Resenhas - O Morro Dos Ventos Uivantes

Rafaela 16/01/2021

O morro dos ventos uivantes
Sabe aquele livro que você começa a ler e gostar, depois percebe que todos os personagens são odiosos e no final você acha que entendeu o motivo de tudo??? É com essa mistura de sensações que estou ao final esse livro.

gabi 25/01/2021

um verdadeiro clássico
as minhas expectativas estavam meio baixas em relação a esse livro, pois sempre olho opiniões muito divididas sobre ele, mas amei muito! a escrita da emily brontë é incrível, e apesar dos personagens serem extremamente detestáveis e os acontecimentos serem bem assustadores, a leitura vale muito a pena, é um livro incrível! me deixou muito instigada durante a leitura (no meio foi um pouco mais lenta) e ficará marcado para sempre :)

@cacaleitura 15/10/2020

Hipnotizante
Antes de le? esse livro eu tinha um pe? atra?s com ele, ficava na du?vida se a histo?ria me prenderia ou se me adaptaria a sua escrita. Mas, minha curiosidade foi maior e resolvi tentar..
Hoje digo sem medo que O morro dos ventos uivantes e? um dos meus livros de e?poca favorito!!!!

? insta: @cacaleitura

Davi 15/03/2023

O livro não me envolveu muito, não me prendeu, eu ficava meio perdido às vezes, acho que não é um livro que eu leria novamente.

A história começa com o narrador, Mr. Lockwood, alugando a casa de Heathcliff, o personagem principal. Ele fica fascinado pela história de Catherine e Heathcliff, que são amigos de infância e crescem juntos em Morros dos Ventos Uivantes. Catherine é uma menina livre e impulsiva, enquanto Heathcliff é um menino órfão, adotado pela família Earnshaw. A relação entre os dois personagens é complexa e intensa, e eles compartilham uma conexão profunda que transcende o amor romântico.

No entanto, a vida de Catherine é interrompida quando ela se apaixona por Edgar Linton, um homem rico e bem educado da região. Embora Catherine ame Heathcliff, ela escolhe se casar com Edgar, o que desencadeia uma série de eventos trágicos que mudam a vida de todos os personagens. Heathcliff se torna amargo e vingativo, e sua sede de vingança o leva a cometer atos terríveis.

Leila de Carvalho e Gonçalves 24/05/2021

?O Amor Nunca Morre?
Publicado em 1847, sob o pseudônimo masculino de Ellis Bell, O Morro dos Ventos Uivantes é o único romance da escritora britânica Emily Brontë. Considerado um clássico da cânone ocidental, por ocasião de seu lançamento, recebeu severas críticas, sendo acusado de sombrio, mórbido e violento. Curiosamente, são esses características que mais despertam o interesse pela obra hoje em dia.

Com forte apelo sobrenatural, sua linha mestra é o amor proibido entre Heathcliff e Catherine, tendo como cenário uma fazenda isolada e fustigada pelo vento que dá título à obra. Irmãos de criação ou até meios-irmãos, essa sugestão paira no ar, o envolvimento entre eles deixará rastros de dor e sofrimento ao longo de toda narrativa.

Seu protagonista é o retrato cabal do anti-herói, uma novidade para a época. Um homem fascinante capaz de amar e odiar com uma intensidade, aliás, uma intensidade que só é menor do que a sede de vingança. Em nome desse sentimento, ele é capaz de destruir o mundo ao seu redor mesmo que lhe custe a solidão.

Apresentando inúmeras adaptações para o cinema e a televisão, esse romance é uma excelente oportunidade para se aventurar pela literatura vitoriana. A bem da verdade, sua trama envolvente consegue arrebatar corações de todas as idades, ao abordar um amor que ultrapassa a morte e faz temer pelos atos que decidem nossa existência.

O poeta italiano Gabriel Rossetti (1828 - 1882) afirma que essa história acontece no Inferno, só que os lugares e as pessoas têm nomes ingleses... A definição é curiosa e faz justiça ao talento de Brontë, uma luterana praticante, solteira e solitária cujo profundo conhecimento da alma humana parece ter nascido de uma intuição quase selvagem aliada proximidade com os livros desde muito pequena.

