Salvar o fogo

Salvar o fogo Itamar Vieira Junior




Resenhas - Salvar o Fogo


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mariajailza 17/12/2023

Impossível não comparar
Fiquei com a impressão de que o autor estava todo tempo buscando que a obra fizesse tanto sucesso quanto torto arado, inclusive, as vezes, parece uma história só.
Eu gostei, mas não foi tudo que eu esperava.
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Clarispectiana 17/12/2023

Pensei muito sobre o que falar de "Salvar o fogo" e ainda não sei dizer nada.

Esse realmente precisa de uma releitura.

Vou deixar uma frase aqui, talvez ajude vocês.

"Seu nome é coragem, e já não teme a morte."
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Lerica 15/12/2023

Gestos que substituiam o verbo "amar"
Itamar Vieira, mais uma vez, conseguiu criar uma obra PERFEITA, com um enredo emocionante, trazendo temas sensíveis como depressão pós-parto, violência sexual, servidão, preconceito religioso e mais temas que ficam embutidos nessa chama de sentimentos que queimam e assolam por onde passam, destruindo e machucando.

Essa história começa com um nascimento, que trará uma grande decisão no destino de uma família carregada de dor, sofrimento e servidão. No primeiro momento, conhecemos Luzia e o menino, uma mulher com uma deformidade nas costas, mas pior que isso é a forma como sua aldeia a trata, com desdém e violência, chamando-a de bruxa. Ao lado dela, aparece o menino, de quem cuidou desde pequeno, após a morte da mãe, apesar da falta de carinho, Luzia demonstra seu gostar através de gestos de cuidado, de preocupação e de projeção para o futuro do menino.

Através da narrativa do menino, entendemos suas dores e seus traumas, por causa de uma tragédia que o marcou desde cedo e que ninguém acreditou em sua história, teve que fugir para a cidade grande, lá sofre o pão que o diabo amassou, mas encontra o que precisa para sobreviver.

É assim, no meio de uma tragédia maior, que os filhos se reencontram e revivem suas dores e estranhezas.

Em cada página desse livro, dá pra sentir um cadinho de tristeza, desespero e preocupação com o destino das pessoas que não têm nada, com o descaso dos que tem e com a falta de empatia de uma comunidade.
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Lurdes 14/12/2023

Não achei que seria possível, mas Salvar o Fogo é tão bom quanto Torto Arado.
Itamar nos presenteia com uma estória emocionante que traz à tona muitas questões abordadas no livro anterior, como a disputa por terras, conflitos familiares, abuso de poder, ancestralidade, religiões de matriz africana, acrescidas, aqui, de tradições e encantamentos de origem indígena.

Mas não é, de forma nenhuma, uma releitura ou continuação de Torto Arado.

Apesar de algumas similaridades o autor conta uma nova estória, fresca, intensa, com personagens marcantes que devem permanecer em nossa memória afetiva por muito tempo.

O menino Moisés é filho temporão de Alzira e Mundinho. A mãe morre quando ele é ainda pequeno e cabe à irmã Luzia tomar conta dele e educá-lo quando todos os outros irmãos vão embora da Tapera, um a um, cada qual em busca de seu destino.
O relacionamento entre eles é conturbado. Luzia, apesar de buscar o melhor para Moisés, como garantir sua educação, é incapaz de gestos de carinho.
Moisés, mesmo revoltado com a dureza de Luzia, se preocupa com ela, em especial pela perseguição que ela sofre por possuir uma corcunda e ser vista como bruxa, capaz de produzir fogo, pelo povo do lugar.

Todos vivem sob forte domínio do Convento, não apenas no que diz respeito à religião, que se impõe e considera qualquer outra demonstração de fé como maligna, mas na opressão econômica que exerce, cobrando foro dos moradores, mesmo que estes já ocupassem as terras muito antes de a Igreja chegar.
Em determinado momento os irmãos irão se reencontrar, recordar e reviver muitos fatos, segredos, mágoas e alegrias do passado, quando iremos conhecer mais, também, sobre Maria Cabocla, uma das irmãs.
Fico louca pra contar e comentar mais, mas não quero quebrar o encanto que as inúmeras revelações provocam.

O autor nos lembra de não esquecer que:

"o fogo só existe livre"

Se você lhe prender e tirar o ar, ele se apaga.

