Aventuras na História Nº 23 (Julho de 2005)

Aventuras na História Nº 23 (Julho de 2005) Editora Abril



Resenhas - Aventuras na História - nº 23


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z..... 21/05/2019

Julho de 2005
Na reportagem de capa, informações históricas sobre Maomé e o Islamismo. O texto faz breve apresentação do contexto em que viveu e também sobre a crença que impactou e transformou sua sociedade.
O que achei mais interessante foram informações sobre a Caaba que, antes de Maomé, já era objeto de misticismo. As histórias divulgadas relacionam a Abraão (como pedra indicativa para lugar onde construiu um altar); outras dizem que foi presente divino a Adão; e especulações de cientistas dizem ser um meteorito (mas nunca tiveram oportunidade de examinar). Fiquei curioso em ver a pedra e só agora fiz buscas na net. Pensei que seria aquele bloco quadrado que costumamos ver na mídia, mas está no interior protegida por recipiente de prata. Existem fotos, satisfatórias para curiosos como eu, que a mostram como pedra irregular de cerca de meio metro de diâmetro, reforçando a ideia de meteorito.
Vale referência também para a capa da revista, que foi ousada ao ilustrar o rosto de Maomé (na cultura islã não há esse costume). Registre-se que a proposta da edição era de enfatizar o homem simples em seu contexto de época.

"Genocídio armênio". O assunto até hoje é contestado pelos turcos, que admitem mortalidade ocorrida entre os armênios, mas não na configuração genocida. Contextualizando, os terríveis eventos ocorreram, principalmente, entre 1915 e 1918, onde cerca de 1,5 milhão de pessoas foram massacradas (em ações violentas e arbitrárias). As causas estariam relacionadas a busca de independência pelos armênios e também a política do governo turco em estabelecer hegemonia na região.
O que desperta mais atenção na reportagem são relatos de sobreviventes e as ações que foram praticadas (a crueldade lembra a violência relatada pelo Frei Bartolomé de Las Casas no Novo mundo, de colonizadores sobre indígenas). Cada barbaridade, como crianças sendo atiradas no mar dentro de caixas, caminhadas rumo ao deserto para a morte, chacinas, entre outras coisas.
O assunto foi capa da revista em outros momentos.

Também valeu a conferida na reportagem sobre Serra Pelada. Basicamente, relatos de algumas pessoas que vivenciaram e participaram da história do famoso garimpo (garimpeiros, militar, policial e uma dona de bordel). Os pontos abordados, como não poderia deixar de ser, falam de violência, pessoas que enriqueceram ou perderam tudo rapidamente, prostituição e embates com a Companhia Vale (o aspecto mais interessante e revelador, pouco conhecido).

Poderiam trazer de novo a seção "Páginas Amarelas". Era uma brincadeira que achava muito legal (apesar de ter uma galera que repudiava). Dessa vez, a entrevista foi com Cleópatra. Entre os assuntos, a vaidade, ambição e disposição libertária que tinha (uma anti-Amélia). Chamou a atenção a questão cultural, pois tinha conhecimento em várias ciências e, segundo o texto, era poliglota em nove idiomas.

Gostei também das notas históricas sobre o "Dito e feito" na origem do "Cagado e cuspido" (registrei em outra edição); e sobre o primeiro submarino nuclear (o Nautilus, em 1954, com breves descrições de suas vantagens sobre os demais, como a primeira travessia do Polo Norte por baixo da água).

Sempre um prazer e aventura legal o reencontro com essas edições antigas...
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