Quanto a edição, as grotescas ilustrações em branco e preto de Janaína Tokitana exibem uma aura fantasmagórica em perfeita harmonia com a narrativa. Coincidentemente, a tradução de Stephanie Fernandes também está irretocável, assim como o texto que ela assina, ?Deixe-Me Entrar?, no qual comenta a dedicação e as dificuldades ultrapassadas para levar adiante seu trabalho. Como ela mesma afirma: ?Na minha perambulação tradutória pela obra, experimentei encarar o breu até acostumar a vista e, qual morcego, captar ecos para divisar contornos. Assim espero ter traçado algum sentido, mas não muito. Cada leitor que invoque seus próprios fantasmas.?

Por sinal, a Fortuna Crítica da edição mais uma vez redimensiona o olhar do leitor para o romance. Em ?O Piso Limpo E O Olhar Do Gato?, Sofia Nestrovski esmiúça a vida de Emily Brontë, tratada como ?um burro de carga do lar, sempre de prontidão para realizar qualquer tarefa?, portanto ?ninguém descansa nessa história. Ninguém dorme e, ao mesmo tempo, o romance todo é uma espécie de pesadelo. A insônia teimosa das noites produz um desajuste nos dias. Parece mesmo que estamos sonhando de olhos abertos: as leis que governam a vigília ficaram suspensas.?

Já Daise Fonseca Dias em ?O Morro dos Ventos Uivantes: Um Romance de Formação Feminino?, discute a questão étnica ? ?a pele escura? ? de Heatchcliff, o modelo de inglesidade como parâmetro do comportamento adequado e de como o o livro ao se aproximar, também se ?afasta dos paradigmas de um romance de formação, especialmente porque não se debruça sobre jovens em busca de aperfeiçoamento intelectual e pessoal, mas volta-se para indivíduos em conflito diante de escolhas pessoais que são, de igual sorte, políticas. O eco da obra de Brontë ressoaria pouco mais de um século depois, em teorias feministas dos anos 1970: o pessoal é político.?

Para finalizar, fico com Juliana Cirqueira, responsável pela Apresentação do romance: ?Ao leitor que decidir, por sua conta e risco, adentrar essa história, deixo aqui o meu aviso: o que você tem em mãos é uma preciosidade sem igual. Deixe que ela te perturbe, te desafie e te leve por caminhos inesperados. Boa leitura!?

Kali 18/04/2023

A construção da angústia
Assim que terminei o livro fui deixada com um sentimento de perda. é difícil chegar ao fim de algo que foi tão bom, e que tanto me tirou o fôlego.

começamos com sr. lockwood se mudando como inquilino de uma habitação adjacente no terreno do título, o que contém a casa conhecida como morro dos ventos uivantes. lockwood conhece logo a governanta, Nelly, de cara minha personagem preferida, e os outros personagens que preenchem a casa no morro. notando da rude forma como todos o tratam, e uns aos outros, lockwood pergunta a Nelly, quando sozinhos onde ele se instala, qual a história dos habitantes, em especial da jovem catherine earnshaw, a qual achou especialmente bonita apesar de mal educada.

a partir de então somos mergulhados na narrativa de nelly sobre a infância do atual proprietário da casa no morro e locador da granja de onde a historia é narrada, sr. heathcliff - um órfao adotado para ser criado junto da jovem catherine earnshaw e seu irmao hindley.

entre cathy e heathcliff surge um amor obsessivo, que envenena o coração de ambos em um morde assopra quase eterno. para a construção de sua personalidade odiosa, heathcliff sofre nas maos de hindley, é destratado pelos criados e aguenta tudo sabendo ser o preferido do pai, que exige que o tratem bem.

com o passar dos anos que esse amor surge, mas cathy escolhe não se casar com heathcliff, mais para fazê-lo confessar seus sentimentos e correr atras de si, do que por não amá-lo. infelizmente ele a ouve falar mal de sua natureza e do fato de ser órfao, e foge durante anos a fio.

nesses anos cathy se casa com linton e vive bem. ate o retorno de heathcliff. o tempo todo fiquei cada vez mais mal com todos eles, me perguntando se não teria uma pessoa sequer boa na história. na humanidade até. heathcliff volta para se vingar de cathy, querendo sua miséria tanto emocional quanto financeira.

é uma montanha russa da mesma emoção desagradável, ficando cada vez pior. a história passa por um salto temporal e nos mostra a filha de cathy, que cresce numa redoma protegida de heatcliff, e por não saber de sua capacidade cai em sua conversa e paga pelos erros de sua mãe. ate o fim senti muito por todos, e tudo termina de forma tão abrupta que fiquei sem ar.

um excelente livro, que me angustiou do começo ao fim.

