Resenhas - Suíte Tóquio

Brunav_ 05/04/2021

Sem palavras para expressar a experiência com esse livro!!! Madalosso mais uma vez nos prendendo como ninguém na sua grandiosa escrita. Acabei o livro em um misto de sensações: apreensão, curiosidade, medo, nervosismo, tristeza e por incrível que pareça, com paz no coração. ??

julha 04/04/2021

?Mas as vezes a gente tem um plano e Deus tem outro. No meu caso, Deus sempre tem outro.?

AdemarSilveira 03/04/2021

Suíte Tóquio - Giovana Madalosso
Quando você procura saber um pouco da sinopse do livro fica encantado com a história onde uma babá sequestra a criança da patroa e você fica fascinado querendo ler o livro.

Um livro que traz uma linguagem fluida, com temáticas que vem sendo amplamente discutidas, como livre amor, dificuldades da maternidade, ascensão profissional da mulher, erotismo, dificuldades do casamento, drogas, estratificação social, trazendo também algumas poucas reflexões críticas. Entretanto, ao abordar tantos vieses, tudo fica meio raso.

E é um livro escrito por uma mulher, brasileira, que tem muito potencial para ser uma excelente escritora. Porém não gostei de como a história foi contada intercalando um capitulo na visão dos pais e outro na da ?seqüestradora? Achei que o livro deixou muito a desejar.

Apesar de uma leitura rápida, não recomendo.

Miti 01/04/2021

Hipnotizante
Fiquei até de madrugada lendo, ansiosa pelo final, e apreensiva o tempo todo. Não consegui parar de ler... A forma como a escritora escreve é fantástica.

A história em si é interessante e é um livro com personagens a serem lembrados e estudados de forma periódica.

Recomendo começar a ler de manhã para poder passar o dia lendo, acho que você vai querer terminar logo...

asaquebrada 28/03/2021

Trama que prende
A trama é muito bem desenvolvida, fiquei ávida por saber o que aconteceria a seguir. Li bem rápido, a leitura é fluida. As personagens são bem interessantes também. Recomendo ??

patriciagguimaraes 25/03/2021

Maravilhoso!
Meu primeiro livro da autora e estou encantada! Comprei o livro pq a capa era bonita (hehehe) e me surpreendi com a história, as duas personagens principais são extremamente cativantes, amei e odiei elas o tempo todo. Já quero ler os outros livros!

Marci 21/03/2021

Comecei a ler esse livro com poucas expectativas, mas me surpreendi com o enredo. Até a metade do livro não me envolvi tanto, mas quando estava faltando 100 páginas para o final não consegui parar de ler. Valeu a pena!

Val | Perdida em Letras 12/03/2021

Espetacular.
O livro é vertiginoso, incrível. Traz reflexões mais que necessárias sobre a vida da mulher moderna, relacionamentos e prioridades.

Quando comecei a ler Suite Tóquio, por ser a obra do mês do clube do livro, não imaginei quão intenso ele seria. A premissa é bastante interessante: Enquanto o casamento de Cacá e Fernanda desmorona -e ela mantém um caso amoroso com outra mulher, a filha deles some com Maju, sua babá.

A leitura é muito fluida e insere com muita naturalidade assuntos delicados e profundos, muito comuns do dia a dia, porém que não tem visibilidade ou não estão abertos para discussão. O pai, Cacá, é muito sereno e, sem dúvida, apenas um coadjuvante, um homem totalmente perdido no universo feminino que se encontra. São as mulheres que dão todo o brilho da obra.
Fernanda é viciada em trabalho, ama a filha, mas não sabe e não quer lidar com ela. Ela está sempre em conflito interno e se sente viva à medida que conhece e se apaixona por Iara, se afundando cada vez mais em sua liberdade, se descobrindo sexualmente e percebendo, pouco a pouco, quão relapsa é como mãe.
Maju, a babá de Cora, é uma mulher simples, despida de qualquer vaidade, mas que acumula pequenas coisas banais, como palitos de dente e saquinhos de açúcar, sal e molhos. Ama Cora de forma incondicional, tanto que rapta a menina, numa tentativa de torna-la sua filha para sempre.

