O bem-amado

O bem-amado Fabrício Carpinejar
Dias Gomes




Resenhas - O Bem-Amado


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Val | Perdida em Letras 03/04/2021

Muito bom
Apesar de sempre ter ouvido falar da peça e de conhecer algumas das pérolas de Odorico, ainda não tinha lido o bem amado.

Me fez rir muito e a leitura foi muito leve. Não gosto muito de ler obras no formato de peça, mas essa me cativou.

Apesar de pequeno possui muitas ações que nos faz querer ler cada vez mais, finalizando rapidamente a leitura.
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Ana 08/06/2022

QUE LIVRO CÔMICO!!!
Eu li porque era paradidático na escola, mas é um livro muito bom e engraçado e rápido de ler, além do plot que eu já esperava mas foi ainda sim muito engraçado!!! Recomendo
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OCautum 12/01/2023

Dias Gomes escreveu uma comédia alegórica (chamada "farsa") infelizmente atemporal sobre políticos demagógicos e seus delírios, tão comuns nos dias de hoje (vide o ex-presidente e sua corja de apoiadores na Câmara e no Senado). É uma leitura simples, rápida e, em vários momentos, hilária que trás a cidadezinha de Sucupira como cenário, uma metonímia que representa todo o Brasil.
Recomendo demais essa leitura, mas sempre mantendo em mente que figuras como o Odorico são tão perigosas como ridículas.
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Ana Paula 08/10/2023

A hilária história do prefeito quer inaugurar à qualquer custo o cemitério em sua cidadezinha. Um clássico da leitura que fez rir do começo ao final.
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@Matcholo 22/11/2016

Sou suspeito pra falar de Dias Gomes, mas mais uma vez fiquei apaixonado por uma obra dele, e essa coleção com capas meio fluorescentes são demais.
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prada0 12/03/2022

Bom pra passar o tempo
Li o livro para o colégio e não esperava que eu ia gostar, mas a verdade é que ele surpreendeu.
O livro é mega curto e da pra ler em meia-hora, sem brincadeira. O livro é narrado como uma peça de teatro, então a experiência definitivamente é melhor por causa disso.
Tem umas falas super machistas e problemáticas, mas acho a leitura válida justamente pra entender o pensamento precário da época retratada.
Você vai dar umas gargalhadas aleatórias, pois tem uns momentos tão absurdos que você vai pensar ?NÃO É POSSÍVEL KKKKKKKJKKKKKKKK?
Não é nada genial, mas pra aqueles 40 minutos que você não tá fazendo nada, vai ser uma boa distração e passa tempo (:
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Wanessa.Caldeira 12/03/2023

Perfeito!
O autor consegue, com maestria, escrever suas críticas e alfinetadas com humor. Impossível não sorrir ao ler esse livro.

A escrita, apesar se ser em formato de teatro, e tranquila e flui muito bem, deixando a leitura rápida.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 12/01/2017

Dias Gomes - O Bem-Amado
Editora Bertrand Brasil (Grupo Editorial Record) - 126 Páginas - Relançamento de 2014 em uma série de livros de Dias Gomes com novo projeto gráfico.

Uma boa definição para que um texto possa ser considerado "clássico" é que ele seja atemporal e universal, condições atendidas na comédia "O Bem-Amado, farsa sociopolítico-patológica em 9 quadros" de Dias Gomes (1922-1999), um marco da dramaturgia nacional, que deve muito de sua popularidade à adaptação para telenovela escrita pelo próprio Dias Gomes em 1973. É estranho pensar como houve um tempo na TV brasileira em que se produziam novelas com este nível de qualidade. A Editora Bertrand Brasil, Grupo Editorial Record, relançou em 2014 vários títulos da obra de Dias Gomes, incluindo "O Pagador de Promessas" e "O Bem-Amado" em uma série com um novo projeto de identidade visual.

Odorico Paraguaçu é o prefeito corrupto de Sucupira, pequena cidade de veraneio fictícia do litoral baiano. Ele foi eleito com base em uma plataforma política incomum, prometeu construir o primeiro cemitério da cidade e realmente cumpriu a sua promessa eleitoral, com base no desvio de verbas públicas, mas não consegue inaugurar a sua obra devido à súbita ausência de mortes em Sucupira. Para conseguir superar este "imprevisto" planeja uma série de ações nada éticas, sempre com o apoio de suas fervorosas correligionárias, as irmãs Cajazeira: Doroteia, Dulcineia e Judiceia, além da ajuda de Zeca Diabo, um cangaceiro arrependido, que é convocado pelo prefeito na esperança de que o mesmo possa voltar à sua antiga prática homicida, permitindo assim finalmente inaugurar o cemitério local. Em política, como afirma Odorico Paraguaçu nesta maravilhosa sátira aos nossos governantes, "os finalmentes justificam os não obstantes", qualquer semelhança não é, obviamente, mera coincidência.

