Resenhas - Fhiiaral

Pitaco com Livros 08/11/2023

Uma viagem inesquecível e maravilhosa!
Joaquim só queria um lugar calmo para colocar os pensamentos no eixo, mas se deparou com uma aventura que mudaria sua vida para sempre.

Fhiiaral foi muito marcante em vários aspectos, o universo fantástico introduzido pelo autor foi diferente de tudo que já vi e olha que leio muita fantasia (hehe). No início fiquei na dúvida (será que Joaquim morreu e foi para o céu?), mas aos poucos vamos percebendo que ele simplesmente viajou para outro mundo em que há seres incomuns e onde humanos são tratados pior do que animais.

A abordagem também foi bem diferente, os seres não tinham poderes e nem foi focado na magia do universo, até mesmo a viagem de Joaquim a esse mundo foi cientificamente explicada. O foco da trama em si é a crise política em que se encontra o Fhiiaral e pasmem eles são iguais aos humanos! Brigam por poder, criticam a fé alheia e buscam dominação. Mundo diferente, mas problemas iguais. As características são tão parecidas com os humanos que as vezes me esquecia que a aparência deles não era igual (hehe).

Até mesmo o preconceito com os humanos foi algo bem real, pois os habitantes do Fhiiaral repudiavam os humanos ao extremo por simplesmente não conhecer seu potencial para as boas ações e no final, o verdadeiro mal veio mesmo de dentro de integrantes da própria unidade.

Eu gostei muito da foram íntima que o autor trata aqui da música e da fé. Quem me segue no instagram já sabe o quanto eu gosto de música, até escolho uma música que acredito que mais combinará com minhas leituras (hehe). E a fé é a minha amiga mais leal nos momentos mais difíceis da minha vida, de forma que esses pontos mexeram muito comigo.

Vamos aos personagens (hehe).

Joaquim, o protagonista, é fofo demais e sempre luta por aquilo que acredita, além de estar aberto a ouvir os conselhos dos amigos. Zauhquin tem toda a minha admiração, um líder nato que sempre pensa no bem coletivo e faz de tudo que está ao seu alcance para manter a unidade e a fé que une as pessoas. Ah como eu gostei da dinâmica desses dois! Claro que os personagens secundários também são ótimos e me conquistaram, especialmente a família de Zauhquin e Cristal.

Eu gostei muito da forma como os vilões foram desenvolvidos nessa história, Vhenias e Simbholéria foram desprezíveis do começo ao fim e é isso aí, nem todo vilão precisa ter um passado trágico para justificar a sua maldada, às vezes as pessoas são só más e ambiciosas. O que eu mais gostei é que em momento algum criei qualquer empatia com esses personagens, desejando simplesmente que eles fossem derrotados e pronto (haha).

Há um leve toque de romance na trama, mas com certeza esse não é o foco da narrativa, que busca demonstrar a crise política vivida no Fhiiaral e a dificuldade em se manter a unidade em tempos nos quais a fé nO Existente se vê abalada. Mas, ainda assim adorei ver o romance entre Joaquim e Cristal que encontram um no outro seu primeiro e, até esse momento, único amor.

A escrita de Marcos da Matta é única, envolvente e bem imersiva, é como se o leitor estivesse realmente no Fhiiaral junto dos personagens. Aguardo ansiosamente pela continuação, afinal a Simbholéria não pode ficar impune (haha). Com certeza, indico a leitura para aqueles que são fãs de boas fantasias, com universos únicos, muita intriga política e aventuras de tirar o fôlego, além de personagens apaixonantes.

Gostaria de terminar dizendo: até outro dia Fhiiaral!

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