fernandaugusta 15/12/2021A Herança de uma Nobre Mulher - @sabe.aquele.livroA abertura de um cofre abandonado em um banco de Nova York leva à descoberta de fotos, cartas, passaportes vencidos e jóias valiosíssimas. À estagiária da Vara de Sucessões, Jane Willoughby, cabe pesquisar e descobrir que tudo aquilo pertence à Marguerite Pearson di San Pignelli, uma americana que aos 18 anos, em 1942, misteriosamente foi parar na Europa em guerra. Sozinha em Londres, Marguerite conheceu o conde Umberto di San Pignelli, 38 anos mais velho, e os dois se casaram, vivendo mais de 20 anos apaixonados. Umberto a levou para viver na Itália, e o casal tinha uma vida glamourosa. O que teria acontecido após a morte do conde para Marguerite ter voltado aos Estados Unidos sozinha e ter falecido em modestas condições em um asilo no Queens? Porque Marguerite não deixou um testamento legando seu patrimônio?
Jane, cumprindo ordens após nenhum herdeiro se manifestar, procura a famosa casa de leilões Christie's, para leiloar as jóias da condessa, com o lucro revertido para o Estado. Na avaliação das jóias, conhece Phillip. Curiosamente, Valerie, mãe de Phillip tem o mesmo sobrenome de solteira de Marguerite, mas inicialmente eles acreditam estarem diante de uma coincidência. Porém estranhas circunstâncias na família fazem Valerie suspeitar de que talvez Marguerite seja sua irmã, falecida na Itália aos 18 anos, em 1942. O que poderia estar por trás de fatos aparentemente tão aleatórios?
Infelizmente, DS não me fisgou neste romance. A história de Marguerite é linda, mas aos 40% do livro o grande mistério ja está solucionado e apenas acompanhamos o desenrolar dos acontecimentos para a família de Valerie, o que é uma boa trama, mas completamente previsível. A história de Marguerite é repetida várias vezes após a grande revelação, revirada e resumida de várias formas, o que também contribuiu para o tom morno e o caráter arrastado da narrativa.
Além disso, me senti um pouco tapeada achando que a história de amor principal seria a de Marguerite com o conde, um premissa muito bonita, mas o coitado é pouco mencionado além do fato que foi apaixonado e muito generoso com ela, presenteando-a com as jóias que são o cerne da trama. O casal formado por Phillip e Jane ao longo da história tirou nota zero em química. Enfim... cheguei nas páginas finais já querendo fechar o livro e pegar outro.
Acredito que a ideia inicial da autora tenha se perdido ao longo do desenvolvimento da história e ela acabou entregando um livro bem mediano. Perto de primores de Danielle Steel como "Jóias", "O Anel de Noivado" e "Uma Mulher Livre" (citando poucos), "A Herança de uma Nobre Mulher", infelizmente, é enfadonho. Recomendo apenas para quem for muito fã de DS, para que tire suas próprias conclusões.