Felipe.Blacklight 15/03/2023
?Água com açúcar?, beba, saia do deserto!
A exatamente duas semanas comecei a ler Do deserto ao jardim. Sinceramente, ao mesmo tempo que tinha a expectativa de que fosse um bom livro, tive medo de, na comparação com uma outra obra que havia acabado de ler, este último tivesse dificuldades em me agradar. Não gosto de expor nada (sobretudo artístico) a comparações desleais. Bom, no que deu?
Simplesmente gostei muito deste livro. É claro que já não tem mais aquela surpresa de ser o primeiro romance cristão. Mas, Aline, surpreendeu-me em muitos outros aspectos. Que profundidade. Ela consegue escrever de uma maneira que você, ao ler, às vezes, se esquece que se trata de uma obra ficcional. Você se afeiçoa a personagens, sente raiva de outros (depois pede perdão a Deus lembrando que em nada, além da graça, somos diferentes de todos os pecadores), você torce, fica aflito, ansioso. Enfim, todas aquelas sensações que sentiria ao ouvir uma história real, e, me parece, assim acontece com bons enredos ficcionais.
Agradeço a Deus por ter me permitido, primeiro pela Maina, agora pela Aline, conhecer o universo do romance cristão.
Muito se fala em representatividade, eis aí. Mulheres, cristãs, romancistas. Eis aí, a excelência do trabalho do Senhor. Eis aí, guerreiras que com toda dificuldade que é publicar um livro no Brasil, ainda mais de forma independente, foram diligentes em seu ministério, escreveram, escreveram, escreveram. Que seja para Glória do Pai, e para honra vossa.
Este é um livro sobre ?romance água com açúcar?, ou seja, a gente já sabe quem é o par romântico desde as primeiras páginas. Mas também é um livro sobre a possibilidade do amor verdadeiro. Sobre a grandeza da obra do Senhor. Sobre o poder salvador da Cruz de Cristo. Enfim, muita Graça.
Para não me estender muito mais, este é mais um livro sobre qual direi: Leia. Just read it!
Agora é hora de voltar às leituras técnica, mas fico feliz em saber que tem muito mais de onde veio esse. Thank you God!