A paixão segundo G. H.

A paixão segundo G. H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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Laura 26/01/2023

Quê mistérios tem Clarice?
Não foi o livro mais fluido que eu já li. Mas a experiência foi boa. Me propus ao desafio de ler um livro tão denso e difícil, e valeu a pena!
Afinal não importa se o livro foi chato ou não, se é demorado ou não, o que importa é o que você absorve, e eu tenho certeza de que absorvi bem o livro!
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Larissa 26/01/2023

A paixão segundo G.H
Autora: Clarice Lispector
Editora: Rocco
Páginas: 192



Clarice sempre me leva ao ápice da reflexão. Podemos dizer que a paixão segundo G.H são pensamentos e reflexões soltas que levam a lugares jamais imaginados.


?Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo- quero pelo menos ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar a desorientação.?

E senti muitas coisas lendo esse livro, Clarice soube transcrever através da morte uma barata quantas coisas podemos descobrir e quantos mundos podemos enxergar, fora da caixa em que vivemos.

?Eu temia a existência do mundo para mim.?


Em se tratando de ?a paixão segundo G.H? podemos dizer que um simples acontecimento foi motivo de uma reflexão profunda.

?Viver com algo que não acrescenta em nada, mas que, por algum motivo, se tornou cômodo.?


Eu passaria o dia citando trechos desse livro incrível mas não seria a mesma coisa que você mesmo ler e sentir as partes que mais te marcam.


Leiam, mas apesar de tudo, leiam Clarice. ??
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josicleiags 26/01/2023

"Necessário é a gente ser a gente?
Resenhar Clarice não é uma tarefa fácil tendo em vista o quanto a rainha da introspecção é enigmática, mas arrisco umas poucas palavras.

Em primeira pessoa, através de uma ação rotineira, comum na sua prosa, Clarice leva a protagonista G.H a mergulhar no fluxo de consciência ao fitar uma barata, ação esta que culmina várias reflexões sobre humanização, busca de identidade, esperança, vida, morte, relação Deus/homem, felicidade...quando ela mata o inseto no quarto de Janair, ex-empregada.

Enfim, ela precisava morrer com a vida e comer a vida. Partindo do pressuposto que a barata simboliza a vida, para viver ela precisava morrer, para viver ela precisava comer a vida.
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pauulochavess 25/01/2023

Eternidade do instante-já.
Logo que iniciei a leitura não tive como não chorar. A medida que adentramos nas palavras de Clarice podemos ver uma imensa confusão sobre o que deve fazer com o que se viveu. Vale lembrar que Clarice passa por um episódio importante. Em 1959 ela se separa do marido e em 1963 desperta nela uma saudade imensa e então ela vai à procura de Maury (seu ex-marido) com o intuito de voltar ao que se era. Chegando lá, Clarice tenta reatar a relação e como quem está a uma velocidade muito alta e é abruptamente colocado em inércia, o mesmo ocorreu a Clarice quando recebeu a notícia de que não, não poderiam reatar e que Maury iria se casar com uma outra mulher. A ?Paixão Segundo G.H? nasce, então, sobre esse contexto. Clarice se tranca por um ano e sai com a preciosidade que é esse livro.
Com esse livro eu pude descobrir o mundo, mas descobrir o mundo não pode durar muito. Não se pode saber do mundo por muito tempo. Nunca conseguirei fazer uma resenha a altura desse livro. Clarice conseguiu desvendar todos os segredos que a vida tem, mas a palavra e o pensamento eram suas únicas ferramentas para expor o que descobriu e essas duas coisas são grotescas demais, teríamos que ser a própria matéria viva se manifestando diretamente no meio. ?Não de pensamento a pensamento, mas de atitude a atitude?.
G.H chega aos ápices de sentimentos, talvez, nunca antes sentidos? esse livro apresenta sentimentos que algumas pessoas nunca sentiram. Como a própria Clarice diz? ?um livro
para pessoas de alma já formada?. Por isso é bom ler em cada etapa da vida? nunca se sabe quando a sua alma estará formada.
Não tenho palavras para esse livro.
PS: não sei escrever bem? mas leiam o livro, é mágico! ??
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poli! 24/01/2023

