Eu Tenho Um Nome

Eu Tenho Um Nome Chanel Miller




Resenhas - Eu tenho um nome


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17/10/2023

Vítimas não são frações; nós somos inteiras.
Quase posso garantir que, depois do estupro, ela tentou seguir com a vida. [...] Tentou acreditar que não havia mudado; tentou seguir com a vida até suas pernas falharem. Todas as mulheres que denunciaram fizeram isso depois de chegarem a um ponto em que não conseguiam viver mais nenhum dia na vida que haviam tentado construir. Por isso, se voltaram lentamente para trás e encaram a situação. A sociedade acha que vivemos para perseguir o homem. Quando, na verdade, vivemos para vivermos. É isso. Ele acabou com aquela vida e nós tentamos seguir em frente, mas não deu. Toda vez que uma sobrevivente aparecia, as pessoas saíam logo dizendo: O que ela quer, por que demorou tanto, por que agora, por que não na época, por que não mais rápido. Mas os danos não respeitam prazos. Quando as vítimas aparecem, por que não perguntamos como elas conseguiram conviver com aquela mágoa por tanto tempo, quem a ensinou a nunca a revelar.

Vítimas costumam ser acusadas de querer vingança, mas a vingança é um motor pequeno. Sei bem que não posso achar que a paz chega quando o martelo bate, quando as algemas são fechadas. Ele pode estar em uma cela, mas nunca vai saber como é ser expulso do próprio corpo. Não lutamos pelo nosso final feliz. Lutamos para dizer: Você não pode. Lutamos para que tenham responsabilidade. Lutamos para estabelecer um precedente. Lutamos porque rezamos para sermos as últimas a sentir esse tipo de dor. (Chanel Miller, p. 263)

site: https://www.instagram.com/p/Cyg0m07PLA-/
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Ana Claudia 06/10/2023

Eu realmente não tenho palavras para falar sobre o quão imaculado e angustiante este livro é - já estou tendo dificuldade em pensar em adjetivos. você realmente estaria fazendo um desserviço a si mesmo ao não pegar isso. é um novo favorito meu e mal posso esperar para ver o que Chanel realiza a seguir.

Essa história é angustiante, cruel, dolorosa, mas também incrível, comovente, brilhante. Não há palavras para dizer o quanto essa história me emocionou e me tocou no fundo.

Esta é a verdadeira história de Chanel Miller, uma menina que foi estuprada atrás de uma lixeira no campus de Stanford, em 2015. Em muitos trecho tive que dar uma pausa porque eu sentia a dor, o sofrimento e o horror de ela ter lidado com tudo pelo que passou. A maneira como Chanel descreveu aquela noite em que foi estuprada, com riqueza de detalhes, o processo do julgamento. Fiquei chocada como não teve UMA pessoa naquele tribunal que acreditasse nas palavras de Chanel e em como o Brock saiu praticamente ileso de todo o mal que provocou naquela menina.

Foi muito desumano ver Chanel Miller lutar contra as instituições e o quanto foi devastador para ela. O relato pessoal sobre o estupro e o que ela passou depois é desumano demais. Foi difícil ver como Chanel Miller ficou desapontada e destruída por causa de um sistema de justiça que pareceu tomar partido na forma como eles lidaram com os estupradores e as vítimas de maneira diferente.

Essa foi a segunda leitura mais forte e pesada que eu li esse ano ao mesmo tempo tão honesta que doi fundo no coração.
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Ste 09/09/2023

"A sociedade gosta de reforçar esta ideia de que, embora abusos sejam prováveis de acontecer, reduzimos as chances de que aconteçam conosco caso nos vistamos com roupas comportadas. Só que isso nunca erradicaria o problema, apenas redirecionaria o agressor para outra vítima inocente, na qual descarregaria a violência."
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Ana 06/09/2023

Nunca li um relato tão contudente de uma vítima de violência sexual como esse. Tive um misto de emoções e muitas vezes precisei fechar o livro e dar uma respirada para continuar a leitura.
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Tati 27/08/2023

"Meu nome é Chanel. Eu sou uma vítima. Não tenho problemas com essa palavra, meu problema é me reduzir a isso."
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AmandaRabelom 25/08/2023

Que livro poderoso
Sendo sincera, quando peguei o livro para ler eu imediatamente pensei: o que ela tem para falar em 300 páginas? Algo muito feio se se pensar, mas eu sinceramente achei que seria uma encheção de linguica. Não foi.
O livro é forte, impactante, com reflexões e frases que mesmo que óbvias, necessárias. Um livro bonito, apesar de toda a dor contida. Escrita muito boa.
Esse livro deveria ser obrigatório.
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Carla 22/08/2023

