spoiler visualizarDEA 30/04/2023
É uma leitura fluída, tanto que li super rápido. Gostei do livro, porém confesso que alguns pontos começaram a me cansar:
- Kit e Javier: me senti lendo 50 tons. A partir do momento que a autora começou a focar nisso, o ponto principal deixou de existir. E sinceramente a Kit me irritava profundamente, pois todas as vezes ela falava a mesma coisa, sobre o seu receio de se envolver com ele, que não ia baixar a guarda, depois que tinha baixado, me soava mais como algo imaturo do que alguém com traumas ?. Outra coisa, também o tempo todo repetia detalhes do corpo dele, para quê? Pode ser que a personagem não fosse tão chata, mas esse jeito da autora ser repetitiva demais, me deixou com essa bronca ?.
A história da Casa Safira nem precisava existir ? pois não contribuiu em nada com a história.
E infelizmente o ponto mais alto do livro, que era o reencontro das irmãs, foi tão rápido que acabou sendo sem emoção.
Foi feito tanto mistério sobre o motivo da Mari/Josie ter forjado a morte, que eu achei que ela tivesse cometido algum crime, participado do atentado ao trem ?, acho que minha imaginação foi muito além. E ao saber o real motivo, achei exagero ela mentir sobre isso para o marido. Mas eu gostei muito dela, pois das duas irmãs, ela foi quem mais sofreu e no entanto se reergueu, diferente de Kit que levou a vida toda as mágoas, e tudo o mais. Eu sentia na Kit uma eterna criança que precisava de proteção e ficou perdida com todas as perdas que ocorreram e fechada nessa dor, não foi capaz de enxergar os esforços, mudanças e apoio da sua mãe. Se fechou para relacionamentos e daí ficou indignada que sua irmã tinha uma família, mas pelo menos a Mari quando teve a oportunidade, tentou ser feliz e apesar dos traumas, não levou isso pros seus filhos, o que é muito bom. Kit via defeitos e erros em todos, mas ela também cometeu alguns, por exemplo não demonstrou interesse na irmã, a tratou com frieza um pouco antes dela sumir. Enfim, em resumo todos tinham erros, fardos e traumas para lidarem.
Minha imaginação fluiu também sobre o Dylan. Fiquei pensando que ele era filho do pai delas, fruto de um relacionamento extraconjugal, e por isso a mãe não questionou quando ele apareceu.
Mas simplesmente ele chega todo machucado, nada é explicado ? e ficamos sem saber quem ele era de fato ?. Que pena.
O livro seria muito melhor sem esses pontos desnecessários e se alguns tivessem sido explicados, também deveria ter sido mais difícil para encontrar a Mari, e o final deveria ter sido melhor desenvolvido. O livro foi tão detalhado e o final foi rápido demais deixando alguns pontos sem resposta ou resolução.
Obs.: Billy deveria ter sido incriminado.
Reforço que gostei do livro, pois me prendeu na maior parte do tempo querendo saber o que aconteceu, mas pelos motivos citados anteriormente não dei 4*.
Alguns destaques do livro:
"Talvez seja hora de parar de pensar e começar a sentir."
"Sua jornada é poderosa. Você não precisa se desculpar pelo espaço que ela ocupa."
"Um rosto sorridente nem sempre vem acompanhado de boas intenções."
"O arrependimento exige reparações, e eu queria poder consertar as coisas."
"? Viu só? O amor veio até você.
Mas partiu meu coração.
? Claro... Aconteceu a mesma coisa comigo. Mas ninguém morre por isso. A gente só... começa outra vez.
Quantas vezes?
? Quantas vezes a vida permitir."
?