Jose 24/02/2023
A Ilíada de Homero é considerada como o começo da literatura ocidental e renderia muito mais do que uma única resenha, mas vou me limitar a ser o mais conciso possível.
A edição que li é da Penguin, um selo de livros clássicos da Companhia das Letras, cuja tradução muito bem feita do grego clássico ficou por conta de Frederico Lourenço.
A obra se inicia já no nono ano da Guerra de Tróia, iniciada após o rapto de Helena, esposa de Menelau, um rei espartano, por Páris, filho do rei de Tróia. No entanto, a Ilíada não dá tanto foco a causa da guerra e nem vemos o seu desfecho.
A história começa com Aquiles, o semideus que conhecemos dos mitos, tendo seu despojo de batalha, a escrava Briseida, tomado por Agamenon, irmão de Menelau. Considerando isso um ultraje, Aquiles se recusa a batalhar na guerra contra Tróia e é neste momento que o curso da guerra muda.
A Ilíada é muito mais complexa do que apenas isso e eu poderia passar horas falando sobre o pouco que sei. O livro tem mais de 700 páginas, sendo quase 200 de material extra, contextualização e textos sobre os pormenores relacionados a Homero e o livro.
Por ter um bom número de páginas e uma leitura diferente do habitual, talvez Ilíada desanime algumas pessoas, ainda mais leitores não muito frequentes. Porém, recomendo que ao menos deem uma olhadinha. Pode valer a pena, assim como valeu para mim.
Ilíada é um clássico da literatura ocidental justamente por ser o início dela, e mesmo tem mais de milênios de idade, ainda rende discussões e adaptações para todo tipo de mídia que você possa imaginar.