Alba 05/03/2011
Resenha feita por mim, no Psychobooks!
Qual a sedução que a palavra “vampiro” traz a mente de um mortal? O que você seria capaz de fazer para ter a chance de se tornar imortal?
Magnus é um vampiro que escolhe suas companhias de acordo com suas carências. Uma filha, uma companheira, um lacaio… Mas apesar de sua natureza, ele é um vampiro justo, que segue as regras da Terífase. Conhecemos o vampiro no século XIX, quando ele toma para si, Mirella, e a torna sua filha.
Junto com a história de Magnus, acompanhamos o renascimento de um vampiro poderoso, que com a ajuda de seus três lacaios, voltou à vida em busca de vingança, disposto a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para conseguir atingir seus objetivos.
E é nessa ponte de 400 anos entre uma história e outra que Erik vai revelando o amadurecimento dos personagens e a chegada dos vampiros ao novo mundo.
Consegui fazer comparações com várias histórias de vampiros que já li. Logo no começo, a recém transformada Mirella caminha pelos jardins de sua casa à noite, com seu pai à espreita. Essa passagem me lembrou muito o filme Drácula, mas as comparações com o filme param por aí.
Os lobisomens também estão presentes, e, como não podia deixar de ser, são inimigos mortais dos vampiros, mas Erik não parou por aí na inserção de seres sobrenaturais: espectros guardando as mansões dos vampiros e até mesmo menções às fadas são feitas no livro.
O que me deixou um pouco confusa foi a construção da personagem Mirella. Ora ela se encontra revoltada, uma assassina cruel, para logo depois ser amansada com a chegada de uma “mãe” e depois de uma “irmã”. Senti falta de conhecer mais da personagem, saber os anseios que a moviam em sua fase “serial killer” e que sentimentos se apaziguaram com a chegada de sua nova família.
Albert é um vampiro sedutor que acompanha Magnus e sua família na ida ao Novo Mundo. Sua natureza é revelada logo que Erik nos apresenta a ele… Sensível e desiludido.
Por ser um livro com vampiros, senti falta também de um clima mais sedutor envolvendo nossos personagens. Há em algum momento uma insinuação de romance, mas as coisas param por aí.
Gostei dos motivos que exilaram os vampiros aqui no Brasil. Achei bem interessante a guerra construída entre humanos/vampiros/lobisomens.
Ponto também para a passagem que Erik faz, envolvendo os vampiros em todos os fatos históricos ocorridos no Brasil.
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http://www.psychobooks.com.br/2011/02/filhos-da-noite-erik-santana.html