LucasBaggio 10/02/2013
Sangue frio
Dexter Morgan é um homem totalmente insensível que mora e trabalha em Miami. Seu trabalho é, juntamente com a polícia, analisar borrifos de sangue encontrados em cenas de crimes. E nas horas vagas ele se diverte de uma forma bem peculiar.
Dexter se considera um Justiceiro; e de certa forma, ele é. Nas noites em que o “Passageiro das Trevas”, personagem que vive em sua conciência e que o faz agir de forma assassina, se manifesta, um criminoso paga por seus crimes.
Dexter arma todo um plano, confronta o criminoso com seus abomináveis atos e, enfim, completa o seu trabalho. Como troféu, Dexter coleciona lâminas de vidro com uma gota de sangue de cada vítima, porém, sempre primando pela limpeza do cadáver.
Mas o assunto central do livro não é esse. Um novo assassino tem assustado Miami, e aparentemente se interessou na brincadeira de Dexter, e faz com que ele muitas vezes se pergunte quem está no controle: Dexter ou o Passageiro das Trevas?
Bem, vamos ao meu comentário do livro em si: o livro é bom. Eu achei a história muito criativa, e eu me peguei muitas vezes me questionando se o que Dexter fazia era realmente errado – tirar a vida de alguém que já tirou outra vida – olho por olho, dente por dente.
Mas eu tirei duas estrelas da minha avalição por dois motivos: primeiro, o Dexter é frio e insensível demais, e faz questão de dizer o livro todo que ele não se considera humano. É como se ele dissesse o tempo todo algo como “Eu senti prazer com os gritos de dor dele, eu sou mau mesmo, sou insensível e frio, não sou humano”. Teve um momento que ele disse que SE ele sentisse alguma coisa por alguém na vida, seria por sua irmã adotiva, Deborah, única pessoa que realmente gosta dele e se preocupa com ele de verdade. Achei isso tudo meio forçado.
Em segundo lugar, pela narrativa em determinados momentos. Pra começar, eu achei o início da história meio monótono, pegando um ritmo bom lá pela página 90. E muitas vezes a escrita se torna meio confusa, como nos últimos cápítulos, que eu demorei um pouco pra entender tudo.
O livro em si é bom, só peca nesses dois aspectos.
Inclusive, senti vontade ve assistir a série de TV, Dexter, inspirada nesse livro (que é uma trilogia).
Mesmo com esses dois defeitinhos, recomendo o livro!