spoiler visualizarMah 30/05/2024
Perfeito
Não sei porque, mas esse livro sempre foi meu favorito. Talvez porque ele tenha um outro nível de complexidade. No primeiro ela tem que sobreviver aos jogos, ou seja depende de suas capacidades físicas, de caça e de atuação junto ao Peeta. Ja nesse a luta começa a ser mais política. Tudo que ela faz e diz é pensando na reação do presidente, do povo da capital, do povo dos distritos. Tudo muito analisado e arquitetado com tanto cuidado que chega a ser exaustivo e impressionante ao mesmo tempo.
Gosto de como a cabeça dela é confusa principalmente na mudança de planos durante o livro. Primeiro, o plano é atuação de casal com Peeta, ela dedica toda sua força de vontate pra enganar à todos. Depois o plano é fugir. Ela pensa em cada detalhe, quem ela vai levar, como, quando, pra onde ela vai, como vai ser a vida. Aí, o plano agora é ficar e montar um levante. Ela pensa em organizar todo mundo do distrito 12, ser o símbolo da rebelião. Agora ela vai pra arena e o plano e manter Peeta vivo. Tudo a partir de agora tem por foco fazer Peeta parecer uma vítima "afinal não foi ele que estendeu aquelas amoras", fazer Haymitch proteger ele, durante a aliança não deixar ele sozinho, quando a Johanna ataca ela, ela só consegue pensar nele e depois quando ela pensa que foram capturados pensa em matar ele de um jeito rapido e indolor. Essa mulher é dodoi da cabeça, de verdade, é impressionante.
Sobre romance, é muito frustrante esse triângulo amoroso simplesmente porque não tem muitos pensamentos dela sobre, o que é compreensível porque tem coisas mais importantes. Mas resumindo, no primeiro livro ela nem pensava no Gale desse jeito, não queria relacionamento, mas sentia que se fosse pra ter, seria com ele, ja que nos jogos ela sentia que estava "traindo" ele. Depois o que ela se permitiu sentir pelo Peeta se perdeu na atuação e só existiu porque ela achou que ia morrer. Jogos acabaram e no segundo livro parece que ela volta ao antigo pensamento dela de que o Gale é o par obrigatório pra ela, mas não vai além disso. É tudo MUITO racional, ela diz que ele é o porto seguro dela mas não diz como ele faz ela se sentir, não diz o que ela quer dele, então não tem como nós leitores sabermos se ela gosta dele ou não. Agora sobre o filho do padeiro ja é outra história. Ela simplismente não se permite sentir nada por ele, nos momentos de vulnerabilidade conseguimos ver migalhas de sentimento mas logo some no meio da máscara de racionalidade. Enfim, queria que ela ficasse com o Finnick.