Infância

Infância J. M. Coetzee




Resenhas - Infância


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Luciano 10/04/2022

No meu caso, não foi uma boa porta de entrada para o autor. Ainda assim, pretendo dar mais algumas chances com outros livros dele.
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Nat 29/06/2020

O autor utiliza uma linguagem seca e precisa para relatar seus anos de formação, onde sua família era “estranha” devido a brutalidade que o cercava (o pai não batia nos filhos; a mãe era a chefe de família, quando em outras casas o pai era quem mandava; não vêm de família católica mas ele se declara católico, dentre outras situações). Eu gostei porque o autor não enrola nem dramatiza sobre sua própria vida. Certos relatos podem causar estranheza no leitor, mas é nisso que vemos (pelo menos para mim) quando um livro vale a pena. Recomendado.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2020/06/198-livros-africa-do-sul-infancia-jm.html
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Maíra 27/08/2012

Comecei Infância sem saber direito o que esperar e logo fui pega de surpresa por um personagem tão carne e osso, tão humano em suas contradições, que acabei me apaixonando logo de cara. Pelo personagem, pela narração, pelo ambiente...

Embora na sinopse o narrador seja descrito como "seco e distante", é essa espécie de secura e de distância que, paradoxalmente, dá à narrativa um certo ar íntimo e morno, como se a gente estivesse acompanhando tudo bem de perto. O relacionamento complexo de John com os pais (o amor, a culpa, a repulsa), a experiência do deslocamento, da tentativa de se encontrar e se aceitar em toda a sua peculiaridade que o distingue de todas as crianças ao redor, a brutalidade do ambiente, o surgimento da sexualidade, tudo é narrado de uma forma extremamente crua e ao mesmo tempo tão misteriosamente delicada.

Acho que poucas vezes eu li algo que capturasse tanto a mistura dolorosa e bonita da infância, esse misto de ingenuidade e malícia, de fragilidade e força, mistura que Coetzee consegue colocar maravilhosamente bem em cada página.


"Alguma coisa está mudando. Ele parece estar o tempo todo envergonhado. Não sabe para onde dirigir os olhos, o que fazer com as mãos, como posicionar o corpo, que expressão assumir no rosto. Todo mundo o observa, o avalia, acha-o imperfeito. Ele se sente como um caranguejo retirado da casca, rosado, ferido e obsceno." (p. 138)


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jota 04/08/2012

J. M. = John Maxwell
J. M. Coetzee é John Maxwell Coetzee e Infância é o primeiro livro dele que leio. Faz parte da trilogia Cenas da Vida na Província juntamente com Juventude e Verão. É um livro curto (150 páginas nesta edição que li), como é curta nossa infância, que passa rapidamente. Da mesma forma que você lê este volume rapidamente.

Meninos são meninos e este livro parece ter mais chances de agradar aos leitores (leitores comuns que somos). Embora Vera, a mãe de John, seja uma das figuras mais marcantes do livro – ele se identificava muito mais com ela do que com o pai.

Todos os meninos devem ter um pouco desse John. Ainda que em parte nos reconhecemos nele, mesmo que as diferenças de tempo e espaço sejam profundas. Além do mais, John é africânder - nascido na África do Sul mas descendente dos holandeses que colonizaram a região.

Ele sabe pouca coisa de sua língua natal, apenas algumas palavras e frases. Na sua família todos falam inglês, ele mesmo queria ser inglês; acha os africânders rudes, grosseiros, briguentos e maliciosos – ao menos os meninos de sua idade.

Simpatiza com os russos, não com os americanos, ao contrário da maioria dos meninos de seu tempo. Finge ser católico para não assistir às aulas de religião protestante, enquanto frequenta a escola em Worcester. Mas é ateu e acredita entender Jesus melhor do que os frades de sua segunda escola, após a mudança para a cidade do Cabo. Em sua casa, quando um negro usa uma xícara ou um copo, depois a louça é quebrada quase sempre. Ele mesmo pode ser cruel quando quer e prefere ficar a maior parte do tempo sozinho do que na companhia dos familiares ou dos colegas de escola.