Ariadne 30/10/2023

Maravilhoso
A história de "O morro dos ventos uivantes" é uma história na qual todo mundo que é leitor ou interessado em literatura conhece de ouvir falar. Mas o mais maravilhoso dessa história e como ela foi contada é que, por mais spoilers que se possa saber, ela é muito melhor do que a gente imagina.
Os personagens são sim desagradáveis para o paladar atual, mas é por isso que são encantadores.
Se for ler, vá de cabeça aberta e se encante com esse livro.

tev. 30/04/2024

Fez muita diferença conhecer a história da autora e do contexto histórico e social em que o livro foi escrito, as últimas páginas, que são resenhas e curiosidades de Emily, escritas pela equipe de tradução, me trouxeram detalhes que eu nem havia reparado enquanto lia, o que tornou a edição muito rica!
Quanto a obra, faz sentido ser um clássico e ter ganhado o coração de tantos leitores, é uma história sombria, principalmente quando se trata da primeira geração, rodeada por muita raiva, tristeza, angústia e paixão. Confesso que eu achei a segunda geração mais interessante, foi um pouco entediante passar por todas as crises dramáticas da Catherine, principalmente depois do casamento com o Edgar, que tornou ela uma chata. Todos os personagens do livro tem mais defeitos do que qualidades, mas da pra perceber que isso vem da forma como foram criados e do que aprenderam no processo, todos foram MUITO machucados. A única que salva é a Nelly!
Não esperava um final feliz, mas fiquei contente com a união do Hareton com a Cathy, dois que mereciam ser felizes.
Muitas coisas ficam em aberto, o que eu gosto muito porque impulsiona a minha imaginação! Enfim, já tô com saudades dos personagens kkkkkkk

notindy 03/02/2021

O Morro dos Ventos Uivantes
Antes de ler, esperava um livro totalmente diferente e sinceramente achei que não iria gostar. Os primeiros capítulos me deixaram com tédio e confusa porque tinha muitos personagens e eu não entendi nada, mas valeu super a pena continuar. Um romance de época diferente dos demais, sem pessoas perfeitas e príncipes em cavalos. Um romance cheio de ódio e amor, ganância, vingança, inveja, mentiras e tudo o que tem direito. Ninguém é perfeito nessa história, todo mundo tem o seu lado sombrio.
Catherine e Heathcliff se amavam mas nunca ficaram juntos. Catherine não queria ser uma mendiga, como ela imaginava que seria se se casasse com Heathcliff. Contudo, ela sabia que o amor dela por Edgar seria passageiro, diferente de seu amor por heathcliff.
"Seja lá de qual matéria nossas almas sejam feitas, a minha e a dele são iguais"

Evy 08/02/2013

O primeiro livro que realmente abriu caminho ao meu coração...
Há uma linda citação de Zafón em seu igualmente lindo livro A Sombra do Vento que diz que "poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho ao seu coração". E eis então o que me ocorreu com O Morro dos Ventos Uivantes e sua história de amor controversa. Desde a primeira vez que peguei a primeira edição com tradução de Rachel de Queiroz nas mãos, aos 19 anos, já li o livro quatro vezes. Em todas elas me emociono de derramar lágrimas e não me canso de venerar a brilhante e sensível escrita de Emily Brönte, magnífica escritora que morreu aos 30 anos sem sequer saber que seu livro seria consagrado como um dos romances mais importantes da literatura inglesa e mundial.

Aliás, é muito triste saber que Emily se foi com a rejeição de seu livro pela sociedade inglesa que não apreciara a mistura de romantismo, realismo cru e trama complexa e nem sequer acreditava que tivesse realmente sido escrito por uma mulher. Curioso lembrar que, para poder publicar em 1847, Emily utilizou um pseudônimo masculino. Mais um motivo para minha profunda admiração.

Não consigo precisar do que mais gosto neste romance. Se é o drama que se sente em cada palavra, por mais simples que seja, se a forma quase impossível como tudo se encaixa tão perfeitamente, ou se o fato de fugir daquele tipo de romance comum e meloso onde no fim tudo sempre dá certo. Algo, inexplicável se deu quando li esse livro e o encanto persiste até hoje. Por mais que eu leia, sempre acabo retornando ao Morro dos Ventos Uivantes, suas citações grandiosas e seus personagens tão bem trabalhados.

