Resenhas -

Joabe.Gileade 18/10/2020

O ponto de vista conservador da história ocidental
Ben Shapiro , o autor desse livro, é o principal podcast conservador dos Estados Unidos. É graduado pela Harvard Law School e é judeu ortodoxo.

O presente livro mostra uma perspectiva conservadora da origem do pensamento ocidental. Seus valores e crenças. Apresenta como a civilização ocidental foi construída e moldada tendo como base Jerusalém e Atenas.

No livro O LADO CERTO DA HISTÓRIA , Shapiro detalha com muita profundidade os principais filósofos pensadores que prepararam a maneira ocidental de enxergar a vida, o mundo e Deus. Apresenta também os filósofos que postularam a mudança dos paradigmas e concorreram para a "desordem" do ocidente.

Para mim foi uma experiência muito interessante conhecer o outro lado da história. Indico esse livro para quem porventura tenha interesse em assuntos bem atuais relacionados à direita conservadora versus esquerda.

Victoria 10/10/2020

Uma luz em meio ao caos
No livro, Ben Shapiro explica de forma clara e muito interessante como o progressismo e a mentalidade vitimista buscaram e buscam até hoje afastar toda a sociedade do progresso.

O autor defende que a humanidade chegou até aqui graças às tradições judaico-cristãs e às influências de pensadores clássicos e que a intenção da esquerda e, principalmente da Escola de Frankfurt, é tentar anular essas referências em busca de ?um mundo melhor? que de melhor não tem nada.

Bem Shapiro também traz frequentemente as questões de racismo, sexismo e etc. e aponta as incoerências de movimentos coletivistas.

Marcella.Pimenta 24/02/2022

Razão sem Moral é perdição
Minha leitura foi meio arrastada até mais ou menos o capítulo 5, porque é muita filosofia e História. A partir daí, o autor começa a abordar filósofos do século XX e as ideias ficam mais "palpáveis", mais próximas da nossa realidade.

Esse início, embora chato, vai construir as bases pra todo o resto, porque a intenção do autor é mostrar que a origem da civilização ocidental (filosofia grega e valores judaico-cristaos) deve ser resgatada, para que a sociedade evolua individual e coletivamente.

Nos últimos capítulos, tudo o pensamento que foi construído é aplicado ao nosso tempo, então, do ponto de vista prático, é o que vai fazer mais sentido.

Ben Shapiro fala muito sobre o Iluminismo, critica o culto exacerbado à razão e aponta que uma nação (ou mesmo um indivíduo) que não valoriza a moral está fadada ao colapso.

Carlos531 14/10/2023

O Lado Certo da História
Está obra de Ben Shapiro, um conservador de direita norte americano, é quase uma advertência do que vem ocorrendo no mundo hoje. Embora a civilização ocidental com base nas doutrinas judaicas-cristão e gregas que tiraram milhões de pessoas da escravidão e miséria e realizaram um grande desenvolvimento humano e tem como expoente a nação mais rica, democrática e desenvolvida do mundo, hoje vem enfrentando sérios riscos de retrocesso. Doutrinas que renegam o individualismo, o direito a propriedade intelectual e material, o direito a livre expressão e pregam o coletivismo surgem em vários países da América do Sul e Caribe e outras partes do mundo e que fatalmente levam ao totalitarismo como já vimos isso acontecer antes com o fascismo, comunismo e nazismo que na essência são todos iguais. O livro é muito bom e tem um caráter quase didático, quem puder ler deve faze-lo.

Cicero26 15/06/2023

Três mil anos em trezentas páginas
O Lado Certo da História é uma pancada intelectual. Não sabia que Ben Shapiro tinha essa consistência toda. Ele define os quatro pilares que alicerçaram nossa cultura - propósito moral individual e coletivo; e predisposição para buscá-los, individual e coletiva. A partir daí, ele mostra como a cultura judaico-cristã e a racionalidade grega nos deram esses pilares, como eles foram desenvolvidos ao longo da história ocidental, os movimentos contrários a eles, a destruição desses alicerces desde os iluministas, as consequências dessa destruição, e o mato sem cachorro em que nos encontramos. Esse panorama é escrito em linguagem fluida, de forma clara e compreensível, com muitos exemplos históricos. Suscita milhares de insights, meu livro ficou todo rabiscado e sublinhado. Valeu cada página lida.

denis.caldas 18/04/2020

Jerusalém & Atenas
O autor nos traz o que reerguerá o Ocidente e, consequentemente, o mundo: propósitos morais individual e coletivo, e predisposições individual e coletiva. Traça uma linha de 3000 anos onde os fundamentos da felicidade são pautados pela moral judaico-cristã e pela razão grega, que abriu as portas à ciência, ao bem-estar e ao progresso. Leia e tire as suas conclusões; volte ao clássicos antes de combater quimeras.