John é sensível e inteligente, quase sempre o melhor aluno da classe e ainda que veja as coisas pelo prisma de sua idade, ela pensa em tudo aquilo que é importante na vida: nascimento, vida e morte. É bastante observador (especialmente das características físicas das pessoas), não gosta de ficar nu perto dos outros, não permite que a mãe o veja assim. Mas já pensa muito em sexo e afinal, de onde vêm os bebês? Ah, esta é uma das partes mais saborosas do livro, mesmo que não tenha sido escrita exatamente para nos divertir. Como tantas outras.

Um dia, quando ele e o pai ainda se davam bem, quando o pai ainda não se tornara um alcoólatra, quis saber quem era o escritor mais importante do mundo. “Shakespeare”, o pai responde. Então ele quer saber quantos livros Shakespeare escreveu - seu autor preferido, um certo P. C. Wren, autor de histórias da Legião Estrangeira francesa, escreveu quarenta e seis volumes. Logicamente o pai não sabe (pouca gente sabe, de fato) e John começa a duvidar dos conhecimentos dele e da importância do autor inglês. Ao mesmo tempo em que passa a ler Titus Andronicus e depois Coriolano...

E pelo jeito, todos aqueles livros, aliados à sua introspecção, só fizeram bem a Coetzee, ganhador do Nobel de Literatura de 2003 e um dos escritores modernos mais respeitados.

Infância se insere naquela categoria de livros de ficção autobiográfica, mas como é narrado na terceira pessoa, parece que você está lendo a biografia de outra pessoa que não a do próprio autor, e isso é meio estranho, ainda mais que o estilo de Coetzee é seco, distante. Mas isso é muito menos um defeito e muito mais uma qualidade do escritor. E Infância é, acima de tudo, um livro interessante, apaixonante, que não se quer largar.

Está ficando repetitivo dizer, mas este também irá para minha lista de melhores leituras de 2012. Não tem como não ir.

Lido entre 01 e 04.08.2012.
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Jacy.Antunes 06/04/2023

Minha vida de menino
·        Infância é o primeiro livro da trilogia  autoficcional do autor , vencedor do prêmio Nobel de literatura.

·        Narrado em terceira pessoa ele relata a sua infância numa África do Sul onde os negros viviam em condições degradantes.

·        Como Paul Auster em Diário de Inverno, Coetzee endeusa a mãe : é ela que mantém a família, que cuida dele enquanto o pai é um perdedor.

·        Para fugir desse mundo , o menino cada vez mais introspectivo se refugia nos livros e no futuro será um grande escritor.
É um livro menor de Coetzee, Desonra e Juventude são melhores.
Ana Sá 19/04/2023minha estante
Gostei da resenha em tópicos, Jacy! :) Eu li Desonra qdo era muito jovem e não gostei muito... É um livro que tenho vontade de reler, agora que estou um pouco mais madura na vida e na literatura! rs


Carolina.Gomes 21/04/2023minha estante
Misericórdia ?




arthur966 19/04/2020

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"como guardará todos em sua cabeça, todos os livros, todas as pessoas, todas as histórias? e se ele não se lembrar, quem o fará?"
eu me identifiquei TANTO com tantas partes desse livro. os pensamentos do john parecem tanto com os que eu tinha quando criança. enfim, esse livro me deixou muito triste.
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Renata.Borges 18/04/2022

“Ficção autobriográfica”
Chamada de “ficção autobriográfica”, trata-se do primeiro volume de uma trilogia escrita pelo Nobel de Literatura de 2003.

Na trama, um garoto sul-africano conta seu cotidiano, valores, preconceitos, ensino, família, sociedade. Um mundo baseado na violência que o torna um indivíduo de personalidade solitária, como tantos outros que foram vítimas da brutalidade do mundo ao seu redor.

