@blogleiturasdiarias 26/12/2017Resenha | AnohanaAnohana é um mangá completo em 3 volumes que sem perceber estará te tocando. Foi uma surpresa boa conhecê-lo, e ainda mais gostar. Invocando grandes clássicos do cinema dos anos 1980, como Os Goonies e Conta Comigo, Ano Hi Mita hana no Namae o Bokutachi wa Mada Shiranai (literalmente, “Nós Ainda não Sabemos o Nome da Flor que Vimos naquele Dia”), sendo simplificado para Anohana, narra a história envolvendo seis amigos: Jinta, Meiko, Naruko, Atsumu, Tetsudou e Chiriko. Quando eram ainda crianças, certo dia enquanto brincavam, Menma, como era chamada carinhosamente Meiko pela turma, acaba sofrendo um acidente fatal.
Após o ocorrido, cheios de culpa, pouco a pouco os cinco amigos se separaram e cada qual seguiu com sua vida. Anos depois do acidente, Jinta ainda parece ser o mais afetado pela morte da amiga. Ele desistiu dos estudos e vive quase insolado em sua casa. Mas, para a sua surpresa, em um certo verão, ele passa a ser visitado por Menma. A princípio ele acredita que aquilo não passava de uma mera alucinação causada pelo estresse e o trauma da perda da colega. No entanto, Menma revela ser um fantasma. A aparição da garota serve para Jintan, como ela o chamava, reencontrar seus antigos amigos e descobrir — e cumprir — a promessa que foi feita para Menma antes dela morrer. Realizando esse seu último desejo, a doce menina poderá seguir seu caminho.
Passei os três volumes já de coração apertado sabendo que poderíamos ter um final não tão feliz, porém me surpreendi ao ver que não é como imaginei. É delicado pois sabemos da morte da Menma desde o início, então não é como se ela fosse reviver. Contudo, encontraram um tom que deixou algo sentimental ao mesmo tempo que fecha de modo conciso o ciclo. E o enredo é basicamente o citado: ver os 6 amigos se juntando, reencontrando, se "curando", afinal a morte precoce de uma das amigas abalou todos. É ver o quanto as amizades são importantes e devem ser valorizadas.
Dos protagonistas, Jinta é um personagens que te faz passar por vários altos e baixos no desenvolvimento, e quando entende-se a sua dor, deslancha para um menino que torcemos para que volte a ser feliz. Mesma coisa com a Meiko, que te cativa logo no início. Confesso que nas primeiras páginas achei ela boba e infantil, só que a partir do instante que entendemos que é seu jeito, flui. É difícil conter o choro na medida que descobrimos a culpa interna de cada integrante de um grupo que era tão unido e que se complementavam. É um constante vai e volta no passado e presente, intercalando a fase adolescente com a infantil.
Algumas informações e alguns pontas soltas não ficaram tão esclarecidas, sendo o ponto negativo, todavia que dá para imaginar após as cenas finais. Talvez seja a consequência do que foi proposto ao final. Anohana me chamou atenção pela capas que são lindas, e por um história que começa triste e acompanhamos tomar um rumo diferente ao longo do desenvolvimento.
Na parte física como falado acho as capas bonitas no tom branco trazendo os protagonista, e com a parte interna dela bem colorida. Os traços da Mitsu Izumi são ótimos e do meu agrado, o que ganha pontos positivos. As folhas internas são de papel jornal o que infelizmente amarela muito fácil e é ruim, no entanto é o que mais encontramos nos mangás. No último volume da coleção ganhei um pôster e um card na compra em lojas específicas o que me conquistou também.
Lembrando que o mangá é adaptação de um animê. O sucesso é tão grande que temos uma novel, adaptação para o cinema com um longa animado e um filme com atores reais. Recomendo bastante!
Ficha Técnica:
Nome: Anohana,
Autora: Cho-Heiwa Busters e Mitsu Izumi
Editora: JBC
Volumes: 3
Preço: 13,90
Classificação etária: Livre
site:
http://diariasleituras.blogspot.com.br/2017/12/resenha-anohana-manga-jbc-.html