A Tragédia da Princesa Rokunomiya

A Tragédia da Princesa Rokunomiya




Resenhas - A Tragédia da Princesa Rokunomiya


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Nanda Lima 26/12/2022

Vanguarda afiada
Mini Resenha
A tragédia da Princesa Rokunomiya, 504 pgs., Veneta (2022)

Este belíssimo tijolinho é um compilado dos microcontos em forma de quadrinhos da mangaká vanguardista, e, infelizmente, muito menos celebrada que seus contemporâneos na Gero: Kuniko Tsurita. Com um projeto editorial belíssimo - como é de praxe da editora, que inclui uma capa escolhida a dedo, papel de qualidade amarelinho e um texto de apoio que é uma verdadeira aula introdutória sobre o Japão dos anos 60, tanto nas Artes quanto Política, Economia e Costumes - a Veneta mostra como continua com uma curadoria afiada e bem longe do óbvio.

As histórias são sobre suicídio, amor, fim do mundo, guerra e divagações filosóficas ácidas. Como são organizadas em ordem cronológica, é fascinante acompanhar a evolução do traço leve, quase minimalista, que está no meio do caminho entre Tezuka nos primórdios, outros autores de gekigá do período e a contemporânea estadunidense Eleanor Davis. Seus roteiros têm finais surpreendentes, antecipa em décadas temas e linhas narrativas, e às vezes incomodam, como um corte de papel, pela sinceridade brutal e contemporaneidade de suas críticas.

Não confie em listas de melhores quadrinhos de 2022 que não listarem este petardo.
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ana !! 01/09/2023

não foi pra mim
eu meio que consigo reconhecer que pelo momento em que foi lançado essa obra é mesmo impressionante, mas no geral simplesmente não gostei muito, algumas histórias eu até achei interessantes, mas mais da metade eu não achei nada demais, não consegui nem esboçar uma reação sequer. o estilo de história da autora não é algo que eu sou fã mas tudo bem, acontece
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Robremir 26/01/2024

Retratos de uma mulher incomum
Este volume reúne cerca de 30 histórias em mangá de uma mulher incomum, que contrariando todo um universo machista ( Japão dos anos 60 e 70) conseguiu inovar publicando histórias diferentes daquelas que eram esperadas dela, por ser mulher.

O volume traz as histórias na ordem cronológica de sua publicação e temos assim uma evolução não só dos traços, mas também dos temas, pelo que se interessa a autora. Há desenhos para todos os gostos, desde traços infantis, beirando a cartuns até a arte bem mais sofisticada, lembrando traços europeus. Mas não espere traços característicos de mangá para não se decepcionar. As curvas estão ligadas a dificuldade da autora em ser publicada, e de certa forma querer mostrar que sua arte não estava relacionada ao seu gênero (minha leitura de seus personagens andrógenos).

Ao final do livro há uma biografia comentada da autora que é importante se ler para conseguir entender a obra.

Indico muito a leitura e fiquei pensando em uma animação que assisti a algum tempo de dois orientais em uma moto. Seria uma homenagem a autora e seu marido? Se for, merecido.
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Vinícius Tyrone 27/05/2024

O Amadurecimento de Uma Artista
Uma antologia de pequenas historias de uma mangaká intrigante. As primeiras histórias são mais bobinhas com traços bem simples. Mas só passar dos anos, vamos presenciando o amadurecimento de suas narrativas e de seus traços. De histórias bobas vai para histórias extremamente profundas, reflexivas e que representavam bem os sofrimentos da autora. Os desenhos dela ficam lindos e passam o enigmático e o sofrimento que ela tentava transmitir em suas histórias. É lindo e até mesmo triste acompanhar essa evolução, não só de sua arte, mas também de suas dores.
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Matheus Laneri 18/03/2023

Simples, direto e poderoso. O gibi é incrível, uma autora a frente do seu tempo, sem sombra de dúvida. O texto final de Rogério de Campos enriquece ainda mais a obra no final da leitura.
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Beatriz3345 01/06/2023

Para conhecer o trabalho de Kuniko Tsurita
A Veneta fez um belo trabalho gráfico com essa edição, uma coleção de histórias curtas, mangás publicados nos anos 60/70, por Kuniko Tsurita, uma mangaká mulher cuja presença se destacou ao querer narrar, com traços diferentes, enredos de ficção científica, fábulas e cotidiano em um mercado, na época, majoritariamente masculino.

As histórias nem sempre tem um sentido claro e direto, e seu traço possui várias influências diferentes, alguns mais simples, um bom uso de hachuras, e outros que ficam mais evidentes (para quem, como eu, não tem muito repertório de história da arte) quando lido o posfácio sobre a autora e sua obra. É um material complementar curto e muito bem-vindo.
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itsmgray 24/03/2023

Eu sinto que esse mangá seja bom, mas com certeza não é pra mim. Eu não aproveitei a leitura, talvez seja porque eu achava que iria ser focado em outras coisas. O mangá é bom, mas talvez não atinja algumas pessoas.
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Anselmo 10/12/2023

A maldade humana, bizarrices, o egoísmo, a procura da sua outra metade, o castigo por certas escolhas, a falta de propósito, a solidão, o sedentarismo, o teor fantástico, a ganância, esse e outros são assuntos abordados nessa coletânea de contos. Alguns bem curtos e outros nem tanto. Vanguardista é verdade, mas muitas vezes eu fiquei sem entender muito bem o que se passava, pois os desenhos são bem minimalistas, poderia dizer feios. Mas já li mangá/HQs que os desenhos não eram grande coisa, mas conseguiam passar a idéia muito bem. Aqui não é o caso. É isso com certeza me fez ficar,em boa parte dos contos, .na dúvida do que estava acontecendo. Por muitas vezes pensei em abandonar a leitura, pois depois da quarta história eu já estava torcendo o nariz. Percebi que as idéia eram boa , porém mal executadas. O mas estranho é ver que a evolução da artista como desenhista não acontece muito bem. Inclusive em alguns contos ela brinca com seus personagens que são criticando por falta de talento. Talvez tenha algo de biográfico nesse mangá. Gostei de alguns contos sim, mas nada que me fizessem querer ler novamente, eu sei que não é pra mim. Se eu soubesse que era assim , eu realmente não teria comprado esse mangá. Mais engraçado que vi algumas resenhas no YouTube, muito antes de adquirir esse mangá, elogiando muito. Por isso eu fiquei com muita vontade de ler, pena que não era o que esperava. Mas valeu por se tratar de uma escritora a frente do seu tempo. Uma pena que os desenhos não conseguiram seguir a mentalidade da autora.
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