Aventuras na História Nº 21 (Maio de 2005)

Aventuras na História Nº 21 (Maio de 2005) Editora Abril



Resenhas - Aventuras na História - nº 21


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z..... 22/02/2019

Maio de 2005
Na reportagem de capa, Hitler tem breve exposição biográfica numa reportagem interessante como introdução ao assunto, porém, não trouxe algo que surpreendesse o leitor. Gostaria de ter visto algum fato novo ou inusitado.
Na abordagem, o texto passa por aspectos como: a origem austríaca; a orfandade em idade muito jovem; participação na primeira guerra como soldado; idealismo nacionalista que o motivava desde jovem; a ascensão numa Alemanha em reconstrução; grande habilidade oratória (talvez sua maior arma); fortalecimento da política no militarismo; destaque no cenário de liderança mundial (seis vezes capa da revista Time como homem do ano); estímulos e projetos para retomada de territórios perdidos pela nação, com visão de incorporação também de novos limites; e a segunda guerra.
A reportagem tem acervo fotográfico legal e, o que foi mais curioso em minha leitura, texto paralelo sobre pesquisa na Alemanha com posicionamento em relação ao regime nazista. A compreensão do fato histórico mistura-se a um sentimento que denota vergonha e rejeição, pois a maioria dos entrevistados referencia histórias em que os antepassados (avós e pais) eram contra e teriam até mesmo protegido muitas famílias judias. Só 4% reconheceram envolvimento familiar passado em adesão. Que coisa curiosa!
Um estudioso disse que o conhecimento histórico cognitivo (o saber em si) e o conhecimento histórico emotivo são distintos, mas o segundo produz mais impactos, num sentimento que provoca rejeição com necessidade de se excluir desse meio.
Ah, sobre a foto da capa, li em outro momento que não reproduz ação espontânea, mas uma seção de fotos em que Hitler fez poses icônicas para suas propagandas. Imaginando o momento, que coisa ridícula...

"O rato que ruge" é outra reportagem interessante, com breve exposição da guerra das Malvinas numa certa ordem cronológica. Deu para notar nacionalismo argentino idealista, estimulado pelo militarismo, e que não tiveram chance nenhuma contra os britânicos. Além do aparato militar mais desenvolvido, as tropas do Reino Unido contaram também com mercenários contratados (como os nepaleses), experimentados nas batalhas, contra forças argentinas inferiorizadas também no desgaste de seus soldados. E ainda teve a falta de apoio internacional que os militares argentinos esperavam. Imagina se os EUA não ia apoiar os ingleses...
Ah, poderiam citar, no campo de curiosidades, o reencontro entre as duas nações em novo confronto. Em 1986 na Copa do México, onde os Argentinos foram vitoriosos com o golaço de Maradona driblando todo mundo e também com o de mão (mas me recuso a registrar como é denominado popularmente).

Que horror a hipotética entrevista com Nelson Rodrigues nas "Páginas Amarelas". Sei que é famoso pelo retrato da vida cotidiana em histórias cheia de traição e cafajestagem, teoricamente realistas. Pelo que entendi, porém, não eram só hipotéticas reproduções do contexto, ainda que sarcásticas, mas também muita coisa que tinha (identidade dele) em pensamento machista, como o de dizer que toda mulher gosta de apanhar.

O infográfico trouxe o campo de Auschwitz em alguns detalhes mórbidos, como o crematório preparado para cerca de 5 mil "queimas" por dia...

E no "Dito e Feito", o significado da frase, do conto de Ali Babá, "Abre-te, sésamo!". O sésamo refere-se ao gergelim, como é chamado em Portugal. A planta abre-se devagar para liberar as sementes, portanto, a frase é metafórica a um processo lento. Meio óbvio isso aí, mas vale o registro.
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