ah, clarice... como fazer uma resenha justa para clarice?
clarice transcreve em palavras aquilo que sentimos mas não conseguimos verbalizar. clarice sente tudo e também não sente. clarice não é pra entender, é pra sentir. clarice não se lê com o racional, e sim com o emocional. clarice é para compreender com a alma. clarice não tem como se explicar, a pessoa tem que "entender" sozinha. e muitas vezes, não se entende, mas se compreende. é confuso? sim. exatamente por isso. é confuso porque você sabe o que ela quer dizer mas não sabe, porque eu ela fala aquilo que você sente mas não sabe como descrever. e aquilo que você sente é confuso, por isso as palavras podem parecer confusas também. mas não são, você as compreende quando as sente. e mesmo que não as compreendas totalmente, você as sente, e é isso que importa. o ser humano não precisa entender tudo - e nem sentir tudo.
nesse livro, clarice traz reflexões acerca da vida, do amor, do ser humano como um ser - isso que ele é -, de Deus, das coisas e dos sentimentos que colocamos nelas (fala muito sobre baratas também)
enfim, como toda obra de clarice, é filosofia pura. porque o ser humano, a vida, as coisas - tudo isso é filosofia pura.
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emy 24/01/2023

"eu temia a existência do mundo para mim"
"Clarice não precisa ser entendida, ela apenas necessita ser sentida. E é isso que você deve se atentar ao ler suas obras." Logo nas primeiras páginas, em sua dedicatória, Clarice diz que ficaria feliz se sua obra fosse lida por pessoas de alma já formada. Desde que iniciei minha leitura refleti muito sobre tal frase, e assim que terminei, vejo que não tem outra maneira de ler esse livro que não seja pensando fora da caixa. Na sua banalidade, como sempre um mundo todo é descoberto; a personagem GH com sua mania de organização, ao entrar no quarto de sua empregada e se deparar com uma barata, toma consciência de sua própria individualidade, mergulhando o leitor em uma ficção introspectiva (nada muito fora do comum se tratando de Clarice Lispector) e um fluxo de consciência super intenso. Ao meu ver, essa leitura necessita de uma concentração EXTREMA visto a abordagem poética e a linha de raciocínio recheada de metáforas que podem acabar dificultando a leitura em certos momentos. Como disse anteriormente pensar fora da caixa se torna indispensável, visto que para entendermos GH é necessário acima de tudo sentir as angústias, medos e receios da personagem e não apenas ser um telespectador de suas vivências. Não indico como primeira leitura da Clarice por sua complexidade pra quem não tá acostumado com sua literatura introspectiva, mas sem dúvidas é mais uma obra simplesmente fantástica e genial dela (:
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Karina 23/01/2023

Considerei "A paixão segundo G.H" uma leitura incrível e extremamente difícil. Pretendo reler a obra futuramente e aí sim fazer uma resenha digna da genialidade da autora. Por enquanto me permito dizer apenas que Clarice nos traz diversas reflexões em uma submersão aos pensamentos de G.H, fazendo literalmente uma viagem aos primórdios da humanidade e à tentativa de encontrar o divino. Todo o transe ocorre enquanto a personagem observa uma barata.
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Rafaela.Rezzadori 23/01/2023

Leitura difícil!
Acho que não estou pronta para ler Lispector. Minha segunda experiência e não curti... A leitura não fluiu bem, não me encantou.
felipe.gugel 09/03/2023minha estante
Hum, vc tem algo a dizer AGORA???

Brincadeira ????


Rafaela.Rezzadori 09/03/2023minha estante
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH Agora vou ter que ler de novo!




thais 23/01/2023

em um certo momento n sabia quem tava mais chapada eu ou a clarice q escreveu isso kkkkkkk bem denso de ler mas as reflexões filosóficas são mt boas
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Gaby 23/01/2023

Clarice Lispector
Eu amo a escrita da clarice, principalmente das suas epifanias, a forma como um acontecimento comum é rotineiro se torna a fonte de uma grande reflexão sobre a vida.
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Luísa Anjos 22/01/2023

Espantoso
Comecei essa leitura sem saber muita coisa dela. Foi o terceiro romance que li de Clarice e ele me deixou, igualmente aos outros, alucicrazy. O fluxo de consciência já deixa de ser um bicho de sete cabeças e passa se tornar algo convidativo e reflexivo.

Me aventurei por esse livro em formato de audiobook, ouvia enquanto bordava, e a sensação que ficou foi a de que preciso ler de fato essas palavras no papel. Fiquei bem tocada com o final, bem mexida, bem do jeito que Clarice é capaz de nos deixar. O que gostaria de destacar aqui é a capacidade dela ao resumir a história da humanidade e da civilização humana falando sobre o que há dentro e fora do ser humano.

