O Vermelho e o Negro

O Vermelho e o Negro Stendhal




Resenhas - O Vermelho e o Negro


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Hey_Guga 12/10/2023

A história MAIS bipolar já contada. Amei e odiei :)
Vadiamos, em "Le Rouge et le Noir", pelas dúbias, afirmações e flertes do nosso herói. Monsieur Julien. (Há que se discutir).

Não poderia começar de tal maneira senão expondo o quanto este livro levou-me ao ponto de querer estrangular o primeiro viandante que eu percebe-se ao meu redor. TAMANHA arrogância, TAMANHA ganância, indecisões, não obstante Julien Sorel cada personagem é medíocre e portanto hipócrita. Sim, hipócrita não definiria menos o que por todos é entendido como estampado em "Vermelho e o Negro".

Tendo feito minha explosão, admito que é uma obra extremamente divertida, literária por ela mesma, provoca um ""Retrato"" do que foi o século XIX (Com os exageros que o autor próprio admite), mesmo as abjeções tomadas são um sinal de divertimento que fazem o livro exaurir surpresa e espanto, o que é ótimo.

Decerto que há personas intrigantes nessa obra, conquanto nenhuma nos é mais cara que Sr. Sorel (filho), este jovem que, a princípio, sobrevive senão para respirar ou esporadicamente deglutir um pouco de suas parcas leituras na serralheria de seu pai. Vê-lo tomar cada uma das mais porcas escolhas que se poderiam ser tomadas é, genuinamente, gratificante.
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Karen 12/10/2023

Quanto acontecimento
Para um pobre filho de um operario julian fez muita bagunça, de amante, a estudante de padre, e disso novamente para amante.
O que mais acredito chamar a atenção é a falta de sentimentos reais presentes no pensamento de Julian. Sendo ele extremamente aproveitador e paranoico.
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AnaP14 12/10/2023

.
A obra é uma análise crítica à sociedade francesa, com seus jogos e hipocrisia. Julien é um personagem que busca realizar sua ambição social mas se deixa levar por paixões que acabam interferindo nas vidas de várias outras pessoas. Achei interessante perceber as mesmas críticas do autor na nossa sociedade.
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elz91991282282 10/09/2023

Romance francês antigo
Um romance de 692 páginas dividido em duas partes(oq eh ruim se vc n tiver acesso à outra parte...),sobre a vida de um jovem e suas emoções,romances e suas aventuras na vida,eu recomendo o livro
Henriquepm111 31/10/2023minha estante
O romance tem 400 ele poucas páginas, mas a segunda parte já começa na p 200, mas o Skoob contou como se ele contesse 400 páginas. Que nem em senhor dos anéis




Giseleonina 01/09/2023

Que nervoso!
"O Vermelho e o Negro" é uma obra clássica da literatura escrita por Stendhal. Quando o autor escreveu esta história, é certo que ele estava refletindo sobre o meu século, não é possível!!
Julien, o protagonista, emerge como um retrato vívido de alguém que, apesar de origens humildes no campo, abraça convicções conservadoras no período de restauração na França. Seu ídolo é Napoleão, e ele até mesmo critica os jacobinos. Entretanto, Julien mantém a crença de que pode escalar socialmente e se tornar um membro legítimo da aristocracia HAHAHAHAH (ou no máximo, máximo, um burguêsinho) em uma época em que os vestígios de uma sociedade estamental pós-Revolução Francesa ainda está presente.
Enfim, Julien é um conservadoras que acredita na meritocracia.
Stendhal também faz críticas à monarquia, ao conservadorismo e à hipocrisia dos jacobinos burgueses que clamam por liberdade, mas somente até certo ponto, ao longo do livro.
Quanto a Julien, inevitavelmente, o ambiente de penúria o impulsiona a sonhar com a fuga de sua classe social, mesmo que isso signifique pisar nos outros, corroendo-se no processo. Isso apenas reforça a crítica perspicaz do autor à sociedade da época.
Inclusive, esse foi um trecho que me marcou bastante:

"[...] um romance é um espelho que passeia por uma grande estrada, reflete a seus olhos o azul do céu, a lama do atoleiro da estrada. E você acusará o homem que carrega o espelho no alforje de ser imoral! Seu espelho mostra a lama, e você o espelho! Seria mais correto acusar o grande caminho onde está o lamaçal, e mais ainda o inspetor de estradas que deixa a água estagnar-se e o atoleiro formar-se".

