Haysha0 12/05/2024
República Dominicana
Apesar de contar a história de amor de Emma e Quinn, esse livro conta mais sobre a luta, o preconceito, sobre a dor de não poder amar alguém. A história das protagonistas é comovente, triste em sua grande parte, bonita e repleta de amor, e flores. Porém a personagem que mais me conectei não era protagonista, uma coadjuvante em sua própria história de amor, Tia Ava merecia uma história só dela e sinto que choraria em todos os capítulos, Emma e Quinn tiveram a sorte que muitas mulheres de sua época não tiveram, terminaram juntas e felizes, mesmo com todas as dificuldades, Tia Ava não teve um final, não viveu um romance, ela é a representação do que a maioria das mulheres sáficas passavam, e, infelizmente, ainda passam.
É um bom livro, admito que não tem o romance que eu esperava, todos as cenas de beijo, de toque, todas as palavras de amor ditas sempre tinham uma carga melancólica demais para que eu pudesse me sentir verdadeiramente feliz e encantada com aquele amor, é uma história triste, triste porque eu sei que é a realidade que muitas de nós viveram há alguns anos e que muitas de nós ainda vivem.
Se estiver esperando uma história de amor arrebatadora, digna de sessão da tarde, não leia esse livro, mas se estiver esperando um relato real sobre o que era, e ainda é, uma mulher amar outra mulher em um mundo repleto de preconceito, eu recomendo esse livro. Ele é intenso, complexo na medida certa e envolvente.
Foi uma leitura triste mas necessária e que mesmo sendo deprimente me encantou de uma forma inexplicável.
Sou feliz por saber que existem finais lindos como o da Emma e da Quinn, mas eu queria que todas, incluindo a Tia Ava, vivessem feliz na República Dominicana.