Resenhas - A Hospedeira

Liz 26/03/2013

O planeta Terra foi invadido por alienígenas. As almas, como são chamadas, são criaturas puras. Não fazem parte de um mundo cruel, cheio de ódio e guerra. Sua “missão” aqui na Terra é justamente se hospedar nos humanos, extraindo suas mentes enquanto seus corpos permanecem intactos, para tornar a Terra um lugar onde todos vivam em paz e harmonia.
Peregrina, uma alma bastante experiente é colocada no corpo de Melanie Stryder (uma das poucas humanas que conseguiu fugir dos invasores por um bom tempo, até ser capturada). O único problema é que parte de Melanie ainda resiste, e ela e Peregrina vivem em constante conflito.
Através das memórias de Melanie, surge um amor em Peregrina, por Jared (o amor da vida de Melanie) e por Jamie (o irmão de Mel). Então, as duas vão à busca do que sobrou da resistência humana. A partir daí se desenvolve a trama da história.
Achei o início do livro um pouco confuso, mas ao decorrer dele você vai descobrindo as coisas e se envolvendo cada vez mais.
Pra quem leu Crepúsculo e não gostou, pode ler A Hospedeira com a certeza de que é totalmente diferente deste. A história é bem mais elaborada e convidativa.
“Stephenie Meyer criou uma história original e criativa com um enredo bem escrito. Ela nos mostra as diversas formas de amor e as consequências de cada um deles, provando que muitas vezes a aparência não significa muita coisa e a percepção que temos de corpo e alma pode ser mudada. Um livro distópico com um toque de ficção científica mesclando com romance, aventura e suspense. Incrível!”

Lo 18/03/2013

Não, esse livro não é igual a série Crepúsculo.
Não, esse livro não é igual a série Crepúsculo... Várias pessoas torceram a cara quando viram que eu estava lendo esse livro porque é a mesma autora da série. Na verdade, até eu estava descofiada, mas já tinha ganho o livro e realmente a leitura de Crepúsculo é fácil, apesar da trama não ser a das melhores... Mas enfim, vamos ao "a hospedeira". Não é de todo inovadora a ideia de aliens possuindo corpos humanos (Marte ataca, MIB, etc), porém neste livro a abordagem é diferente. Ficção científica, ação e romance, é claro, se misturam com muito bom gosto. Entre o início e o meio do livro há uma parte um pouco mais massante e cansativa, onde tudo fica mais parado, porém as reviravoltas depois ocorrem de forma surpreendente e convidativa, mantendo o leitor preso e curioso. Uma leitura agradável e rápida, que distrai e envolve, deixando um gostinho de quero mais.

Kelly SB 12/09/2010

Ameeeeeei!!

E eu que tive quase abandonando ele e lendo outro na frente não sabia o que me esperava pela frente!

A Stephenie Meyer sinceramente se superou na criatividade! Honestamente eu achei A Hospedeira uma trama senão mais, tão emocionante quanto a Saga Crepúsculo [ok, me critiquem, eu amo a Saga! u.u]

Ao ler alguns dos resumos desse livro pela internet eu sinceramente pensei que não seria uma historia muito boa, que ela não conseguiria passar pro leitor essa idéia de 'duas vidas em um corpo' e continuei pensando isso quando comecei a le-lo, achei bastante confuso.

Mas depois de algumas páginas o livro se torna viciante. É impossível não ficar fascinado por personagens tão 'fortes' e cativantes como o Tio Jeb, puros como Jamie, apaixonantes como o Ian ou o Jared e alguns tão reais como o Kyle.

Também é impossível não torcer ora pela Melanie, ora pela Peg, em cada página. Torcer pra que tudo dê certo, pras duas? sim, complicado, são duas personagens com personalidades opostas vivendo em um mesmo corpo.

A Hospedeira é uma história super criativa e que te leva facilmente às lágrimas em seu final. Realmente perfeito!

SUPER RECOMENDO!!

Brenda 04/07/2013

Excelente
O livro como qualquer outro livro da Stephenie é um pouco cansativo na leitura,porém conforme você vai lendo você se envolve totalmente na leitura e na história,que é maravilhosa e diferente,além de passar uma lição muito boa,não julgar os outros pela aparência.Recomendo totalmente o livro.