Gregori Pavan 06/05/2020

Em síntese, o livro apresenta a "palavra de Deus" como solução para os "problemas atuais”. O livro tenta introduzir a visão de que as conquistas positivas (redução de pobreza, de doenças, igualdade...) da sociedade atual é resultado da Religião (não da ciência ou filosofia), e os problemas “atuais” (supondo não existiam no passado) são resultados da atual falta de Religião. Bem Shapiro percorre o tempo e a filosofia para apresentar que o mundo até ontem era ruim, mas as pessoas eram boas - por seguirem a religião. E, agora, o mundo é bom e evoluído, mas as pessoas são “ruins” - por não seguirem a religião. Quando, no início da sociedade, as pessoas seguiam a Religião - por falta de opção ou cultura - o autor afirma que elas tinham livre-arbítrio, e agora que há mais opções e menos imposição, ou seja, que há o livre-arbítrio a sociedade erra por não seguir a Religião. Uma visão no mínimo preguiçosa, além de insistente e deturpada de um ideal de sociedade. O mundo sem a religião é uma rua sem saída. E é porque é, não apresenta um por que desse ser o caminho certo. E mais, critica todos os pensadores, filósofos e visões de sociedade após e em paralelo à judaico-cristã, mas surpreendente não faz uma análise crítica ou mea-culpa sobre a religião judaico-cristã. Uma visão radicalmente conservadora e negacionista (da realidade).

Gabrielli 27/07/2020

Fascinante
Ben Shapiro, com sua escrita maravilhosa, faz uma viagem histórica pela civilização ocidental e explica como e por que devemos defendê-la.

Claudia.livros 31/12/2021

Melhor livro que li em 2021
Definitivamente, o melhor livro que li em 2021.
"1. Sua Vida Tem um Propósito.
A vida não é uma desordem confusa e caótica. É uma luta, mas uma luta guiada por um sentido maior. Você foi feito para usar a razão e seus dons naturais ? e cultivá-los para cumprir um objetivo maior. (...).Nós nos importamos com o que você faz; seus antepassados há muito tempo mortos se importam com o que você faz; seus filhos se importarão com o que você faz; seu Deus se importa com o que você faz.
2. Você É Capaz.
Avance e conquiste. Construa. Cultive. Você recebeu a habilidade de escolher seu caminho na vida ? e nasceu na civilização mais livre da história da humanidade. Aproveite ao máximo. Você não é vítima. Em uma sociedade livre, você é responsável por seus atos. Seus sucessos são suas realizações, mas também são o legado daqueles que vieram antes de você e dos que estão com você; seus fracassos são apenas seus.
3. Sua Civilização É Única.
Reconheça que o que você recebeu é único na história da humanidade. A maioria dos seres humanos ao longo do tempo viveu na pobreza e na miséria, com sério risco de doenças e morte; a maioria dos seres humanos ao longo do tempo passou por dores mais intensas em seus primeiros anos do que você provavelmente passará em toda a vida. A maioria dos seres humanos viveu sob o controle de outros, sofreu tirania e opressão. Você não.
4. Somos Todos Irmãos.
Não somos inimigos se compartilharmos uma causa comum. E nossa causa comum é uma civilização repleta de propósitos, tanto coletivos quanto individuais, uma civilização que celebra tanto a predisposição individual quanto a coletiva. Se lutarmos lado a lado, em vez de um contra o outro, seremos mais fortes. Mas só podemos ser mais fortes se seguirmos na mesma direção e compartilharmos a mesma visão. Devemos compartilhar a mesma definição de liberdade quando se trata de política e, em termos gerais, a mesma definição de virtude quando se trata de criar e manter o capital social." Ben Shapiro