Achei interessantíssimo essa passagem, talvez uma das melhores e mais profundas... Seria o romance uma representação fiel da vida? Existindo tanto as partes bonitas (céu azul) quanto as partes feias e problemáticas (lama do atoleiro)?
O interessante dessa analogia é a acusação ao homem que carrega o espelho por mostrar a lama do atoleiro, mas o erro não está no espelho e a representação honesta da realidade, mas sim nas condições da estrada (a sociedade) que permite a formação do atoleiro (problemas e aspectos negativos).
Portanto, a crítica (até para nós, nos dias atuais) sugere que, em vez de culpar o espelho, seria mais racional culpar a estrada em si (a sociedade) e, mais ainda, o inspetor de estradas (aqueles que têm poder e influência para criar ou solucionar problemas na sociedade). Portanto, a verdadeira responsabilidade deve ser direcionada às condições sociais que levam a esses aspectos negativos.
E, a partir do ponto de vista mais atual, as condições que levam aspectos negativos da sociedade refletirem no romance é, sem dúvida, a desigualdade e violência de gênero, assim como a falta de maiores empenhos na solução desses problemas.
De qualquer forma, o livro nos leva a refletir sobre as relações humanas, as de classe, e, claro, também sobre a guilhotina ????? (eu passei muito nervoso com o Julien e seus romances)
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Mikaelle.Guedes 22/08/2023

Me supreendeu
Em alguns momentos achei maçante mas a historia em si é muito boa. A escrita é ótima mas confusa em alguns momentos mas de modo geral foi um surpresa que não esperava nada e gostei.
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Maria 22/08/2023

?Hoje a abstracção já não é a do mapa, do duplo, do espelho ou do conceito. A simulação já não é a simulação de um território, de um ser referencial, de uma substância. É a geração pelos modelos de um real sem origem nem realidade: hiper-real.? Simulacros e Simulação - Jean Baudrillard


Vocês já tiveram a experiência de ler o final de um livro duas vezes ininterruptamente? Eu recentemente tive a minha experiência com O Vermelho e o Negro de Stendhal.

O sucessor d?O Conde de Monte Cristo não prometia muito nas resenhas rasas que eu havia lido e ouvido, mas entregou uma experiência de fim de sessão no psicólogo. Para quem não vivenciou a sensação muitas vezes é assim: Você sai tonto, achando que está confuso com algo que diz não entender mas na verdade é a sua resistência quando você se depara com um insight que vai te tirar daquela cadeia de repetições que impulsionaram sua angústia. Para Nietzsche, Stendhal foi um dos últimos psicólogos franceses, o que exemplifica um pouco a experiência acima.

Julien Sorel incomoda. Incomodou a aristocracia de sua narrativa, incomodou a burguesia por ter alcançado sua patente e o amor representativo de Mathilde e incomoda ao leitor porque é tão divertidamente cru que dentro de seus jogos mentais você prefere acreditar que não é igual a ele e chamá-lo de hipocrita. Ele utiliza do que é ofertado para sair de sua condição mesmo que seja da religião que não crê ou do exército pós napoleônico. Mas pra mim, le rouge et le noir tá mais para sua condição: a paixão e a desgraça. Baseado em uma situação verdadeira e sem trazer spoilers, vemos um rapaz que era absurdamente bonito e inteligente para sua condição (eu imaginava o Gaspard Ulliel quando estava lendo) e que foi muito protegido e foi muito julgado. Ele denunciou uma sociedade hipocrita e de aparências que não é nada diferente da nossa atual.

?Mesmo, porém que eu fosse menos culpado, vejo homens que, sem se deterem no que minha mocidade possa merecer de piedade, quererão punir em mim, e desencorajar para sempre, esses moços que, nascidos numa classe inferior e de certa forma oprimidos pela pobreza, tiveram a felicidade de dispor de uma boa educação, e a audácia de imiscuir-se naquilo que o orgulho das pessoas ricas chama a sociedade.?

Millions of mind guerillas putting their soul power to the karmic wheel
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Trindade 08/08/2023

Boa leitura
Este livro tem uma trama simples, mas os personagens a deixam complexa. As motivações tanto da ambição quanto dos abusos, que lemos aqui, são diversas e vão mudando com o passar do tempo. Isso deixa o enredo dinâmico e fluido. O final é melhor do que o esperado e a história pode ser arrastada em alguns capítulos, mas vale muito a leitura.
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Pedro 08/08/2023minha estante
Uma resenha apaixonada. ?


Camila Felicio 09/08/2023minha estante
Emocionada total ???




