larissassa 15/07/2021
Obrigada, Sylvia Plath.
"Não teria feito a menor diferença se ela tivesse me dado uma passagem para a Europa ou um cruzeiro ao redor do mundo, porque onde quer que eu estivesse - fosse o convés de um navio, um café parisiense ou Bangcoc- estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado."
Devo confessar que me assusta ter me identificado com a Esther em alguns momentos. Diversas vezes eu conseguia sentir exatamente o que ela estava sentindo e entendia perfeitamente o que ela queria dizer, seja pela escrita perfeita de Sylvia Plath, seja pela forma arrebatadora que os temas foram propostas nesse livro, sem censura, apenas claros e ligeiros. Eu estou completamente rendida por essa narrativa e desde o início eu havia me apaixonado. É realmente intrigante a mente da personagem e toda a expectativa por trás dessa história. Sim, é um dos melhores livros que eu li porque traduz muitos dos meus pensamentos e medos, retrata muito as minhas próprias vulnerabilidades e demonstra a verdade crua, a realidade. É possível sentir todas as angústias da Esther, a redoma de vidro que ela cita pairando sobre ela, a dor, a exaustão mental e toda essa vontade de livra-se desse peso horrível que é o distúrbio mental. Por muitos momentos, eu ficava chocada com a sinceridade exagerada dela mas entende-se que ela estava muito cansada do mundo, de tudo e não tinha nada a perder. Enfim, há muitas outras coisas, diversas análises que são possíveis de serem feitas com essa leitura e eu só queria deixar explícito que estou apaixonada por esse livro e o quão grandioso ele é!