Resenhas -

Leila 03/03/2021

Isso é Brasil
Desde a linguagem até o roteiro e as personagens dos contos, Geovani Martins mostra com a autoridade e simplicidade de um brasileiro do morro, o que é o morro: o tráfico e a vida de bandido e de quem sonha, do alto de uma favela marginalizada, amassada por milícias e polícia, com uma realidade diferente, ao mesmo tempo em que ama suas raízes e seus ?menó?.

Fernandinha 28/02/2021

As vozes da juventude periférica
Uma série de contos rápidos, que nos levam a percorrer a cidade do Rio de Janeiro por vários caminhos, sob pontos de vista que nem sempre são considerados.

O conflito com a polícia, a tomada de consciência com relação ao preconceito racial, a relação com o tráfico, os preconceitos religiosos, a mudança de escola, os primeiros na universidade - temas contemporâneos, retratados de maneira muito fluida e saborosa.

loretta 19/02/2021

O sol na cabeça - Geovani Martins
a realidade das favelas, morros e periferias cariocas estampada em cada página. 13 contos que gostei muito mas que por mais que tenha adorado as histórias e achado super interessante e até sofrido em várias, não consegui me conectar com os personagens por muito tempo já que, ao meu ver, o autor deveria ter explorado um pouco mais cada um. super recomendo a leitura para o conhecimento dessa ultraje realidade que muitas vezes ignoramos

Elis146 15/02/2021

Contemporâneo
Fiquei impactada de primeira com a forma de linguagem que o autor usa, não imagina o uso das gírias e me surpreendeu, fluiu muito! Ótimo para um leitura rápida!

Ingrid 08/02/2021

O primeiro conto foi, de longe, o que mais me interessou e impactou. A forma como é escrito me deixou com expectativas bem altas e teria amado o livro se seguisse da forma narrativa do primeiro conto. No geral é um livro interessante, que traz perspectivas curiosas e vivências dolorosamente reais. Foi o suficiente para me deixar esperando pelos próximos trabalhos dele.

Geovanna.Faleri 06/02/2021

cotidiano nas favelas
esse é um livro bom! categorizado como literatura marginal, há 13 contos que relatam a realidade da vida das principais comunidades do Rio de Janeiro, como a rocinha. A presença das drogas, violência, abusos de poder e pobreza são abordados constantemente nessa coletânea de textos. Apesar disso tudo, senti um baixo aprofundamento nos personagens e situações, fator que me encanta com as leituras. Além disso, após uns 4 contos, senti que as histórias tornaram-se repetitivas. Enfim, a título de curiosidade, os meus contos favoritos foram rolezim e a história do periquito e do macaco.

Vivi 29/01/2021

Eu gostei, são vários contos diferentes e muito interessantes

CarolSay 20/01/2021

Diferente de tudo que já tinha lido
O livro é composto por alguns contos narrados pelo autor em linguagem bastante informal. Melhor dizendo, a narrativa é feita da forma como é falada por uma parcela da população carioca: repleta de gírias, palavrões e expressões até inusitadas.

Nem por isso o livro perde seu valor. Na verdade, a informalidade do português falado nas ruas é o que traz o seu diferencial: o puro realismo dos cidadãos menos favorecidos economicamente. Estamos diante de moradores de favelas e periferias, marcados pela discriminação e travando uma luta diária contra a desigualdade social, a truculência policial, o racismo e a falida guerra às drogas.

Tudo isso compõe o casamento entre o cenário e a narrativa. Com certeza, vale a pena a leitura.

Wallace17 18/01/2021

Tõ com a favela, tô forte
A identificação com este livro foi muito forte. Geovani Martins é da minha geração, escreve coisas sobre a vida na favela, do jeito que eu gosto de contar também as minhas histórias. Há muito tempo eu queria ler este livro, e quando ele chegou em minhas mãos, li num gole só. Sol na Cabeça é um livro de contos, que retrata a vida dos jovens periféricos do Rio de Janeiro. O gostoso da literatura é esta viagem. Eu estive nos morros do Rio de Janeiro; nas praias; nas conversas da rapaziada; nas rodas de maconha; nas viagens lisérgicas; nos apuros contra a violência policial; nos relatos de preconceito racial e de classe; e sobretudo no conto que menciona Ogum. A representatividade nos faz viver as coisas com mais intensidade. Esta obra é um olhar de quem é da favela, e faz deste território o seu discurso narrativo. Valeu a espera, esse livro é foda, o Geovani escreve demais, e é uma grande fonte de inspiração! Viva a literatura de quebrada! Viva a literatura brasileira! Nossa cultura em 1° lugar!