Tão relevante quanto ler o texto original da peça, mais de 50 anos após o lançamento, e constatar a extrema atualidade da obra com os fatos recentes da política nacional, foi conhecer o texto preparado por Dias Gomes como introdução ao programa da produção carioca encenada no Teatro Glaucio Gill em 1970 (ler abaixo). Este texto resume as limitações das produções teatrais da época (as mesmas de hoje), assim como a formação do típico político brasileiro que, apesar da época de exceção em que a peça foi encenada, ainda é muito semelhante aos representantes da nossa classe política na atualidade "porque são frutos não da prática da democracia, mas da alienação e do oportunismo dos governantes, eleitos ou nomeados, escolhidos ou impostos." Antes de mais nada, "O Bem-Amado" ainda é um texto delicioso para todas as idades e que se lê com prazer de uma só vez, sem conseguir parar, posso garantir.

"De todas as minhas peças, foi esta a que teve vida mais acidentada. Sua primeira versão data de 1962. Do tempo em que escrever uma peça com 15 personagens e esperar que ela fosse encenada não era, como hoje, sinal evidente de desajustamento ou debilidade mental, reclamando para o seu autor internamento urgente numa clínica especializada. Hoje, os empresários não leem mais peças, contam as personagens. E quando estas excedem de três, olham para nós com cara de espanto:
— Para que tudo isso? Quer que haja mais gente no palco do que na plateia?
E devolvem a peça, obrigando-nos a pedir desculpas pelo nosso delírio de grandeza.
— Quinze personagens! Por que você não escreve uma ópera? Teatro é a arte da síntese!
E o Teatro Brasileiro parece que caminha brilhantemente para a síntese total: todas as personagens numa só. E não está longe o dia em que, na plateia, haverá também um único espectador — a maravilhosa síntese de todos os outros! Teremos então alcançado a perfeição.
Por isso, como 'Odorico' não foi encenada imediatamente — vendi o seu argumento para um filme que nunca foi feito —, passados oito anos, parecia antediluviano sobrevivente de uma idade perdida quando surgiu um jovem e audaz produtor querendo levá-la à cena. Confesso que, a princípio, não acreditei. Naturalmente ia me pedir para fundir todas as personagens em duas ou três etc. Mas não, permitiu até que entrasse mais uma, um vira-lata. Espantoso! E tudo isso acontecendo no estado da Guanabara, onde o Teatro é olhado como uma praga que é preciso extinguir, coisa que ofende mais as narinas de certas pessoas que os peixes que morrem diariamente na lagoa. Fantástico.
Bem, mas aí está 'Odorico' em cena, por mais fantástico que pareça. Esta peça pertence a uma fase em que a dramaturgia brasileira procurava pesquisar nossa realidade, fazendo uma espécie de tipificação do nosso povo. Odorico Paraguaçu é um tipo de político que — embora a prática de eleições pareça já coisa do passado — é bastante comum, não só no interior como nas grandes cidades. É claro que o grau de demagogia e paranoia é variável. Mas o processo é o mesmo. E não se pense que a proibição do povo de eleger livremente seus candidatos nos livra dos Odoricos provincianos ou citadinos, estaduais ou federais. Eles existem e continuarão existindo, com maior ou menor extroversão, porque são frutos não da prática da democracia, mas da alienação e do oportunismo dos governantes, eleitos ou nomeados, escolhidos ou impostos." — Dias gomes, 1970.
Marta Skoober 12/01/2017minha estante
"É estranho pensar como houve um tempo na TV brasileira em que se produziam novelas com este nível de qualidade." Concordo plenamente!


Alexandre Kovacs / Mundo de K 13/01/2017minha estante
Melhores resultados eram obtidos com menores orçamentos, mas roteiros de qualidade e atores de verdade.


Marta Skoober 14/01/2017minha estante
Mas acho que o estrago foi feito pela busca irrefreada por merchandising. Aí perderam a mão, subsituiram qualidade por plasticidade.
Mas é só uma opinião.


