Kel Costa 10/10/2011Perturbador, surpreendente e radical.Jesus Extraterrestre foi uma leitura muito surpreendente. Eu confesso que antes de pegar no livro para ler, não sabia se iria gostar da história. Pelo fato de envolver religião, o livro estava sobre um campo minado. Então eu o peguei, abri a mente e adorei!
Leo Mark criou toda uma mitologia em torno da história de Jesus Cristo. E ele ainda fez mais: conectou fatos históricos importantes da humanidade com essa fantasia, usando a mitologia Suméria de base. E acreditem, ficou fantástico.
Para os religiosos fanáticos, o livro provavelmente não passará de uma profanação à Igreja Católica, mas quem for ler de mente aberta, sabendo que isto é ficção, poderá se divertir bastante. Leo mistura os Illuminatis com os deuses Anunnakis (mitologia Suméria). Faz crer que o mundo está nas mãos dessa seita famosa e que pessoas conhecidas mundialmente dirigem suas ações. São os Illuminatis que estão atrás de David, que esperam pelo mal retornando ao poder e sabem perfeitamente que a história pintada pela Igreja Católica não é verídica. Os Illuminatis veneram o líder banido dos Anunnakis, o que causou todo o mal à Terra, o que entre nós seria mais conhecido como Satã.
O livro é polêmico por nos mostrar que conceitos que nos foram impostos podem ser mudados e ainda assim, fazer algum sentido. Feito para mexer com o imaginário do leitor, Jesus Extraterrestre consegue passar a mensagem desejada usando ironia, fantasia e uma grande dose de realidade, que nos confunde em determinados momentos e nos faz pensar o que é real e o que não é…
A capa possui uma arte incrível, que infelizmente só é possível admirar de perto. A palavra “Jesus” é estampada com imagens que, creio eu, fazem menção aos Sumérios/Anunnakis. Isso sem falar do detalhe de Jesus debaixo de uma nave espacial. rs. Só lendo para entender. Diagramação básica e letras pequenas. Um ponto negativo, é que não consegui me apegar muito a nenhum personagem em especial. Talvez por isso eu não tenha dado a classificação máxima. Mas digo uma coisa: pela criatividade e coragem de abordar esse assunto, tiro meu chapéu para Leo Mark e espero que ele lance logo a continuação.
Indico o livro para leitores que não costumam levar tudo ao pé da letra e gostam de se divertir, sabendo dosar e distinguir realidade de ficção.
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