A história do amor

A história do amor Nicole Krauss




Resenhas - A História do Amor


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Joana 21/11/2016

"Era uma vez um menino que amava uma menina, e a risada dela era uma pergunta que ele desejava passar a vida a responder." (página 18). Coisas assim me fizeram gostar um pouco mais dessa história de amor (nem só de amor...)
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jota 09/03/2015

Um livro dentro de outro...
Já sabia, mas havia me esquecido, que Nicole Krauss é mulher do também escritor (bastante conhecido) Jonathan Safran Foer, a quem o livro é dedicado (entre outras pessoas). E daí?

Elsa Morante foi casada com Alberto Moravia e ambos escreviam muito bem. Basta ler dela A História ou A Ilha de Arturo e verificar que não ficava nada devendo ao autor de 1934 ou A Romana.

Siri Hustvedt é casada com Paul Auster e ambos escrevem bem também. Dela só li o excelente O Que Eu Amava; de Paul li vários e até reli meu preferido, Leviatã.

Mas o que chama a atenção em A História do Amor é que várias vezes durante a leitura parece que você está lendo Extremamente Alto e Incrivelmente Perto, um dos grandes sucessos de Foer. Não apenas pelas questões e personagens (vários deles judaicos), também pelo modo como Nicole conta sua história, em diversos pontos bastante semelhante ao modo de Foer narrar Extremamente Alto...

Não sei quem escreveu seu livro primeiro nem quem influenciou quem, apenas li A História do Amor somente agora e acho que quem gostou do livro de Foer também gostará do de Nicole. Especialmente porque ela coloca em cena quatro personagens marcantes, unidos através do tempo por um livro chamado justamente A História do Amor.

Desses personagens todos (e aqui copio o resumo da Companhia das Letras: “Leo Gursky, um imigrante em Nova York; Litvinoff, um professor no Chile; Alma Singer, a filha de uma tradutora literária; Isaac Moritz, escritor americano”), sem dúvida, a garota Alma Singer vai lembrar o incrível garotinho Oskar Schell (ou ele lembra ela) do livro de Foer.

Resumindo tudo meio grosseiramente: A História do Amor é um interessante livro sobre outro livro com o mesmo nome e que em vários momentos, por conta de seus personagens e outras coisas, lembra um terceiro livro, do marido da autora. Sendo que o livro dela me pareceu melhor do que o dele.

Claro que A História... não é apenas isso; é muito mais, então cito o New York Magazine Book Review, que generosamente escreveu que o livro de Nicole Krauss é "Profundo e rigoroso, repleto de personagens inesquecíveis e muito suspense.”

Bem, assim fica muito melhor do que simplesmente insinuar que enquanto escreviam seus livros parece que Foer e Nicole andaram trocando mais do que apenas figurinhas, não?

Lido entre 04 e 09/03/2015.
Sylvia 03/04/2015minha estante
Quero muito ler este livro!


Marta Skoober 27/09/2017minha estante
Há uma lenda que diz que "A sujeição das mulheres" foi escrito por Harriet Taylor, esposa de Stuart Mill (autor oficial da obra). Lendo sua resenha fico por aqui matutando será que?...




Christiane 24/07/2021

Este livro é narrado por diversas vozes em sua alteridade e em dois tempos diferentes, um na Polônia há sessenta anos atrás, e outro no mundo contemporâneo.
Um jovem judeu e polonês apaixonou-se por Alma na Polônia, aproxima-se a Segunda Guerra, e Alma parte para os Estados Unidos. Ele fica, prometendo ir encontrá-la assim que tivesse dinheiro suficiente, o que não irá acontecer pois ele terá que fugir dos nazistas, escondendo-se em florestas, passando por privações, medo, fome. Mas antes disto ele escreveu um livro, A História do Amor, que fala do seu amor por Alma, mas também da vida, e o entregará a um amigo que também partiu, para que o guarde até se reencontrarem.
Sessenta anos depois Leo Gursky é quem inicia o livro. Ele vive nos Estados Unidos, tem um amigo que se chama Bruno. Vive pensando em sua morte próxima.
Alma Singer é uma adolescente que perdeu seu pai. Ela vive com o irmão Bird e sua mãe, uma tradutora. Descobre que seu nome é uma homenagem a uma personagem de um livro que seu pai comprou e deu para sua mãe: A História do amor, escrito por Litvinoff, que morava no Chile. Um homem solicita a sua mãe que traduza este livro para ele, e Alma na tentativa de fazer sua mãe feliz quer aproximá-lo dela, e para descobri-lo começa uma investigação detetivesca, que se reverte na busca de quem era a Alma do livro de quem ela tem o nome.