Maior ainda foi meu espanto ao ver como isso tudo aconteceu a partir de uma simples faxina na casa. Fica registrado como as coisas pequenas talvez não sejam tão pequenas assim, e como elas são capazes de nos levar ao extremo
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Tasha 20/01/2023

"Pois a atualidade não tem esperança, e a atualidade não tem futuro: o futuro será exatamente de novo uma atualidade."
"É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo."

É interessante observar quem era Clarice na época de estreia desse livro. Ela estava frequentando muitas sessões de psicanálise e acabou experimentando LSD, e atráves dessa experiência ela escreveu "A paixão segundo G.H". O livro é resultado de um profundo transe de Clarice.

Basicamente a história vai narrar a protagonista em primeira pessoa, a G.H. Quem é G.H? Não sabemos, em nenhum momento seu nome é revelado. Pesquisei um pouco sobre isso e tem algumas teorias que dizem que as siglas significam "Gênero humano". Pra ser sincera, ainda não sei se acredito muito. Bem, o que sabemos sobre G.H é que ela é uma mulher privilegiada, sem filhos e que mora na cobertura de um prédio. Ela mora sozinha e tem uma empregada, Janair. Certo dia, Janair resolveu pedir demissão, e G.H então resolve fazer uma faxina no quartinho da empregada. Ela imaginou que iria encontrar no quarto uma completa bagunça, mas ao entrar ela viu tudo limpo e ficou realmente surpresa.

Dentro desse quarto havia um ármario de madeira, e ao abrir G.H econtra uma barata, e a partir daí ela começa a refletir sobre si, sobre a existência e sobre “O Deus”.
Ao longo do livro podemos percerber que Clarice leu muito sobre ciência, sobre a história da humanidade. Clarice falava sobre o nosso lugar no universo, sobre todo o cosmos.


Nas resenhas em que li sobre essa obra, pouco se fala sobre Janair. A obra deixa bem claro que trata da exclusão do Outro – no caso, a personagem Janair. Esta é retratada pela protagonista G.H. como uma pessoa de “rosto preto e quieto, de pele inteiramente opaca, que mais parecia seu modo de se calar, com as sobrancelhas bem desenhadas, os traços eram finos e delicados que mal eram divisados no negror apagado da pele”. Janair parece ser, para G.H., mais uma mulher negra e pobre invisibilizada no Brasil onde convivemos intensamente com problemas de preconceito.


Admito que não foi uma leitura fácil, algumas vezes tive que ler o mesmo parágrafo cinco vezes para entender do que a autora estava falando. É um livro denso e profundo (O que é esperado, vindo da Clarice). É aquela famosa frase "Clarice não precisa ser entendida, ela apenas necessita ser sentida. E é isso que você deve se atentar ao ler suas obras."
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Enzo 20/01/2023

quase que eu paro na metade
Clarice eu te venero, mas esse livro me deixou extremamente confuso de modo geral, sua forma de pensar e organizar as ideas não me agradaram, eu estava tão confuso que tive que assistir uma resenha pra tentar entender, eu entendi, mas não foi um livro que me colocou pra pensar da forma que era, recomendaria para aquele tipo de pessoa que pensa muito fora da caixinha (talvez em outro mundo)
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Rayray 20/01/2023

Viver com algo que não acrescenta em nada, mas que, por algum motivo, se tornou cômodo. A terceira perna, ou melhor, a percepção da terceira perna pode levar o indivíduo a se questionar sobre tudo, sobre todo o resto.
Sem dúvidas, a leitura desse livro é uma experiência sensorial.
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Eekally 20/01/2023

Que livro!!
O livro é incrível, a forma como a Clarice consegue racionalizar os sentimentos. Senti cada frase, passei dias refletindo sobre " a coisa" que a Clarice tanto cita. As reflexões feitas e propostas dá a impressão de uma crise existencial, existencialismo puro, muitas correntes filosóficas e questionamentos tragos principalmente pela dialética, sobre como não só a existência humana mas também as outras como a da barata. E é graças a esse sentimento existencial que vem grandes questionamentos, é um livro que se trata de perguntas que mal podem ser refletidas quanto mais respondidas, mas ainda assim é importante que haja a reflexão. tão incrível como até a forma de apresentação da G.H. diz muito sobre o livro a desrealização e despersonalização o sentimento trazido dos mesmos é um ponto crucial do livro. A auto observação dela e da própria existência e identidade, daquela que perde ao decorrer das paginas. Simplesmente leiam, é uma tarefa impossível pedir a grandiosidade desse livro em apenas um comentário.
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