-meigan-furia-dos.html
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