Heathcliff é, sem sombra de dúvidas, meu personagem favorito não só deste livro, mas de todos que já li até então. Seu caráter e sua história foram tão magistralmente trabalhados que mesmo com suas atitudes mais cruéis e revoltadas, se torna impossível sentir raiva dele. É daqueles tipos de personagens que não se esquece jamais. Cuja força e grandeza os tornam memoráveis. Catherine, ainda que tão grandiosa quanto Heathcliff, nos inspira um ódio quase colossal por culpa de sua forte, mas indecisa personalidade. O clima mórbido da casa localizada num morro eternamente açoitado por ventos uivantes é o ingrediente que faltava para completar as terríveis e apaixonantes cenas desse romance tórrido e obsessivo.

Emily quebra muitos clichês românticos da época com esse livro e deixa embasbacados os ingleses acostumados com o formato esquematizado do romantismo piegas. Acho que também por isso, esse livro tornou-se de imediato, meu favorito hoje e sempre. Não sei se algum dia será possível superar toda essa magnitude do romance de Brönte. E eu poderia ficar aqui citando dezenas de lindíssimas passagens. São tantos os momentos passíveis de serem julgados como emocionantes, mas de todos, a mim fica a frase utilizada em dois diferentes momentos do drama, uma vez por Catherine e outra por Heathcliff:

"Como posso viver sem minha vida? Como posso viver sem minha alma?".

Resta a mim dizer, que O Morro dos Ventos Uivantes é inesquecível, e já li o livro e assisti ao filme tantas vezes que a história me parece real. E quem poderá dizer que não o foi?

Vanessa.Tosta 24/04/2021

Ler "O Morro dos Ventos Uivantes" foi muito desconfortável e se tornou uma leitura maçante, a qual eu ansiava pelo fim. Os personagens são extremamente tóxicos, vingativos, levam uma vida triste e cheia de rancor. Fiquei muito decepcionada com a forma como a história se desenvolveu.

Aninha 17/10/2020

Até onde conseguimos usar o amor para justificar o ódio?
A história de amor e ódio entre as famílias Earnshaw e Linton são contadas de forma crua, humana e sem muita romantização com excelência, e apesar disso ser um incomodo para muitos leitores, eu amo o realismo da autora, como ela mostra o lado obscuro do ser humano de forma verdadeira. Emily Brontë realmente deixou sua marca, com sua narrativa cheia de originalidade e pontos de vista marcantes.
Vemos também na história a religião opressora, o preconceito e o machismo da época.

Os personagens são complexos, com personalidades fortes e marcantes, com atos que me fizeram odia-los sim, muitas vezes, mas é interessante conhece-los, são personagens únicos e cativantes assim como toda a história.

A história termina com pontas soltas, como: De onde Heatchcliff veio?
Mas nada que tenha atrapalhado a minha leitura e a conclusão do livro (em minha opinião).
A narrativa feita pela empregada e o inquilino sobre as duas famílias me incomodaram, mas entendo que o ponto de vista deles foi mais imparcial e completo, do que teria sido pelo ponto de vista dos protagonistas.
É um livro que favoritei, e sem dúvidas vou reler bastante. Grande obra.

Soph 12/05/2022

O Morro dos Ventos Uivantes
Incrivel leitura
Um livro muito muito bem feito
Só não dou 5 estrelas pq muita gente desse livro merecia uma surra.
Mas assim, esse livro tem uma historia, com uma base mt firme.
Eu amei, por ser um clássico, foi ótimo.

Recomendo, as vezes me cansei de ler mais foi!

jutomioka 25/04/2021

Morro dos ventos uivantes ?
Vai ser a minha resenha mais curta porque foi um livro bem atípico pra mim. Confesso que passei 80% do livro só sentindo estresse com os personagens mas acabou que eu gostei do final do livro, me fez compreender várias coisas que eu não conseguia perceber antes.
De fato, um clássico gótico, acredito que seja um dos primeiros livros a abrir uma porta pra esse estilo ultrarromântico/gótico e os personagens são construídos a partir de uma forma rústica, honestamente achei que foram muito bem expressados e a profundidade dos sentimentos que eles demonstravam era bem forte (quando digo sentimentos me refiro ao todo, do amor até o ódio). Acredito que eles representam uma faceta do ser humano(que muitas vezes nós reprimimos pra nos manter civilizados kkkk)

(No final do livro eu realmente fiquei 5min parada assim ???????? pensando ?)

Enfim, foi um livro bem profundo e com várias coisas para refletir, uma leitura como já disse bem atípica pra mim mas acabei encarando. ??