Aventuras na História Nº 28 (Dezembro de 2005)

Aventuras na História Nº 28 (Dezembro de 2005) Editora Abril



Resenhas - Aventuras na História - nº 28


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z..... 05/07/2019

Dezembro de 2005
"A criação da Bíblia" - O texto da reportagem é interessante, expondo vários aspectos históricos em torno da Bíblia. De fato, existem erros consagrados, mas que não tem apoio no próprio texto bíblico. Caso de Moisés como autor do Pentateuco. Se ele é o autor, não foi o único, pois como poderia escrever sobre a própria morte. O mesmo acontece com o profeta Samuel em relação aos livros de Samuel.
Gosto dessas temáticas que abordam a Bíblia, mesmo que, invariavelmente, não concorde com muita coisa. Para mim a resposta ao tema de capa é uma questão de fé, expressa em passagens como 2 Pedro 1:21 e João 5:39.
Não me desvio disso.

"Fenícios da América" - Pena que a reportagem foi curta. Assunto muito interessante.
Em termos gerais, refere-se ao povo manteña, habéis navegadores (desde antes da colonização europeia), que construíam jangadas (para cerca de 8 pessoas) e se lançavam ao mar por semanas. A motivação era a busca de um tipo específico de concha marinha, usada em rituais religiosos. A região que habitavam era no Equador. Só não entendi se apenas lá...

"Mossoró contra Lampião" - Toma-te lazarento! Essa é uma história porreta, em que a cidade potiguar se mobilizou contra a invasão dos cangaceiros e botou os cabras pra correr. O dito ocorreu em 1927 e se tornou lendário na região, quebrando aquela de que os bandidos eram invencíveis. Imagina que chegaram por lá exigindo alta quantia de bufunfa pra não atacarem, mas aí então, toma-te seus pirentos! Passa fora!
E mais uma vez relembro... Cangaceiro era bandido. Não tem nada de heroico, não! Só na cabeça de alienados.
Essa história teve um desdobramento horrível, que ainda influencia gente hoje. Sobre a morte do cangaceiro Jararaca, que foi baleado e capturado. Triste, mas a morte ocorreu no mesmo estilo que viveu e procurou, com crueldade. Dizem que estava vivo ainda quando o jogaram na cova. No misticismo popular, tem quem o considere santo por conta da crueldade que o trataram e sua atitude que não se deu por subjugado.

"Rosa Parks" - Uma heroína do século XX, por sua postura firme contra determinado episódio da segregação racial nos EUA, acontecido em 1955. Quando um branco qualquer entrava no ônibus, os negros tinham que levantar e ceder o lugar. Rosa Parks era viva ainda na publicação dessa edição e conta detalhes pouco conhecidos. Ceder o lugar era também descer do ônibus, esperar os brancos se sentarem, para depois subir de volta e manter distância. Muitas vezes o motorista ia embora e não ligava para o cidadão que descia. Rosa deu um basta! Não cedeu o lugar e a partir daí intensificaram-se as lutas contra a discriminação, como o boicote afro aos transportes urbanos em um ano.

Gostei da "Linha do tempo baseada na criação dos super-heróis". Cito como exemplos, pela Marvel (o Capitão América como caçador nazista e o Quarteto Fantástico no contexto das explorações espaciais e experiências radioativas) e pela DC (o Superman como herói invencível de outro mundo, o Batman, em que o conceito de herói foi valorizado no homem teoricamente normal, e a Mulher-Maravilha alavancando o movimento feminista).

Finalizando, que curioso a etimologia de "Falar pelos cotovelos" na seção "Dito e Feito". Tem duas explicações.
A primeira vem de antes de Cristo, quando os tagarelas, na empolgação de atrair atenções, tocavam também com os cotovelos as pessoas com quem dialogavam. Ô coisa mala! Tem gente que é mais ou menos assim ainda hoje.
A segunda explicação foi apresentada pelo estudioso Câmara Cascudo. Vem de costume no Nordeste, quando o casal estava estremecido por alguma briga durante o dia, aí então, para fazer as pazes, ainda que meio ressabiados de falar, cutucavam o cônjuge com os cotovelos... Ah, sei! Tá querendo, hein! Essa foi boa e gostei mais.
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