Durante a leitura tento compreender o mundo sul-africano tão preconceituoso. Tento entender a divisão de castas velada e ao mesmo tempo tão descarada. Tento entender porque os indivíduos acham que explorar o outro é normal?

Tudo estranho… valores estranhos. Mundo estranho!

Mostra uma criança/adolescente mimada, malvada e egoísta. Descreve situações familiares bem estranhas. Uma mãe permissiva mas, batalhadora e um pai alcoólatra e “encostado”; uma família que não demonstra amor.

A escrita flui muito, muito bem.
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O resenheiro 27/05/2021

Uma infância na África do Sul
Relatos de uma infância passada em Worchester e na Cidade do Cabo, este livro é daqueles que aos poucos vai nos cativando com as histórias contadas pelo narrador sobre o menino John Coetzee, suas relações com os pais, seus medos e anseios na escola, a brutalidade da época, o tempo em que aos professores se dava o direito de bater com vara nos alunos, a vida numa cidade isolada onde andar de bicicleta era simples e normal, mas não para a mãe dele, das diferenças entre os Africânderes e Ingleses, dos jogos de críquete e rugby, dos tempos de férias passados na fazenda do pai, enfim, daquilo que constrói a vida de uma pessoa em algum lugar deste mundo, que no caso é a remota e tão pouco conhecida por muitos de nós, a África do Sul.
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JP 15/07/2012

A hostilidade da província sob os olhos de uma criança
Em "Infância", o autor transforma a banalidade do cotidiano em matéria-prima para o resgate de um período obscuro de sua trajetória pessoal. Abrindo mão dos eufemismos, uma época que para a maioria das pessoas é vista de forma colorida e vivaz adquire tons acinzentados — a começar pelas roupas que o pequeno John usa para passar o dia.

Através da marca que Coetzee imprime a seus textos — sempre conciso, demonstrando precisão e grande domínio técnico sobre a narrativa — o leitor é convidado a compartilhar da infância atormentada de um menino. Das diferenças de costume entre ingleses e nativos; da violência que permeia o dia a dia das crianças na escola, expostas ao ódio e à intolerância; da sensação de sufocamento decorrente da superproteção da mãe; e da repulsa pela figura paterna.

A construção da identidade é o tema central deste livro, cuja clareza nas descrições acaba levando o leitor a perceber o conflito entre a figura do autor e do personagem: o que se vê é uma criança tendo sua existência devassada por um narrador que, inevitavelmente, trata-se de uma extensão do próprio Coetzee.

Durante todo o livro, as contradições que decorrem da formação da personalidade são expostas com crueza e consciência no mínimo assustadoras. O domínio que o narrador demonstra durante a construção da história contrasta com a mentalidade ora ingênua, ora maliciosa, de John. Cada passo é calculado, de forma que é difícil saber até que ponto a maturidade de uma criança não guarda ecos das experiências vividas pelo próprio autor já em sua fase adulta.

"Infância" é costurado por uma série de episódios decisivos para a definição do caráter de uma criança, e para o estabelecimento dos limites em seu relacionamento com a família. A mãe e o pai são mostrados como figuras abstratas e incoerentes, perdidas em meio a um casamento despedaçado. A rotina de ódio e brutalidade que acompanha a vida na província parece se estender ao convívio doméstico. O sentimento de estranheza em relação à mãe e o desprezo pelo pai são reflexos daquele modo de viver. Hostil, seco, rude.

Um dos trechos mais comoventes — e belos — de "Infância" aparece ainda no começo do livro, quando o protagonista se assusta com a ameaça que uma bicicleta impõe ao sentimento de exclusividade que ele reivindica em relação à mãe:


"No começo, ele achou maravilhoso que a mãe possuísse uma bicicleta. Chegou a imaginar os três pedalando pela Avenida dos Choupos — ela, ele e seu irmão. Mas agora, ouvindo as piadas do pai, que a mãe retribui apenas com um silêncio obstinado, começa a hesitar. Mulheres não andam de bicicleta — e se o pai tiver razão? Se a mãe não encontrar alguém disposto a ensiná-la, se nenhuma outra dona de casa de Reunion Park tiver uma bicicleta, talvez as mulheres não devam andar de bicicleta.

