Gabrielebn 14/05/2023
Os cinco maridos de Oli
Esse foi um livro que o algoritmo me mostrou com bastante frequência. Eu sabia que era sobre uma menina que estava de alguma formada ligada a cinco caras e bem, só isso (também sabia que era uma fantasia). Depois de um tempo, descobri que ele estava liberado no KU e decidi pegar para ler. (As capas são bem lindas também, o que foi outro ponto para me fazer ler).
Eu logo percebi que esse é mais um livro focado nas interações e relacionamentos do que em uma jornada – o que não é um problema. De fato, o mais interessante para mim foi acompanhar como se desenvolveria esse cluster dela com os cinco caras a quem ela estava ligada. Eu achei a construção de mundo um tanto rasa, imagino que haverá mais detalhes e explicações nos próximos livros, mas nesse em questão eu entendi que: 1 – algumas pessoas têm poderes e eles meio que vivem em uma sociedade própria (foi o que pareceu para mim), 2 – eles são ligados com almas gêmeas (?) por meio de destino ou DNA, 3 – tem uma organização que é contrária a eles. Como eu citei, o enredo é muito mais focado nos relacionamentos.
Falando sobre os relacionamentos, minha nossa senhora, mas quase todo mundo começou babaca. A protagonista me dava raiva as vezes, a maior parte dos “conectados” dela também, ainda assim, foi a parte mais interessante da história. Contudo, a idade dela foi algo que me pegou. No início da trama, ela tem 19 anos, pelo que entendi, ela estava fugindo desde que perdeu a família aos 14 anos. Toda a história começa porque ela foi capturada e enviada para o seu cluster e todos eles a odeiam por ter traído e fugido deles. Só que assim, ela tinha 14 anos, era uma menina ainda e alguns dos caras já eram adultos. Me pareceu esquisito eles terem essa raiva toda, em especial os mais velhos, sabendo o que rolou com ela e levando em consideração a sua idade. Não comprei essa de que depois de um tempo, eles apenas acreditaram que ela fugiu porque quis e estava vivendo sua vida por aí de boas (Sim, estou falando de vocês Nox e North, o Gabe eu ainda consigo passar um pano porque ele era jovenzinho também).
Outra questão do livro que eu notei é que tirando a protagonista e a menina que ela fica amiga (se tiver alguma outra, me fugiu a memória), todas as outras mulheres dos livros são retratadas como – desculpa o termo – vadias ou coisas do gênero. Foi tanto que realmente chamou a minha atenção.
Minha última observação vai para a escrita. Eu comecei lendo em português – na tradução de uma editora – e depois eu alternei entre inglês e português. Isso porque na tradução PTBR, tinha umas expressões que quando traduzidas ao português sem uma adaptação, soa esquisito na nossa língua. Outra coisa – e dessa vez não necessariamente vem da tradução – é que a protagonista fala mais palavrão que tudo no mundo. Juro, eu podia fazer um drink game e tomar um shot todas as vezes que ela fala “🤬 #$%!& ” e resultaria em um coma alcoólico. Já li livros em que o protagonista fala bastante palavrão, só que nesse, em certos momentos, deixou a narração um tanto cansativa. Foi o que me motivou a ler alguns trechos em inglês, queria ver se eu tinha a mesma impressão lendo do original (e tive).
O final é bem tipo, você precisa ler o próximo agora. O jeito que terminou me fez pensar mais em um livro que é dividido em partes e esse foi o fim da primeira parte e vamos virar a página e começar a ler a segunda parte. A história faz um bom trabalho – ao menos para mim – de deixar a curiosidade acesa sobre como é que esse sexteto de relacionamento vai funcionar. Nesse aspecto, é uma premissa que não se acha fácil por aí e eu devo ler o próximo para saber como isso vai se desenrolar.