Rodrigo Soares 04/03/2014

A Hospedeira
Sempre tive preconceito de ler a Hospedeira devido os livros da Saga Crepúsculo. Depois de mais de um ano com o livro criando poeira na minha estante, resolvi então dar uma chance para ele.
Não me arrependo! Livro fantástico. Uma das melhores distopias que já li até hoje. Stephenie Meyer ganhou meu respeito.
Vou sentir saudades da história da Peg com a Melanie, junto com Jared e Ian.

Carol 02/06/2013

A Hospedeira - Opinião
Confesso que lí toda a saga Crepúsculo e não gostei muito, gosto de romances, de aventura, sobrenatural, mas acho que eles não me prenderam totalmente. Enfim, estou aqui para falar desse livro, mas eu tinha que citar a primeira saga da Stephenie Meyer primeiro, pois fiquei meio assim antes de ler esse livro. O início é um pouco monótono, mas aos poucos você se prende ao livro e não quer parar de ler mais nunca. Eu realmente amei o livro e parabenizo bastante a autora por ter escrito o livro de tal maneira! Ela soube envolver romance entre alguns personagens só que sem deixar a história chata e melosa demais, o que eu gostei.

Talita 29/03/2013

Começar do começo é melhor né?
Começar a ler essa história é difícil, pois a linguagem é diferente da que estamos habituados. Em "A Hospedeira", Stephenie Meyer cria nomes e circunstâncias completamente novas, deixando mais difícil a compreensão da narrativa no princípio, e isso me atrasou bastante, pois não é uma leitura que flui facilmente, tanto pela habituação aos personagens, quanto pela forma com que o livro começa. Sem falar das 560 páginas que o livro contém, essa quantidade sempre me assusta.
Está esperando bastante ação? Esqueça, nesse livro serão raros os momentos de tirar o fôlego.
A história começa com o corpo de Melanie acordando já hospedando a Peregrina, e piora pelo nome dos personagens presentes no momento e pela desordem mental que Peregrina está passando pela adaptação em seu novo hospedeiro.
É estanho pensar que na verdade a história se passa em torno de um ET, pois no livro Peregrina perde essa identidade, é mais fácil encará-la como uma alma, uma outra consciência. Duas consciências em um só corpo, o que desencadeou um quadrado quarteto amoroso, com três corpos.
É conflitante pensar pela perspectiva de Melanie e Peregrina, e triste também, pois Melanie quase acaba virando um fantasma assombrando Peregrina.
Os acontecimentos fluem no decorrer das 560 páginas, sendo bem lentos e com muitas páginas sem diálogo fora da mente da ocupante..
Apesar disso tudo, é uma história bem diferente, interessante e gostosa de ler. Os acontecimentos são bem espaçados e um pouco confuso a primeiro momento, mas a personagem é cativante, e com um desfecho QUASE ideal.
A ocupação das almas não termina ao fim do livro, dando brecha para uma possível continuação (será?). Pesquisando um pouco, descobri que existem boatos, e afirmações da própria autora acerca das POSSÍVEIS continuações: The Soul (A Alma) e The Seeker (A Buscadora).
Enfim, gostei, e tô pronta pro filme!!

Curtiu?
Dá uma olhadinha no meu blog, tem muito mais por lá!

http://pausaparanerdice.blogspot.com.br/

Francielly Alves 04/09/2016

Um dos melhores livros que já li!
A hospedeira não é um livro fácil. Não é todo mundo que o pega e o lê em uma "sentada" , ou de maneira rápida. É o tipo de livro que, ou você ama, ou você odeia. Mas o que eu digo é o seguinte: persista, as 100 primeiras páginas vão ser o seu desafio, mas depois delas, você se verá viciado e só largará o livro depois de devora-lo e se apaixonar por cada personagem.

Andressa 27/08/2016

A Hospedeira
Realmente este livro me trouxe grandes surpresas, bem cansativo no começo mas como uma estoria bem elaborada. Stephenie Meyer subiu no meu conceito, quem sabe se realmente existir vidas em outros planetas poderia uma invasão ser assim? Talvez... Bem, quem sabe ela escreve a continuação dele para termos mais aventura de Peg entre os humanos!!"