Marta Skoober 14/01/2017minha estante
Não estava nos planos, mas depois dessa resenha "O bem amado" sairá das prateleiras para uma saborosa releitura.
Obrigada por compartilhar.


Alexandre Kovacs / Mundo de K 14/01/2017minha estante
Marta, sem dúvida o excesso de merchandising contribuiu muito para comprometer a qualidade das novelas, contudo o ponto principal mesmo são os roteiros pobres e atores/atrizes que na verdade são modelos. Vale a pena revisitar este texto no nosso momento político atual. Imagina que até impeachment é sugerido em uma parte da narrativa!


Marta Skoober 14/01/2017minha estante
Não lembro de muita coisa e reler algumas obras é um dos hábitos que estou tentando resgatar.

No que diz respeito aos roteiros fracos e modelos substituindo atores eu concordo plenamente, mas ainda acho que a origem é atender a interesses outros que não a qualidade da obra. E como tem público, então...




Namira 27/03/2021

Incrível
Eu nunca vi uma obra tão ativa e tão cheia de plots antes, é maravilhoso. Provavelmente é assim por ser um teatro. É a primeira vez que leio uma obra nesse estilo de roteiro. Foi confuso no começo, mas depois não tem como parar. É bem curtinho também, então vale a pena
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Ana 03/04/2023

O BEM-AMADO ?
Não esperava nada desse livro, até por que tive que ler por conta da escola e os livros indicados nunca são muitos bons.

Esse foi totalmente contrário!
A escrita dele é muito boa, é constituído somente por diálogo o que facilita a leitura e torna também mais fluída pra quem não tem o costume.

Enfim, gostei muito como ele fala da polícia brasileira de forma abrangente e humorada. O que torna esse assunto tão chato e repetitivo as vezes em uma história mais leve e de fácil entendimento.
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regifreitas 26/01/2020

O BEM-AMADO (1962), de Dias Gomes.

A primeira leitura do ano na verdade foi uma releitura - a terceira desta obra. E ela continua divertidíssima!

Dias Gomes é um dos nossos mais importantes dramaturgos. Ele sabia muito bem se utilizar do humor para debater situações sociais e políticas do país. E quase 60 anos após o seu surgimento, a peça continua atualíssima.
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CAsar.Vinicius 20/02/2020

Clássico
Clássico da literatura brasileira. Livro curto e gostoso de ler.
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LetAcia716 10/10/2023

O bem amado
Livro que foi escrito para ser adaptado para o teatro. Possui nove quadros (lugares de cena) e conta a história de Odorico, prefeito da cidade fictícia de Sucupira- interior da Bahia- que é um homem extremamente corrupto. Ele faz de tudo para se promover com a construção do cemitério, mas acaba não conseguindo inaugurá-lo.
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Bel 15/03/2020

O autor faz críticas às questões sociais e políticas de forma humorada, trazendo também os costumes de vida da Bahia.
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Rafael.Montoito 12/04/2020

Retrato sempre atual da política brasileira
Creio que uma das características pela qual podemos identificar um clássico é sua atemporalidade e, se assim for, pelo menos no que diz respeito à política brasileira, este texto de Dias Gomes pode ser chamado como tal. A história de Odorico Paraguassu, "Dotô-Coroné-Prefeito" de uma perdida cidade baiana, continua sendo a mesma de vários políticos brasileiros que, colocando a honestidade de lado, pensam em tirar proveito da vida política.
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Após cumprir a promessa que fizera durante as eleições - construir um cemitério -, o prefeito se vê acuado pela oposição pois, como ninguém morre na tranquila cidade nem de doença e nem de discórdias, a obra recém feita não serve para nada. Disposto a tudo para conseguir um defunto e poder inaugurar o cemitério, Odorico faz intrigas entre os moradores e até mesmo manda chamar o matador profissional Zeca Diabo, um conhecido "fazedor de defuntos".
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Este texto (escrito originalmente para o teatro e anos depois adaptado para a tv) mostra bem o poder crítico e questionador das palavras do genial Dias Gomes; é acerca de textos como esse que às vezes me pergunto: "por que não se lê teatro na escola?" ou "por que Dias Gomes não é estudado nas aulas de literatura?".
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O cemitério, construído com o desvio das verbas que seriam destinadas para a iluminação pública e para melhorar a distribuição da água (bem tão necessário e raro no interior do nordeste brasileiro) ainda representa tantas obras não concluídas, o recorrente desvio de dinheiro público e a tamanha desonestidade dos políticos brasileiros.
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