Nat 28/08/2022
O livro que amei, e jamais esquecerei!
Fazia muito tempo que eu não lia uma fantasia que me fizesse mergulhar tão profundamente em seu mundo. Não é exagero dizer que Reliqua me surpreendeu, pois um livro sobre o qual eu não tinha expectativa nenhuma simplesmente arrasou o meu coração e me deixou de joelhos, implorando por mais.
Embora a "verdadeira" protagonista seja Winnie Anahí (a sacerdotisa de Graal, Deus da Justiça), o livro conta com outros personagens que assumem este papel conforme a narrativa vai introduzindo cada um deles (Hayate, Icarus, Alba, Aysha e Hunar), até o ponto em que as histórias se cruzam e o problema de um passa a ser problema de todos. Na verdade, esta é a maior qualidade de Reliqua: os seus personagens completos, sólidos, reais. Impossível não se apaixonar por cada um deles à sua maneira.
Além disso, a escrita é impecável e possui ação, sensualidade, drama e aventura na medida certa. A autora não tem pena de abusar dos seus poderes de escrita e com isso entrega absolutamente tudo que pode oferecer de melhor. As "lições" de cada um dos Deuses, no início dos capítulos, dão ainda mais cor e vida a essas entidades que, embora não apareçam na história em si, conseguem transmitir a sua essência, que se revela em cada uma das nações "abençoadas" por eles. É a forma com que o livro "conversa" com o leitor, que se vê mais intrigado com o desenrolar da trama a cada página que termina.
Reliqua veio para dar um tapa na cara daqueles que (ainda) acreditam que literatura nacional é sem graça. Pois este livro consegue ser melhor do que muita fantasia gringa por aí. Olha, não é fácil me conquistar a esse ponto - mas não é exagero quando digo que entrou para a minha lista dos preferidos deste ano. E talvez de todo o sempre.