Maria Inês 28/09/2014

Almas
A hospedeira é um livro de ficção onde relata a convivência, o amor a amizade entre seres diferentes. É uma leitura gostosa que você se apaixona e se envolve a cada página, amei. Peregina é uma criatura (alma) que é introduzida num corpo de Melanie que o controla, só que ela não consegue controlar totalmente o corpo, ficou como se ela tivesse uma voz falando em sua cabeça. Ela é muito meiga e carinhosa, não sabe o que é ter momentos de raiva, no final as duas criam uma amizade e Melanie consegue permanecer na terra. Precisamos conhecer as pessoas não pela sua aparência e sim pelo seu interior.

Luciano Luíz 23/11/2016

Primeira resenha de 2009:

A HOSPEDEIRA de STEPHENIE MEYER encontrei na banca por uns 10 reais e pensei: taí, vou tentar esse da autora. Vai que dá certo desta vez. Pois bem, é um livro grande, mas de narrativa que de alguma forma tenta ser poética. No entanto, não me convenceu. Achei que seria mais fluente. Passei por algumas páginas, mas nada ali me cativava. As ações dos personagens, suas falas (ou mais ou menos isso), o enredo que pra mim não aflorava. Achei tosco. E então desisti. Talvez numa releitura (ou não) possa ter um melhor aproveitamento.

L. L. Santos

Segunda resenha de 2020:

A HOSPEDEIRA de STEPHENIE MEYER é um bom romance de ficção científica. Em 2009 eu estava perambulando pelo centro da cidade e fiz minha religiosa visita à banca de revistas e jornais, e como de costume vasculhei aqueles mostruários giratórios com diversos gêneros e estilos literários. Encontrei esse livro recém-lançado por módicos R$ 9,90. Daí pensei: li 36 páginas de CREPÚSCULO e desisti, mas vou conferir esse. Naquela época andei por algumas páginas, mas como eu já estava lendo diversos outros livros, desisti desse e achei que era melhor deixar para outro momento.
Em 2020 tava vasculhando minha estante e reencontrei esse volume. Ler 11 anos após a compra é uma boa experiência. O enredo trata de uma invasão alienígena. Criaturas conhecidas como Almas são hospedadas no corpo humano, mais precisamente na nuca próximo ao cérebro. Ali elas tem acesso a memórias e conhecimento da pessoa e com o passar o do tempo, a mente original vai sumindo. Humanos dominados por hospedeiros tem olhos prateados e podem ser reconhecidos de longe devido ao círculo no globo ocular.
No entanto, um hospedeira sente dificuldade em ter domínio completo e pode ouvir a voz da verdadeira dona do corpo. Assim elas interagem e aos poucos vão criando uma intimidade... amizade...
Essas criaturas fazem o mesmo em diversos planetas apropriando-se de plantas e animais. Mas a Terra ofereceu uma raça completamente diferente de tudo o que já encontraram. Assim a hospedeira de princípio tenta se livrar da mocinha que não para de atormentá-la. Mas depois, vendo outras lembranças começa a agir de uma forma totalmente diferente e resolve ajudar a encontrar pessoas queridas. Assim a trama vai tomando outros rumos.
Mesmo sendo ficção científica, um romance grande, o que mais temos aqui é aquela eterna batalha entre uma pessoa lutando por seu corpo e depois aceitando a situação, já que a hospedeira decide por ficar ao lado dos seres humanos e auxiliar em tudo que é possível.
Não vou ir mais além porque estraga a experiência da leitura, porém, tem coisas estranhas aqui como não existir uma batalha moral das pessoas em criticar que são feitas de marionetes ou perder suas identidades. Em momento algum há qualquer menção a isso. A autora pode ter feito isso de propósito ou então sequer pensou nesse aspecto. Pode soar como clichê, mas provavelmente uma discussão sobre se apoderar de corpos que não lhe pertencem seria uma coisa aproveitável na narrativa.
A hospedeira narra tudo em primeira pessoa. Ela diz minha cabeça, meus braços, minhas pernas, enfim, como se ela fosse a dona original do corpo. E não tem menção alguma da verdadeira dona reclamar sobre isso. Há no máximo fragmentos quase invisíveis.
Outra coisa que achei perturbadora é que como se trata de uma distopia, esta não parece de fato convencer. Mesmo um refúgio de humanos no deserto em meio as profundezas de montanhas, a história segue como se apesar dos pesares todos estivessem conformados com a situação. Não há repúdio de fato, nem mesmo conversas sobre o que podem fazer para tentar reaver seu mundo.
Obviamente tem algumas coisas como olhar para a hospedeira e não gostar dela, mas até isso é rapidamente deixado de lado pela maior parte dos personagens.
Falando nisso, é bem bacana ver a relação de Peg (a hospedeira) e Melanie (dona do corpo) em suas conversinhas. A ideia do enredo é legal, mas parece que ficou tudo preso demais ao mesmo lugar e com algumas repetições.
A Almas alegam que dominaram a raça humana porque a mesma tinha a intenção de destruir a Terra com sua ignorância. Almas não brigam e nem fazem guerra, mas deram um jeito de exterminar os donos do terceiro planeta deste sistema solar. Dizem não querer causar mal, mas fizeram isso assim mesmo...
E se a intenção é o melhor pela natureza deste planeta, então o que essas tais Almas foram fazer em mundos onde só existem insetos, flores, algas ou ursos?!
No geral o livro tem muitas coisas que ficaram de fora. As explicações relacionadas ao conhecimento das Almas não é tão profunda. O que mais temos aqui é o sentimento devido ao homem que ama a mulher de corpo roubado e outro que diz amar a Alma que está dentro dela. Vale lembrar que as Almas se parecem com criaturas de prata com muitas pernas...
Enfim. A leitura é boa e compensa. Mas ficou com muitos buracos. Pode ter sido intencional ou não.
Ou para uma definição mais clara: uma distopia repleta otimismo...