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Invasor de mentes 08/07/2023

Espetacular
Li essa obra acompanhando o Clóvis de Barros. Com ele o livro fica fácil, Uma história fascinante. Te prende do início ao fim.
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Jardim de histórias 20/06/2023

O incrível vermelho e o negro de Stendhal ?
As crônicas do século XIX, nessa obra, são descritas de forma excepcional, com um tempero romântico, muito bem elaborado. 

 A história se passa no período da restauração ou pós-restauração (após queda de Napoleão), durante a pré-revolução liberal ou revolução de 1830, que foi o período de articulações políticas, que culminou na tomada do trono pela burguesia (Luís Filipe I). Quem já leu os miseráveis de Victor Hugo, sabe bem de que revolução me refiro. 

Este livro é um dos maiores expoentes da literatura clássica universal, que transcende, devido à grandiosidade e como os costumes da aristocracia do século XIX são retratados (hipocrisia, romances proibidos, a normalização das articulações políticas). Não podemos deixar de destacar, a forma sagaz, que Stendhal, conduz a história, nos envolvendo completamente, devido ao formato indutivo que o livro é escrito, tornando a leitura incessante e prazerosa. Assim, Henri-Marie Beyle, mais conhecido como Stendhal, nos entrega essa obra, uma ficção, com contornos históricos, que dão a história, a robustez necessária de um grande clássico. 

No ponto de vista político, o livro é repleto de críticas socio econômicas, contundente, apontando o vazio e superficialidade que permeia a burguesia. Um olhar social, mostrando uma identificação e crítica com às lutas de classe. Uma citação do autor, sintetiza muito bem esse olhar político: "Amo o povo e odeio os opressores, mas, seria um tormento viver sempre com o povo". Uma crítica contundente, não somente aos opressores, mas, também, direcionada aos oprimidos. Segundo sua crítica, é notório a falta de ambição das classes menores, exemplo, o personagem principal, Julien Sorel. Filho de carpinteiro, que ao se indignar com sua posição, ou seu lugar no mundo, busca motivações para alcançar uma posição na vida (condição e riquezas). Criticando assim, a ideia de conformismo e subserviência.

Stendhal, explora muito bem a utilização da sedução como artifício de ascensão, assim como o volúvel comprometimento político, que se moldava, conforme conveniência. Acompanharmos também, conflitos religiosos, críticas às tradições teológicas jesuítas sobre o aspecto jansenista, comportamento que reflete, as experiências religiosas e as dificuldades de relações com seus preceptores, vividas pelo autor. 

Enfim, é um livro muito bem escrito, com um herói ou protagonista inesquecível, mas por suas camadas, que lhe dão características muito verdadeiras (sedução, eloquência, imaturidade, impulsividade). Uma obra vigorosa, robusta e eterna. Incrível!!!!
Jardim de histórias 20/06/2023minha estante
Sim, qualquer comparação com os miseráveis de Victor Hugo é pertinente, somente pela contemporaneidade. Pois são histórias singulares totalmente distintas. Um banquete para os historiadores. Ah! O conhecimento sobre o contexto histórico, neste livro em especial, auxilia muito o entendimento da obra.


Vanessa.Castilhos 21/06/2023minha estante
Uau!! Parabéns pela resenha, maravilhosa e impecável como sempre!


Jardim de histórias 21/06/2023minha estante
Opa Vanessa, muito obrigado pelo carinhoso retorno!




Gabrielli 14/06/2023

Mais um personagem detestável
Definitivamente não consigo gostar de livros cujos personagens principais sejam egocêntricos melodramáticos. Não só essa é a perfeita descrição de Sorel como também não resta um persoangem de bom caráter nesse livro. Retrata muito bem a sociedade pós Napoleão, e nisso o autor cumpriu o seu autodeterminado papel; mas confesso que em nenhum momento esse livro me deixou com curiosidade para continuar a leitura.
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Raul 04/06/2023

Um Romance do Século XIX
Longe de qualquer estereótipo possível, Sthendal nos presenteia com o retrato da sociedade francesa à época, nos apresentando personagens em conflito com a própria realidade. Não me foi uma leitura fácil, pois não se flui em ações, mas por decisões de ordem política do próprio Julien Sorel, filho de carpinteiro, admirador de Napoleão Bonaparte (fato que ocultava de todos, pois vivia a época da queda do império napoleônico). Enfim, dentre os caminhos traçados por Sorel, temos uma narrativa concisa, pautada na realidade da época e com um final surpreendente. Vale a leitura!
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