As narrações dos capítulos variam entre Fernanda e Maju, e o que mais me intrigou foi o modo como a narrativa de Fernanda sempre está no passado, e exceto nos últimos capítulos, quando o sumiço da filha se concretiza, conta como sua relação com a amante começou e se desenrolou, um verdadeiro tour por suas emoções. Enquanto isso, Maju sempre está no presente, narrando as coisas conforme elas acontecem, mostrando todo seu amor por Cora e ansiando pelo próximo passo.

As diferenças sociais entre essas duas mulheres são gritantes, e uma é contraponto da outra; Fernanda totalmente alienada às necessidades da filha, e Maju sana todas essas necessidades. Apesar de todas as diferenças, ambas as mulheres querem a mesma coisa: amar e se sentir amada.

Quando o sequestro se consodaliza, Fernanda se vê diante de toda sua negligência como mãe, e admite, com a força do desespero, que Maju é realmente mãe de Cora, e ela apenas a pariu.

O final, TOTALMENTE aberto nos tira o sono, nos fazendo criar teoria mirabolantes sobre o futuro das nossas protagonistas.

Thammy 11/03/2021

Contemporâneo, cosmopolita. Adorei!
Fernanda e Maju representam a vida e a realidade de muitas mulheres que vivem em extremos opostos, socialmente falando. Fernanda, classe média, workaholic, há anos em um casamento que se arrasta, é uma mãe frustrada que enterra suas insatisfações se entregando ao trabalho e às aventuras. É daquelas que acha que dinheiro resolve tudo, inclusive a culpa por uma maternidade (e uma vida), até então, para ela, sem sentido.

Maju, classe média baixa, trabalha em casa de família para sobreviver. Vive a rotina exaustiva de todo dia, de muito trabalho e pequenas alegrias. Uma mulher também frustrada, sonhadora e que se deixa levar facilmente pelos sentimentos. Tão passional que vai às últimas consequências para realizar seus desejos.

Duas histórias cruzadas que nos ensinam, cada uma à sua maneira, a repensar excessos, a encontrar falhas que nos fazem enxergar a vida por um ângulo diferente, mais nublado, onde abusamos das vantagens, onde não reconhecemos nossos privilégios. Uma história que remexe alguns cantos obscuros do nosso pensamento e, se bem aproveitada, nos faz refletir.

Tudo isso construído em uma narrativa cheia de drama e humor que, na minha opinião, poderia ter um final mais bem desenhado. De qualquer modo, valeu a experiência. Acho que a autora Giovana Madalosso é promissora e ainda pode nos surpreender bastante. Recomendo, viu?

Melissa 08/03/2021

A autora consegue descrever perfeitamente duas mentes, a da empregada que vive praticamente para os patrões. E a empregadora que não esta contente com sua vida. Aqui a babá esta raptando a criança, e enquanto isto vamos conhecendo mais a mãe. No final vemos uma aprendendo a ser mãe e a outra percebendo seu erro.

angelicalorena.oliveira 05/03/2021

Perfeito!
Eu adorei a dinâmica do livro, alternando a narradora em cada capítulo. As personagens são muito reais, com suas luzes e sombras. A história foge do óbvio e surpreende. Leitura viciante! ?

Luciana.Lourenco 04/03/2021

História envolvente, com trechos de humor e reflexão sobre as diferenças sociais de nossa sociedade. Recomendo a leitura.

Wagner269 01/03/2021

Resenha autobiográfica
Suíte Tokio,

Giovana Madalosso,

Ed. Todavia.

TEM SPOILER


livro incrivel, nota 11, pq não vou limitar a dez. rs

pode ser que um leitor mais chato encontre defeitos, eu só encontrei um livro potente, capaz de ser lido em 3 dias e ainda ter reflexão para um dia todo.


ANTI-RESENHA

 

 

Entre um cigarro e outro, e a tv ligada numa partida da NBA que não estou prestando atenção. Consumo páginas de um livro com o desejo do faminto, Giovana, passa a ser um nome distinto no meio de uma produção incessante de bons nomes na literatura contemporânea brasileira: Giovana Madalosso.

Posso imaginá-la viajando para o descampado de Mandaguaçu, sendo a Maju por horas a fio, numa casa pequena. Lembro das minhas viagens de ônibus, para Brasília, Uberaba, Belo Horizonte, Campinas, os terminais rodoviários cheio de vozes cheio de silêncios. Quantas Maju encontrei com Coras-Anas e eu nunca nem sequer me perguntei sobre elas. Sobre quem eram ou pra onde iam.