Stella F.. 18/01/2021

Boa escrita!
Fiquei curiosa sobre este livro, apesar do assunto me parecer distante do que costumo ler, mas resolvi dar uma chance ao livro e não me arrependi.
A escrita é clara, boa e esclarecedora, vindo de uma pessoa que vive em comunidade e nos mostra os percalços que passam com a desigualdade, o preconceito e muitas vezes a falta de opção.
Alguns textos gostei bastante, outros nem tanto. Muitos falam do sacrifício que é feito para se trabalhar, sair todos os dias e outros abordam a questão das drogas ditas "leves" para confraternizar com os amigos e outras sobre as drogas mais pesadas, como o crack.
Preferi os textos em que não fala a linguagem própria, ou estereotipada do favelado.
Mas, em si, os textos são muito bem escritos, com histórias interessantes e que sem pé atrás podemos ler para conhecer o autor, que esteve na mídia quando do lançamento do livro.

"Papo reto, eu não entendo pra que que nego usa droga pra ficar oprimido, batendo neurose com tudo". (Rolézim)

"O que pouco se fala é que, diferente das outras favelas, o abismo que marca a fronteira entre o morro e o asfalto na Zona Sul é muito mais profundo". (Espiral)

"Porque essa época sempre nos ataca como o fim do mundo. E o fim do mundo ou nos dá vontade de viver a vida até que tudo exploda e depois venha a calma do vazio ou nos deixa decepcionados por saber que terminaremos incompletos". (A viagem)

Mas a verdade é que, nas vezes que me demorava demais na cracolândia, começava a imaginar as histórias daquelas pessoas antes da pedra e sentia vontade de chorar". (Estação Padre Miguel)


" De um momento pro outro tudo se desfaz, tudo desaba, e ficamos sozinhos frente ao abismo que é a outra pessoa. Daí vem uma vontade de falar não sei o quê, só para tentar reunir uns pedaços da gente, meia dúzia de restos espalhados pelo mistério que é a convivência". (Estação Padre Miguel)

"Tudo me irritava neles, o jeito que andavam, falavam, riam, tratavam os funcionários, mas o que eu mais detestava era quando reclamavam dos seus problemas: minha empregada faltou hoje, meu carro teve que ir pra oficina, não aguento mais fazer aula de inglês, o cachorro do vizinho latiu a noite toda". (Sextou)

E no geral marquei como contos preferidos os seguintes: Espiral, O Caso da Borboleta, A Viagem, O Rabisco, Sextou.

Luciano 15/01/2021

Muito bom.
Muito interessante a forma como Geovani Martins traz a realidade dos morros pros seus contos. Gostei bastante da leitura.

fev 13/01/2021

Eu gostei muito da escrita do Geovani Martins. É uma escrita que entretém muito, tanto que o primeiro conto que abre o livro é sensacional. O poder da linguagem ali é fenomenal. No entanto, achei a maioria dos enredos fracos ou com um final que não foram trabalhados, um final que não condiz com estávamos lendo até então.

É um bom livro.

Gi 11/01/2021

O Sol na Cabeça - Geovani Martins
Livro nacional de contos que se passam no RJ, tendo como personagens principais moradores de comunidades.
Livro bom e rápido de se ler, porém o autor usa muita gíria então as vezes é meio difícil de entender.
Muito bom e devemos apoiar mais os autores nacionais!

mindkiller 10/01/2021

Saindo da zona de conforto
Ler contemporâneos brasileiros é um desafio. Ler um livro de contos é ainda mais difícil. O autor narra com maestria a situação do jovem preto, carioca e da favela, me fazendo sair completamente da minha zona de conforto como pessoa e como leitora. Contudo, por serem contos, ainda senti que as narrativas estavam faltando algo...

Arsantes 03/01/2021

Impactante
Ler as diversas narrativas que estão presente neste livro e ver o quanto elas se associam e se dissociam da minha realidade enquanto morador de uma cidade, que não é o Rio de Janeiro, foi muito interessante e impactante, pois pude experienciar vidas que não poderia viver.