L. L. Santos

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Taverna do Pergaminho 28/03/2017

SEM PALAVRAS
SEM PALAVRAS para descrever esse livro. Em primeiro lugar confesso que não sou fã da Stephenie Meyer, em segundo lugar, não gostei de crepúsculo e achei ruim tanto o filme quanto os livros, quanto a historia. Peguei esse livro pra ler por mero acaso, depois de ver um pedacinho do início do filme e ficar curioso. Como achei o início do filme legalzinho, resolvi ler o livro antes de terminar de ver o filme, já que todos sabemos que os livros são sempre melhor mesmo.

Comecei a ler com preconceito por se tratar de um livro da Stephenie, confesso, e me deparei com uma escrita totalmente diferente do que eu imaginava que seria, uma narrativa impressionante e uma das história mais envolventes que já li.

Tive que me "humilhar" rsrs e confessar que a Stephenie ganhou meu respeito apesar de ainda não ser fã. Mas esse livro é uma obra de arte.

Ela escreveu com uma inteligência impressionante, uma história incrível e diferente de tudo que eu já havia lido. A forma que ela narrou esse livro, da a impressão de que você está lendo o diário de alguém e não lendo uma história qualquer.

Eu nunca tinha me envolvido antes em alguma história como me envolvi nesse livro. Vivi junto com personagem, sofri junto, sorri junto, e me emocionei junto, e cara sinceramente isso foi algo que me surpreendeu por que nenhum livro nunca me prendeu assim.

Esse livro entrou para a lista de um dos melhores livros que já li. Ficou um vazio quando acabei de ler ele e esse sentimento foi uma raridade pra mim também, custei a pegar outro livro para ler.

Recomendei esse livro a vários amigos e amigas que também tinham um certo preconceito com a Stephenie, mas insisti para eles lerem, e o sentimento foi igual. Todos se surpreenderam e amaram o livro, todos se envolveram, todos sentiram um vazio quando terminaram de ler.