Um livro necessário
Demorei para ler este livro porque é muito pesado, mas muito necessário. Em diversas partes, eu chorei com ela, fiquei com raiva de tudo o que fizeram com ela e que fazem com todas as mulheres. Tantas partes me tocaram que é impossível resumir tudo; grifei quase todo o livro. Lendo este livro, levei vários socos no estômago. É muito difícil ser mulher; somos desacreditadas o tempo todo. Sempre querem arranjar uma desculpa para ouvir e não compreender nosso lado. Ademais, é uma biografia sobre a dor de uma mulher. Não acredito que tenha como tirar estrelas do relato de uma pessoa; é a vida dela e a dor dela. Este livro me marcou para sempre e com certeza falarei dele por muito mais tempo. LEIAM!
"Cada centímetro ali estava repleto de suéteres e calças de moletom, empilhados uns sobre os outros, esperando novos donos. Para quem são?, me perguntei.
Quantas de nós tínhamos entrado e ganhado roupas novas com uma pasta cheia de folhetos? Todo um sistema tinha sido criado porque sabiam que haveria inúmeras outras como eu"
"O juiz tinha dado a Brock algo que nunca oferecera a mim: empatia. Minha dor nunca seria mais valiosa do que o potencial dele."
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Nayara 12/08/2023

A leitura da história contada por Chanel Miller foi uma das experiências mais emocionantes, dolorosas e necessárias que já li até hoje. Conhecer esse relato me trouxe uma variação e oscilação de sentimentos que não conseguiria em poucas palavras explicar nesta resenha, é uma história de abuso, luta, superação, perseverança, mas o principal pilar dessa obra é o renascimento de uma mulher.

Este livro aborda estupro, o sentimento constante de culpa e incapacidade de ser dona do próprio corpo de uma mulher. Foi um livro que eu recomendo ler em partes, uma por ter muitas explicações e detalhes, e outra pelo tema.

Irei colocar uma citação do livro aqui, que foi a que mais me pegou, que mostra que acima de tudo, nós somos seres humanos.... Seres humanos que não merecem sofrimento, que merecem ser tratados como igual, ser amados e respeitados.

"Porque você se dispôs a continuar namorando comigo, com tudo aquilo acontecendo? Ele disse: por causa de você. Eu retruquei: mas e o estupro, as bebedeiras, tudo isso? Ele respondeu: É, mas e você?"

Lucas foi um parceiro e tanto de Chanel, me arrepiou tantas vezes de imaginar o quanto ela sofreu pela situação que passou. Quando saiu o resultado final me deu uma raiva tão grande. Como o mundo é cruel.
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Mariimagno 30/07/2023

Importante, porém a leitura é lenta
Entendi a importância do livro.
Entendi o relato da vítima e entendi a dimensão que o abuso corrói o a narrativa e a vida da autora.
Entendi tudo que gira em torno das denúncias a ela faz com esse livro.
A violências, o assédio, a sociedade, o machismo, o julgamento injusto com mulheres - que estão sempre erradas independente do façam e como façam - se um homem erra ele tem a chance da inocência, ele tem a chance de redimir, ele tem a chance de recomeçar.
Ele tem muita chance de nunca responder por seus atos e seus erros.
Sei disso, sabemos disso enquanto mulheres. Vivemos isso todo dia.
A justiça é falha, a justiça é cruel. A justiça é um martelo na mão de um homem, até quando sua figura é uma mulher.
É bizarro pensar que para sofrer um abuso/ um estupro, basta sair de casa, basta beber um pouco mais, basta encontrar a pessoa errada, basta ser adolescente, basta ser criança, basta confiar em um homem, basta existir, BASTA nascer mulher.
É um número real, pesado e triste.

Obs: tem um momento em que ela fala que a sensação de liberdade - de poder nadar nua - lhe foi tirada e a única coisa que eu pensei foi: você tinha essa sensação? Pq desde que me entendo por ?mulher? eu não posso viver isso mais. Me lembro tanto de como isso me foi cortado. Eu tinha 8 anos e quase tomar banho no chuveirão do quintal com meu irmão, como sempre fazíamos. Mas de repente fiquei velha demais para brincar no chuveiro do lado de fora. Meu corpo - infantil - já era uma preocupação a mais, já podia despertar algo em alguém - em um homem.
Eu não sabia disso na época. Mas nunca mais senti o prazer de poder circular com o meu corpo descoberto ou pouco coberto sem preocupação, em nenhum momento. E não foi preciso um estupro/um abuso para me tirar isso, foi apenas a violência sendo um experiência no meu corpo enquanto feminino.
Controlado, podado, limitado, censurado, guardado? e também violado.