Recomendo demais.
Você precisa conhecer Luzia, Moisés, Maria Cabocla e tantos outros.
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Lorrana. 12/12/2023

Ainda mais encantada pela escrita do Itamar
Minha segunda leitura do Itamar (depois de Torto Arado) e me deixou ainda mais encantada por sua escrita e personagens.
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rschuwenk 10/12/2023

Salvar o fogo
Não vem tudo de uma vez. Arde pouco a pouco. É o fogo da raiva. Cresce, sem nunca parar de queimar. Até a pura cinza
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gabs 08/12/2023

O passado que é presente
Novamente, ele conseguiu.
Salvar o fogo, de Itamar Vieira Junior, de forma ficcionalizada retrata o que é o Brasil em sua completa extensão. É uma denúncia do que ocorre em terras exploradas desde a invasão europeia e que não se desenvolveram como outras regiões. Conta a história de um Brasil atual, mas que ainda vivencia os horrores da colonização, da escravidão e do genocídio indígena.
De um lado se tem tal revelação e de outro o resgate da memória, dos verdadeiros donos de nossa terra e como seus descendentes mantém a tradição e os costumes ainda vivos. Ainda, o livro traz a relação destes descendentes, moradores das Taperas, com seus antepassados e suas dificuldades no mundo atual, como a falta de alfabetização e a garantia dos seus direitos, o domínio eclesial na região e a própria fome - talvez a pior das dificuldades.
É um livro que mistura magia e tradição com os inoportunos da vida e a violência, essa presente em todas as suas formas. Recomendo muito mesmo, principalmente àqueles que desejam uma literatura brasileira de qualidade.

OBS.: ADOREI que o autor trouxe personagens de Torto Arado para este livro também!
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Julie 07/12/2023

Uma história diferenciada
Este livro mostra a história de uma família que vive no interior da Bahia, mas assim como outro livro do mesmo autor, o foco maior são nas mulheres da casa, principalmente Luzia.
Repleto de questões reais sobre preconceito, colonialismo, dominância da igreja sobre o povo, a história vai sendo construída através de vários olhares. É um livro que prende e encanta pela forma de escrita diferenciada, mostrando um período do tempo misturado a outros momentos e tempos. Trás ainda muito forte a perda das questões culturais de um povo (na verdade um ocultamento) que se submeteu a igreja católica. Muitas surpresas, tristezas e alegrias que poderiam ser reais. É um livro para ser apreciado.
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Ludmilla 06/12/2023

Esse foi o segundo livro que li do Itamar Vieira Júnior. É bastante potente a sua escrita, sempre permeada por importantes traços culturais/fortes da história brasileira.
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Joshua Amaral 03/12/2023

Esperava mais
O tema da reforma agrária e as agruras do povo sem terra ainda estão em destaque no livro. Gostei da abordagem sobre a pedofilia dos sacerdotes, mas esperava mais impacto, heroinas como as irmãs de torto arado. Mas no geral gostei.
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Adélia 29/11/2023

Assim como Torto Arado, Salvar o Fogo retrata muito bem o interior desigual do Brasil. O livro é recheado de muito sofrimento mas também muita coragem em cada personagem. De ponto negativo, achei bem lento, algumas frases pareciam ser construídas para dificultar a leitura. Mas é um livro belíssimo que merece demais ser lido.
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Van Jales 29/11/2023

Salvar o Fogo
Nossa, quanta emoção, poderia ficar em casa integrante da família páginas e mais páginas que eu iria amar, a mãe, a avó Didita, lindo demais, me emocionei demais e novamente...
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ZePPa 29/11/2023

Adoro escrita dele , adoro como ele fala da cultura e dos saberes ancestrais , amei como tinha amado torto arado
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Nycolle33 27/11/2023

Salvar o fogo
Achei a história mt intensa e sensível mas o final é um pouco sem sal.
O livro fala sobre mts assuntos que desperta mts gatilhos.
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Bárbara 26/11/2023

Salvar o Fogo
Eu li umas resenhas dizendo que Itamar repete a formula de Torto Arado e fiquei com isso na cabeça

Quando eu terminei entendi a imensidade da nossa terra, da nossa gente e da nossa pluralidade e quase tudo que formos falar de Brasil e ancestralidade vai passar pela luta de terras e sobre o conhecimento dessa gente que é parte da natureza.

Mas as histórias dessa gente, da nossa gente, é mais diversa e cativante do que cabe na resenha que li, então se vc leu que era mais do mesmo também te aviso: nao é mais do mesmo é outra história forte sobre nosso povo e nossa terra
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