Rota 66

Rota 66 Caco Barcellos




Resenhas - Rota 66


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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Rota 66, de Caco Barcellos - Nota 9/10
Conhecido como um dos principais jornalistas brasileiros, nessa obra, Barcellos se aprofundou no perfil e nas estatísticas das mortes causadas por confrontos com policiais nas décadas de 70 e 80 em São Paulo. E quando digo se aprofundou é porque o autor fez uma pesquisa impressionante, que durou vários anos e que encontrou obstáculos na falta de transparência de informações para a população.

A denúncia tem como objetivo demonstrar que as vítimas da ROTA têm um perfil muito semelhante e recorrente na análise dos casos de morte pela polícia: o jovem negro e pobre das periferias de São Paulo. Para o autor, a imagem da polícia como instituição protetora naquela época só valia para uma determinada parcela privilegiada da população. Para os demais, o papel de protegido era substituído pelo papel de potencial vítima da respeitada “polícia que mata”.

Durante a leitura, fiquei impressionado com a coragem de Barcellos em desafiar e denunciar - sem qualquer restrição - os poderosos que controlavam o sistema policial do Estado de São Paulo. Mais especificamente a atuação da ROTA, conhecida unidade da Polícia Militar, na violenta e “eficaz” atuação contra o crime. A repercussão da obra na época da sua publicação foi tamanha que o autor precisou deixar o país com medo das ameaças que passou a receber.

Publicado em 1992, o livro-reportagem venceu o Prêmio Jabuti no ano seguinte e, apesar dos quase trinta anos desde o seu lançamento, a realidade exposta por Barcellos ainda continua muito atual. É uma leitura necessária, na medida em que nos apresenta um cenário que normalmente chega de forma distorcida para a população que não mora nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos. Apesar da grande quantidade de dados e casos analisados, Barcellos consegue construir uma narrativa fluida e diversificada, sem deixar o leitor cansado com a repetição de uma mesma temática.

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Carlos.Heitor 18/05/2020

Jornalismo de verdade
Esse livro do Caco Barcellos, me fez admirar mais ainda o profissional. Mostra como se chega a notícia. O ?faro? e a persistência em chegar à matéria é demonstrado neste livro. Quanto ao tema, terrível. Os homens que a sociedade paga para proteger, são os que matam impunemente. É como não fosse pouco, os premia com medalhas, fama, glória e até cargos políticos. Inadmissível! Caco mostra fatos abomináveis dos
Agentes de segurança pública. Tem que ser lido. Tem que ser exposto, para que não aconteça.
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Dira 20/05/2020

Primoroso
Um trabalho de jornalismo investigativo de muita coragem. É um livro pesado e é impossível não traçar paralelo com a nossa atualidade e sua necropolítica.
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DaniM 12/07/2020

Rota 66 – Caco Barcellos
A partir do choque causado pelo assassinato de 3 jovens classe média alta por policiais de um destacamento da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar, a Rota, Caco Barcellos constrói um extenso, dramático, triste e detalhado relato da polícia que mata na cidade de SP e seus métodos. É desolador pensar que é um livro de 1992 e é mais atual que nunca. Mais desesperador ainda é pensar que de lá pra cá, a situação só piorou. A polícia segue matando pobres e negros, que seguem abandonados à própria sorte e seguem morrendo de medo de quem devia protege-los.
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Júlia 14/07/2020

A história da polícia que mata
À partir do caso envolvendo a perseguição e morte de quatro jovens (diga-se brancos, de classe mé dia alta) Caco Barcellos desenvolve uma pesquisa, ao longo de mais de dez anos, em que investiga a ação da Polícia Militar e Civil de São Paulo, que resulta em mortes, expondo o perfil de quem mais mata e mais morre e como esse casos são tratados na corporação, até na Justiça.
O livro é cruel e expõe uma realidade tenebrosa do Brasil, qual seja da violência policial, principalmente com pretos, pobres e moradores de comunidades. Por mais que seja um assunto que está mais do que escancarado, é triste ver como essas mortes são banalizadas e como aquelas pessoas que deveriam proteger são na verdade as que mais causam violência.
Um livro essencial para entender a violência policial, o racismo, o preconceito e como nunca estaremos no mesmo barco.
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Bre Ni 15/07/2020

A realidade de uma polícia cruel que mata
Uma obra que te choca do começo ao fim. Essa é uma frase que resume o livro escrito pelo jornalista Caco Barcellos que além incluir informações — apuradas por Caco Barcellos e seus ajudantes e incluídas em sua base de dados — sobre todos os casos de violência em São Paulo envolvendo policiais, narra histórias das vítimas que sofreram com a imprudência desses agentes matadores de SP. O autor passa por inúmeros empecilhos para descobrir todas essas histórias, inclusive risco de morte.
Os capítulos mesclam essas histórias das vítimas com relatos de todo o caminho percorrido por Caco ao investigar esses casos, trazendo à tona vários delitos cometidos pelos policiais, como o de obstrução das cenas de crime e de abuso de poder.
O exemplar trabalha com os dados de forma que eles confirmam as histórias contadas ao longo da narrativa, fazendo com que o leitor tenha a noção dos números reais dos casos relatados.
Esse livro merece ser recomendado para que a população conheça o outro lado da moeda dos profissionais que são contratados para nos defender.
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Daiane.Souza 09/08/2020