Sasa 26/08/2022

Controverso
É interessante antes de se ler uma obra, pesquisar ao menos o básico sobre o autor. Ao pesquisar sobre Ben Shapiro você encontra polêmicas que o envolvem. Tido como intelectual conservador dos Estados Unidos, o autor levanta polêmicas por ser supostamente falacioso, palestrar apenas para adolescentes e não se envolver em debates sérios. Em sua obra, ele retrata toda a construção ocidental, mas Shapiro se esquece do essencial: a Igreja Católica. É impossível (historicamente falando) contar a história ocidental sem mencionar a instituição que fez o Ocidente sobreviver. O que seria dessa civilização sem a Igreja para frear os cátaros? Impedir as invasões dos turcos otomanos? Não permitir que outras culturas destruíssem a nossa? Não existe Ocidente sem a base católica, sem Santo Agostinho, São Tomás, Tolkien, Chersterton, São Thomas More, as universidades, os hospitais, o progresso científico, tudo fruto da Igreja. Substituir ela por termos abstratos como "Princípios Judaicos-cristãos" e "Teleologia grega" chega a ser desonestidade intelectual. Ele pegou dois pilares vagos e chamou de colunas da cultural ocidental. Questiono como esses supostos princípios sobreviveriam e como a teleologia grega se divulgaria sem a Igreja Católica resistindo por 2 mil anos e sustentando esses conceitos. Em contrapartida o livro possui uma boa carga de informação, com uma escrita que não é complexa apesar de me parecer confusa as vezes (talvez culpa da tradução). De certo que toda obra leva em conta o ponto de vista do autor, e em uma obra política como essa Shapiro não faz questão de disfarçar. A questão é que talvez o "Lado certo da história" não esteja tão certo assim.

Jack 20/02/2020

Ben Shapiro é de uma lucidez e coerência incríveis. Vale muito a pena ler.
De forma sucinta ele passa pelos principais pontos da história intelectual do ocidente, fornecendo ao leitor a melhor perspectiva possível sobre os fatos.
Shapiro traça 3 mil anos de história intelectual em cerca de 300 páginas, em uma imersão elucidativa e acessível nas principais ideias que fundamentam nossa civilização.
Pensei que seria um livro comum, mas curti MUITO!

Cris 25/12/2021

O lado certo da história
Me surpreendi positivamente com este livro. Havia lido outro do Shapiro que não me agradou muito, mas ?O lado certo da história? é realmente muito bom!
A leitura é fácil, tranquila de entender e bastante clara. Ele explica os seus pontos de forma muito simples e inteligíveis. E o conteúdo do livro é muito bom!! Ao final, concordo com ele!
Eu diria que sua leitura é essencial!

Vincent 31/08/2021

Indispensável [...]
[...] para quem quer entender a história do pensamento Ocidental. De Atenas a.C ao identitarismo do séc XXI. Fazia tempo que eu procurava uma obra generalista deste assunto e esta é incrivelmente completa e compacta. Para ler devagar e fazendo anotações. Brilhante.

Keila Peretto 05/02/2022

Uma verdadeira aula de filosofia
O autor traça uma linha histórica acerca das bases filosóficas que influenciaram a construção do ocidente, responsáveis por terem moldado o pensamento de políticos norte-americanos no passado e por transformarem os eventos sociais de cada época. De acordo com Shapiro, a principal fundação do ocidente encontra-se nos ensinamentos filosóficos de Jerusalém e Atenas, os quais por muitas vezes, especialmente após a modernidade, sofreram tentativas de abolição por pensadores, sobretudo, iluministas - e quais foram as terríveis consequências sociais dessa tentativa de reformulação filosófica (doutrinas que não apresentam um propósito de vida além da saciação imediata dos desejos humanos naturais, focadas no subjetivismo, relativismo, existencialismo e coletivismo - Satre, Freud, Marcuse - que vêm moldando a vida das gerações contemporâneas).

