A consulta

A consulta Katharina Volckmer




Resenhas - A consulta


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Rittes 11/11/2022

Gênero, violência e neurose
Numa tradição de longos monólogos verborrágicos e quase ininterruptos como a enxurrada de pensamentos de Molly Bloom, em Ulysses ou a GH de nossa querida Clerice Lispector; este "A consulta", da alemã Katharina Volckmer já tem seu lugar garantido. Um tanto desgastante nas primeiras páginas, tamanho o jorro de confissões da personagem enquanto se submete a um procedimento íntimo no consultório de um médico judeu; logo engata um ritmo fluente e deixa frases pelo caminho que bem poderiam ser emolduradas como, por exemplo: "nenhuma religião já disse alguma coisa boa sobre as mulheres". Nunca as discussões sobre gênero, violência contra as mulheres e as neuroses que impomos uns aos outros teve uma mistura tão inusitada. Eu gostei, mas não é fruta para qualquer paladar.
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Isa 11/12/2022

Escrita inovadora
Apesar de eu não ter amado o livro, achei a forma da escrita usada muito inovadora. Primeira pessoa, com um talvez diálogo do paciente com o médico
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Gabe 24/12/2022

Não me prendeu
O livro é bemm monótono, digamos. Talvez eu tenha esperado demais dele. A proposta diferenciada do livro me despertou a curiosidade. Mas logo me vi preso em uma estória bem chatinha...
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Yasmin O. 27/12/2022

Um livro interessante, especialmente para quem gosta de personagens verborrágicos e neuróticos, com vários trechos memoráveis.

Aqui temos uma jovem alemã realizando um procedimento com um médico judeu, que a princípio não sabemos do que se trata e vai se revelando. Recomendo ler sem saber de nada, como fiz, e descobrir no ritmo do livro, através do jorro vernacular honesto e ácido da personagem, ao mesmo tempo chocante e divertido. Mas não agradará todo mundo. Eu mesma não sei quantas estrelas dar rs.

"(...) porque nunca entendi como é que havia duas maneiras de sentar, para pessoas com e sem pau. Vira e mexe eu compreendia errado, porque na verdade as meninas têm menos a esconder que os homens, e eu ficava confusa, mas isso foi antes de entender que um pau é uma espécie de espada, um objeto de orgulho e comparação, enquanto a vagina é uma coisa fraca, que mal pode ser confiada à proprietária. Uma coisa que sempre será a parte a ser fodida, que pode ser estuprada e engravidada e levar vergonha a um lar e a uma família. Uma coisa que precisa de proteção sem que nem ao menos se questione essa necessidade de proteção, porque as ruas não são seguras à noite e as meninas de cabelo curto parecem meninos, e não o contrário. Sempre achei tudo isso terrivelmente confuso e muitas vezes pensei que talvez os paus é que deveriam ser escondidos, que deveríamos proibir a arma e não a ferida". (Pág. 84)
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Peleteiro 04/01/2023

Sensibilidade e acidez
A melhor leitura que fiz nos últimos tempos. Prosa ágil, ácida, crua, melancólica e dotada de uma beleza única. Não dei cinco estrelas pois não achei o fim uma grande saída, embora tenha sido delicado e bonito, e por ter sentido uma leve falta de uma linearidade que tornasse mais fluído. De todo modo, o fluxo de consciência me arrebatou a todo instante e me deu boas porradas. Espero poder ler tudo o que sair dessa autora.
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Alisson.Venazzi 16/05/2022

O pau judeu
Sempre achei que o medo é a coisa mais íntima que carregamos conosco. E esse medo nos deforma, nos pesa e nos preenche e, se deixarmos, nos reveste e por nós se apresenta. E assim nós definimos, por nosso medo.
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Isabelli.leopoldin 16/01/2023

morte é tudo o que cresce dentro de nós
O livro acontece durante uma consulta médica extensa onde a personagem tem um gigante monólogo sobre toda sua vida. Em vários momentos você sente que está dentro da cabeça da personagem presenciando seus pensamentos mais profundos.