OBS importante: Não se baseiem na história pelo filme. O filme foi uma das piores adaptações que já vi na vida, mudaram a história, mudaram o final, mudaram personagens, mataram personagens que não morrem, cara mudaram tudo, o filme é ridículo, é uma pena e ao mesmo tempo é muito triste, ver um filme tão ruim ser adaptação de um livro tão bom, realmente é muito triste.

mari 02/10/2016

SEI E NÃO SEI LIDAR
A Hospedeira é um dos meus livros favoritos da vida. Eu definitivamente tenho um amor muito grande por essa obra.
Os primeiros 200 capítulos é bem cansativo mas é meio que necessário pois é um pré-preparo para os futuros acontecimentos da trama. Um romance científico, mas não romântico demais. Conta a história de um mundo futuro onde a Terra é invadida por alienígenas, mas não alienígenas do tipo casual: verdes, cabeça oval, olhos pretos..., são como lacraias e invadem o corpo humano para neles habitarem. Desses inúmeros parasitas, veio a Terra Peregrina -ou Peg para os mais íntimos- que é incorporada ao corpo de Melanie, uma jovem que junto com o namorado, Jared, e o irmão mais novo, tenta fugir dessa infestação alienígena. Porém, ao contrário do que acontece com os demais corpos onde o eu-humano é colocado em modo off, Melanie resiste a Peg e a incentiva a procurar os outros humanos e seu boy. Mas, como acreditar em um ser que quer acabar com o últimos humanos? E é ai que tudo se desenvolve e a história torna-se muito incrível. O fim é surpreendente e emocionante.

PS: O filme, diferentemente do que críticos acharam, é muito bom. O meu amor Max Irons está nele, particularmente como nada mais nada menos que Jared. Ponto para Steph.

Peterson.Silva 28/03/2013

Mas os cabelos... Quanta diferença!
Stephenie Meyer melhorou o que ela sabia fazer bem em Crepúsculo (na minha opinião, pouco), continuou insonsa em termos de estilo, mas rapaz, que história! Isso compensou qualquer falta em qualquer sentido. Muito diferente de Crepúsculo; imensamente superior.

Edit: uma coisa que pensei nos últimos dias é o quão inspirada foi a atribuição da capacidade de mentir como um tipo de termômetro informal da "humanidade" da Peregrina. À medida que ela ia progredindo com os humanos, mais aceitável lhe parecia a ideia de mentira, mais frequentemente ela mentia, com maior perícia ela mentia, e por motivos cada vez mais diferentes ela mentia. No final do processo, ao estar "humanizada" nos termos de como podemos ver a linha do tempo da história, ela sabia mentir razoavelmente bem, como mais ou menos todo mundo (todo mundo humano, no caso).

O ponto central desse detalhe (e a "lição de moral") não é que os humanos são gente suja e mesquinha e podre que só mente. Não, não, há algo a mais por isso. A definição de mentira é flexível, longa; suas fronteiras, pouco definidas. Mas ser incapaz de mentir e se tornar capaz disso é também adquirir a capacidade de reimaginar o mundo, usar da criatividade e da imaginação (para Sartre, um conceito-chave que servia de porta para a concepção de liberdade humana) para pensar em uma realidade diferente, como ela gostaria que a sua realidade fosse. À medida que ela vai integrando esse modis operandi ao seu ser ela vai entendendo que não é apenas uma engrenagem numa maquinaria que funciona perfeitamente (e não seria, portanto, desejável que as coisas seguissem de outra forma). Pelo contrário: a realidade social humana demanda intervenção, escolhas, e ela resolveu participar nesse processo ao moldar a realidade à sua volta para tomar iniciativa em relação à própria vida.

Isso não é uma apologia à mentira, mas uma análise mais geral do processo que motivou as mentiras dela e possibilitou que Peregrina as visse com naturalidade e conseguisse usá-las como uma humana, embora com objetivos relativamente nobres.

Renan 22/09/2012

Emoções
O livro, acima de tudo, fala sobre emoçoes - verdadeiras, platônicas, involuntárias.
Eu acho que a SM conseguiu fazer uma história fascinante e viciante, e discordo quando alguns falam que é um Crepúsculo reescrito. Quem leu sabe o que falo.
O livro explora a vida além-terra de uma forma impressionante, não falando de ET's verdes com antenas que se mechem, mas de uma forma muito mais... interessante e, como posso dizer, adulta.
Os únicos pontos fracos que vi é que há muitos erros de português, o que me deixou decepcionado, pois um livro dessa magnitude e tão esperado devia ser mais bem tratado pelos editores. E que a SM poderia ter explorado mais o final da história. Ficou meio monótono.