Estação Jugular

Estação Jugular Allan Pitz




Resenhas - Estação Jugular


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Maldito 01/02/2013

Na primeira vez que li e resenhei um livro deste autor, seu trabalho caiu meio que de paraquedas em minhas mãos e eu desconhecia totalmente sua origem e procedência. Durante esta mesma leitura acabei passando por diversas epifanias, e ao seu término fiz questão de postar o livro aberto bem na minha frente e render palmas ao exemplar. Como ainda não havia me dado por satisfeito pelas informações consumidas, logo depois corri para a internet para pesquisar mais sobre aquele trabalho tão corajoso que parecia ter sido escrito por alguém com pelo menos uns 50 anos de estrada, tanto na vida quanto na literatura.
Minha pesquisa me levou a um escritor jovem, com cerca de oito livros já publicados, mas com energia verborrágica suficiente para lançar pelo menos mais algumas dúzias de boas composições. O jeito foi cutucar aquele sujeito, só pra ver quais outras palavras poderiam escapulir por entre seus poros. O jeito, foi ofertar uma coluna nesse mesmo blog para Allan Pitz , destruir certas barragens e deixar seus textos fluírem como um rio de forte correnteza. Assim nasceu a nossa Coluna Invisível.

Foi nesse meio tempo que foi relançado seu livro ‘Estação Jugular – uma estrada para Van Gogh’, cronologicamente anterior ao que citei acima, com uma estética bem diferente, mas ainda a mesma pegada lúcida. Mesmo que desta vez ele transite por caminhos bem lúdicos.
Quem está acostumado com os pés sujos de terra do autor, pode estranhar um pouco do seu desprendimento terreno nos primeiros capítulos deste enredo. Eu mesmo sentia como se estivesse lendo um bom livro, uma boa história, mas ainda assim algo sem a assinatura característica do escritor.
Cheio de boas intenções, segui em frente com a leitura. E justamente quando eu começava a me conformar com tudo que me era apresentado,... Não é que seus dedos surgem sem aviso por entre as páginas, rasgando-a em tiras, vindos diretamente de alguma fase escondida do seu próprio jogo, só pra avisar que estava lá o tempo todo. E se eu não pude vê-lo antes, é porque fazia parte da jogada me coagir a olhar pra cima enquanto as coisas na verdade aconteciam bem ao meu lado.

Em uma era que o mercado editorial só procura lançar livros escritos no ‘plural’, que gritam pra todos os lados feitos uma metralhadora na expectativa de alvejar um público já cansado de ser baleado pelo mesmo baixo calibre, esta obra abre caminho sussurrando feito um sniper por entre as outras. Um tiro só com alta precisão, bem certeiro,... No coração? Não. Na sua alma. Um trabalho limpo e pessoal que cria uma espécie de vínculo entre o assassino e sua vítima. Entre o autor e seu leitor. Enfim, trabalho de profissional.
O que estou tentando dizer, é que ao final desta leitura dificilmente você irá compartilhar essa experiência com seus amigos. Não é assunto a se tratar em mesa de bar. É mais como aquela conversa que se ouve e não se passa pra frente com medo de parecer indulgente. Mas toda vez que você detectar alguém com um olhar insólito, provavelmente irá se questionar se esse alguém passou por lá. Se ele já embarcou naquele estranho ônibus rumo à estação jugular.
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Vanessa Vieira 09/07/2013

Estação Jugular_Allan Pitz
O livro Estação Jugular, de Allan Pitz, se inicia em um ritmo bem frenético e misterioso. Conhecemos Franz, um técnico de informática que está fugindo de algo, mas não sabe exatamente do que, e não faz ideia de qual será o seu destino. Em meio a uma estrada desértica, ele embarca em um ônibus sem itinerário, com um motorista deveras desconhecido, e aparentemente, nada simpático.

Durante esta viagem misteriosa e sem rumo algum, vamos conhecendo um pouco mais sobre o motorista e o passageiro, e o que esperávamos ser mera ficção, vai se transformando em nada mais do que traços da nossa realidade. O percurso percorrido por ambos se mostra uma verdadeira descoberta no aspecto humano e espiritual.

