Lili

Lili Noemi Jaffe




Resenhas - Lili


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Eliane 01/03/2024

Luto
Belíssimo relato da experiência de luto da autora. Tenho perdido tanta gente que me identifiquei com várias partes do livro.
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Gigio 02/08/2023

Sensível
Um diário dos dias que seguem a perda de sua mãe, recheado de memórias afetivas. Acompanhamos um pouco dos últimos dias de Lili e sua luta contra o câncer e vários fatos marcantes de sua longa vida. São vários os trechos que me tocaram profundamente.
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Ricarda Caiafa 09/06/2022

Ah, o luto...
Se tem uma verdade na vida é: todos vamos morrer. E se tem uma pergunta que permeia esse fato é: como será nosso luto quando alguém que a gente ama muito se for?

Nesse livro, Noemi Jaffe, nos relata seu processo de luto com relação à morte de sua mãe, uma pessoa marcada e sobrevivente de campos de concentração...

Mas ainda assim, uma pessoa que ao que parece, ( soa estranho falar isso visto que a conheci apenas pelo relato de sua filha nesse livro, enfim) não deixou que as amarguras da vida fizessem dela uma pessoa triste.

Pelo contrário, a autora relata muitas memórias afetivas de sua mãe, desde o gostinho doce de pratos da sua infância, até o jeito simples de sua mãe viver.

Achei o livro poético, apesar de tratar do tema luto, a autora conseguiu transformar para sempre a memória de sua mãe. Aliás, além de transformar, não deixar as pessoas esquecerem.." Não posso esquecer", era uma expressão que sua mãe dizia.

Enquanto tiver leitores ela não será esquecida, querida Noemi. Receba meu abraço!!!!
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Rosana 31/08/2022

Luto como um tempo de amor e memória
Belíssimo relato de Noemi Jaffe sobre o luto pela morte de sua mãe. Memórias afetivas, desejo de preservação, reflexões sobre o tempo. Uma riqueza de ideias em um livro breve e profundo. Para ser lido por todos, quem viveu ou vivencia qualquer luto, e quem quer pensar sobre a morte, o tempo, a finitude. Sem ser piegas, entrega dor e amor.
"O tempo como a maior e mais absurda e aprisionante invenção humana, que nos obriga a pensar tudo em termos de passado, presente e futuro ou antes, durante e depois, o que, por sua vez, também habituou a mente ocidental a funcionar sob esses termos.
Dessa forma, isto que chamamos de passado - o que supostamente já aconteceu - tende a ir ficando soterrado na memória e no inconsciente como ruínas disto que chamamos de presente, período que, em geral, não passa de uma série de premências nervosas e cansativas a ser cumpridas e que, aliás, não podem ser devidamente cumpridas se o passado insistir em nos enviar sinais, desejando se comunicar. Esses premências do presente urgem rumo a esta outra farsa que costumamos chamar de futuro, na direção do qual acreditamos avançar à medida que vamos - voluntariamente ou não - transformando o presente em passado de maneira sucessiva, até nos tornarmos espécies de autômatos que vão enterrando o passado à medida que o presente se transforma em futuro." (pg. 79-81)
PARA LER E RELER.
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anicca 11/06/2022

O que há, ainda, a se refletir sobre o luto? O que resta? Por mais diferentemente que se manifeste para cada sujeito, é uma só coisa: eterna indizível fratura.

A sensação do abandono é acachapante. Não se pode mais recorrer àquele ser. Ele está morto e jamais voltará a constituir qualquer lembrança que seja. O presente e o futuro já não pertencem-no.

A dor do luto e da tristeza rascante é desejável, porque mantém as lembranças em atividade. Assustador seria esquecer-se dos cheiros, do som da risada, das rugas em torno dos olhos, das nuances dos fios de cabelo, das opiniões, dos hábitos, dos maneirismos.

Morrer é banal, no entanto. Por mais que tenha desempenhado inúmeras atividades relevantes em vida, acabará como um punhado de memórias ? as quais eventualmente deixarão de existir. Será?

Encarar a despedida machuca também porque uma parte de você deixa de existir, se despede com a pessoa que morreu. Mas quando se quer conversar sobre, as pessoas em geral regurgitam seus muitos tabus em relação à própria finitude. Não são capazes de delimitar até onde o enlutado aceitará sequer sua presença, quanto mais dialogar a respeito. Não conseguem definir o quão assustadas podem se sentir perante tamanho fantasma.