Eu era invisível também, ainda sou, mas não a mesma invisibilidade de antes. As coisas mudaram e não sei explicar como essas mudanças aconteceram. Agora estou num apartamento de cem metros quadrados, tem uma geladeira cheia. Posso me levantar e alcançar um doce ou um biscoito caro. Até nessa palavra, biscoito, há uma mudança. Minha esposa diz que bolacha é coisa de pobre. Acho que ela esquece que sou pobre, mas você é diferente, ela diz. E eu concordo com ela. Sou diferente.

Quando minto dessa forma pra mim mesmo, sinto o olhar do menino que fui me censurando. Eu ainda sou invisível, me ouço dizer.

Tentei escapar disso, mas há essa lembrança hereditária do tempo em que minha mãe, assim como a Maju dividiu um casulo com outra moça no bairro dos Jardins. As duas acordavam cedo e viviam o dia para agradar a patroa, o filho da patroa, o marido da patroa. O quarto não era tão bom quanto a Suíte Tokio, nem de longe. Eu vi na vez que ela me levou até lá. Duas camas, uma tv de tubo de 14 polegadas e um cheiro de desinfetante e mofo. Não havia janelas. E o pequeno banheiro tinha um chuveiro que molhava o vaso. A pia ficava de um jeito que seria impossível abrir a porta completamente se não fosse sanfonada.

Minha mãe vinha uma ou duas vezes para casa na semana, eu ficava acordado no desespero das horas aguardando sua chegada, minha avó dormia com o crochê na mão. Uma vez, num dos dias que ela deveria vir, ela não veio. Já passava da meia noite quando minha avó mandou que eu fosse me deitar.

Quando minha mãe apareceu, sentou ao lado da minha cama, mas mantive os olhos fechados, um pouco antes eu ouvi ela contando para minha avó que havia precisado cuidar do Vini, ele estava com uma gripe muito forte.

Uma vez minha mãe me levou para brincar com o filho da patroa, o menino tinha a mesma idade que eu, alguns meses mais velho. Num momento de altruísmo, a patroa disse para minha mãe me levar e quando eu cheguei, comentou com um sorriso, teu filho não é tão pretinho, Graça!, e pude ver o orgulho estampado no rosto da minha mãe.

O menino era um pavão que eu gostaria de enforcar. Por isso eu o provocava. Eu o provoquei o dia todo. Tudo nele me irritava, sua voz empapada de manha e minha mãe tendo que pegá-lo no colo, tínhamos sete, oito anos. E ele agia como se fosse um bebê.

Esse brinquedo não. Ele disse em algum momento, esse não, esse não, esse também não e eu disse esse sim, Wagner não arrume confusão, minha mãe disse, mas já era tarde, o boneco do super homem havia voado do sétimo andar, foi bonito de ver a capa de mentira fazendo um arco e nada dele alçar voo, eu disse que ele não voava!, e caí na gargalhada enquanto o boneco caía na área social do prédio. Vinicius chorava e pulou cima de mim, me arranhando com fúria. Minha mãe tentava nos apartar com a ajuda da sua colega.

Eu não sei ao certo o que eu odiava no Vinicius. Talvez que minha mãe passasse mais tempo com ele do que comigo, talvez sua voz fanhosa e suas maneiras educadas. Talvez ficar preso naquele apartamento, naquele parquinho ou naquela quadra de futebol. Estava acostumado a correr nas ruas, a apanhar e bater, ir até a represa de bicicleta, jogar golzinho com tijolos de construção como trave. Sei lá, ele me irritava.

Eu sabia que ele teria todas as oportunidades do mundo, enquanto eu teria que aceitar um emprego qualquer aos quinze anos, largar a escola e depois terminar através do supletivo. Minha única esperança era ser adotado por uma coroa que não se importasse com minha pouca instrução e aceite uma relação edipiana, me colocando para morar num apartamento tão grande como aquele que um dia eu visitei, com um quarto de empregada improvisado em escritório. Pra você estudar melhor, ela disse quando me deu o computador.