"(...) A vida é basicamente isso: um livro misterioso onde escrevemos páginas a cada dia vivo, e depois de poucos anos como matéria sólida, confusos na superfície de uma grande civilização, viveremos milhares de anos em resgate, redenção, buscando ser uma energia restaurada e amplificada de nós, erguida sobre as experiências do tempo em que estivemos na grande criação. O grande laboratório. Para depois seguirmos no rumo de outras civilizações."

Estação Jugular é um livro inteligente e muito reflexivo. Construído basicamente sob metáforas, podemos afirmar que a viagem ficcional vivida pelos protagonistas nada mais é do que o percurso - oras suave, oras árduo - traçado pela humanidade ao longo dos anos. Empregando uma certa dose de dramaticidade ao enredo, o autor soube compor uma trama heterogênea e deveras, reveladora, enaltecendo os verdadeiros valores da vida que, em muitos momentos, passam despercebidos por nós, sendo subjugados na nossa caminhada. Narrado em primeira pessoa por Franz, nos surpreendemos com as suas descobertas e também com fatos ocorridos no seu cotidiano, que se tornam o ponto de partida desta sua trajetória.

A narrativa de Allan Pitz é poética e ao mesmo tempo, surreal. A história consegue nos impactar de uma forma intensa, conforme vai se deslanchando, e o final é extremamente surpreendente. Uma leitura cabeça, empolgante e repleta de sensações.

Em suma, Estação Jugular foi um livro que me impressionou e me refletir sobre vários ângulos da vida, tamanha a dimensão de seu enredo. A narrativa é intensa e fluída, e conclui a leitura em poucas horas. A capa retrata bem o teor do livro, com um panorama vasto, dando a sensação de infinito. A diagramação está excelente, com uma revisão de qualidade, fonte em bom tamanho e frases de personalidades célebres em quase todos os capítulos. Recomendo ☺

site: http://www.newsnessa.com/2013/07/resenha-estacao-jugular-allan-pitz.html
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LetíciaBaldez 02/10/2015

[RESENHA] #ESTAÇÃO JUGULAR
A trama começa com um homem que está fugindo, mais não sabe exatamente do que. Ele pega um ônibus,e fica sozinho com o motorista, logo pergunta ao mesmo qual é o destino final. O motorista é vago em sua resposta o que deixa Franz chateado e brigando com o motorista por nada de mais aparentemente.
Franz está se sentindo desesperado e pede que o motorista saia logo da rodoviária e o caminho percorrido é sempre em linha reta e com paisagens incomuns e longas, que geram grande desconforto na mente do rapaz que começa a se sentir angustiado pelo fato de não conseguir entender em que aquilo tudo vai levar.
“Uma estrada infinita para a loucura e as cores vivas de Van Gogh, escolhido desde o início por esconder na loucura toda a beleza de suas obras, de seus sentimentos, seus sentidos, sua genialidade.”
Aos poucos Franz e o motorista vão travando diálogos e Pedro, o motorista lhe dá um remédio para que ele consiga descansar um pouco. O cenário vai se modificando e em vários aspectos temos como tema central a divindade e a morte. Franz é um homem que trabalha com computadores e vê tudo de forma mecânica, mas ele aprende que nem tudo que parece é o que realmente é.
Seus sentimentos vão sendo modificados e a raiva que ele sente do motorista, logo dá lugar a uma amizade e eles passam por diversas situações em que Franz chega a questionar se Pedro é um alienígena, quando na verdade ele já não está neste mundo e aos poucos vai percebendo que tudo é uma viagem destinada ao paraíso.

Os capítulos são pequenos e fáceis de entender, o autor possui uma escrita fluida e sempre cheia de questionamentos. O livro é narrado por Franz, as páginas são amareladas, a capa é condizente com o enredo do livro. Um ponto que me agradou bastante foram frases de diversos autores no decorrer do livro, com Van Gogh, Albert Einstein, Edgar Alan Poe, Benjamin Franklin, entre outros. A diagramação é simples e o que me impressionou mais foi como Deus foi retratado nesta narrativa.
Bom bibous, essa foi a resenha espero que tenham curtido, fiquem de olho nas redes sociais e deixem nos comentários se já leram ou querem ler esse livro intenso.
Kissus ♥

site: http://sobangulos.blogspot.com.br/2015/09/resenha-estacao-jugular.htmlhttp://sobangulos.blogspot.com.br/2015/09/resenha-estacao-jugular.html
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