ricardinho 29/04/2022

Que livro!
Ben Shapiro, o odiado jovem conservador americano, é advogado, comentarista político, escritor e radialista. No alto dos seus 38 anos, já escreveu dez livros e aqui, o destaque vai para O Lado Certo da História.
É um pequeno livro, porém, grandioso por levar o indivíduo a reflexões sobre acontecimentos corriqueiros. O cidadão comum, por exemplo, entrega a felicidade aos políticos e briga por eles, mesmo repetindo que não confia na classe política. Incoerência? Talvez! E as conexões sociais? Estas são cada vez mais raras, mas saudáveis. Não se pode confundir conexão social com conexão digital.
Sobre a busca constante pela liberdade/libertinagem, é importante saber que movimentos filosóficos superficiais não podem se impor a três milênios de Divindade herdados dos judeus e dois milênios e meios de razão dos gregos. Isso leva estudiosos a discordâncias, principalmente ao serem citados fatos isolados da bíblia, por exemplo, sacrifícios. No entanto, a explicação para tal ato, vem através de Maimônides. Este, afirma que os monoteístas, como citado na bíblia, praticavam sacrifícios, aparentemente pagãos, como forma de atrair os politeístas, ressignificando, assim, a ideia por trás de tais sacrifícios, que passariam a lembrar às pessoas que deve-se pagar pelos próprios pecados e que somente a misericórdia de Deus é capaz de redimir, afastando a ideia de mera reconciliação com os deuses. No que se refere à intervenção divina, para povos gregos, babilônios, hinduistas e outros, o universo se movia de forma circular (cíclica) e, assim, não interessaria aos deuses intervirem, a não ser por interesses próprios. Já a bíblia, prega o progresso, um propósito e, diferente dos pagãos, onde apenas os deuses tinham livre arbítrio, as pessoas comuns também o tem, pois são feitos a semelhança do Pai.
Estudar as raizes da civilização ocidental, como Atenas, leva o indivíduo a agir pela razão; já a fé, diz que as pessoas são capazes de escolher entre o bem e o mal. Platão, Aristóteles e os estoicos acreditavam que tudo (todos, inclusive) tem um télos, uma razão para existir e ter virtude, seria cumprir este télos e, seguindo a linha de propagação do conhecimento, os evangelhos foram escritos em grego, e não em araimaco, com objetivo de universalisar a mensagem do judaismo.
Não se pode negar, também, que muitos representantes da Igreja, inclusive Agostinho, sucumbiram ao poder, ocorrendo o mesmo com outros representantes, mas tal fato não abala a essência religiosa. Sabe-se, também, que com a queda do Império Romano, a Igreja Católica agiu rapidamente para comandar espiritual e temporalmente e que os líderes cristãos concordavam com a escravidão apenas de prisioneiros de guerras muçulmanos. No campo da instrução, é importante salientar que a alfabetização, praticamente, surgiu nos mosteiros e o progresso científico não começou no Iluminismo, mas, também, nos mosteiros europeus (Roger Bacon, por exemplo). Sabe-se, ainda, que a Igreja apoiou Nicole Oresme, Nicolau de Cusa e Nicolau Copérnico Galileu, sendo este perseguido por não conseguir provar sua tese no momento em que a Igreja passava por uma onda fundamentalista.
Já, em nome da modernidade, a Revolução Francesa substitui a virtude dos antigos pela virtude do coletivo, pelo subjetivismo radical, ou ambos; todos os direitos emanam do Estado. Seu grande erro foi rejeitar as lições do passado, ansiando por dias repletos de visões e sonhos baseados em vagas noções da bondade humana. A França revolucionária recrutou à força os cidadãos, seguindo as palavras de Rousseau e tornando-se nacionalista. Seguindo essa linha, Marx pregava que o problema do mundo era o individualismo, em suma. Tempos depois a sua filosofia condenaria milhões à escravidão e morte. Du Bois elogiava a Rússia, assim como a esquerda americana faz com o socialismo. Stalin, de acordo com o Levada Center, em 2017, continua sendo personalidade admirada para alguns, inclusive, Putin. Margaret Sanger era a favor de esterelizar deficientes e, por isso, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz 31 vezes. Freud, para decepção de alguns, era um impostor, publicista fenomenal, charlatão e prescrevia medicamentos prejudiciais, escrevendo, inclusive, artigos fictícios.
Como é perceptível, há pessoas religiosas em todos os lados dos movimentos históricos, não sendo correto culpar instituições por erros. É possível perceber, também, que a razão tonou-se um insulto.
Sobre o nazismo, este não surgiu do consumismo, mas da anulação do propósito individual em prol da predisposição coletiva do Estado.
O autor finaliza falando sobre os dias atuais. Punições no meio acadêmico por recusa de usar pronomes tragêneros, protestos de estudantes porque uma professora disse que homens são mais altos que mulheres, demissão de professor por este não aceitar sair de um campus por exigência de alunos negros (um determinado dia, professores brancos não poderiam lecionar) e palestrantes expulsos por citar estatísticas são os tristes exemplos da buscada evolução pelos revolucionários platonistas.

site: @photobrincando