No quintal atrás da casa, a mãe tenta aprender sozinha. Com as pernas estendidas até o chão, ela roda pelo caminho que vai até o galinheiro. A bicicleta se inclina e para. Como o modelo não tem o cano do meio, ela não cai, só tropeça um pouco de um jeito bobo, agarrada ao guidom.

O coração dele se volta contra ela. Naquela noite, junta-se ao pai na zombaria. Sabe muito bem que é traição. Agora a mãe está sozinha."


Para fugir da dureza do mundo e do deslocamento em relação a si mesmo e aos outros, o menino John encontra abrigo na introspecção, fazendo com que o leitor compartilhe da construção de sua personalidade fechada e solitária. E assim, a narrativa se constrói a partir da amargura que contamina as lembranças do protagonista. Mas é como diz o narrador: "[...] se ele não lembrar, quem o fará?"

Em: http://vidadeditor.blogspot.com.br/2012/07/infancia-cenas-da-vida-na-provincia.html
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Lívia 04/05/2021

Infância
Ano passado li "Desonra" do mesmo autor e gostei bastante.

Infância é a primeira parte da trilogia de autoficção de Coetzee.

Recomendo.
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Rafael V. 03/07/2021

Bom
Vale a pena ler.

O narrador em terceira pessoa mantém um certo afastamento, mesmo sendo autobiográfico. Um esforço para não reviver novamente as violências da infância, não tanto de si, mas as que a ele eram mostradas no contexto em que vivia.
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sueli 30/11/2012

Infância de J.M. Coetzee
Sinopse
Escrito originalmente em 1975, Infância narra em terceira pessoa o processo de formação da personalidade fechada e solitária de John, um jovem cuja infância é solapada pela presença de um pai falastrão e perdulário, uma mãe apática e a realidade hostil e violenta da África do Sul pós-Segunda Guerra.
Refugiado nos livros e na introspecção, John procura sobreviver à própria infância.Com lançamento concomitante ao de Verão, e precedido pela edição de 2005 de Juventude, este livro completa a publicação da trilogia autobiográfica de Coetzee no Brasil.

Coetzee é muito sincero consigo mesmo, neste livro ele descreve sua infância de forma clara e crua. Fala de sua vida, de seus medos na escola, dos professores e a forma de educar, da descoberta do sexo, do preconceito, dos castigos, da família, da fazenda que ele tanto ama, das lembranças, religião. Da relação de amor e ódio com sua mãe, de sua maldade ao discordar ou ser do contra só para magoá-la. A relação com ela é muitas vezes contraditória e cruel.
É um livro triste, chega a ser pesado até mesmo depressivo. É um livro muito reflexivo. O autor escancara sua vida, seu caráter, sua solidão, seus medos, sua crueldade, seu caráter, suas reflexões.

“ Você sabe tanta coisa” tia Annie lhe disse um dia. Não era um elogio: embora seus lábios estivessem repuxados num sorriso, ela balançava a cabeça ao mesmo tempo. “Tão jovem e já sabe tanto. Como vai guardar tudo isso na cabeça?” E ela se inclinou e bateu no crânio de com um dedo ossudo.
O menino é especial, tia Annie disse a sua mãe, e ela lhe contou depois. Mas especial em que sentido? Ninguém diz.” Página 150

