Da demonização ao ritmo frenético que extrapolou os limites da favela, atingiu em cheio as pistas de dança da Zona Sul e conquistou a Europa. Em Batidão , o jornalista Silvio Essinger conta a história do funk carioca, de James Brown a DJ Marlboro, Mr. Catra, Bonde do Tigrão e Tati Quebra-Barraco. Um livro-reportagem revelador sobre o movimento musical que colocou o Rio de Janeiro mais uma vez sob os holofotes da mídia (para o bem e para o mal) e do mundo. A partir de uma minuciosa pesquisa e uma série de entrevistas e depoimentos, Essinger leva o leitor para os bailes de black music no Renascença na década de 70, para as quadras do Emoções, Chapéu Mangueira e Salgueiro e para o meio da bateria da Viradouro em 97, quando a paradinha-batidão levou o funk pela primeira vez em muito tempo para o centro de discussões culturais e antropológicas - bem longe das páginas policiais, entre outras lembranças. Batidão revela bastidores e fatos que construíram a cena funk carioca. Trajetórias de ídolos, noites e raps - alguns até com vaga garantida na história da música brasileira , segundo Caetano Veloso - que contam de certa forma uma história paralela da cidade do Rio de Janeiro. Ressaltando a força do funk como movimento popular e democrático, mas sem esquecer dos episódios de violência nos bailes, das supostas associações com o tráfico e apologia às drogas, promiscuidade e excessos de erotismo, o jornalista mostra também o lado marginal, mas não menos legítimo, do funk carioca.