O livro é repetitivo, enfadonho, até chato.
É real, é pesado, é uma sobrevivência.
Mas não posso mentir e dizer que é uma leitura que faria de novo ou que indicaria.
Poderia ser melhor e sei que é bizarro falar isso quando o tema é algo verdadeiro.
Mas a narrativa deixou a desejar.
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Aly 18/07/2023

Um exemplo de força imensa, com esse livro conseguimos acompanhar o que Chanel viveu em seus piores momentos e o quanto precisou batalhar para conseguir o mínimo de paz e justiça para ela e para todas as garotas que já sofreram e infelizmente ainda vão sofrer, pq ainda vivemos em um tempo em que a cultura do acobertamento do homem é mais importante do que a liberdade de escolha as mulheres.

Leiam se tiverem estômago, não é um livro fácil por conta de tanto sofrimento...
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gabimello4 17/07/2023

Poderoso
Eu gostei bastante desse livro. A história é difícil e pode dar gatilho em muitas mulheres, mas a autora foi muito boa com as palavras.
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Jessica Moraes 16/07/2023

Forte;
é angustiante algumas partes que ela descreve como está depois do que acontece, depois de ler esse livro relembro várias ocasiões que já presenciei e cara.. que horror!
você é levado a percorrer o caminho da justiça, que muitas vezes não é justo para ninguém e o resultado nem sempre te alivia ou cura;
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Sabrina758 13/07/2023

Cada vez que leio um livro de memórias ou autobiografias, penso no quão difícil é resenhar. Impossível avaliar a vida do outro, a dor do outro, só posso falar do que me atravessou e, nesse caso, foi profundo. Apesar disso, me faltam palavras para falar sobre Eu Tenho Um Nome. O que mais está presente na minha mente quando penso nesse livro é: a justiça falhou com a Chanel. E continua falhando com tantas outras, que poderiam ser nós.

Mas tenho muito a agradecer a Chanel - como leitora, como quase psicóloga e como mulher - porque ela nos ensina muito, no decorrer do livro, de que forma podemos ajudar e tratar uma pessoa que passou pelo que ela passou. Mais importante ainda: uma vítima não se resume a isso. Ela é uma pessoa, que tem uma história, que tem sonhos, aspirações e marcas, coisas que fazem dela quem ela é. E muito disso foi retirado dela, trucidado pelo julgamento, pela mídia, pelos comentários maldosos na internet.

Chanel se perdeu e precisou se encontrar repetidas vezes. Redescobrir prazeres, felicidade, a delicadeza de um toque consentido, esperado e ansiado, a voltar a viver. E ela nos escancara a solidão e o abandono de passar por um julgamento. A revitimização. O quanto custa caro decidir denunciar - financeiramente, emocionalmente e psicologicamente - e o quão pouco a gente fala sobre isso. A vida de quase todos os envolvidos segue em frente, mas a vítima precisa estar sempre pronta para largar tudo onde estiver e ir para o tribunal. Quanto mais tempo o caso se estender, é mais tempo revivendo o trauma.

Com a felicidade e a vida retomada, ainda que sempre exista algo quebrado ali dentro, me diz de uma força descomunal e que me inspira. A justiça falhou, mas a Chanel foi ouvida, acolhida e se tornou o pilar de uma comunidade no mundo todo, onde tantas mulheres tiveram com quem compartilhar suas próprias histórias, dores e curas. Ela teve uma rede de apoio que foi muito significativa e, gostaria eu que todas as pessoas passando por algo difícil tivessem alguém com quem contar, como ela teve. Que a gente nunca deixe de lutar e de ser porto seguro uma para as outras.
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Isadora Silva 04/07/2023

Todo mundo deveria ler
Não exatamente o tipo de livro para emitir opiniões. É um relato, uma não-ficção que tem muita potência, deveríamos falar mais sobre o tema. É triste o que ocorreu com Chanel, mas sou grata que ela tenha encontrado a escrita para falar sobre isso.

Esse livro é sobre Chanel mostrando ao mundo que a violência nunca termina depois do ato, que o sistema continua atacando as vítimas como se a culpa fosse delas e os homens fossem naturalmente incontroláveis.

Em meio a um processo lento e não linear, Chanel foi encontrando sua voz, esse livro é resultado desse resgate. A escrita e a história dela tocam em lugares muito pessoais de todas nós. Chanel resgata a própria voz, o próprio nome e o próprio corpo em memórias de uma vida, nos detalhes que a fizeram compreender que a culpa nunca é da vítima e que há algo de muito errado em como esses casos são julgados.

É uma leitura repleta de gatilhos, para ser lida com cuidado e permanece em quem lê por muito tempo.
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