O autor
J. M. Coetzee nasceu na África do Sul, em 1940. Um dos mais respeitados escritores sul-africanos contemporâneos, autor de ficção, ensaios de crítica literária e memórias, publicou mais de uma dezena de livros, entre os quais Cenas de uma vida, No coração do país e Terras de sombras. Em 2003, recebeu o Prêmio Nobel de literatura. Foi professor nos Estados Unidos e atualmente leciona literatura na Universidade da Cidade do Cabo. Recebeu prêmios na França, na Irlanda e em Israel e foi o primeiro autor agraciado duas vezes com o Booker Prize, o mais importante da Grã-Bretanha e um dos principais da cena literária internacional.
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wesley.moreiradeandrade 11/01/2017

A infância e a adolescência sempre renderam ótimas obras literárias de cunho memorialista. Infância, do sul africano vencedor do Prêmio Nobel J. M. Coetzee, evoca também este período marcante e confuso de nossas vidas numa trilogia composta também pelos títulos Juventude e Verão. Poderia ser mais uma obra nostálgica, mas o narrador da estória, claramente inspirada na própria infância do autor de Desonra, faz toda a diferença e desfaz qualquer ambientação difusa, mesmo amparando-se no olhar curioso e inquietante de uma criança. A começar pelo uso dos verbos no presente que dá um duplo sentido dos acontecimentos que estão sendo transpostos para este romance. Por mais que o recurso cause ao leitor uma sensação de fatos acontecendo simultaneamente à leitura, sabemos que o próprio autor faz um retorno ao seu passado, não há como deixar a impressão de que as situações são rememoradas, num texto claramente autobiográfico. Sob o olhar do jovem Coetzee acompanhamos, de forma velada, os acontecimentos sociais de uma África do Sul cuja língua se dividia entre o inglês e o africânder, o tratamento preconceituoso dado aos negros (que deixa o garoto totalmente constrangido) e sua precária condição social; a educação rígida que recebia nas escolas que também possuíam seu modo de segregação (além dos professores que incutiam a cultura do medo com as varas que agrediam os alunos que não se comportassem); as crises familiares, a admiração da força da mãe, sempre presente e disposta a protegê-lo, fato que deveras o incomoda e o acomoda, o ódio implícito ao pai e certo desprezo pelo irmão, a estadia prazerosa na fazenda da família do pai, a falta de adaptação ao novo bairro onde foi morar. Infância é a África do Sul pós Segunda Guerra vista pelos olhos inquisidores de uma criança que percebe os contrastes do país através do microcosmo familiar e dos papéis sociais exercidos por negros, brancos, africânderes e ingleses. A infância representada por Coetzee não está isenta da dureza do mundo e isso reflete na sua prosa igualmente rochosa e arisca, que retrata um ser humano em formação, num constante devir e amadurecer.


site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2014/10/na-estante-23-infancia-j-m-coetzee.html
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DaniM 04/01/2018

Trata-se do primeiro volume da trilogia autobiográfica do incômodo escritor que já ganhou um Nobel de Literatura por Desonra(já lido e dito por aqui). Coetzee cresceu em uma Africa do Sul segregada e este livro se situa no momento pós instauração oficial do Apartheid no país e o autor o usa como pano de fundo para suas reminiscências. Ele nos narra sua própria infância na 3ª pessoa, nos assusta com sua estranheza, seus pensamentos cruéis, sua antipatia pelo pai, seus sentimentos contraditórios pela mãe, seu modo tão adulto(já) de ser mau e de se autoavaliar como um ser desprezível. A sinceridade do relato nos choca e nos envolve, afinal, é costume humano esconder os defeitos e exaltar as qualidades, algo oposto ao que faz este autobiografado. Num mundo em que a vida de aparências é a única vida que se quer viver, ver alguém se desnudar dessa maneira é embriagante para o leitor.
“A idéia de ser transformado num menino africânder, de cabeça raspada e descalço, o faz tremer. É como ser mandado pra prisão, para uma vida sem privacidade. Se fosse africânder, teria que viver cada minuto de cada dia em companhia dos outros. É uma perspectiva insuportável.”


site: https://www.instagram.com/danimansur/
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