Minha esposa (difícil dizer esposa), dorme pesadamente, agora. A idade pesa em algum momento por mais que ela pense que será jovem pra sempre e tente resgatar isso me apresentando meio constrangida com a situação, mas intimamente com orgulho. Não é a toa que ela paga a academia, me compra as melhores roupas, e quanto reclamei que sentia falta de companhia, me deu um cachorro de aniversário. Ela me mima pra que eu continue querendo fodê-la. Eu nem precisava dizer isso em voz alta. Mas digo. Outro cigarro.

Faltando dez páginas, seis da manhã. O livro é vertiginoso. Duas narrativas, duas narradoras. Uma sabe coisas da outra que parece não saber nada. Há tantos acontecimentos reais, tantas possibilidades reais que procuro algo como ?baseado em fatos reais? na capa ou contracapa. Posso ver a Maju, a Fernanda, o Cacá e o apartamento deles. Iara com um cabelo num coquezinho, umas roupas leves. Rio percebendo que há uma epidemia de febre amarela citada rapidamente, diante do que estamos vivendo agora, a febre amarela é um dia de lazer na praia. Giovana, fez muita pesquisa sobre a invisibilidade. Fernanda e Cacá, não sabem nada sobre a mulher com quem deixam sua filha. Também há uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade atual, com mulheres cada vez mais detentoras de cargos de alto nível, precisando abrir mão do papel de mãe pra não deixarem de alcançar os mais altos cargos. Mesmo assim, não deixarão nunca de serem julgadas.

Penso em terminar de ler o livro depois, preciso esticar um pouco as pernas. A claridade já entra no apartamento. Aviso minha esposa, que vou andar um pouco e ela diz, pra eu não levar o celular. Preocupações a toa.

Pego o Verão e vamos descendo pelo elevador de serviço, cumprimento o porteiro da noite que diz, acordou cedo, seu Wagner!, eu aceno que sim, não digo nada, em geral paro e ficamos batendo papo, ele não acredita quando digo que vim do capão redondo, acho que ele pensa que me dei bem, ele nunca perguntou exatamente quem eu sou, ele sabe pelas correspondências que meu nome é diferente dos da Angelica, o sobrenome dela é italiano e alemão e o meu Moraes Gonçalves, nem chega perto de se parecer com eles.

Pensando bem, também que me dei bem. Eu estaria num cargo desses facilmente, talvez auxiliar de escritório, com meu curso supletivo que sem a aparição da minha Jocasta eu nem sei se terminaria.

Na rua, Verão e eu andamos em volta do parque. Vejo uma mulher passar com uma garotinha no colo. Elas duas se abaixam perto de uma árvore, parece que a menina saiu de um sono profundo, tem um dos pés descalço. Verão não se importa, mas eu não consigo parar de assistir a cena. A mulher fica do outro lado da rua, enquanto a menina atravessa a rua, se esforça pra tocar o interfone, não consegue. O porteiro vem ajuda-la. Olho pra arvore e a mulher desapareceu.

Verão e eu voltamos pra casa.

 

Regina 01/03/2021

Suite Toquio
Comecei a ler o livro por indicação de um amigo e não consegui parar. A escrita muito fluida e uma leitura que te prende. Fernanda, uma mãe workhallik, um pai Cacá, o efetivo dono da casa, Cora uma menina linda, filha do casal e Manu, a babá que desempenha o papel de mãe. Um envolvimento extra conjugal de Fernanda, o desaparecimento de Cora e Maju. O livro é narrado pela voz da mãe e da babá. Um final previsível. Um livro para reflexão do papel da profissional, mãe, o valor da filiação. O papel do pai - o verdadeiro dono da casa. Uma vida aos moldes atuais. Muito bom e muito a ser refletido. Vale muito a leitura

sele 28/02/2021

que o livro tinha potencial, até que tinha. que no mínimo umas sete de suas muitas páginas até que me tocaram, até que me tocaram. mas a autora é a própria personagem Fernanda do livro, e isso a impossibilita de escrever personagens como a Maju de uma forma realmente crível. revirei muito os olhos. ademais, a narrativa se estendeu além da conta em vários momentos, e ainda conseguiu ser um tanto sem pé nem cabeça, que ponto tentaram provar com esse livro? porque só consigo sentir raiva da mãe e seguir sem acreditar muito na veracidade da babá.