Gursky traz em si as marcas da Guerra, das perdas, da dor, ele é um solitário que sempre tenta ser visto, ou seja, ao ser notado ele sente que existe. Litvinoff também sofreu com a guerra, mas encontra Rosa que lhe trará a alegria de viver. Charlote, a mãe de Alma tenta enfrentar o luto pelo seu marido de um jeito que ela consiga sobreviver.

No fundo o livro traz a tona a tragédia de uma guerra e no que ela pode provocar no destino de cada um, alterando tudo, separando, afastando, mudanças que não erram esperadas, e que não teriam ocorrido se não houvesse ocorrido a guerra. Mas será? O Tio Julian, irmão da mãe de Alma Singer, decidiu que estava diante de sua futura esposa quando a viu de leggins no zoológico, e se não fosse por estar vestida assim ele tem certeza de que não a teria notado.

A vida surpreende sempre devido as mudanças que são capazes de ocorrer na vida de todos, hoje é assim, amanhã não é mais, e não só pela morte de alguém como foi para Charlote, ou a guerra como foi para Leo e Alma, ou para Litvinoff, mas uma peça de vestuário pode definir um destino, ou um soldado da SS que procura judeus escondidos, mas que está desconfiando de sua mulher, e ao invés de revistar o local prefere desabafar com o colega, e com isto uma vida se salva, graças a uma mulher que nunca saberá disto.

O que pode manter uma certa memória nisto tudo? uma certa ligação, um elo, associações? Somente a palavra, mas não há palavras para tudo. Mas ainda assim, um livro, A história do amor, teve este papel entre os personagens deste livro, de servir de corda, que de uma forma ou outra manteve um certo elo, mas também criou outros novos, por que a vida se renova sempre. E um livro é sempre uma obra de criação, e os que sobreviveram à guerra, os que perdem seus entes queridos, os que estão começando sua vida, precisam ou recriar ou inventar sua vida, mesmo que seja apenas através do imaginário para que possa suportar a dor.

" Cem coisas podem mudar sua vida. E por alguns dias, entre a hora que recebi a carta e a hora em que fui encontrar quem a enviara, tudo foi possível."

Viver é perigoso! mas é também a melhor coisa que pode nos acontecer.
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Lori 06/05/2011

Krauss já se diferencia da maioria pela escolha de protagonistas, um senhor de 77 anos e uma garota de 14 anos que não tem nada em comum aparentemente. Essa é a grande palavra para descrever o livro de Krauss, aparentemente não tem nada demais e é por isso que o livro te surpreende. Aparentemente a história é banal, o personagem não tem nada demais, não a nada de surpreendente no livro. A autora joga tudo isso por terra e cria uma história que embora por caminhos simples cria um mistério que aos poucos vai se revelando. Não é para causar surpresa, é um mistério que às vezes se revela na vida e vamos descobrindo com os personagens. Outra palavra que eu escolheria para definir seria delicada, o livro é uma peça tão delicada que parece que não sendo bem cuidada se quebrará. Normalmente não sinto isso com os livros, essa leveza delicada.