A morte de quem te importa pode tornar as coisas mais palpáveis, mais carregadas de sentido. Em contrapartida, não é como se tudo fosse encoberto por um pó?, o atrito mental provocado pelo "mas vamos todos morrer mesmo". Como se, independente de nossas ações, o fim fosse soberano, o único sobrevivente. Mas nossas ações nos compõem, nos distinguem, é por meio delas que despertamos emoções nos outros, e a morte evidencia tudo isso.

"E o rumor triste, vago, brando,
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido
Nunca por ele padecido¹."



¹ O Corvo, Edgar Allan Poe
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Katia.Borges 04/07/2023

Lili: para não esquecer
Passado um mês da morte de sua mãe, @noemijaffe_ ainda tinha medo da morte da morte, como se deixar o sentimento conformar-se fosse uma segunda perda.

Faz 12 anos que perdi minha mãe e ainda sofro com esse mesmo medo.
Quando perdemos alguém, é comum que nos digam que com o tempo nos conformamos com a falta.
Mas já parou pra pensar que para algumas pessoas talvez esse seja o maior medo: acostumar-se, e depois de um tempo não lembrar mais.

Querida @noemijaffe_
sigo lutando contra o tempo num trabalho hercúleo de garimpar a memória para que as lembranças mais doces e mesmo aquelas mais tristes que tenho de minha mãe não se percam no labirinto do esquecimento.

Nesse percurso seu livro me tocou profundamente.

#lilinoveladeumluto
#noemijaffe
#literaturanacional
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Marcelo 11/02/2022

Resenha publicada no Booksgram @cellobooks ?
Relatos sobre a morte e o luto são temas que gosto de ler. No último ano lí outros 2 livros com a temática ?Morreste-me? de José Luis Peixoto e ?Notas sobre o Luto? de Chimananda Ngozi Adichie.

Tomar contato com a dor do luto, com a vida singela de cada um, com o universo que é cada pessoa é de uma singeleza e delicadeza tocante. É desnudar a alma e apresentar o humano em cada um.

Vivemos uma vida tão intensa e material que não nos damos conta da fragilidade da vida e da vulnerabilidade da morte. E de repente ela chega, de forma agressiva ou discreta e retira de nossas vidas as pessoas que amamos. E aí, vem o vazio, a perda, a falta....

A autora começa a escrever suas memórias com a mãe nos 2 últimos anos em que esteve doente mas só no meio do relato se dá conta que aquilo está se tornando um livro. Relata o dia a dia, as brincadeiras, memórias de infância, manias da mãe... relata também o pós morte, a divisão dos bens, o desfazer da casa e dos objetos da mãe. ?ir desmontando a casa, ver as coisas dela espalhadas descuidadamente pelo chão e pelas mesas, ver uma casa morrendo junto com sua moradora...?

O tocante no livro é o contraponto da mãe ter sobrevivido Awschwitz e ter morrido de uma doença causada por um atropelamento bobo, que a deixou de cama por 2 anos.
?Já faz mais de um mês que ela morreu e eu temo a morte da morte? ? Noemi aponta o medo de esquecer a mãe.

É um bom livro, sensível e delicado, mas comparado com os outros 2 que lí anteriormente, confesso que o do José Luis Peixoto (que é uma ficção) me tocou mais... Ainda assim este livro aqui não tem deméritos: Apenas a escrita e o relato me tocou mais que o da Noemi. Mas respeito muito a dor e a perda da autora e super recomendo a leitura.
Túlio 26/05/2022minha estante
Olá. Também tenho lido livros com essa temática, entre os que li estão "A ridícula ideia de nunca mais te ver" de Rosa Montero, estou lendo "O pai da menina morta" de Tiago Ferro. Muito boa sua resenha!


Marcelo 26/05/2022minha estante
Hey Túlio. Também li recentemente ?a ridícula ideia??
O pai da menina morta está na lista ?