O livro é muito bem escrito e legal de se ler, apesar de não ser meu tipo de leitura eu aproveitei bastante.
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ban 01/02/2023

diferente do que estou acostumada?
é uma leitura engraçada e dolorosa. carregada de humor ácido com uma prosa crua sem fim.

a protagonista conversa sobre seus pensamentos mais polêmicos e banais para seu médico. chegamos a tirar conclusões precipitadas sobre o que está acontecendo, já que a autora não deixa claro a situação da paciente até o fim da obra.

o livro aborda tantos assuntos que me questiono como a escritora fez essa bagunça no meu cérebro com apenas 100 páginas.

consegui achar, no mínimo, diferente o jeito que a ela escreveu sobre coisas extremamente polêmicas de maneira agressiva e mordaz e no parágrafo seguinte falava algo leve e pacífico.

apesar de ser um livro pequeno foi uma leitura cansativa e que precisei de três dias para finalizar.

não sei se recomendaria acho que tem que ter muita força de vontade para ler esse monólogo neurótico?
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Mari Pereira 04/02/2023

"A maioria das pessoas é muito chata, não?"
Inteligente, afiado, divertido, profundo.
"A consulta" é um livro-desabafo de uma paciente em um consultório.
Ao poucos vamos conhecendo sua história e o contexto da misteriosa consulta, enquanto ouvimos (lemos, na verdade) as elucubrações da personagem, que fala um pouco sobre tudo: sonhos, pesadelos, mãe, pai, amor, trabalho, sexualidade, Hitler, nazismo, igreja católica, corpo, judeus, Hollywood, Bambi, culpa, férias e por aí vai.
Entre cenas de riso incontrolável e outras de dor profunda, achei a leitura incrível.
Só posso indicar que leiam.
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Lais da Mata 19/02/2023

Mudança de sexo, diferença entre os gêneros, religião, política, td aqui, nesse monólogo verborrágico. Achei interessante, com bastante reflexões, mas a escrita não me pegou, achei cansativa.
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Natcalheiross 19/02/2023

A consulta
Ler esse livro foi como prender a respiração até não aguentar mais, é uma mistura de todo tipo de devaneio possível, Hitler e desejos sexuais. O livro é um monólogo da paciente com o doutor que atende ela, o qual não temos ideia do que seja a consulta e somente no decorrer do livro temos pistas sobre o que é e como tem relação com os assuntos comentados.
Acho que a autora conseguiu captar bem uma situação onde conversamos com alguém que não consegue parar de falar( senti angústia e até falta de ar), boa parte se deve pelo livro não ter capítulos.
Não dei 5 estrelas pelo simples fato do final não ter encaixado com a obra no geral, nas duas últimas páginas a narradora iniciou um assunto que não foi finalizado com aquele que de livro, aquela finalização que te deixar pensativo.Pelo contrário, fiquei sem entender nada e esperava mais, mas de resto o livro é muito interessante e divertido.
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Lviviyu 21/02/2023

Muito ruim
Achei que seria mais legal esse livro,um monólogo muito chato, não sei se é por que eu não entendi ou de é a intenção do livro mesmo causar essa certa discordância no leitor
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Leticiametal 13/04/2023

Rápido, irônico, divertido e chocante. Metade do tempo não se sabe o que está acontecendo, ainda assim, não consegui parar de ler.
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spoiler visualizar
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Beatriz 18/05/2023

Pra ser sincera? não gostei, achei um monólogo cansativo e tão cheio de ideias e informações importantes misturado com humor ácido que te faz perder a meada dos pensamentos e compreender o que está sendo passado. apesar de abordar alguns temas tão importantes e íntimos, não dava pra absorver e refletir tanto porque logo vinha milhões de outras coisas que não agregavam na história. provavelmente era a intenção de quem escreveu causar esse desconforto por ser um monólogo em uma sessão de terapia, mas eu não curti.
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