Ariadne 09/04/2024
Não é segredo para ninguém que eu amo ler histórias do tipo, mas confesso que minhas últimas leituras davam mais enfoque para as produções de fora, sobretudo as europeias e asiáticas.
Foi então que olhei para a minha pilha (imensa) de hqs oriundas do Catarse e escolhi Conto dos Orixás como pontapé inicial dessa empreitada.
A história é protagonizada pelos orixás Xangô, Oyá, Exu, Ogum e Oxum, que protegem seu povo do vilão Ajantala.
E não vou mentir não, mesmo citando poucos orixás, eu fiquei bem perdida, justamente por não conhecer deles nada além dos seus nomes. É triste perceber que eu não sei quase nada das lendas africanas ou, até mesmo, os mitos indígenas no Brasil.
Felizmente, a confusão não dura muito tempo, já que a história é estruturada de uma maneira “simples” para o público.
Essa estrutura inclusive, e até mesmo os desenhos, bebem muito da fonte de artistas como o lendário Jack Kirby.
Mas longe de ser um recorte de referências, Hugo Canuto consegue imprimir uma identidade própria em cada quadro. Não foram poucas as vezes em que me dediquei a observar detalhes contidos nas páginas.
Mesmo que o ritmo, cheio de ação, seja em alguns momentos apressado demais, há um cuidado nítido em como cada diferente povoado se apresenta para nós, forasteiros.
Meu destaque fica para as cores que saltam aos olhos, presente tanto nas cores das vestimentas ou na maneira espacial como cada povoado se organiza.
Eu senti falta de um aprofundamento maior em cada orixá, mas como há mais volumes desse universo além desse, acredito que eu mesma vou me familiarizar com cada um.
Obviamente, já estou com o Rei do Fogo aqui há postos para furar a fila! Mal posso esperar para voltar a esse universo.
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