Depois que me deixou, meu pai, tenho pensado nesse trecho de "A consciência de Zeno", de Italo Svevo:
"Depois, no funeral, voltei a lembrar-me de meu pai, fraco e bom, como sempre o vira desde a minha infância, e me convenci de que a bofetada que me dera, moribundo, não fora de fato proposital. Fiz-me bom e afável, e a lembrança de meu pai me acompanhou sempre, tornando-se cada vez mais cara. Era como um sonho delicioso: estávamos então perfeitamente de acordo, eu reassumindo meu papel de fraco e ele o do mais forte."
Literatura Estrangeira / Romance / Drama