A melhor parte da escrita é como ela varia através dos capítulos, como são três histórias que se encontram, cada uma é contada de um estilo diferente. Parecia realmente que víamos de forma diferente já que cada um contava de uma forma diferente. Para completar o repertoria de estilos, há a do livro History of Love que é o livro que acompanha todas as personagens. A forma de escrita e criatividade realmente me surpreendeu, por que é difícil de explicar a beleza dessas passagens para quem não leu o livro. Anjos? Gestos? Pessoa de vidro? Parece sem sentido até você ler o livro e considerar que talvez seja uma das coisas mais belas que já leu. Talvez seja por que a escrita dela tem certa poesia na criação das imagens e te leva para um lugar diferente. Krauss escolhe cada palavra com sabedoria, sabendo do impacto que causará. Isso é um dos ingredientes para ser um grande escritor para mim, saber escolher suas palavras para ter impacto sem sair da história.

Não gastei tempo tentando explicar a história, não fará jus do que acontece no livro. Uma vez escrevi que grandes autores não são aqueles que pensam em grandes histórias, sim aqueles que têm escritas que transformam simples história em grandes. Esse o caso do livro, por que tentar explicar como o luto, a dor e o amor passam por todos os personagens é inútil. Explicar o poder do amor e a solidão de Leo Gursky é inútil tanto quanto tentar explicar a maturidade e inocência de Alma Singer. As críticas falaram do grande personagem que Leo era, ninguém me avisou sobre Alma. Bem mais uma das diversas agradáveis surpresas que Krauss reservou para mim.

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http://depoisdaultimapagina.wordpress.com/
Ronaldo.Refundini 07/08/2017minha estante
Olá, estou divulgando meu segundo livro "Auschwitz como parâmetro de Amor", trata-se de uma análise ontológica que expõe as mazelas humanas que impedem as pessoas de viverem o amor na sua plenitude. Numa reflexão profunda a respeito do sentido do ser além das aparências, o livro indaga a possibilidade do amor incondicional, trazendo também a ideia de que todas as pessoas são semelhantes sob a perspectiva de uma análise ontológica, a assimetria entre o verdadeiro e o falso, a eternidade pela razão, perdão, etc. Será lançada na Bienal do RJ, mas já disponibilizo a pronta entrega, encomendas pelo whatsapp 44 99721 0404




Paty 12/10/2012

Veja no blog a minha opinião! http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2012/10/resenha-historia-do-amor-nicole-krauss.html
Ronaldo.Refundini 07/08/2017minha estante
Olá, estou divulgando meu segundo livro "Auschwitz como parâmetro de Amor", trata-se de uma análise ontológica que expõe as mazelas humanas que impedem as pessoas de viverem o amor na sua plenitude. Numa reflexão profunda a respeito do sentido do ser além das aparências, o livro indaga a possibilidade do amor incondicional, trazendo também a ideia de que todas as pessoas são semelhantes sob a perspectiva de uma análise ontológica, a assimetria entre o verdadeiro e o falso, a eternidade pela razão, perdão, etc. Será lançada na Bienal do RJ, mas já disponibilizo a pronta entrega, encomendas pelo whatsapp 44 99721 0404




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Wagner 17/08/2017minha estante
Salve Dirce.
Ainda não terminei a leitura. Estava aguardando a sua resenha para reiniciar. A luz no fim do túnel.
Excelente resenha. Parabéns.




Josiene 17/10/2019

Um livro que conta três Histórias sobre o amor, diferentes formas de amar. As histórias vão cativando a medida que o livro avança e vão se mesclando de uma forma que não podemos nem imaginar. Escrita fluida e envolvente.
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Michelly 18/02/2011

"foi um desses momentos inesquecíveis que acontecem na infância, quando descobrimos que o mundo nos engana o tempo todo."
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Roxana 17/02/2021

Que livro!
Este é um dos meus livros favoritos de todos os tempos.
A história é envolvente e muito verossímil. Os personagens são super bem contruídos e cada personagem "fala" em primeira pessoa de um jeito peculiar.
Adorei.
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