Ana Clara 28/08/2021

um roçar
terminando esse breve e lindo escrito de noemi, me vi deslocada de meu processo pessoal de luto - o qual parece que nunca estaremos inteiramente curadas - para enxergar com os olhos de outra filha a partida de sua mãe, dona lili, aos 93 anos

no escrever - ato que certamente é, também, uma maneira de desaguar dores - noemi promove de maneira sincera e nebulosa, como sempre são as memórias, a reconstituição de um passado que sabe ser fruto da imaginação

visitando ao que antecedeu a morte da mãe, abrindo e fechando buracos, noemi busca em feriados, receitas e demais tradições da cultura judaica na qual foi criada, formas de se aproximar de dona lili: as festas de rosh hashaná e iom kipur como espaços possíveis de imaginá-la, o tchoulent e o mil-folhas como receitas que evocam a figura de uma mulher cuja vida foi marcada pela tentativa de abstrair as memórias de Auschwitz e que amava os doces

"Ela agora mora no meu coração e na minha memória, e muitas vezes, ao me sentar para orar, sinto uma película fina de ar me envolvendo, seu abraço de penugem. Minha mãe se tornou um roçar."


site: https://www.instagram.com/historiaguardada/
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Jeni 18/05/2023

Uma reflexão sincera sobre o luto
"Lili: novela de um luto" é um livro emocionalmente profundo que retrata de forma sincera o processo de luto de sua protagonista. A autora aborda com sensibilidade as complexidades e desafios enfrentados por alguém que perde um ente querido, proporcionando uma leitura envolvente e reflexiva. No entanto, em alguns momentos, a repetição e as descrições excessivas podem tornar a leitura cansativa. Mas talvez o luto seja justamente isso: cansativo, repetitivo e que incomoda.
O livro oferece uma visão genuína sobre a experiência do luto e a jornada de superação (se é que ela existe). Vale a pena explorar essa narrativa emocionalmente cativante.
Sabrina758 18/05/2023minha estante
Amiga eu que ler




brunalouise 25/08/2022

um abraço em forma de livro.
?a pessoa morta deixa parte dela com quem fica mas também leva consigo uma parte nossa.?
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Dani 19/03/2023

Dois livros
Esse livro é dois!
Ele pode ser dois.
Terminei ele pensando em como ele poderia (e um dia será) outro livro pra mim quando eu realmente perder alguém tão próximo a mim como a minha mãe.

Além disso, pensei muito nas relações além do luto. Quanto as relações mãe/filha-filha/mãe minhas. E mexer nesses sentimentos é muitas vezes um mergulho difícil.
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Pam 09/09/2023

Tocante
Ao contar sobre a vida com sua mãe, Noemi Jaffe cria uma figura inesquecível nessa obra tocante.
Dona Lili é apresentada como muitas das mães pelo mundo, carinhosa, intrigante, inesquecível, e única.
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Pretti 25/05/2022

Uma pequena joia
Reli "Lili: novela de um luto", da Noemi Jaffe, para o debate de sábado, 28/05, no Clube de Leitura Bons Casmurros. E minha impressão foi a mesma da primeira leitura, feita no ano passado, antes da mediação da conversa com ela na FLIM 2022. O livro é uma pequena obra de arte, que trata com muita singeleza e sinceridade desse assunto tão grande que é a morte.

Falando sobre a morte da mãe, sobre a mãe, sobre o luto, Noemi fala sobre a humanidade, sobre maternidade, afetos, em suma, sobre a dor e a delícia de sermos humanos.

Vale a leitura e a releitura.

Nota: ????
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Oscaraujo 21/04/2023

É uma conversa com o leitor, que vira amigo, terapeuta, irmão, sentidor do mesmo luto. É um livro que me machucou, mas me fez não me sentir sozinho. É uma carta aberta, um coração sangrando esperando para ser remendado, uma cachoeira de lágrimas transformada em palavras, uma dor excruciante que conseguiu encontrar brecha para ecoar fora do corpo, um grito de desespero, mas um abraço apertado, um "eu te entendo", um "aproveitamos o que podia", uma lembrança do que nos amou intensamente, uma procura pela gaveta onde vamos guardar tudo isso para não esquecer.
Uma tentativa de não sentir vazio.
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Kecia.Viana 07/02/2022

As melhores memórias
Que livro lindo!

A morte é inevitável, mas podemos ficar (junto com a saudade) com memórias lindas do período que vivemos com a pessoa querida!
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