spoiler visualizarTissa 22/06/2013
Devolvam-me meus amados!
Brisingr é... Deus do céu, o que é Brisingr?!
Apesar da excessiva apresentação de detalhes, e algumas situações inesperadas e dispensáveis, Brisingr é simplesmente genial.
Ao contrario dos dois volumes anteriores, Brisingr tem um ritmo complexo e inesperadamente cativante. Ideal. As cenas massivas são poucas, e o desenrolar de questões antigas se faz de forma simplesmente maior do que seria sequer imaginável.
Logo no começo do titulo, temos a relação de Eragon e Roran reestabelecida de forma pacifica e condizente. Não há uma paixão e reconhecimento instantâneo, como talvez pudéssemos supor. São parentes, sim, mas tinham suas diferenças, e se acertaram tão corretamente quanto o possível.
E talvez esse seja o grande forte de todo o livro: O estabelecimento de relações, e a forma como cada um lida com eles.
Através deste livro, vemos toda uma faceta nova de escrita nas mãos de Paolini, e ele finalmente parece encontrar uma forma de escrita na qual não há tantas embolações desnecessárias.
No entanto, Arya ainda não convence como essa ‘mocinha’ forte, cujo a qual Paolini tenta desenhar. Em minha opinião, dispensável. Muito obrigado.
E é exatamente quando penso nela, que me dói o coração saber que outros personagens tão maiores, e tão mais intensos, perderam suas vidas em Brisingr. Mas não vamos nos adiantar.
O grande astro de Eldest – Roran – está neste livro tenta ajustar-se aos Varden, e consequentemente, a Nasuada. No meio do todo esse ajuste, assistimos o seu amor por Katrina não esmaecer, e assistimos as suas duras decisões após o casamento.
E quem diria, Katrina prova-se mesmo como uma esposa digna de Martelo Forte! Enfreta Nasuada (alguém tinha, não tinha?) quando está coloca em perigo a vida do pai do seu filho, e pouco se importa com a voz dura que lhe é lançada;
Ainda que dura, através das decisões que se impõem, Nasuada mostra-se como talvez uma das prováveis substituições de Galbatorix. Eu não diria que a melhor opção, mas uma delas.
Mas, apenas nas ultimas paginas, é apresentado o que seria definitivamente algumas das ideias mais geniais de Paolini.
A primeira: O maior momento “I’m your father!” desde Star wars! Eu não vou mesmo dizer-lhes quem é o filho e quem é o pai em questão, mas vamos dizer apenas que esta situação explica inúmeras questões em aberto. Como por exemplo, porque o ovo de Saphira foi lançado exatamente onde foi, ou porque de Oromis estar sempre comparando Eragon a outra pessoa. Incrível!
Segundo, temos o motivo das forças de Galbatorix. Deus salve Paolini de todas as dores mundanas por ter dado uma explicação digna para isto, e não termos de engolir uma coisa qualquer. Aleluia!
Em terceiro, um acontecimento totalmente maravilhoso: Brisingr! A nomeação da espada de Eragon é simplesmente ótima demais pra eu não ter pensado nisso antes. É simples, e é perfeito, ainda sim. Incrível.
E por ultimo, aquilo que fez meu coração arder, e eu sentir como se tivessem me arrancado um pedaço da carne: Meus dois personagens favoritos estão mortos – E eu também não estou indo dizer quem - !
No fim das contas, fazendo um balanço geral, Brisingr é definitivamente o melhor livro até aqui, e com o maior numero de revelações – e perdas – relevantes de toda esta saga. Tornou-se o meu favorito, definitivamente. Mas me manda para a Herança com um sentimento de que nada do que seguir será suficientemente bom, coparado a isso.
É claro, eu quero ver Galbatorix cair. Mas nada compensará minha perda.
Levem Arya, devolvam-me meus amados!