Bom livro. Excelente escrita. Tema inquietante que nos tira da zona de conforto, mas é impossível não ler até o final.
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And 13/08/2020

: “A História da Polícia que Mata parte das origens da criação de um sistema mortal de extermínio”
É uma obra de arte do jornalismo investigativo brasileiro, Caco Barcellos traz fatos que te faz questionar sobre como funciona o sistema criminal no Brasil, através de dados sobre a crueldade sem tamanho dos profissionais que se diziam cumpridores da lei, é um livro sobre uma realidade que oprime e mata.

site: https://www.instagram.com/p/Bt1iflJlyMJ/
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Moises Celestino 24/08/2020

Uma Breve História da Polícia que Mata...
Olha! Leitura impactante e meticulosa. O competente repórter Caco Barcellos traçou uma linha direta na elaboração deste livro - reportagem de cunho investigativo sobre inúmeras operações conduzidas (quase sempre) de forma estranha pela temida Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). O relato é impressionante no sentido da palavra, formando um elo entre tantos outros assassinatos sem explicação realizados pela polícia.
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Mey 14/09/2020

Sou formada em Jornalismo e durante a faculdade aprendi sobre o livro-reportagem, que é um gênero literário e jornalístico que narra uma detalhada e extensa reportagem, que não seria suportada pelas mídias convencionais, como jornal e revista. Como exemplo do gênero, um professor passou "Rota 66 - A História da Polícia que Mata" do Caco Barcellos para lermos. Eu com os meus 20 poucos anos, me encantei pelo livro e pelo gênero, era esse tipo de reportagem que eu queria fazer, afinal, isso une duas das minhas paixões, o jornalismo e a literatura.
⁣⁣
O Caco Barcellos vai narrar aqui a história dos policiais militares de São Paulo que vivem para matar, principalmente pobres, periféricos, pretos e pardos. Ele vai contar tudo o que descobriu em anos de investigação, sobre uma polícia que condecora assassinos, os números absurdos e te mostrar que nem todo bandido morto pela polícia é um criminoso perigoso.⁣⁣
⁣⁣
O livro começa a partir do assassinato de 4 jovens da classe média de São Paulo, filhos e netos de pessoas importantes, que foram perseguidos pela Rota 66 e covardemente assassinados. O assassinato desses jovens, tão diferentes do padrão de vítimas da Rota, chama atenção e é a partir desse ponto que o jornalista começa a investigação para descobrir quem são os policiais matadores.⁣⁣
⁣⁣
Apesar de ser um livro de uma história real, permeado de dados, "Rota 66" não é nada massante, Caco Barcellos conta uma história como ninguém e já no início te prende com o relato da perseguição e dos jovens assassinados. E mesmo quando ele te apresenta dados, ele coloca uma história para ilustrá-los, as histórias das vítimas da polícia. ⁣⁣
⁣⁣
Se lá atrás, quando li esse livro e tinha o pensamento de que bandido bom é bandido morto, esse livro foi uma porrada, agora, que sou outra pessoa, a leitura foi ainda mais forte. Hoje entendo o quanto é problemática a política de extermínio da polícia e que nem sempre "bandido" bom é bandido morto, muitas vezes nem bandido ele é. ⁣⁣
⁣⁣
Rota 66 é um livro extremamente necessário, daquelas leituras que de tempos em tempos eu vou refazer, um debate que infelizmente ainda é atual.⁣⁣

site: https://agoraqueeusoucritica.blogspot.com/2020/09/resenha-rota-66-historia-da-policia-que.html
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Rafael 26/12/2020

Ótima escrita. Porém um pouco sensacionalista.
Inegável a excelente escrita do autor, transmitindo realidade e inserindo o leitor no ambiente narrado. Entretanto, seus contos são um tanto quanto sensacionalistas, parecendo que estamos em um daqueles noticiários de final de tarde, movido pela atração que o ser humano tem pela desgraça e violência. Muitas vezes, para embasar seus argumentos, como por exemplo de que a polícia é racista, junta pretos e pardos para que o número de mortes em confronto com a polícia supere o de brancos, que no texto mostra até uma superioridade ínfima. Entretanto, mostra inúmeros defeitos reais que as instituições policiais possuem. Porém não é interessante que os leitores tomem tudo o que é narrado como verdade absoluta. Interessante que leiam contra pontos, como o livro ?Força e Honra?, para que mostre também a realidade vivida pelo policial.
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van.cazarotto 29/12/2020

Jornalismo investigativo na veia
A leitura é fluída, o texto em jornalismo literário é maravilhoso e a pesquisa é robusta.
O livro é resultado de anos de pesquisa, diversas fontes de investigação e trabalho de mais pessoas.
Jornalismo investigativo no veia!
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Patricia YM 29/12/2020

Atuação policial continua...
Caco Barcellos faz um trabalho espetacular com o levantamento de dados para o livro. Os relatos são de arrepiar a espinha e refletir sobre a atuação policial violentíssima que ainda existe em boa parte das cidades do Brasil. A militarização dos policiamentos só escancara um país criado sob as costas de uma ditadura cruel e avassaladora. A impunidade é outra questão muito bem discutida no livro. Vale a pena a leitura!
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